Abolição da escravidão no Brasil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Estatística

Documento 1

Entretanto, o trabalho intensivo não fazia parte da cultura dos índios, que por sua vez reagiram a escravização, enfrentando os colonizadores e fugindo para o interior das selvas, sendo quase impossível capturá-los. Além disto, os indígenas tiveram “apoio” de missionários cristãos, que visavam a catequização dos índios. Com isso, os portugueses recorreram a outra alternativa, dando início ao tráfico negreiro. Retirados da África, muitos negros foram trazidos ao país em porões de navios. Ao contrário do que se pensa, muitos traficantes de escravos firmavam acordo com chefes tribais, que se responsabilizavam pela captura de africanos membros de sua própria tribo, ou aqueles que eram capturados de tribos inimigas. Costumavam trabalhar cerca de 12 a 16 horas por dia.

Ao anoitecer, eram alojados em acomodações coletivas, conhecidas como senzalas. Além disso, os escravos eram constantemente vigiados e brutalmente castigados caso agissem de forma contaria as ordens que recebiam. Embora naquela época a escravidão fosse tratada como uma pratica normal e aceitável, havia aqueles que condenavam tal ato, porém, eram a minoria, e não tinham influência política para mudar a situação. Já durante o século XIX, surgiu o movimento abolicionista, que defendia o fim da escravidão no Brasil. Neste meio tempo, os filhos dos escravos mantinham-se nas fazendas juntos a sua família, encontrando dificuldade em deixá-los ao atingir a maioridade. Muitos fazendeiros para burlar a lei do ventre livre aumentaram a idade de seus escravos, e assim, esconder os ingênuos introduzidos por contrabando.

Com a aplicação dessas leis, a campanha abolicionista foi ganhando força, e em 1884, os estados, Amazonas e Ceará aboliram a escravidão em seus territórios. Com isso, nos outros estados, muitos escravos começaram a organizar grandes fugas. O que ocasionavam diversos prejuízos aos fazendeiros. Assim, a igreja passou a ser um dos elementos principais do movimento que apoiava a abolição da escravatura. Dom José recebeu o apoio de arcebispos da Bahia e de São Paulo, que abraçaram a causa abolicionista, a favor dos negros. A Lei Áurea surgiu de um projeto apresentado pelo ministro da agricultura, Rodrigo Augusto da Silva, no ano de 1884. A lei que visava a libertação dos escravos foi feita pelo gabinete ministerial, e presidida pelo conselheiro Souza Dantas.

Porém foi rejeitada pela Câmara Geral. A Lei Áurea foi o marco da primeira mobilização de opinião pública no país, nos quais participaram jornalistas, advogados, poetas, estudantes, políticos, escravos e libertos. Devemos levar em conta que a Lei Áurea só deu fim a escravidão, mas não deu fim a exploração do trabalho dos ex-escravos. Pois a lei não contava com nenhum auxílio que facilitasse os libertos a serem inseridos na sociedade brasileira. Os ex-escravos não receberam qualquer tipo de amparo, ou indenização por tantos anos de trabalho forçado. Analfabetos, sem acesso à terra, e vítimas de muito preconceito, o destino dos ex-escravos foi diverso.

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