DISSERTAÇÃO SOBRE SURDOS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Nos séculos XVI, XVII E XVIII , os surdos eram vistos como incapazes de comunicação e, portanto, incapazes de pensamento – condições atribuídas ao ser humano. O acesso à relação comunicativa com o outro, pela descrença em sua capacidade humana, lhe era negado. Compreendermos que daí resultou o entendimento de que a surdez era condição de animalidade. Na Espanha a partir do século XVI , com ajuda da ciência e da tecnologia iniciava-se a educação para pessoas surdas. No século XVIII surgiram os primeiros educadores de surdos , Michel de L’ E pée que era francês e o alemão Thomas Hopkins Gallaudet. Ele iniciou um trabalho com duas crianças surdas através da leitura de lábios. Assim a comunidade surda veio conquistando o seu espaço e respeito na sociedade brasileira.

A Fundação do Instituto Nacional de surdos-mudos deu-se em 26 de Setembro de 1857 e é atualmente o Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES). Em 1911, O INES no Brasil deu seqüência à tendência mundial e estabeleceu o Oralismo puro em todos as disciplinas. Ainda sim a língua de sinais continuou em sala de aula até 1957, quando a diretora Ana Rimula de Faria Doria, com a assessoria da professora Aupia Couto proibiu a língua de Sinais oficialmente em sala de aula. Esta Lei definiu formas institucionais para o uso e difusão da língua portuguesa de sinais ( L1) e da língua portuguesa (L2) na qual visa o acesso das pessoas surdas à educação, bem como reconhece legalmente a língua brasileira de sinais - LIBRAS. Está lei representa uma conquista ímpar em todo o processo dos movimentos sociais dos surdos e tem conseqüências extremamente favoráveis para o reconhecimento do profissional intérprete de língua de sinais no Brasil, como apoiadores de todo o processo.

Pelo exposto fica evidenciado que a integração social do individuo surdo envolve a existência de grupos de surdos e sua convivência com os ouvintes. Os surdos não podem ser tratados simplesmente como doentes, porque não o são. Esta visão só poderá se modificada se ultrapassarmos as decorrências diretas da perda auditiva e analisarmos de forma mais abrangente as conseqüências geradas por ela. Entre aqueles que não mantêm um contato direto com as crianças surdas ainda pode ser percebida alguma resistência em relação ao valor da aprendizagem das Libras nas escolas. Entretanto, o acompanhamento cuidadoso das práticas pedagógicas e do desenvolvimento de linguagem das pessoas surdas envolvidas aponta para algumas dificuldades que precisam ser enfrentadas quando se pretende criar um ambiente escolar inclusivo bilíngüe e que, portanto, atenda efetivamente as necessidades dos alunos surdos.

Constata-se, assim, que apesar dos obstáculos no desenvolvimento de linguagem observado nos indivíduos surdos , não se pode negar que eles estão se progredindo aquém do esperado e que em comparação com décadas anteriores, o espaço de ensino e socialização deste grupo estão se expandindo.

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