OS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Esse presente artigo descreve e relata os principais impactos e danos ambientais ocasionados no estado de Santa Catariana, tento como base teórica, relatos e estudos encontrados na literatura técnica, abrangendo a especificidade e particularidade de cada região do estado e dando ênfase aos impactos ambientais que causam significativos danos na fauna, flora, nos recursos hídricos, impactos e degradação do solo, impactos ambientais causados pelas atividades industriais, agrícola e os impactos ambientais naturais. Impactos socioambientais que afligem a qualidade de vida da população catarinense, causando perda na biodiversidade e comprometendo os recursos naturais para as gerações futuras do sul do Brasil. Palavras-chave: Dano ambiental; Degradação ambiental; Impacto ambiental; Poluição; Santa Catarina. ABSTRACT MAJOR ENVIRONMENTAL IMPACTS STATE OF SANTA CATARINA Environmental impacts alter the compromise environmental quality , causing damage to the environment and refract natural resources.

There are countless ways in anthropogenic actions that degrade these resources globally. Os impactos que são considerados como degradação de origem natural são aqueles causados diretamente pela natureza, ações resultantes de tsunamis, queimadas naturais, furações, tornados, nevascas e terremotos. Do ponto de vista jurídico, o conceito de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente e os fenômenos naturais como tempestades, enchentes, incêndios florestais por causa natural, terremotos e outros intemperes do tempo, apesar de provocarem as alterações ressaltadas não caracterizam um impacto ambiental (FENKER, 2007). E notável que os impactos ambientais têm aumentado de maneira significativa, provocando assim destruição e alteração nos ecossistemas. A justificativa dos problemas e impactos ambientais decorrentes do desenvolvimento econômico foram por muitos anos colocados como sendo um “mal necessário” indispensável no fator de crescimento e um desenvolvimento progressivo e a responsabilidade socioambiental das empresas se confrontava com seus paradigmas de maximização de capital, com isso a maioria das empresas se limitavam- se a cumprir as normas e leis ambientais vigentes.

Esse modelo de desenvolvimento econômico aliado ao crescimento exponencial da populacional e a falta de comprometimento ambiental têm ocasionado rupturas ecológicas que ameaçam a capacidade de suporte do planeta (MEDEIROS, 2006). Gotardi (2012), destaca como os principais os impactos antrópicos como “O mal de Minamata”, onde em 1932, a Chisso Corporation estocou resíduos industriais sul do Japão (Baía de), dentre esses resíduos o mercúrio, empregado como catalisador na produção de plástico, cerca de 20 anos depois os pescadores da baía Minamata apresentavam sintomas de uma doença batizada de mal de Minamata, que causava paralisias e podia matar. A contaminação surgir devido ao estimando de um total de 27 toneladas de mercúrio lançado no oceano de forma espontaneamente pela indústria no de correr de anos, contaminando peixes e frutos do mar, com isso o mercúrio transforma-se num composto orgânico entrando na cadeia alimentar, passa do plâncton para peixes herbívoros, destes para os peixes carnívoros e por último, para o homem, resultando em dezenas de óbitos e milhares de pessoas contaminadas, além das consequências físicas terríveis, a doença é transmitida geneticamente, acarretando o nascimento de crianças com deformações.

A baia japonesa foi declarada livre de mercúrio nos anos de 1997, quando as redes que impediam os peixes contaminados de nadar para outras águas foram retiradas. O vazamento de gases em Bhopal correu na noite do dia 2 para o dia 3 de dezembro de 1984, 40 toneladas de gases letais vazaram de uma fábrica de pesticidas da Union Carbide, a tragédia deixou mais de 20 mil óbitos e deixando cerca de 150 mil pessoas sofrendo de doenças crônicas resultantes do vazamento. O acidente ocorreu durante uma operação de rotina, a negligência na falta ações de segurança efetivas e de alerta agravaram as consequências na comunidade, sendo que atualmente o solo e a água ainda têm altos níveis de metais pesados e derivados de cloro cancerígeno (MACHADO, 2006).

 Os tsunamis são ondas longas, que em alto-mar possuem entre 10 km e 500 km de comprimento de onda, são enormes ondas geradas por abalos sísmicos, assim como as erupções vulcânicas geralmente se originam de eventos relacionados à dinâmica das placas tectônicas e da atividade do núcleo da terra, devido à magnitude da destruição que causam ao chegarem à costa, podem gerar enormes e significativos impactos ambientais e inestimáveis números de mortes de pessoas e animais, bem como destruição total da flora, comprometendo assim os biomas atingidos. Seus impactos agravam quando atingem regiões industriais, aonde se encontra material inflamável, materiais derivados organoclorados e gases tóxicos estocados (VARRIALE; SILVEIRA, 2005). No Japão, em 11 de março de 2011 correu um terremoto de 9. da escala Richter, com epicentro a 130 Km da costa oeste japonesa, acompanhado tsunami, esse impacto ambiental natural agrafou quando atingiu a costa danificou o sistema de resfriamento da usina nuclear de Fukushima, localizada no litoral oeste do Japão.

Consequência disso o superaquecimento nos três reatores da usina desencadeou explosões que expuseram material radioativo do núcleo do reator para a atmosfera, também houve derramamento de água, contaminando os recursos hídricos com elevados índices de radioatividade no Mar do Pacífico. Os biomas brasileiros vêm sofrendo com pressão da ocupação urbana e consequência têm sido a destruição e perda de suas biodiversidades. A Mata Atlântica ocupava uma área total de 1,3 milhão de km2 e hoje se encontra fragmentada, com apenas cerca de 5% de sua extensão original. Já Amazônia, vem sofrendo o mesmo processo predatório causado pelo desmatamento, afetando diretamente na redução dos hábitats das espécies na fauna e flora e de forma indireta com a produção de enormes quantidades de detrito orgânico, material combustível que, combinado ao lixo e à biomassa morta, deixa essas regiões ainda mais suscetíveis às queimadas (TABARELLI et al.

No cerrado brasileiro a ocupação antrópica praticamente degradou o bioma, cientistas relatam que restam aproximadamente de 8 a 20% do Cerrado, isso devido às atividades agropastoris e a urbanização do campo praticamente extinguiram o Bioma Cerrado da paisagem do Brasil. A degradação do Cerrado afeta ainda a dinâmica hídrica nacional, tento em vista que as principais bacias hidrográficas nacionais têm suas nascentes na região do Planalto Central (FERREIRA, 2006). Sendo eu sua produção agrícola ocupa 25 % da área total do Estado de Santa Catarina, ainda no estado existe em torno de 420. hectares de área reflorestada, fornecendo assim matéria prima para as indústrias (MINISTÉRIO DA RELAÇÃO EXTERIORES, 2013). “Santa e bela catariana” como é conhecido o estado de Santa Catarina por apresentar uma beleza natural destacável, que atrai turista e aumenta a qualidade de vida da sua população, entretanto esses recursos naturais tão relevantes para o estado tem sido ambientalmente degradada pelo aumento da produção industrial, urbanização e até mesmo por impactos ambientais, em virtude da magnitude desses recursos e seus fatores na economia, na saúde ambiental do estado e na sustentabilidade catarinense o presente artigo descreve em especificidades os principais impactos e a degradação ambientais decorrentes no estado de Santa Catarina.

Poluição Hídrica É alarmante a situação dos recursos hídricos em Santa Catarina, segundo estudos cerca de 50% dos recursos hídricos do território catarinense estão comprometidos por metais pesados, agrotóxicos, efluentes urbanos e industriais, dejetos da suinocultura, assoreamento e queimadas. Esses impactos nos recursos hídricos de Santa Catarina vêm sendo mais intensos e de forma critica em três regiões do estado, no sul do estado, a poluição da mineração de carvão é o principal fator poluidor das águas, sendo um risco para o abastecimento urbano, já no norte do estado a contaminação hídrica decorre dos lançamentos oriundos do setor industrial, seus efluentes apresentam metais pesados, como chumbo e mercúrio, na região oeste de Santa Catarina que é constituída por três regiões hidrográficas: extremo Oeste, Meio Oeste e Vale do Rio do Peixe, essas bacias hidrográficas estão poluídas, pela pratica da suinocultura e avicultura, dos processos agroindustriais de alimentos, de celulose, dos frigoríficos e da indústria metalomecânica.

Nas regiões agrícolas como no Oeste catarinense a contaminação nos solos é decorrência da aplicação de elevadas cargas de dejetos ou pela construção de lagoas para armazenamento de dejetos sem revestimento impermeabilizante em solos com elevada capacidade de infiltração e/ou com lençol freático próximo da superfície, comprometendo assim qualidade das águas subterrâneas e superficiais. Wildner (2010), destaca que devido ao manejo inadequado dos animais (excesso de lotação, período de pastejo e uso excessivo do solo), a atividade leiteira tem provocado impactos, como a compactação e erosão e degradação do solo, com a redução da infiltração e armazenamento de água. Rufino (2002), considera os resíduos sólidos gerados no município de Tubarão, como um dos maiores problemas na contaminação do solo urbanos do município.

Em virtude da disposição final dos resíduos de lixos domésticos, hospitalares, comercial e industrial estava sendo feita de forma inadequada em um depósito a céu aberto (lixão) localizado no município de Laguna, aonde era responsável por uma série de problemas ambientais como a poluição do solo, do ar, além de constituir em focos de vetores endêmicos. Seus estudos na região de Tubarão ainda mostram que mais de 60% das terras estão ocupadas com cultivos e pastagens. Impacto Ambiental Industrial Dentro da produção industrial catarinense podemos registra os setores industriais relacionados diretamente com os recursos naturais importantes como a argila para o segmento de minerais não metálicos, em especial para produção de cerâmica de revestimento e estrutural, a madeira para fabricação de móveis, com extensão para transformação em papel e celulose, o sistema de produção de alimentos das pequenas propriedades agrícolas, com destaque para os derivados de aves e suínos.

Cabendo também ressaltar em destaque a têxtil-confecção (Vale do Itajaí), eletrometal-mecânico (Joinville), móveis (São Bento do Sul), cerâmica de revestimento (Criciúma e Tijucas), plástico industrial (Joinville) e informática (Blumenau, Joinville e Florianópolis) e alimentos – aves e suínos (Chapecó), plástico descartável (Criciúma), calçados (Tijucas) e papel e celulose (Lages) (CÁRIO et al, 2013). Nesse contesto da particularidade da indústria do estado catarinense, os impactos gerados para o desenvolvimento industrial de cada região, se nos reflete já mencionados nesse artigo, como a contaminação dos recursos hídricos por matérias químicos, orgânicos e degradantes, dos efluentes sem tratamentos prévios, assim como o impacto dos descartes incorretos de matérias sólidos em áreas inapropriadas, o uso e destruição indiscriminados da mata nativa e os impactos da agricultura em toda a dimensão ambiental.

Ainda nos cabe enfatizar a extração de exploração de minérios do estado em destaque na região carbonífera catarinense, que equivale a uma área de 9. Km2, representando 9,8% do território estadual e abrangendo 34 municípios e uma população de cerca de mais de 800 mil habitantes. A partir do século XX, Santa Catarina sofreu intensas e hostis conversões da sua cobertura florestal ou campestre nativa em pastagem ou em agricultura, segundo Ruschel et al, 2005, o ecossistema do estado foi muito alterado com a conversão para a agricultura e, nos locais onde essa atividade foi abandonada, surgiram formações secundárias originando uma paisagem constituída por mosaicos de vegetação em vários estádios sucessionais. A utilização das florestas do planalto para criação do gado tem gerado impactos negativos sobre a estrutura florestal e sua necessidade de manutenção, outro fatore impactante é a exploração dos recursos madeireiros, ficando as áreas sujeitas às queimadas frequentes, para posteriormente servirem para o plantio de Pinus e reservatórios de hidrelétricas.

Gasper et al, 2012 em seus estudos na região do planalto catarinense relatam sobre o impacto constante que a diversidade de espécies, entre essas algumas ameaçadas de extinção, vem sofrendo pela pratica intensiva das atividades agrícola e pecuária que acontecem externamente aos fragmentos florestais da região. O aumento da ocupação antrópica das regiões litorâneas sem um projeto ambiental adequado, associada à falta de conhecimento e conscientização, vem provocando uma acentuada alteração na paisagem costeira e no aporte de efluentes para os estuários dos municípios litorâneos catarinenses, gerando degradação e impacto nesses ambientes, tendo como a consequência a destruição de habitats bentônicos, aumentando a mortalidade de peixes e crustáceos (BRANCO et al, 2011). Independe de forma em que são ocasionados os impactos ambientais eles refletem diretamente no comprometimento da dinâmica dos ecossistemas, ocasionando em mudança nos fatores físicos, químicos e bióticos, com isso desestabiliza a sobrevivência e a competição extraespecifica, levando a perda da biodiversidade, impacto ambiental severo tanto para flora quanto para as cadeias de carbono mais basais como a flora.

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