Resenha do Filme um Caminho de Luz

A paciente induzida a se sentir culpada a todo instante, caso se auto permitisse a falar o que de fato estava sentindo, seus sentimentos eram privados e a mesma não podia se rebelar contra aquilo que estava vivenciando. O filme nos mostra também, quão falha pode ser, a interpretação dos sentimentos alheios, se não permitimos que essa pessoa nos relate o que verdadeiramente está sentindo ou idealizando. No momento de delírio por causa da doença a personagem chama por Jesus o tal garoto por quem está apaixonada. A mãe se quer cogita outra hipótese e atribui o chamado da mesma à figura central do Cristianismo, e mais uma vez a autonomia do paciente não é respeitada como ser humano que é. Olhando por um outro ângulo podemos dizer também que essas mesmas pessoas as quais agiram tão egoistamente poderiam ter agido diferente se houvesse a inserção dos cuidados paliativos pois os mesmos poderiam compreender que deixar que a paciente expressasse seus sentimentos, faria com que a mesma pudesse ter melhor controle naquilo que estava sentindo e consequentemente melhor qualidade de vida.

Crítica e Linguagem cinematográfica, Secretaria de Educação de Minas Gerais (2012). cineprise. com. br.