A contribuição da literatura infantil no processo de ensino-aprendizagem

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

RESUMO É observável nos dias atuais, que a maioria das escolas não assimilou totalmente a importância da introdução do lúdico para a facilitação do processo de ensino aprendizagem e muitas vezes o professor não se dá conta de que, para que haja o desenvolvimento integral da criança, é necessário a interação com a literatura infantil, sendo que através desse ato, a criança esboça muito de seu comportamento, medos, anseios e capacidades. O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da utilização da literatura infantil no processo de ensino aprendizagem da criança. Metodologicamente a pesquisa segue de cunho qualitativo buscando condições para que se desenvolva uma atitude de reflexão crítica, acerca da importância do pedagogo incentivar o ato da leitura no contexto de sala de aula enfatizando a utilização das atividades lúdicas a partir das possibilidades, como tipo de estudo foi escolhido o levantamento bibliográfico, como fonte de dados foram utilizados publicações referentes à temática.

Palavras Chave: Pedagogia, Processo Ensino Aprendizagem, Literatura Infantil. ABSTRACT It is observable today that most schools have not fully assimilated the importance of introducing play to facilitation of the teaching-learning process, and often the teacher does not realize that for the child's It is necessary to interact with children's literature, and through this act, the child sketches much of his behavior, fears, longings and abilities. BAKHTIN, 2010) Essa característica de primar a imaginação é que possibilitará o despertar de diferentes emoções e a ampliação de visões de mundo do leitor infantil. A preocupação com a forma, a busca por uma linguagem mais acessível às crianças sem cair na banalidade, mesmo que a linguagem utilizada por Bilac nas poesias infantis ainda seja por demais rebuscada, podemos analisar a crítica feita pelo autor em moldes atuais em meio a tantas publicações para o público infantil sem a preocupação de promover o desenvolvimento intelectual com publicações banais e fúteis, menosprezando a inteligência de nossas crianças.

RIBEIRO, 2004) Ao assumir novas posturas, a literatura infantil contemporânea assume também novas características para atrair o público infantil, as quais demonstram a evolução do método de ensino por meio da leitura. WINNICOTT, 2008) A literatura infantil deve ser tratada com toda a importância e responsabilidade que ela merece, pois não se trata de puro divertimento, mas da promoção do raciocínio, da aprendizagem cognitiva, emocional e intelectual. ZILBERMAN, 2008) Literatura infantil é a interação entre a ludicidade e o pedagógico que deve ser explorado em todas as etapas do desenvolvimento infantil na busca de se atingir o objetivo proposto pela educação. A partir dos anos 80, os estudos sobre psicogênese da língua escrita trouxeram aos educadores a compreensão ampliada de alfabetização, não sendo mais uma condição ou estado assumido por aquele que aprende a ler e escrever pela apropriação de um código para decodificação da linguagem.

No pensamento atual, o indivíduo alfabetizado deve se tornar um sujeito letrado, capaz de envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita porque “letrar” é mais que alfabetizar. ZILBERMAN, 2003) Para uma formação humana, acadêmica e profissional é preciso aprofundar as habilidades leitoras e para isso a leitura tem que ser compreendida pelas suas etapas, níveis e concepções. WINNICOTT, 2008) Conforme esclarece Soares (2002, p. do ponto de vista da dimensão individual de letramento (a leitura como uma ‘tecnologia’), é um conjunto de habilidades linguísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos e refletir sobre o significado do que foi lido, tirando conclusões e fazendo julgamentos sobre o conteúdo. O século XIX fica conhecido como o século do desenvolvimento da literatura infantil, o campo é fértil para a produção literária, isso porque a criança passou a receber atenção especial para seu crescimento físico, psicológico e cognitivo, surgindo, então, novos conceitos de vida, educação e cultura, abrindo novos caminhos para a área pedagógica e literária (LAJOLO; ZILBERMAN, 1999).

Com o surgimento dos primeiros escritos direcionados à infância a associação da literatura infantil esteve ligada ao instrumento pedagógico institucional escolar, no qual educadores e pedagogos os utilizavam com objetivo utilitário pedagógico. Foi nesse contexto que a escola se constituiu em reprodutora da sociedade burguesa, segundo Zilberman (2003), negando o social e introduzindo preceitos normativos excludentes, taxando a visão burguesa da realidade como sendo a de maior valor. Ocorreu nessa época a consolidação do ensino da literatura infantil, num contexto social no qual profundas transformações exigiam uma reestruturação nas instituições que responsabilizavam a escola e a família pela criança, é nesse momento que a criança passa a ter valor e a ser levada em consideração no processo e nas interações sociais.

BOSI, 2003) O século XX ficou conhecido como o da expansão da literatura infantil, em decorrência dos grandes avanços da imprensa e maior acesso às produções literárias promovido pela ascensão da burguesia. O interesse também não eram as crianças, mas em 1815 demonstraram preocupação com o estilo, a sensibilidade, a ingenuidade, a fantasia e o poético. Os irmãos Grimm desenvolveram pesquisas e estudos linguísticos coletados por meio da memória popular, pela tradição oral, narrativas, lendas e sagas germânicas. Como estudiosos da língua alemã, desenvolveram dois objetivos pela coleta das histórias orais: o levantamento de elementos linguísticos para fundamentação dos estudos filológicos da língua alemã e a fixação dos textos literários folclóricos germânicos.

BECHARA, 2009) Especificamente em 1812, os irmãos Grimm fundiram o universo popular ao infantil e dedicaram às crianças, por sua temática mágica, a publicação de “Histórias das Crianças e do Lar” com 51 narrativas. E o que dizer da história do Patinho feio, escrita por Andersen, que retrata a discriminação, o preconceito, a rejeição e que só se descobre cisne depois de uma longa trajetória de sofrimento, qualquer semelhança com a trajetória de nossas crianças não é mera coincidência. Pois é dentro da instituição escolar que se dará as interações sociais no âmbito desse espaço, e que ocorrerá a mediação entre o universo dos conhecimentos produzidos pelo mundo adulto e a formação dos conceitos existentes na infância.

  As literaturas infantis existem desde a educação infantil e constituem um recurso pouco aproveitado pelos professores, deixando muitas vezes de aproveitar o rico potencial dos livros infantis em favorecer junto às crianças o diálogo sobre inúmeras questões, como até as psicossociais importantes na infância.   O professor não pode ser somente o narrador, deve ser ativo, e estimular em meio a educação infantil a possibilidade de inúmeros significados da leitura, como também o desenvolvimento de outros conhecimentos, novas interpretações, além de conseguirem iniciar o desenvolvimento de reflexões críticas. Assim o professor, necessita incorporar para si a responsabilidade sob o uso da literatura infantil nas escolas desde a escolha dos livros, a forma como serão utilizados e suas finalidades.

  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVICH, Fanny. Estética da criação verbal. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. BECHARA , Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa — atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. Psicologias: Uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002, p. BOSI, E. O tempo vivo da memória. Ensaios de psicologia social. La experiencia de la lectura – estudios sobre literatura y formación. Barcelona: Laertes, 1996. MAIA, Ana Claudia Bortolozzi; LEITE, Lucia Pereira; MAIA, Ari Fernando. O emprego da literatura na educação infantil: a investigação e intervenção com professores de pré-escola.  Rev. Pabaee: a americanização do ensino elementar? Niterói: EdUFF, 2002. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. ed. São Paulo: Contexto, 2010. Letramento e escolarização. In: Letramento no Brasil, reflexões a partir do INAF 2001.

ed. São Paulo: Global, 2004. pp. O Ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1958/2008, p.

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