Gestão do conhecimento e recursos humanos

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão de segurança

Documento 1

Gestão do Conhecimento. Administração. Comportamento Organizacional. INTRODUÇÃO Neste trabalho, será tratada a Gestão do Conhecimento aqui entendida como o processo de obter, gerenciar e compartilhar o conhecimento dentro da mesma organização. Esse processo envolve aspectos tecnológicos e humanos, tais como: criação, armazenamento, disseminação, utilização e medição (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. O conceito de conhecimento Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), o estudo do conhecimento é tão antigo quanto à própria história da humanidade tem sido central da Filosofia e da Epistemologia desde a Grécia Antiga. Ultimamente, começou a receber atenção redobrada de teóricos socioeconômicos como Peter Drucker (1909-2005) e Alvin Toffler (1928-2016) que alertaram para a relevância do conhecimento como recurso de poder. No século XVIII, com o advento da Revolução Industrial2 (1760), quando se percebeu um significativo aumento da produtividade3, devido à evolução do conhecimento que passa a ser efetivamente aplicado ao saber fazer e ao trabalho, na visão de Drucker (1993), de modo a facilitar o aprendizado4, os conhecimentos de diferentes ofícios passaram a ser reunidos por meio de catalogação sistematizada.

Segundo Drucker (1993) o conhecimento marcou o século XX como o século das grandes transformações tecnológicas, sobretudo com o advento da informática e dos computadores que permitiram o desenvolvimento de atividades que aumentaram, sobremaneira, a produtividade. Drucker (1993) assinala ainda, a transição do capitalismo para outro modelo econômico, denominado “pós-capitalista”, centrado no conhecimento e, não mais, no capital. Portanto, ainda segundo Dalkir (2005), podem-se relacionar os seguintes atributos que constituem a Gestão do Conhecimento: o conhecimento, os dados e as informações. O conhecimento é uma maneira mais subjetiva de saber e é tipicamente baseado em valores experimentais ou individuais, percepções e experiência. Constitui-se de “uma abstração interior, pessoal, de alguma coisa que foi experimentada por alguém. Dado é uma sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis.

Informação é uma abstração informal que representa algo significativo para alguém. Comportamento Organizacional Segundo com Robbins (2005, p. o Comportamento Organizacional pode ser definido como “o campo que investiga o impacto que os indivíduos, os grupos e as estruturas têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional”. Para este, as três variáveis apresentadas, quer seja, indivíduos, grupos e estruturas interagem de modo que as organizações funcionem mais eficazmente. A preocupação do Comportamento Organizacional resumidamente é o cuidado com o desempenho das empresas. Nesse contexto do Comportamento Organizacional, surgem conceitos como a produtividade, a rotatividade, o desempenho humano, a motivação, o comportamento, a comunicação interpessoal, as estruturas, os processos e o aprendizado8 e, para Robbins (2005), em virtude de tais variáveis estarem intimamente ligadas aos indivíduos, fazer qualquer tipo de generalização é uma tarefa difícil, pois os seres humanos são complexos por natureza, de modo que, por exemplo, diante de uma mesma situação duas pessoas, geralmente, reagem de formas diferentes e um mesmo indivíduo pode mudar seu comportamento em situações diferentes.

Surge neste momento à necessidade de tipificar quais seriam estes conhecimentos, bem como a interação entre eles. O conhecimento tácito e o conhecimento explícito Nonaka e Takeuchi (1997) diferenciam os tipos de conhecimento em tácito e explícito. O conhecimento tácito é pessoal, específico ao contexto e difícil de ser formulado e comunicado. Nessa categoria de conhecimento podemos fazer referência a, por exemplo, as conclusões, os insights e os palpites subjetivos. O conhecimento tácito está intimamente ligado às ações e experiências de um indivíduo, bem como seus valores, emoções e ideais. Segundo os autores um indivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente de outros, sem usar a linguagem, de modo que o segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência, pois sem alguma forma de experiência compartilhada é difícil que um indivíduo se projete no processo de raciocínio do outro.

Para exemplificar a socialização, os autores apresentam em sua obra, Criação de Conhecimento na Empresa, casos de sucesso nas empresas japonesas, em específico na Honda e na Matsushita, onde se percebe, por meio do relato destes, que a mera transferência de informação fará pouco sentido se desligada das emoções associadas e dos contextos específicos nos quais as experiências compartilhadas são embutidas. Nesses casos, os autores dão ênfase que o processo de socialização ocorre por meio de observação, imitação e prática. Com relação à socialização estes apresentam, além do mais, a notória relação entre os clientes e os desenvolvedores dos produtos, pois estas relações ocorrem durante todo o processo, quer seja, no desenvolvimento dos produtos, no lançamento e na sua utilização nos quais os clientes participam propondo ideias para o seu aprimoramento.

A externalização: conhecimento tácito em explícito Para Nonaka e Takeuchi (1997, p. Os indivíduos trocam e combinam conhecimento por meio de documentos, conversas, reuniões, ou redes de comunicação. A reconfiguração das informações através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito pode levar a novos conhecimentos. Na compreensão de Drucker (2002) a combinação tem como objetivo sistematizar o conhecimento explícito, ocorrendo a conversão de explícito para explícito. Nesse caso o conhecimento passa do grupo para a organização. Nonaka e Takeuchi (1997) exemplificam que o modo de combinação é realizado quando os conceitos intermediários, como conceitos de produtos, são combinados e integrados a conceitos principais, como a visão da empresa, de maneira a gerar um novo significado ao conhecimento explícito.

A espiral do conhecimento pode ser sintetizada da seguinte forma. Inicialmente, por meio da socialização se amplia um campo de interação que permite o compartilhamento dos conhecimentos tácitos entre os indivíduos. Posteriormente, a partir da externalização, utilizando-se de metáforas ou analogias é gerado o diálogo ou reflexão coletiva, o que gera o “conceito explícito”. Em seguida, a combinação possibilita que o conhecimento recém-criado seja adicionado ou incorporado àquele já existente, resultando em sua amplificação o que gera novos processos, sistemas ou modos de fazer. Finalmente, a internalização ocorre a partir do “aprender fazendo”. Do ponto de vista epistemológico ocorre o processo de conversão do conhecimento em quatro modos: socialização, externalização, combinação e internalização; apresentados no tópico anterior.

Em ambas as dimensões, ontológica e epistemológica, “suas interações produzem uma espiral quando se introduz o tempo como terceira dimensão, de maneira que a inovação surge da interação dessas duas espirais” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. A implantação da Gestão do Conhecimento no Setor Público Implantar a Gestão do Conhecimento nas organizações privadas não é tarefa simples, segundo Darr (1995), estudos empíricos apresentaram que enquanto as organizações criam conhecimento e aprendem, estas, por vezes, não se recordam deles em momentos oportunos, ou até mesmo do caminho que foi seguido para adquiri-los. Como implantação a Gestão do Conhecimento nas organizações privadas não é tarefa simples, que teoricamente possuem ambientes com maior liberdade de ação, mais desafiador se torna efetivá-la na Administração Pública, que tem a obrigatoriedade de seguir procedimentos, normas e regulamentos específicos.

Segundo Batista (2012) para aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social, e para observar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência na administração pública, é necessário mobilizar o melhor conhecimento disponível nessas organizações ou fora delas, de maneira que, segundo o autor, a Gestão do Conhecimento é a base de tudo na administração pública. Brasília, DF: IPEA, 2012. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. DALKIR, Kimiz. p. nov. DRUCKER, Peter F. Sociedade Pós Capitalista. ed. ed. São Paulo: Pearson, 2005.

93 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download