O LÚDICO E O ENSINO DE LÍNGUAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FERRAMENTA FACILITADORA PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras-chave: Lúdico; Ensino; Língua Estrangeira. INTRODUÇÃO Há muito tempo é desejo dos professores fazer da sala de aula um ambiente de motivação e desejado por todas as crianças, de maneira que todos os educandos participem ativamente do processo de ensino aprendizagem. Esse fato já se faz presente desde o inicio da historia da Pedagogia, sendo que no passado os educadores preocupavam-se com os aspectos motivacionais dos alunos, tentando tornar o ambiente educacional, ou seja, as aulas atrativas de forma a atender as necessidades e interesses infantis. A educação se faz com prazer e a presente pesquisa demonstra que é possível fazer da escola um ambiente facilitador e estimulador em todos os momentos e que inserindo maneiras praticas e agradáveis de ensinar e construir um futuro educativo muito melhor.

Pretende-se orientar os educadores a abolir de forma imediata exercícios sem sentido para acriança. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. O PAPEL DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO Vivemos em momento histórico em que tudo se renova constantemente. Assim, faz-se necessário que a escola também se transforme para que possa dar conta de atender as reais necessidades dos alunos inseridos nesse meio. Diante disso, novas exigências são impostas aos professores, sendo uma delas a necessidade do uso de metodologias que favoreçam a aprendizagem dos alunos de forma mais eficaz e satisfatória, sendo também mais atrativas e condizentes com as necessidades dos alunos, que priorizem além dos conceitos, o entretenimento, o prazer, formação intelectual, moral e cultural, mas que, principalmente, possibilitem ao aluno agir e atuar de forma significativa no seu meio social.

Sendo assim, o uso de atividades lúdicas como jogos e brincadeiras, se apresenta como uma possível alternativa para que o professor utilize a favor do processo de ensino-aprendizagem. A criatividade e o pensamento ativo são também capacidades naturais do homem. Assim, durante as atividades lúdicas afloram de forma espontânea estas capacidades, uma vez que são habilidades que não podem ser ensinadas, mas sim motivadas a fim de serem produzidas. Para os professores o lúdico deve ter uma outra visão, além do que ela representa para a maioria das pessoas, ele deve ser visto, acima de tudo, como uma fonte de aprendizagem, através da qual os alunos tornam-se mais críticos, interessados e participativos nas aulas. A utilização de atividades lúdicas no ambiente escolar faz com que este se torne um lugar mais agradável e prazeroso para os alunos, que consequentemente sentirão mais vontade de participar ativamente das aulas.

Os professores devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimular a socialização e a interação entre os alunos, trabalhar a conscientização do trabalho em grupo, reforçar o desenvolvimento da criatividade, do senso crítico, da competição "sadia" e da observação. É nesse contexto que o uso do lúdico em sala de aula vem contribuir significativamente para a criação de um elo entre os conteúdos teóricos dos programas escolares com a realidade escolar e social. Assim, acreditamos ser necessário ampliarmos as discussões sobre o uso de atividades lúdicas em sala de aula, contribuindo para um ensino de melhor qualidade e para a construção de uma escola mais motivadora.

No contexto das atividades lúdicas criam-se condições para que as crianças possam descobrir ou re-descobrir que é possível aprender informalmente. As atividades lúdicas podem dar prazer, despertar interesses e prender a atenção. A aprendizagem, através de atividades lúdicas, permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e divertido, mas isso não significa abandonar a seriedade e a importância dos conteúdos que devem ser trabalhados. Dessa forma, é fundamental que o professor compreenda o significado e a importância das atividades lúdicas, inserindo-as em seus projetos educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil. Quando as atividades lúdicas são corretamente aplicadas pelo professor contribuem, expressivamente, para melhorar o relacionamento entre aluno e professor, já que a criança se sente mais livre para se expressar nestas atividades.

É papel da escola garantir espaços para atividades lúdicas, onde a aluno tenha liberdade de “fazer-de-conta”, visto que a utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico podem garantir o conhecimento dos conteúdos que devem ser atingidos (AFFELDT, 2008, p. Existem muitos tipos de atividades lúdicas: brincadeiras, jogos, passeios, danças, entre outras. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como ela é conduzida pelo professor. As atividades lúdicas na educação não pretendem impor-se como um instrumento pedagógico por excelência, mesmo porque nenhum meio é capaz, isoladamente, de se tornar eficaz para todos os propósitos do ensino. Levar o lúdico para a sala de aula por levar, não é suficiente, se for usado como material tradicional onde o saber é monopolizado pela escola o aluno passa a ser um mero espectador da aquisição do conhecimento e não haverá mudanças.

Faz-se necessário que os educadores tenham uma escolha consciente dentro de certos princípios, que visem à aprendizagem dos alunos e não somente ao modismo. Cabe assim à escola não somente a responsabilidade de inserção das atividades lúdicas no contexto escolar, mas a responsabilidade de usá-las de forma adequada para que, de fato, contribuam para a formação dos alunos. É preciso que o professor não somente realize jogos e brincadeiras na educação infantil, mas saber extrair deles informações úteis para assim promover a construção do conhecimento. Segundo Aranha (2002), Dewey acredita que a atividade lúdica se torna um fator decisivo para o desenvolvimento da criança, pois, em todos os tempos contou com essas atividades como fonte importante na educação das crianças.

Aranha (2002) aponta também que “Dewey faz severas críticas à educação tradicional, sobretudo à predominância do intelectualismo e da memorização”. É importante também salientar os estudos de Rousseau (apud Soares, 2011, p. Este autor acredita que o lúdico deve ter seu espaço no meio educacional já que as atividades lúdicas proporcionam a ideia de liberdade de expressão, utilização da experiência e a emoção e tudo isto serve como um incentivo para a aprendizagem. AS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E O LÚDICO Falar de ensino de Línguas atualmente, especificamente nas escolas públicas estaduais é falar muitas vezes em descaso tanto da parte de alguns professores, como principalmente dos alunos, que não se interessam nem efetivamente conseguem aprender. Atualmente uma segunda língua pode ser aprendida desde cedo em ambientes escolares que oferecem a oportunidade para adquirir e aprender através da aprendizagem condições especiais.

A introdução do lúdico no ensino de línguas estrangeiras faz com que os alunos se mostram mais receptivos a aprender, do que trabalhar com algo que lhes parece tão distante e complicado, como muitas teorias. As línguas estrangeiras, assim como tudo que os professores levam para a sala de aula, devem ter significado para os alunos. Uma forma de fazer com que o ensino destas línguas torne-se significativo, prazeroso e sem receios pode ser através das atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras, histórias, entre outros. Ensinar uma segunda língua é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Ávila (1995) salienta que o jogo é uma maneira diferenciada de estimular os alunos e ajudá-los a descobrir que pensar é divertido.

Estimula-os a resolver desafios e contribui para o desenvolvimento da mente, tornando mais ágil e agradável o uso do raciocínio lógico. Para este autor, a cada dia a educação envolvida pela ludicidade alarga seus espaços, transformando-se em um forte recurso pedagógico que propicia as manifestações de características humanas psicológicas e que acaba motivando o indivíduo a agir. Como ressaltam os PCN’s “o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento de processos psicologicamente básicos; supõe um “fazer sem obrigação” externa e imposta; embora demande exigências, normas e controle” (BRASIL, 1997, p. Assim, um jogo adequado aos anseios e possibilidades dos alunos, aliado ao que se promete ensinar pode valer mais do que muitas listas de exercícios, mecanicamente solucionados pelos alunos.

Sendo assim, o ensino de uma segunda língua não precisa estar atrelado a uma aprendizagem mecânica e descontextualizada. Pelo contrário, os alunos devem ser estimulados, gradativamente, para que façam uso cada vez mais elaborado de seu raciocínio. Ao professor cabe o papel de ser um observador, um mediador da construção do conhecimento pelos alunos, além de avaliar e planejar em que momento o jogo deve ser utilizado e qual a melhor forma de torná-lo um recurso pedagógico. Assim, cabe ressaltar que o uso do lúdico em sala de aula requer um planejamento bem elaborado com objetivos definidos, auxiliando não somente os alunos na aprendizagem, mas também capaz de proporcionar ao professor momentos de reflexão sobre sua prática pedagógica.

Para que as atividades lúdicas tragam experiências positivas ao aluno, não devem ser escolhidos aleatoriamente, é necessário que tenham relação direta com um conteúdo que está sendo trabalhado, pois o ato de jogar ou brincar por si só, pode não ser suficiente para a construção dos conhecimentos. Santos (1999) aponta que a formação lúdica valoriza a criatividade, o cultivo da sensibilidade e a busca da afetividade. Quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a probabilidade de trabalhar com a criança de forma prazerosa. Portanto, é importante que o professor descubra e trabalhe a dimensão lúdica aperfeiçoando a sua prática pedagógica, estando ciente das vantagens do lúdico, utilizando-o de acordo com as necessidades de seus alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho, resultado de pesquisas bibliográficas, buscou discutir o ensino de línguas através do lúdico, identificando as contribuições da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem. Buscou, ainda, fazer uma reflexão acerca do uso dos jogos, como atividade lúdica, no ensino de uma segunda língua e os cuidados que o professor deve ter ao inseri-los em sua prática pedagógica. O lúdico na aprendizagem, 2008. Disponível em AHIEtbSwas561DPOTmdjhhOmbfv-P2ydNw. Acesso em 01/01/2012. ARANHA, M. L. Brasília: MEC/SEF, 1997. CAMPOS, D. M. S. Psicologia da Aprendizagem, 19º ed. FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. São Paulo: Cortez, Autores associados, 1998. FONTANA, R. CRUZ, M. html. Acesso em 01/01/2012 PAIN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

SANTOS, S. da. Clube de matemática: jogos educativos. ed. São Paulo: Papirus, 2005. SOARES, J.

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