A maçonaria na Independência do Brasil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Religião

Documento 1

Paulo; por meio de seus respectivos Deputados; com o Discurso, que, em Audiência Publica do dia 26 de Janeiro de 1822, dirigio em nome de todos ao Mesmo Augusto Senhor, o Concelheiro [sic] José Bonifácio de Andrada e Silva.  Procuramos estabelecer os interesses da maçonaria como sociedade literária e de seus membros pelo processo emancipacionista e, como consequência, delimitar as cisões que vieram a acontecer no seio dessa irmandade (assim conhecida pelos maçons) com o avançar do processo. A maçonaria como instituição só passa a existir no Brasil após o ano de 1800, mas é inegável a presença de seus ideais liberais já na Inconfidência Mineira. Brasileiros que passaram a estudar na Europa voltam do velho continente já iniciados, e, contagiados pelos princípios liberais pregados pelos maçons e por toda intelectualidade europeia, principalmente depois da Revolução Francesa.

Tal fato permite que no Brasil, estes homens estudados, que por si só já são respeitados, consigam disseminar facilmente esses ideais, e, já iniciados nas lojas europeias iniciem encontros e reuniões embasados nos ideais iluministas buscando a liberdade da colônia frente aos abusos da Coroa. As “Lojas de Orange” tinham como meta defender a Monarquia inglesa e atacar as Monarquias da França, Espanha e Portugal. “Ora, assim como a Maçonaria inglesa criara lojas maçônicas na França, para servir os interesses políticos e comerciais, também as criou em Portugal e com os mesmos elementos da sociedade portuguesa” (FERREIRA, 1968, p. Por isso, nos dois últimos séculos, a maioria das revoluções (religiosas, políticas ou literárias) em Portugal, foi encabeçada por chefes importantes da ordem Maçônica.

No Brasil, essa rivalidade entre os maçons “Azuis” e “Vermelhos” seria constante desde a entrada da Maçonaria no país. Os conservadores levam a melhor nesse processo de luta ideológica, principalmente com a articulação do Dia do Fico. É sabido que a Universidade de Coimbra era a mais procurada pelos brasileiros em suas formações acadêmicas. A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DA MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Partilharemos aqui a mesma comparação feita por Ana Paula Faleiros Gonçalves em seu trabalho e o mesmo posicionamento em relação a forma de localizar a maçonaria nesse momento da política brasileira. Ana Paula contrapõe a visão de José Honório Rodrigues a de Eliane Lúcia Colussi. Uma constatação interessante feita pelos irmãos Ferreira seria as diferentes pretensões políticas das províncias do Brasil, separadas pelos ideais maçônicos “Azuis” e “Vermelhos”.

Analisando o ofício enviado à D. Ainda seguindo a linha de Colussi, entendemos que essa polarização significa sim a partidarização e consequentemente a reafirmação da maçonaria como centro do desenrolar político da época, opondo duas propostas, gerando o debate e todo jogo político de “sedução” adotado por ambos os lados sobre o Príncipe Regente D. Pedro. Um exemplo disso é a nomeação de D. Pedro como Grão Mestre da Loja mestra da maçonaria brasileira – Grande Oriente do Brasil – feita por Joaquim Gonçalves Ledo, substituindo o então grão-mestre José Bonifácio, porém como um duro golpe. A reação dos conservadores vem através do Dia do Fico, pois recebendo ordens explícitas das Cortes Portuguesas para o retorno do príncipe regente à Portugal, José Bonifácio aconselha e reúne grande número de assinaturas de locais desejosos da permanência de D.

Em seu conteúdo, Bonifácio demonstra preocupação com a possibilidade da ida de D. Pedro, aconselhando que “não deixe á este Reino em misera orphandade “(SILVA, pag. evocando a nobreza do povo brasileiro e a boa fé em suas relações com Portugal, afirmando que os brasileiros haviam sidos enganados e não se contentaria com “jamais. se consentirão em huma união efêmera”(SILVA. pag. Afirma também que caso decida ir para Portugal, D. Pedro se arrependeria muito, pois enquanto no Brasil ele era muito amado e respeitado pelo povo, em Portugal ele seria meramente mais uma figura ad família real, dizendo que “ Siga a V. A. R. o dito de Cesar que dizia= que valia mais ser o primeiro em huma Aldea que o segundo em Roma=”(SILVIA, pag.

Uma questão importante, descrita pelos autores da carta, é o fato que D. Pedro seria representante do Poder Executivo, o qual o Brasil necessitava. Bonifácio também declara o temor que vê acerca da ida de D. Pedro para Portugal, afirmando que “estremeço de horror com a só idéia, de que talvez tivesse; de ver o príncipe Hereditário da Coroa Regente deste Reino, a única esperança da Sereníssima Casa de Bragança. partir para a Europa” (SILVA. podendo de a mesma forma ser revogados poderes e nomeados outros, caso não haja um comportamento adequado dos governantes. BIBLIOGRAFIA I. Contexto Histórico BARATA, Alexandre Mansur. Sociabilidade maçônica e a independência do Brasil. In: JANCSÓ, István (org. v. FERREIRA, Manuel Rodrigues. A Maçonaria na Independência Brasileira.

In: FERREIRA, Manuel Rodrigues; FERREIRA, Tito Lívio. São Paulo: Biblos, 1968 vol. usp. br/bbd/handle/1918/03890400>. Acesso em: 17 de Agosto de 2014.

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