Medidas para controle da sepse em pacientes hospitalizados

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Não podemos duvidar que seja uma doença das mais desafiadoras na prática assistencial na área de saúde. Seu reconhecimento precoce, muitas vezes não acontece em tempo hábil, condicionando-o a um desfecho fatal. Uma das formas de conduta diante a sepse é seguindo rigorosamente o protocolo de sepse, onde identifica os primeiros sinais e sintomas, evitando-se que evolua para choque séptico. O objetivo deste trabalho será descrever medidas preventivas para a sepse em pacientes hospitalizados através de uma revisão de literatura. Como metodologia será utilizada uma revisão integrativa da literatura com base em livros e periódicos indexados em bases como Scielo, PubMed, Lilacs e Bireme com os seguintes termos: sepse, pacientes hospitalizados e medidas preventivas. A literatura evidencia que a média de mortalidade em UTI para os pacientes variam entre 10% e 64%.

Tendo em vista que mais da metade dos pacientes com entrada na UTI, já apresentam sinais de choque séptico instalado que acarretam disfunções orgânicas na maioria das vezes irreversíveis, levando o paciente/cliente ao óbito. Pacientes acometidos pela sepse apresenta sinais e sintomas, capazes de antecipar o diagnostico, sendo possível a detecção dos sinais da sepse antes que desenvolva a sepse grave ou choque séptico. Uma das formas de definição de condutas visando à redução da mortalidade através dos protocolos institucionais, portanto, uma detecção precoce acarretara em um melhor prognostico do paciente em questão. Os pacotes de protocolos utilizados em diversas instituições do Brasil, vários estudos mostram que a diminuição na mortalidade de pacientes com sepse teve uma redução significativa, bem como a rapidez na identificação e pronta intervenção foram atitudes que contribuíram na diminuição dessas mortes.

P. aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário Ometto – Uniararas, pelo protocolo de número 790/2014. REVISÃO BIBLIOGRAFICA SEPSE O termo sepse deriva do grego, sepsis, e significa putrefação. Foi descrita pela primeira vez em 1680. Febre contínua, extremidades frias, sensação interna de calor e sede, foram descritos por Hipócrates como sendo sinais da sepse, porém não havia relação entre os sintomas e a infecção, mais tarde após 1914 os estudos começaram a evidenciar essa correlação, em 1991 uma conferência que visava padronizar os critérios diagnósticos e permitir maior precocidade na identificação e tratamento da sepse definiu a como uma síndrome inflamatória sistêmica associada a um foco infeccioso, sendo o choque séptico o estágio mais grave dessa patologia, caracterizado por um estado de má perfusão tecidual.

Pois o paciente não é tratado apenas em um setor específico e tão pouco por apenas um tipo de especialidade. Vários estudos têm demonstrado que, pacientes atendidos primeiramente em emergências apresentam melhor prognóstico em relação àqueles tratados em enfermarias e UTI’s. A criação de programas nacionais que ataquem cada um dos problemas existentes resultará, em médio prazo, em reduções de prevalência e de taxas de mortalidade, tendo impacto direto e indireto nos custos. MICRORGANISMOS ASSOCIADOS A SEPSE O desenvolvimento da sepse se inicia após a lesão orgânica ou infecção. Ela é determinada pelo agente agressor, pela virulência do patógeno e a caracteres genéticos do indivíduo. Todo paciente hospitalizado tem direito a um atendimento atencioso e respeitoso, à dignidade pessoal, ao sigilo ou segredo profissional; de conhecer a identidade dos profissionais envolvidos em seu tratamento; à informação clara, numa linguagem acessível sobre seu diagnóstico, tratamento e prognóstico; de recusar tratamento e de ser informado sobre as conseqüências dessa opção e, também, de reclamar do que discorda sem que a qualidade de seu tratamento seja alterada (CHAVES et al, 2005).

Muitas vezes, a hospitalização ao tratar de uma doença, não representa para o paciente algo positivo e pode ser sentida pelo mesmo como uma experiência não desejada. A equipe que atende ao paciente, não percebe que tratar uma doença pode implicar em ameaças à integridade física do mesmo e um procedimento que poderia ser benéfico, se torne algo conflituoso, fazendo com que não haja aderência ao tratamento e influenciando no atendimento da equipe (MACENA; LANGE, 2008). MEDIDAS PREVENTIVAS O conjunto de medidas aplicadas a uma única doença com objetivo de obter melhores resultados, quando aplicados concomitantemente, é definido como pacote. Aplicado no protocolo de sepse, o pacote de ressuscitação deve ser iniciado nas primeiras seis horas de diagnóstico, pois as medidas de intervenções devem ser aplicadas o mais rápido possível.

Tem como finalidade: manter níveis glicêmicos menores que 150 mg/dl, administração de corticosteróides em doses baixas, administração de proteínas C ativada, empregar ventilação mecânica como estratégica protetora de falência respiratória aguda (SILVA, 2006). O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA SEPSE Nos cuidados intensivos, o enfermeiro deve estar atento a uma gama variada de dados, incluindo sinais vitais, equilíbrio hídrico, necessidade quanto ao uso de drogas vasopressoras, administração precisa de antibioticoterapia prescrita, coleta adequada e acompanhamento de materiais biológicos para exames laboratoriais, avaliação acurada do nível de consciência, entre outros (FAVARIN; CAMPONOGARA, 2012). Cabe também à enfermagem o papel de perceber as necessidades do paciente, em especial daquele com riscos de desenvolver sepse, encaminhando a demanda à nutricionista, pois esse indivíduo tem também na alimentação, fonte de energia para responder, em condições adequadas, aos microrganismos invasores (ARAÚJO et al.

Além disso, é importante ressaltar também que o enfermeiro como profissional e líder da equipe de enfermagem deve ter um conhecimento vasto sobre sepse, a fim de tomar decisões e implementar ações em tempo hábil para a recuperação do paciente, garantindo ao usuário um cuidado digno e responsável, visto que um baixo índice de sepse hospitalar pode ser indicador da qualidade do atendimento prestado (SIQUEIRA et al. É importante também que o enfermeiro saiba avaliar e compreender todos os sinais e sintomas do quadro, gerando medidas de alerta junto à equipe assistencial, em função da prevenção e identificação precoce de possíveis complicações em menor tempo possível, e assim intervir de modo seguro na assistência a esses pacientes (Bernardina et al.

Ceará, v. n. p. abr-jun. Bernardina, L. Enfermagem, Unidade Terapia Intensiva. °ed. São Paulo, SP: Ed. Martinari, 2010. cap. A enfermagem frente aos direitos de pacientes hospitalizados. Texto contexto - enferm.  vol.  no.  Florianópolis Jan. Jan. Mar,2007. MACENA, Cristiane Santos; LANGE, Elaine Soares Neves. A incidência de estresse em pacientes hospitalizados. Psicol. São Paulo: 2ª Ed. Manole, 2012. SILVA, Eliézer. Sepse: um problema de todos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo v. SIQUEIRA, B. F. et al. Concepções de enfermeiros referentes à sepse em pacientes em terapia intensiva. Rev. et al. Estratégia de Detecção Precoce e Redução de Mortalidade na Sepse Grave. Revista Brasileira de Terapia Intensiva-RBTI, São Paulo, v. p. ZANON, Fernando; CAOVILLA, Jairo José; MICHEL, Regina Schwerz; CABEDA, Estevan Vieira; CERETTA, Diego Francisco; LUCKEMEYER, Graziela Denardin; BELTRAME, Cássia; POSENATTO, Naiana.

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