CONSIDERAÇÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DE LEITORES CRÍTICOS E O PAPEL DA FAMÍLIA NESSE PROCESSO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Palavras - chave: Leitura, família, estímulo. INTRODUÇÃO A necessidade de repensar o ensino-aprendizagem da leitura vem sendo amplamente discutida pelos linguistas e outros profissionais da área que, sobretudo nos últimos anos, vêm desenvolvendo projetos de ensino de modo a conhecer e interpretar a realidade das atividades relacionadas à leitura em sala de aula, visando implantar reflexões, propor soluções e contribuir com subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento dessa atividade. Porém, o trabalho com a leitura em sala de aula pode ser considerado, ainda nos dias atuais, insuficiente, mesmo frente ao avanço das ciências da linguagem. Vivemos uma realidade bastante crítica, especialmente no que diz respeito à leitura. Muitos alunos não gostam de ler e, quando o fazem, é por obrigação.

É de grande valia poder escrever sobre uma em voga na atual sociedade, buscando o desenvolvimento de novas estratégias e reestruturação de conceitos e elaboração de propostas. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um dos assuntos pedagógicos de maior ênfase no espaço escolar é, sem dúvida, a leitura. Educadores e professores de diferentes níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior, têm se dedicado a estudar os diversos aspectos e sujeitos envolvidos com leitura, textos e leitores. Os resultados de avaliações, vestibulares, ENEM, Prova Brasil, entre outros, somente vêm confirmar aquilo que professores, linguístas e pesquisadores da área há tempos vêm discutindo: uma evidente dificuldade dos alunos em relação à aprendizagem da leitura. A insatisfatória performance dos alunos no que diz respeito à leitura, discutida amplamente por vários profissionais, vem crescendo a cada dia.

Segundo Freire (2002), ao mesmo tempo em que a leitura capacita o indivíduo a dimensionar seu lugar na sociedade, ela permite o desenvolvimento do pensamento crítico, para que o cidadão seja capaz de decidir e exercer seus direitos e melhorias na qualidade de vida. É importante que os alunos compreendam que a leitura também é um instrumento para que possibilita a diversão, permitindo a exploração de mundos diferentes dos nossos, reais ou imaginários, que nos aproxima de outras pessoas e de suas ideias. Em todos os níveis de escolaridade deve-se possibilitar às crianças tempo e espaço programados para que eles leiam, sem outra finalidade que a de sentir o prazer de ler. Estimular o prazer da leitura não é algo independente de ensinar a ler.

Para aprender a ler, as crianças precisam ver a leitura como algo interessante, que as desafia, porém que poderão alcançá-la com ajuda do professor. Os alunos, durante sua jornada escolar, gastam parte de sua carga horária trabalhando com atividades relacionadas à leitura. No entanto, a hora de ler um texto constitui-se em momento pouco atrativo para os alunos, o que evidencia o fracasso do ensino-aprendizagem da leitura na escola. Embora sendo uma atividade habitual de alunos e professores que vai desde a educação básica até o ensino superior, apesar de se constituir em tema de discussão frequente, a leitura continua a ser um grande desafio para os alunos e professores. A avaliação da leitura dos alunos do ensino fundamental e, especialmente, do ensino médio apresenta-se, na área educacional como um tema polêmico e repleto de dúvidas e conflitos, principalmente se considerarmos as pesquisas que mostram que os alunos têm concluído o ensino médio com muitas dificuldades em relação à leitura.

Um dos sérios problemas com o qual os professores se deparam frequentemente é a dificuldade que os alunos têm em realizar uma leitura de forma crítica. Sendo assim, a crise de leitura pode ter sua origem na escola, se for ensinada de maneira mecanica, padronizada, decodificadora de letras, servindo apenas para que os alunos adquiram conhecimentos, lendo sem darem sentido ao texto, sem questionarem e sem posicionarem-se frente a ele. A escola e por lógica os professores, vem ao longo dos anos considerando a tarefa de ensinar a ler ao aluno como alguma coisa mecanica e estatica, confundindo ler com a aquisição de um costume e que o aluno aprende a ler e não mais desaprende. Talvez isso possa ocorrer, mas sabe-se que esse aluno também não se transformará em leitor apenas porque sabe ler.

Para que a escola cumpra o seu papel fundamental de formadora de leitores é preciso, primeiramente, que os conceitos de ler para aprender e aprender a ler estejam bem definidos na mente dos professores, que, muitas vezes, confundem aluno alfabetizado com aluno leitor, chegando ao ponto de culpar os alfabetizadores de seus métodos pela “crise da leitura” em que vivemos. Diante disso, percebe-se que a leitura, mais do que nunca, continua tendo uma função primordial na formação das crianças e, em se tratando da aprendizagem inicial da leitura, é importante compreender que a criança deve de ter acesso ao texto para aprender a ler, pois é em atos de leitura significativa que ela aprenderá a ler. A rede afetiva que se estabelece entre todos, através dos livros, abre um espaço no qual cada criança pode expressar-se, ouvir e contar histórias ou ainda ficar em silêncio, sem a necessidade de produzir conhecimentos específicos.

Nessa situação, as crianças, cada uma à sua maneira, está produzindo conhecimentos, mas não os necessariamente pré-determinados pelo adulto. Ou seja, ela está aumentando seu repertório cultural, seu imaginário, sua linguagem; está tendo possibilidade de escolha de livros e de parceiros para a sua leitura e, além disso, pode conhecer outras visões de mundo e estabelecer relações com sua realidade. Mesmo que a criança ainda não domine a linguagem escrita é importante que ela tenha contato com os livros, pois, A relação com o livro antes de aprender a ler auxilia a criança a torna-lo significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isto ocorre porque, ao tocar, manusear, olhar, alisar o livro e brincar com suas folhas e gravuras, a criança sente um prazer similar ao proporcionado por um brinquedo (ANDRÉ, 2004, p.

É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos - dum jeito ou de outro - através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo). É a cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no momento que corresponde àquele que está sendo vivido pela criança). e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas.   A escola é o centro formador do hábito de leitura, a biblioteca e a sala de aula, os ambientes estimuladores para esta formação e o professor o descobridor dos interesses e preferências das crianças.

Para Hoffmann (1996, p. Sandroni e Luiz Raul Machado (1987), se a leitura deve ser um hábito deve começar o mais cedo possível. Por isso, a casa, a família, os pais que embalam a criança com as cantigas tradicionais, que brincam contando histórias, leem livros na sua presença, estão colaborando muito para uma atitude positiva diante da leitura. Estes pais podem estar tranquilos em relação à formação dos filhos como bons leitores. Sabemos que em nosso país eles, infelizmente, são a minoria. A maior parte da nossa população, por diversos motivos não lê. RAIMUNDO, 2009). Dessa forma, não é papel apenas da escola incentivar as crianças para a leitura, mas sim, deve ser uma responsabilidade compartilhada entre escola e família.

CONSIDERAÇÃOES FINAIS Esta pesquisa, resultado de uma pesquisa de conclusão de curso, teve como objetivo central discutir a importância da leitura e a necessidade de formação de um leitor mais crítico e reflexivo e a importância da família neste processo. Diante de tais considerações foi possível constatar que muitos alunos têm dificuldade em relação à leitura, encarando esta atividade, muitas vezes, como um castigo. Discutiu-se a importância do estimulo à leitura desde a infância. ABRINQ. Projeto Biblioteca Viva: a mediação de leitura e as crianças. São Paulo: 1999. ANDRÉ, T. C. Literatura infantil: teoria e prática. ed. São Paulo: Ática, 1989. FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Disponível em http://emfa. webnode. com/sala-de-leitura. Acessível em 31/012/2015.

PAÇO, G. P. A mediação na formação do leitor. In: CELLI – COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. Maringá. SANDRONI, L. publicacoes. ufsc. br/tccs/cin0010. pdf. Acessível em 30/01/2019.

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