OS MOTIVOS QUE LEVARAM À CRISE DE REFUGIADOS NA EUROPA

Para se compreender os motivos que levaram a esta crise, deve-se antes de tudo compreender a diferença entre os termos “refugiado” e “migrante”. Refugiados são pessoas obrigadas a deixar seus países de origem por conta de perseguições, guerras, ameaças, conflitos ou violação dos direitos humanos, para essas pessoas é extremamente perigoso retornar ao seu país. Já o migrante é alguém que escolhe sair de seu país de origem, em busca de melhores condições de vida, estes podem escolher retornar ao seu país a qualquer momento, e está sob proteção diplomática do governo do seu país natal. Confundir os termos “refugiado” e “migrante” pode gerar sérias consequências na vida e na segurança dos refugiados. Misturá-los desvia a atenção das salvaguardas legais especificas a que os refugiados têm direito.

teriam sido detidas pelo governo sírio através das forças armadas. Forças militares que apoiam Assad receberam acusações de serem responsáveis por assassinatos e ações violentas contra civis. Entretanto, além do Estado Islâmico que já é conhecido pelos atos terroristas e graves violações dos direitos humanos, os grupos de oposição, incluindo o Exército Livre da Síria, também foram acusados por atrocidades e homicídios. Esta situação fez com que aproximadamente 5,5 milhões de sírios deixassem o país, entretanto, ao contrário do que se imagina, a Europa não é o principal destino dos Sírios. Segundo a Anistia Internacional, mais de 90% destes refugiados estão concentrados em cinco países do Oriente Médio e África: Líbano, Turquia, Jordânia, Iraque e Egito.

A resposta de muitos governos é carregada de racismo e xenofobia, com um discurso que defende medidas extremas, que vão de prisão à deportação dos migrantes. A guerra civil na Síria segue com grande indefinição. O território sírio hoje se encontra fragmentado entre os vários grupos existentes, talvez com leve superioridade do Estado Islâmico. Até o momento, as perspectivas para o fim do conflito são nebulosas. Em contrapartida, a quantidade de refugiados entrando na Grécia caiu drasticamente desde o acordo entre a União Europeia e a Turquia, que controla a quantidade de pessoas chegando às ilhas grega pelo Mar Egeu.