A Função Social da Escola

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

O caminho para mudança da escola deve ser trilhado do mesmo modo que buscamos transformações para a nossa história, pois este espaço de educação e a vida estão interligadas, e sempre estarão PALAVRAS-CHAVE: Capitalismo. Escola. Reprodução. A LÓGICA CAPITALISTA E A REPRODUÇÃO O sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002), fundamenta sua ideia com influências de Max Weber e Durkheim. Este autor foi um dos primeiros sociólogos europeus que produziu sua análise voltada para a sociologia da educação pautada em uma cultura que marcaram, e ainda marcam gerações de intelectuais de renome nacional e internacional. Dentro dessa lógica, é evidente que para os alunos filhos das classes dominantes alcançar o sucesso escolar torna-se bem mais fácil do que para aqueles que têm que desaprender uma cultura para aprender um novo jeito de pensar, falar, movimentar-se, enfim, enxergar o mundo, inserir neste processo para se tornar um sujeito ativo nesta sociedade.

STIVAL e FURTUNATO, 2008, p. De tal modo, a escola reproduz a “violência social” dentro do espaço educacional, desprezando a cultura popular e valorizar a cultura eurocêntrica, colocando em destaque e em evidencia a classe que possui a grande parte do capital cultural existente. Assim os chamados oprimidos perdem sua identidade, e assimilem um ideário de serem o que aparecem nas revistas e televisão, questão essa que será discutida no próximo item. A ESCOLA NESSA LÓGICA – FUNÇÕES ESCOLARES DE REPRODUÇÃO CULTURAL E CONSERVAÇÃO SOCIAL Para muitas pessoas, a escola é, um instrumento que propõe o fim do desemprego e, consequentemente, à elevação financeira dos milhares de excluídos, (classe baixa/trabalhadora) como se esta instituição fosse um escape e não estivesse determinada, por aspectos econômicos, sociais e políticos que assolam a sociedade capitalista atual.

Essa transmitância, explica Bourdieu (1992) ocorre mais por meios indiretos que diretos, isto é, sem a necessidade de um aprendizado metódico, quase que de forma disfarçada, como algo que invalida um esforço organizado, qual possibilita a percepção de que a obtenção de conhecimentos, de competências e de atitudes resulta de vias naturais ou aptidões. Aplicado à educação, esse raciocínio indica que os grupos sociais, a partir dos exemplos de sucesso e fracasso no sistema escolar vividos por seus membros, constituem uma estimativa de suas chances objetivas no universo escolar e passam a adequar, inconscientemente, seus investimentos a essas chances. Concretamente, isso significa que os membros de cada grupo social tenderão a investir uma parcela maior ou menor dos seus esforços – medidos em termos de tempo, dedicação e recursos financeiros – na carreira escolar dos seus filhos, conforme percebam serem maiores ou menores as probabilidades de êxito.

NOGUEIRA & NOGUEIRA, 2002, p. Partindo do raciocínio onde a busca dos interesses são pautados, no capital cultural, econômico e social dos indivíduos, tomamos consciência de que a escola desde seus primórdios, pensada para atender a burguesia, deixa se mostrar no seu ensino e métodos, os reflexos da luta de classes presentes na sociedade. O sucesso escolar dos estudantes mais favorecidos socialmente encontra a sua razão de ser nas afinidades culturais sentidas e nas vantagens decorrentes da detenção (e uso) do capital cultural herdado. SEABRA, 2009, p. Os alunos classificados como "menos favorecidos" são culpabilizados pelo próprio fracasso. E fato que a pobreza pode desfavorecer o desenvolvimento do educando, mas além disso os mesmos são tratados com indiferença na escola, rotulando e classificando de diferentes formas, seja ela representada através de avaliação, da organização de turmas, entre outros fatores que regem o ambiente escolar.

A educação por sua vez não foi pensada para a maioria da população, mas para os filhos de uma elite social e cultural. A escola não muda a sociedade, como inicialmente se supôs, mas isso não significa que não constitua o contexto social com maiores probabilidades de concretizar alguma mobilidade social. SEABRA, 2009, p. CONSIDERAÇÕES: AS POSSIBILIDADES DE MUDANÇA No contexto de uma sociedade com traços excludentes como a nossa, as delimitações da estrutura socioeconômica da população são fatores contribuintes, para o de declínio da educação, basicamente pelas razões que colocamos acima, mas também porque parece não haver vontade política com intuito a progredir significativamente o sistema educacional brasileiro, fato contraditório no contexto de um mundo globalizado em que a qualificação é essencial.

Portanto, percebemos que a escola ainda contém resquícios do passado negativo, ainda notamos que ela está produzindo muito mais fracasso que sucesso, quando trata uns melhores do que os outros, principalmente se tratando de luta de classes, convencendo os que fracassam de que não conseguem melhores resultados porque são inferiores, aos de classe alta. Pensada somente para uma classe, ela só educa a minoria e a grande maioria é excluída e marginalizada, acaba se tornando submissa aos "poderosos" e "educados". In: A economia das trocas simbólicas. Trad. Sérgio Micele. ed. São Paulo (SP): Perspectiva, 1992, p. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 78, Abril/2002. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Editora Paz e Terra S/A. São Paulo, 2003. pucpr. br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/676_924.

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