ESTILOS E ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM: IDENTIFICAÇÃO E PROPOSIÇÃO NO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

BUSCOU-SE SUPRIR AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DOS ESTUDANTES MELHORANDO A QUALIDADE DA APRENDIZAGEM. ESTE TRABALHO CONTRIBUI COM INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA O ENSINO EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO, ALÉM DE GRADUAÇÃO EM ESTILOS PREDOMINANTES NO CURSO. APONTAR A POSSIBILIDADE DO USO DESTE INVENTÁRIO PARA AUXILIAR OS EDUCADORES A ORIENTAR OS ALUNOS A DELIMITAREM ESTRATÉGIAS CONDIZENTES COM OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM IDENTIFICADOS. PALAVRAS-CHAVE: ESTILOS DE APRENDIZAGEM, ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM, ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. ABSTRACT: LEARNING STYLES AND STRATEGIES: IDENTIFICATION AND PROPOSITION IN THE COURSE OF INDUSTRIAL ENGINEERING THE IDENTIFICATION OF THE STUDENTS LEARNING STYLES HELPS THE TEACHER TO ESTABLISH TEACHING STRATEGIES TO MOTIVATE THE LEARNING PROCESS AND IT ALSO HELPS THE STUDENTS TO KNOW THEMSELVES BETTER. Se buscó atender a las necesidades educacionales de los estudiantes mejorando la cualidad del aprendizaje.

Este trabajo contribuye con informaciones relevantes a la enseñanza en nivel de graduación y también apunta la posibilidad del uso de este inventario para auxiliar los educadores orientaren los alumnos delimitaren estrategias de aprendizaje que condije con los estilos de aprendizaje identificados. PALABRAS CLAVE: Estilo de aprendizaje; Estrategias de aprendizaje; Ingeniería de producción. INTRODUÇÃO O método de ensino mais utilizado em Instituições de Ensino Superior é a aula expositiva (MOREIRA, 1997; MASETTO, 1990). Tal método tem um mínimo de sucesso garantido se as aulas forem preparadas adequadamente (MILLER, 1967). O problema desta pesquisa justifica-se na premissa de que a identificação do perfil dos alunos, quanto aos estilos de aprendizagem, permite a delimitação/adequação de estratégias de aprendizagem propiciando um ambiente construtivista de ensino.

Dentre os demais autores que possuem essa preocupação com a identificação de estilos de aprendizagem e proposição de estratégias de aprendizagem, estão: Clayton, Blumberg e Auld (2010), Zacharis (2010), Bachega, Yamanaka e Espinosa (2009), Catholico (2009), Kalatziz (2008), Bachega et al. Diniz (2007), Kalatziz et al. Oliveira et al. Silva e Silva (2007), Travelin (2007), Kuri (2004), e Gardner e Miller (1999). Essas diferenças são percebidas pela identificação dos estilos de aprendizagem (FELDER; BRENT, 2005). Estilos de aprendizagem representam preferências e características dominantes na forma como as pessoas recebem e processam informações, considerando os estilos como habilidades passíveis de serem desenvolvidas (FELDER, 1996). Muitos modelos que identificam várias dimensões foram propostos, segundo os quais os estilos de aprendizagem podem ser expressos. Cada modelo tem suas características, que são capturadas e analisadas, o que resultou em muitas possibilidades e muitas dimensões similares que recebem nomes diferentes.

O modelo proposto por Felder e Silverman classifica os estilos de aprendizagem em dimensões, sendo que em cada dimensão há um par de estilos (FELDER; SILVERMAN, 1988). Através de qual canal sensorial a informação externa é percebida mais efetivamente: Visual – figuras, diagramas, gráficos, demonstrações, ou Auditivo – palavras, sons? 3. Com qual organização da informação o estudante se sente mais confortável: Indutiva – são apresentados fatos e informações e inferidos os princípios básicos, ou Dedutivo – os princípios são dados e as consequências e aplicações são deduzidas? 4. Como o estudante prefere processar a informação: Ativamente – por meio do engajamento em atividades, discussões, ou Reflexivamente – por meio da introspecção? 5. Como o estudante progride até o entendimento: Sequencialmente – de uma forma contínua, passo a passo, ou Globalmente – em grandes saltos, holisticamente? Fonte: Felder e Silverman (1988, p.

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM As estratégias de aprendizagem refletem os processos utilizados pelo aprendiz para responder às demandas de uma situação de aprendizagem (RIDING; STEPHEN, 1998). Se estiver insatisfeito, busque mais exemplos em outras referências ou discuta o assunto com outras pessoas. Quando o seu perfil é intuitivo: os intuitivos aproveitam mais as aulas expositivas. Porém, se você é intuitivo e a aula demanda memorização e aplicação de fórmulas, você pode se aborrecer. Peça ao professor para ilustrar como os fatos estão conectados ou procure você mesmo. Erros em provas podem ser comuns por ser impaciente com detalhes e não gostar de repetição como, por exemplo, conferir 7 um problema resolvido. Quando estudar, disponha o material em ordem lógica, e faça resumos.

Procure fortalecer seu raciocínio global, relacionando novas informações com conhecimentos já adquiridos. Quando o seu perfil é global: ao realizar a leitura de um material pela primeira vez, identifique quais são os objetivos pretendidos. Caso tenha uma introdução ou um resumo em mãos, leia antes. Procure entender toda a ideia sobre o tema, evite ler em curto tempo e ter que voltar várias vezes. O tempo para responder o questionário é de, em média, dez minutos. Depois de aplicado o questionário e analisados os dados, identifica-se quatro dimensões de estilos de aprendizagem: sensorial/intuitivo, visual/verbal, ativo/reflexivo e sequencial/global, que permitem um mapeamento dos estilos de aprendizagem dos estudantes. Além disso, é possível verificar se os estilos identificados encontram-se nas dimensões leve, moderada ou alta.

Assim, os resultados são apresentados em termos de cada uma das dimensões e em uma escala própria, conforme apresentado na seção dois deste artigo. Quanto à caracterização dos entrevistados, 60 % (35 respondentes) são do sexo feminino e 40% (23 respondentes) do sexo masculino. Quanto a Dimensão 2, 17% (6) das estudantes são intuitivas e 83% (29) são sensoriais. Já na Dimensão 3, 29% (10) das respondentes são verbais e 71% (25) são visuais. Ademais, 29% (10) das estudantes são globais e 71% (25) são sequenciais. Figura 4 – Perfil dos estilos de aprendizagem das alunas 11 No entanto, quando analisado o perfil dos estilos de aprendizagem dos entrevistados do sexo masculino, verificou-se que 13% (3) dos alunos são reflexivos e 87% (20) são ativos (Dimensão 1). Quanto a Dimensão 2, 13% (3) dos respondentes são intituivos e 87% (20) são sensoriais. A Figura 8 aponta o perfil predominante entre os alunos respondentes.

Observa-se que os estilos de aprendizagem prevalecentes são: Ativo, Sensorial, Visual e Sequencial, indicando que a maioria dos estudantes: 13 • retém melhor a informação ao participar ativamente da realização de uma atividade, preferindo executar, praticar, resolver situações problemas reais; podem agir prematuramente devido ao impulso de respostas e movimentos rápidos (Ativo); • prefere estabelecidos e resolver não problemas aprecia por complicações meio de procedimentos inesperadas; são bem metódicos, observadores e atentos a detalhes, memorizando fatos com facilidade (Sensorial); • possui facilidade em recuperar rapidamente o conhecimento adquirido ao reconstruir imagens de diferentes modos; algo que é dito e não mostrado visualmente tem grande chance de ser esquecido (Visual); • absorve pequenas partes da informação e, com isso, avança com entendimento parcial, onde essas partes se conectam logicamente para garantir o entendimento da situação.

Possui facilidade para explicar o seu raciocínio, enfatizando os detalhes, mas geralmente não percebe inter-relações e interdependências (Sequencial). Figura 8 – Perfil dos estilos de aprendizagem predominantes ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM SUGERIDAS Após a identificação dos estilos de aprendizagem predominantes entre os alunos entrevistados que compõem o curso de Graduação em Engenharia de Produção, sugeriu-se algumas estratégias de aprendizagem a estes estudantes. Estas sugestões encontram-se condensadas no Quadro 3. Tente relacionar novas informações com conhecimentos já adquiridos. Fonte: Baseado em Felder e Soloman (1992) No Quadro 3, as estratégias foram agrupadas quanto aos estilos de aprendizagem identificados como predominantes, segundo a teoria de Felder e Soloman (1991), que foram Ativo, Sensorial, Visual e Sequencial. Estas estratégias de aprendizagem foram sugeridas considerando a proposta de Felder e Soloman (1992) e a conveniência para o objetivo do curso em questão.

Ressalta-se que há na literatura relativa à área de ensino uma gama de estratégias voltadas à aprendizagem, cabe ao aluno identificá-las e utilizá-las e ao docente estimular sua aplicação. Assim, na próxima seção serão realizadas algumas considerações finais sobre a pesquisa e sobre a utilização de métodos pelo docente de engenharia de produção que estejam de acordo com os estilos e estratégias identificados. Tal técnica proporciona aos alunos o conhecimento e a vivência industrial dos processos de produção (MORAIS, 2009), de forma que possibilite aos alunos relacionarem conceitos com o ambiente real. • Jogos de empresas e simulação: o jogo é uma atividade espontânea, realizada por mais de uma pessoa e regida por regras que determinam quem o vencerá.

A simulação é caracterizada por uma situação em que um cenário 16 simulado representa modelos reais, tornando possível a reprodução do cotidiano (AZEREDO; ORNELLAS; RAMOS, 2006). A simulação, principalmente a computacional, pode servir como base para os demais métodos, como os jogos (ANTONIO; WERNECK; PIRES, 2005). Desta forma, os jogos podem ser simulações em que os participantes são tomadores de decisão simulando um ambiente empresarial e, assim, possibilitando ao aluno com perfil ativo e sensorial o contato com o mundo real. C. T. A. O papel do professor das disciplinas comuns do primeiro ciclo de ciências humanas e educação da PUCSP, na concepção dele mesmo. São Paulo, 169p. Simulação, cenários, jogos e cases aplicados no ensino de engenharia de produção.

In: XII Simpósio de Engenharia de Produção, Bauru. Anais. Bauru: XII SIMPEP, 2005, 12p. AZEREDO, S. KURUMOTO, J. S. OLIVEIRA, S. R. M. YAMANAKA, L. ESPINOSA, J. W. M. Estilos e Estratégias de Aprendizagem: Contribuições no Ensino de Engenharia de Produção. Campina Grande: ABENGE/UFCGUFPE, 2005. p. CATHOLICO, R. A. R. v. n. pp. DIB, C. Z. ESCRIVÃO FILHO, E. RIBEIRO, L. R. C. Aprendendo com PBL - aprendizagem baseada em problemas: relato de uma experiência em cursos de engenharia da EESC-USP. Acesso em: 22 maio 2009. FELDER, R. M. BRENT, R. Understanding Student Differences. M. SOLOMAN, B. A. Index of Learning Styles. Disponível em: http://www. Disponível em: http://www4. ncsu. edu/unity/lockers/users/f/felder/public/ILSdir/styles. htm. Acesso em: 22 maio 2009. C. OLIVEIRA, S.

R. M. BACHEGA, S. K. Aprendizagem baseada em problemas em uma plataforma de ensino a distância com o apoio dos estilos de aprendizagem: uma análise do aproveitamento dos estudantes de engenharia. São Carlos, 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. MASETTO, M. T. ABREU, M. C. O professor universitário em aula: prática e princípios teóricos. Campo Mourão: IV EPCT, 2009, 12p. MOREIRA, D. A. org. Didática do ensino superior: técnicas e tendências. KURUMOTO, J. S. Proposta Metodológica para Aperfeiçoamento de Planejamento em EAD Utilizando Estilos de Aprendizagem e Competências Requeridas: Aplicação ao Caso da Engenharia de Produção. Anais. In: 13º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, 2007, Curitiba - PR.

Investigação dos Dados sobre Estilos de Aprendizagem dos Alunos Frequentadores da Base de Apoio ao Aprendizado Autônomo. Revista Científica da UFPA; Ano 07, Vol 06, Nº 01. Disponível em: 20 http://www. ufpa. br/rcientifica/artigos_cientificos/ed_08/pdf/elen_cristina. Z. The effect of learning style on preference for web-based courses and learning outcomes. British Journal of Educational Technology. v. n. E-mail: jose@liec. ufscar. br.

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