HIV e seus problemas

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Biologia

Documento 1

No inicio da epidemia, o HIV/AIDS, era associado a um grupo específico de pessoas, os homossexuais, vindo inclusive a ser conhecido como “câncer gay”, (GALVÃO, 2000. p. Devido ao aparecimento dos primeiros casos da doença entre este grupo de pessoas. Aos poucos, os primeiros casos da doença começaram a ser registrados entre outros grupos (profissionais do sexo, hemofílicos, usuários de drogas injetáveis) e somente, então, as pesquisas para descobrir as causas da doença foram iniciadas. GALVÃO, 2000, p. Isto quer dizer que o vírus já se multiplicou de tal forma que deixou debilitado o sistema de defesa do indivíduo. O vírus HIV pode ser transmitido através do contato com o sangue ou sêmen da pessoa contaminada.

A contaminação pode acontecer através de relações sexuais desprotegidas, uso compartilhado de seringas ou objetos cortantes (usuários de drogas injetáveis), transfusão sanguínea e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Não é possível saber quem está contaminado com o HIV/AIDS de outra forma a não ser através de um exame. Milhares de pessoas podem estar contaminadas com o vírus e não sabem disto. Feminização do HIV/AIDS Sabe-se que o vírus HIV/AIDS é transmitido através do contato com sangue contaminado, sêmen e fluídos vaginais. Não raro, o HIV/AIDS é associado a comportamentos sexuais promíscuos. Este fato pode estar relacionado ao fato de que, o maior número de infecções tanto em homens como mulheres, se dá através de relações sexuais e apenas uma pequena porcentagem deve-se à contaminação por meio de sangue contaminado.

“A transmissão sexual é responsável pela grande maioria dos casos de contagio por HIV desde o início da epidemia, e a relação sexual sem proteção é, agora, a forma mais comum de infecção por HIV” (BERER, 1997, p. A principal forma de transmissão do vírus HIV/AIDS nas mulheres ocorre, em 94,9% dos casos, através de relações sexuais heterossexuais. Como dito anteriormente a proporção entre o número de homens e mulheres contaminadas com o vírus está cada vez mais equivalente. O crescimento da doença entre as mulheres está relacionado a uma série de fatores de ordem política, social e econômica. “Fisiologicamente, as mulheres são mais vulneráveis ao HIV/AIDS do que os homens” (CLIFFORD, 2005, p. tradução própria).

Isto se deve não só ao fato das diferenças físicas entre os sexos, mas também às diferenças sociais, uma vez que as mulheres sofrem muito mais discriminação. Tem aumentado nos últimos anos, o número de casos de HIV/AIDS em relacionamentos estáveis. Homens e mulheres acreditam ser os únicos parceiros sexuais de seus companheiros e por isso não falam sobre a necessidade de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis; Quem trai também muitas vezes não faz uso de preservativo nas sua relação extra conjugal e assim acaba trazendo a doença para dentro de casa. O processo de feminização do HIV/AIDS se apresenta em todas as faixas etárias. A faixa etária em que o HIV/AIDS é mais incidente, tanto em homens quanto mulheres, é a de 20 a 59 anos de idade.

Somente na faixa dos 13 aos 19 anos é que o número de casos é maior entre as mulheres. O HIV/AIDS é um problema social que precisa ser amplamente discutido em todas as esferas da sociedade. Ele é um problema de todos. Fazem-se necessário quebrar tabus sobre temas como sexualidade, questões de gênero de igualdade social. É preciso criar espaços onde as pessoas que vivem e convivem com o HIV/AIDS possam sentir se acolhidos. Sobre este tema trataremos no próximo ponto. Não raro o HIV/AIDS é visto como um castigo de Deus por mau comportamento. Essa forma de pensar é, muitas vezes, reforçada pela igreja que vê a sexualidade como algo sagrado e que deve ser praticada apenas com fins reprodutivos. Sendo assim, a Igreja acaba afastando quem vive e convive com o HIV/AIDS do seu meio, ao invés de acolher essas pessoas.

A comunidade cristã, desde os tempos mais antigos, deseja ser um local de encontro para as pessoas. Um local de encontro com Deus e com as demais pessoas da comunidade. quem vive e convive com o HIV/AIDS está sofrendo castigo divino devido a sua má conduta. Por isso, é que o aconselhamento pastoral pode ajudar a estabelecer um novo relacionamento com Deus e com o próximo. Onde essa pessoa também possa sentir se parte da criação de Deus e sendo assim amada por ele. Sabemos que desde o início da comunidade cristã formas terapêuticas de atuação estiveram presentes na vida das comunidades. Isto se deve ao fato de que o próprio Jesus Cristo exerceu um modelo terapêutico de ministério, conforme aponta o autor Lothar Hoch.

Criar espaços onde elas possam sentir-se verdadeiramente acolhidas e falar, ao invés de calar. Neste momento, devemos exercer o ministério do ouvir. O aconselhamento pastoral deve ser um espaço que permite “àqueles que sofrem aliviar sua alma através de expressões de sua dor, culpa, desespero, esperança, etc. ” 2 (Manual e aconselhamento pastoral para HIV/AIDS/SIDA, 1993, p. Diversos são os motivos que causam sofrimento para aqueles que vivem e convivem com o HIV/AIDS. É urgente quebrar o silêncio existente em nossa Igreja. A Igreja precisa criar espaços onde as pessoas que vivem com HIV/AIDS ou convivem com essa realidade, possam se sentir acolhidos/as. Espaços onde elas não sofram preconceitos ou discriminação, mas, pelo contrário, encontrem apoio e possam celebrar a vida em meio ao sofrimento.

Deus nos aceita assim como somos, ele nos ama incondicionalmente, apesar de nossas falhas. Vimos que o aconselhamento pastoral é uma forma que a igreja possui de acolher as pessoas com HIV/AIDS em seu meio. A estigmatização traz dor e sofrimento fazendo com que a pessoa com HIV/AIDS se exclua ou se isole do convívio com as demais pessoas. Poucos são os espaços que essas pessoas encontram para poder compartilhar suas dores e angústias que a doença causa em sua vida. A comunidade cristã, através do ministério do aconselhamento pastoral, pode ser um local onde essas pessoas podem encontrar acolhida e espaço para compartilhar seu sofrimento. Através do aconselhamento pastoral, a igreja passa a ser um sinal da presença do reino de Deus entre as pessoas, oferecendo espaços em que as pessoas que vivem e convivem com o HIV/AIDS possam buscar apoio, informações e, junto com isso, encontrar um novo sentido para sua vida, a partir de um novo encontro com Deus que pode ser proporcionada através de formas atualizadas de interpretar os textos bíblicos, relacionando-os com a realidade de quem sofre com o HIV/AIDS.

A Igreja está inserida no mundo e, justamente, por isso não pode ficar alheia a temas como HIV/AIDS. Vulnerabilidade social e AIDS: o desafio da prevenção em tempos de pauperização da epidemia. Bernardi, José (Org). Porto Alegre: Pastoral de DST/AIDS- CNBB, 2005. CLIFFORD, P. La teologia cristiana y la epidemia VIH/SIDA. gov. br/. Acesso em: 19 fev. GALVÃO, J. AIDS no Brasil: a agenda de construção de uma epidemia. Disponível em: http://www. wcccoe. org/wcc/what/mission/listeningwithlove-p. pdf. Acesso em: 19 fev. Nações Unidas no Brasil. Disponível em: http://www. onubrasil. org. br/agencias_unaids.

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