A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Palavras-chave: Professor; Formação continuada; Prática pedagógica. INTRODUÇÃO Vivemos em momento histórico em que tudo se renova constantemente. Assim, faz-se necessário que a escola também se transforme para que possa dar conta de atender as reais necessidades dos alunos inseridos nesse meio. Diante disso, novas exigências são impostas aos professores, sendo uma delas a necessidade de formação continua. Muitos professores pensam que ao concluírem a graduação não precisam de mais nada, ledo engano. Mas, cabe ressaltar que o objetivo maior da formação continuada não é suprir deficiências da formação inicial. Mesmo que se tenha uma formação inicial consistente, a formação continuada é, ainda, uma necessidade para garantir qualidade de ensino. A formação continuada de professores, também conhecida como treinamento, reciclagem, capacitação ou aperfeiçoamento profissional teve seu momento importante na década de oitenta, mas atualmente, se mantém como medida necessária para a formação do professor e vem sendo amplamente discutida por políticos, professores, pesquisadores, instituições de ensino e vários outros setores da sociedade.

Diante disso, este artigo tem por objetivos discutir a importância da formação continuada, identificar suas contribuições para os professores e investigar quais são as dificuldades encontradas por eles para efetivar sua formação continuada. Esta pesquisa adota como procedimento o levantamento bibliográfico. Para Gil (1988 apud BERTUCCI, 2008, p. Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses. Pode-se dizer que tais pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Segundo Beuren (2006), pesquisa exploratória ocorre quando não tem muito conhecimento sobre o tema a ser abordado, por meio desse estudo, busca conhecer com maior profundeza o assunto tornando assim mais claro para construir questões importantes para a condução da pesquisa.

Se é preciso mudar a escola, o caminho à vista envolve necessária e absolutamente a figura do professo, eixo central dessa escola necessitada de mudança. É por meio dele, em cujas mãos, descansa o leme da escola, que a mudança pode tornar-se realidade (BARBOSA, 2004, p. No entanto, pesquisas e sistemas de avaliação que há anos comprovam os níveis de desempenho dos alunos brasileiros indicam que, a escola não tem conseguido cumprir adequadamente a sua tarefa de promover as aprendizagens as que os alunos têm direito, mesmo as mais elementares. As pesquisas compravam a necessidade de professores que busquem superação desses desafios, e estejam em constante atualização de seus conhecimentos. O professor não pode se ficar estagnado no seu fazer pedagógico, mas sim, pesquisar, estudar e se atualizar para que possa alcançar os objetivos propostos.

A formação continuada tem por obrigação tratar assuntos que forneçam conhecimentos e mudanças de atitudes. Nada adianta o professor participar de cursos de formação, ouvir, registrar, e ao chegar à escola esquecer de tudo, ou melhor, não adaptar à sua realidade. Isto não gera mudanças comportamentais e/ou atitudinais. A formação continuada tem entre outras finalidades, apresentar novas metodologias e colocar os professores a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da prática pedagógica e, consequentemente, da educação, além de promover a atualização, o aperfeiçoamento e a aquisição de novas competências pedagógicas, tendo como base a reflexão sobre a prática educativa e a autoavaliação como processo constante na construção de competências profissionais.

Prada (1997, p. Superação: Subir a outros patamares ou níveis, por exemplo de titulação universitária ou pós-graduação. Desenvolvimento profissional: cursos de curta duração que procuram a “eficiência” do professor. Profissionalização: Tornar profissional. Conseguir, para quem não tem, um título ou diploma. Compensação: Suprir algo que falta. • Formais, cursos e programas sistematizados em espaços diferenciados dos locais de trabalho do professor são planejados e struturados de modo presencial e a distancia; • Informais, situações que ocorrem na situação docente, na escola e na sala de aula. Os modelos formais geralmente geram títulos e estão vinculados à carreira do professor. Os modelos informais, não necessariamente integram a carrreira docente, mas podem contribuir com a profissionalização. As proposições formais, de formação continuada, segundo Romanowski (2010), podem ser consideradas de quatro formas distintas, sendo: A forma universitária que se caracteriza por meio de programas, cursos decorrentes da relação formador-formando; possui semelhança com a forma que mantém as profissões liberais, ou seja, a finalidade essencial é a transmissão da teoria.

Outra forma é a escolar que constitui o ensino legitimado pela sociedade por meio do Estado, tem caráter oficial. É uma relação dialética entre desempenho profissional e aprimoramento da sua formação. Durante muito tempo predominaram as práticas de formação continuada realizadas fora da escola, geralmente com a presença de especialistas em educação. No entanto, nos últimos tempos, esse enfoque vem mudando, conforme nos apresenta Fusari (2000, p. Dado o exagero de a formação contínua, durante anos, ter centrado suas atividades na retirada dos educandos de seu local de trabalho, principalmente da escola – fato amplamente criticado em todas as avaliações realizadas -, há atualmente uma forte tendência em valorizar a escola como o lócus da formação contínua. O professor pode buscar também por conta própria as ferramentas necessárias para a melhoria de sua prática, não precisando esperar apenas da instituição para aperfeiçoar sua formação.

O que ocorre, normalmente, é que essa formação continuada além de não envolver o cotidiano escolar, frequentemente se reduz a reuniões pedagógicas no início do ano letivo, com a leitura de alguns textos e trabalho em grupo, além de contar com a presença de algum conferencista para falar sobre a educação, geralmente de modo não contextualizado e episódico. Com esse tipo de ação as dificuldades e as dúvidas decorrentes do fazer docente não são sanadas. Esse tipo de formação continuada, como é oferecido, na maioria dos casos, não é suficiente para suprir as reais necessidades dos professores. Assim como a formação inicial, a formação continuada também ser deve ser de qualidade. E para que esta formação de qualidade ocorra efetivamente não se pode esquecer: À atitude de respeito aos saberes dos professores participantes, valorizando-os e acreditando que, nos encontros realizados, haverá uma verdadeira troca de conhecimentos que, certamente, enriquecerá tanto os professores da universidade, quanto os professores dos demais graus de ensino.

A formação continuada dos profissionais da educação pública deverá ser garantida pelas secretarias estaduais e municipais de educação, cuja atuação incluirá a coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a busca de parceria com universidades e instituições de ensino superior. Com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação dos professores e alunos o Ministério da Educação e Cultura criou o Sistema Nacional de Formação Continuada de Professores. O Sistema Nacional de Formação Continuada de Professores, sendo uma das principais bases institucionais da política de valorização do professor, tem como meta garantir o acesso a processos de formação continuada ajustados às necessidades, desenvolver a ciência e as tecnologias aplicadas à Educação e promover critérios de carreira docente que valorizem o professor.

Outra ação desencadeada pelo MEC que aposta na formação continuada é o Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa de formação continuada de professores das séries iniciais do ensino fundamental, para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática. O programa é realizado pelo MEC, em parceria com universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios. Para despertar o interesse do professor, assim como é feito com os alunos, deve-se partir de assuntos do seu interesse, para despertar a vontade de aprender, considerando seus saberes, suas dúvidas e angústias. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho, resultado de pesquisas bibliográficas, buscou discutir a importância da formação continuada para os professores, identificando suas contribuições bem como, investigou as dificuldades encontradas pelos professores para efetivar sua formação continuada.

As considerações apontadas no texto levaram-nos a concluir que uma das maiores necessidades da educação brasileira se refere à formação continuada dos profissionais do ensino, ainda mais pelo fato de que em tempos de profundas mudanças, torna-se cada vez mais necessário desenvolver ações que efetivamente subsidiem o trabalho docente. No contexto em que se colocam os problemas educacionais, a formação continuada se mostra como um meio de viabilização de mudanças qualitativas para o trabalho do professor. Constatou-se que a formação continuada possibilita ao professor atualizar e aprofundar seus conhecimentos e suas técnicas educacionais tendo como base a reflexão sobre a prática educativa, propõe novas metodologias e coloca os professores a par das discussões teóricas atuais, contribuindo, assim, para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da prática pedagógica e, consequentemente, da educação, além de promover a atualização, o aperfeiçoamento e a aquisição de novas competências pedagógicas.

B. Formação Continuada dos Profissionais de Ensino: algumas considerações. In: Caderno CEDES. São Paulo: Papirus, 1995. BARBOSA, R. n. BEHRENS, M. A. Formação continuada dos professores e prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1996. BRUNO, E. B. G. org. ALMEIDA, L. M. F. Formação Continuada de Professores: Tendências Atuais. São Carlos: Editora da Universidade Federal de São Carlos, 1996. CUNHA, M. G. Bruno, L. R. Almeida e L. H. G. B. Orgs. Formação de Professores: política e profissionalização. Maceió: Edufal, 2004. A educação continuada do diretor de escola. UNICAMP, 2002 Dissertação de Mestrado. NÓVOA, A. Concepções e práticas da formação contínua de professores: In: Nóvoa A. org. Curitiba: Ibpex, 2010.

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