A AMIL E O SISTEMA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA NO BRASIL

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Herzlinger e Ricardo Reisen de Pinho, publicado na Harvard Business School em 26 de agosto de 2011. O mercado de planos de saúde possui características econômicas intrínsecas: a demanda é inelástica, a procura é orientada pela oferta e a presença de fatores externos não favorece o predomínio de mecanismos de mercado (CUTLER; ZECKHAUSER, 2014). O conhecimento desses aspectos é relevante para a compreensão da dinâmica dos oligopólios constituídos pelas operadoras de planos de saúde e suas empresas derivadas, que constituem desafio para a agência reguladora para solidificar preços e confluir os interesses entre operadoras, prestadores de serviços e consumidores (OCKÉ-REIS, 2007). DESENVOLVIMENTO Criados no Brasil na década de 1960, os planos de saúde foram idealizados levar mais segurança e conforto a funcionários de grandes empresas e seus familiares.

A limitação dos serviços públicos contribuiu para a expansão do modelo de negócio, que continuou crescendo ao longo dos anos, mas só foi efetivamente regularizado em 1998, a partir de diversas leis que foram criadas desde então. Com a finalidade de expandir seus negócios em meio às condições favoráveis do mercado de saúde, ainda em plena expansão no Brasil, a Amil efetivou em 2011 a compra da Lincx, operadora de planos de saúde com enfoque em clientes do segmento premium. Contudo, apesar da boa gestão, a organização passou a enfrentar dificuldades financeiras relacionadas aos resultados no curto prazo, especialmente devido à grande pressão exercida por concorrentes que possuíam modelo de negócio semelhante. Para se adaptar a esta nova realidade, a Amil teria de otimizar processos internos e investir no lançamento de novos produtos.

Em adição aos problemas corporativos, a Amil enfrentaria ainda a instabilidade provocada pelo clima de greves de associações médicas, que protestavam contra as condições de trabalho impostas pelas operadoras de planos de saúde e pelos sistemas de pagamento e terceirização de procedimentos. Além do foco no cliente, a cultura de trabalho da Amil é também fundamentada no cuidado com seus empregados. As práticas de expansão vertical empregadas pela Amil era fundamentado em sua capacidade de impor custos cada vez mais baixos aos prestadores de serviços conveniados. As reduções de pagamento da operadora para o prestador podem tornar a qualidade do serviço prestado insatisfatória, lesando os clientes. Contudo, conforme aponta Lima (2013), há poucos dados históricos disponíveis para avaliação dos impactos da integração vertical no bem-estar social, mas é sabido que a concentração da cadeia pode levar a condutas anticoncorrenciais, que devem ser atentamente analisadas por autoridades antitruste.

O anexo 6 do artigo apresenta dados estatísticos de 2011 acerca da participação das classes sociais, elencadas de A a E, nas carterias de produtos da Amil. É descrito que as características dos serviços prestados tendem a variar de acordo com a classe, indo desde a escolha livre e reembolso para as classes mais altas à rede restrita para as classes mais baixas. f. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) - Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: https://bibliotecadigital. fgv. br/dspace/bitstream/handle/10438/11877/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Pos%20Defesa%20Monica%20Giesta%20%20com%20Ficha%20e%20Folha%20de%20Aprova%c3%a7%c3%a3o%20para%20Envio%20Biblioteca. Acesso em: 23 out. CUTLER, David M. ZECKHAUSER, Richard J. The anatomy of health insurance. In: Culyer AJ, Newhouse JP, editors.

enap. gov. br/handle/1/5447. Acesso em: 24 out. NORDHAUS, William D.  Ciência & saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. n. p. Disponível em: https://www. scielosp. pdf. Acesso em: 23 out. VALOR ONLINE.  Omint reage com marketing à compra da Lincx pela Amil. S. l. abr. Disponível em: https://veja. abril. com. pdf. Acesso em: 23 out.

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