A QUESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

A gestão de resíduos sólidos reduz ou elimina os impactos negativos sobre o meio ambiente e na saúde humana e apoia o desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida. Neste artigo, iremos realizar uma breve análise sobre a questão dos resíduos sólidos urbanos, quais os riscos que trazem ao ambiente a à saúde humana e como podem ser manejados de forma a evitar estes riscos. PALAVRAS-CHAVE: Resíduos sólidos, sustentabilidade, aterros sanitários. INTRODUÇÃO A quantidade de resíduos sólidos despejados no ambiente tem aumentado significativamente ao longo das últimas décadas. Por causa das crescentes taxas de geração de resíduos sólidos e das concentrações de metais pesados potencialmente perigosas, que podem pôr em perigo o ambiente envolvente, estes resíduos sólidos são particularmente preocupantes.

A população urbana tem crescido cinco vezes nos últimos sessenta anos, com um grande incremento nas populações que vivem nas áreas urbanas (ASNANI, 2006). Resíduos sólidos urbanos (RSU) reflete a cultura que o produz e afeta a saúde das pessoas e ao meio ambiente que o rodeia. Globalmente, as pessoas estão descartando quantidades crescentes de resíduos, e sua composição é mais complexa do que nunca, como plástico e produtos eletrônicos de consumo difuso. Ao mesmo tempo, o mundo está se urbanizando a um ritmo sem precedentes. Estas tendências representam um desafio para as cidades, que são responsáveis ​​pela gestão dos resíduos de uma forma social e ambientalmente aceitável. Para tal, foi realizada uma revisão na literatura disponível.

DESENVOLVIMENTO 2. Lixo ou resíduo sólido? O termo lixo é usado para designar os restos gerados a partir das atividades humanas que são considerados inúteis, indesejáveis ou descartáveis (ROCHA, 2009). Norões et al. definem que o termo “lixo”, bem como seus semelhantes linguísticos, apresenta diversos significados distintos. Na figura 1 observa-se uma listagem que caracteriza diferentes tipos de resíduos. Existem ainda os resíduos gasosos, que podem ser contidos em recipientes, e os líquidos, que em alguns casos não podem ser lançados na rede de esgoto ou corpos d’água, ou mesmo exijam algum tipo de solução técnica ou inviável economicamente em face da melhor tecnologia considerada (SISTEMA FIEMG, 2011). Com relação ao grau de periculosidade, os resíduos sólidos são classificados como perigosos aqueles que são inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos, patogênicos, mutagênicos, cancerígenos ou teratogênicos.

Estes resíduos apresentam risco significativo à saúde pública ou ao meio ambiente de acordo com a legislação e normas técnicas vigentes. Já os resíduos que não são passiveis de causarem este tipo de transtornos são considerados como não perigosos (SISTEMA FIEMG, 2011). Nos países desenvolvidos o problema não é menor. Nas últimas décadas, os sistemas de gestão de resíduos sólidos na Europa têm envolvido complexos e multifacetados sistemas entre uma infinidade de alternativas tecnológicas, instrumentos econômicos, e marcos regulatórios. Essas mudanças resultaram em vários impactos ambientais, econômicos, sociais e regulatórios nas práticas de gestão de resíduos que não só dificultam a análise da política regional, mas também reformular o paradigma do desenvolvimento sustentável global.

Análise de sistemas, uma disciplina que se harmoniza essas estratégias integradas de gestão de resíduos sólidos, tem fornecido exclusivamente apoio interdisciplinar para a tomada de decisão nesta área. Modelos de engenharia de sistemas e ferramentas de avaliação do sistema, os quais enriquecem o quadro analítico de gestão de resíduos, foram projetados especificamente para lidar com determinados tipos de problemas. Além disso, comparar as estatísticas nacionais de resíduos não é uma tarefa simples. Deve ser dada consideração primeiro às amplamente diferentes definições administrativas aplicadas aos RSU. Além disso, as classificações de composição e o modo pelo qual são recolhidos os dados também diferem. Em conjunto, esses fatores podem ter uma influência significativa sobre os dados citados (SAKAI et al.

Gestão integrada de resíduos inclui buscar métodos de gestão para reduzir o desperdício na sua origem antes mesmo de entrar no fluxo de resíduos. Os resíduos considerados tóxicos necessitam de atenção especial para sua deposição. No entanto, mesmo os resíduos que não são considerados tóxicos, se não recebem tratamento adequado, podem se tornar extremamente perigosos. Por muito tempo, e ainda hoje em muitos lugares do planeta, a incineração tem sido o meio utilizado para a eliminação dos resíduos sólidos. No entanto, produtos químicos organoclorados pode contribuir para um aumento do risco de linfoma não-Hodgkin (NHL) dentro de populações não-profissionalmente expostos. Entre esses produtos químicos, dioxinas e furanos foram liberados principalmente pelos incineradores de resíduos sólidos urbanos.

O gerenciamento dos resíduos sólidos é de responsabilidade da administração pública municipal. Quando o lixo produzido não é coletado, acaba sendo disposto de forma irregular nas ruas, rios, córregos e terrenos baldios. Provoca obstrução destes corpos d’água e bueiros, causando enchentes quando ocorres fortes chuvas, além de provocarem o assoreamento de rios e lagos, destruição de áreas verdes, mau cheiro, proliferação de insetos e ratos, que são transmissores de doenças, com consequências diretas ou indiretas para a saúde pública (JACOBI; BENSEN, 2011). A questão dos resíduos sólidos urbanos no Brasil Em nosso país, a questão da coleta adequado manejo dos resíduos ainda está longe do ideal. No entanto, nos últimos anos grandes melhorias têm sido verificadas.

Nela são propostas medidas de incentivo para a formação de consórcios públicos que visem a gestão de forma regionalizada, o que visa ampliar a capacidade de gestão de resíduos das administrações municipais (JACOBI; BENSEN, 2011). A partir de sua regulamentação, a lei exige que no prazo de dois anos sejam elaborados planos de gestão de resíduos sólidos em âmbito nacional, estadual e municipal, par a erradicação dos lixões. Estes planos devem apresentar metas graduais de redução, reutilização e reciclagem, e seu objetivo principal é reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para a disposição no solo (JACOBI; BENSEN, 2011). Atualmente, muitos municípios ainda estão se adequando à essa nova legislação. CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão de resíduos sólidos é a única coisa que quase todas as prefeituras oferecem para os seus residentes.

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