A APLICAÇÃO DA ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA NO DOMÍNIO COGNITIVO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

É preciso que o aluno se informe com antecedência e, no caso de Artigo, não é necessário fazer a Ficha Catalográfica. Dimensão: 7,5cm de altura e 12,5cm de largura Tecnologia do Desenvolvimento Nome Completo do Aluno Avanços tecnológicos na educação Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Municipal de São Caetano do Sul, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Tecnologia do Desenvolvimento. Aprovado em de de 2019. Examinador. Prof. EAD. Tecnologia da Informação. ABSTRACT This study aimed to understand how the application of the concepts of andragogy and heutagogy in the mode of distance learning for adults occurs. To do this, a narrative review of the literature was carried out, starting with publications between 2009 and 2019. This study was divided into three discussion topics: initially a conceptual and historical retake of the development of distance learning in Brazil and in the world; in the sequence the subject of the acquisition of the cognitive domain, that is, the learning in itself from a cognitive bias was discussed; finally, the findings from the cross-referencing of the key terms: andragogy, heutagogy and EAD were reported.

Modelo andragógico e heutagógico aplicado educação à distância 17 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 26 REFERÊNCIAS 27 DEDICATÓRIA Com o fechamento desse importante ciclo, não posso deixar de prestar algumas simples homenagens a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação. Gostaria de mencionar todos os funcionários e professores da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, pelo seu apoio e por fazer do ambiente institucional um local propício para meu desenvolvimento acadêmico. Em especial, gostaria de agradecer à coordenação do curso de Tecnologia do Desenvolvimento, pelo rico material elaborado, abrangendo tão importante problemática na área da educação e tecnologia. Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Compreender melhor este exemplo torna-se relevante nos tempos atuais, em face de toda transformação socio-histórica-cultural da contemporaneidade, inclusive no campo educacional.

Mormente, este conceito favorece a abrangência do processo de Educação de Adultos (BARROS, 2018). Etimologicamente, a Heutagogia deriva da junção das palavras gregas heuta (auto) e agogus (guiar), que se refere a um processo de aprendizagem, onde o aluno é auto responsável por sua aquisição de conhecimento. Neste sentido, cabe ainda acrescentar nesse conceito sua intrínseca ligação com as novas modalidades de aprendizado, por meio das fontes tecnológicas, principalmente a Educação à Distância (EAD) (COELHO, DUTRA e MARIELI, 2016). Alves (2011) esclarece que, atualmente, a educação pode ser executada a partir de encontros presenciais, modelo convencional, ou através de recursos tecnológicos, na modalidade à distância. Quando se investiga o processo de ensino-aprendizagem, de forma automática, remete-se à criança. Contudo, o foco do presente trabalho foi conhecer como se dá o aprendizado no adulto.

Neste sentido, não se desprezará todos os componentes cognitivos relacionados que têm importante papel na construção do conhecimento. Desse modo, este trabalho monográfico tem como objetivo principal examinar como se dá o processo de aquisição do domínio cognitivo na educação à distância a partir da aplicação dos modelos andragógicos e heutagógicos. Para tal, realizou-se uma revisão narrativa da literatura brasileira, nos últimos 10 anos. Keegan (1991) apud Alves (2011, p. assim define: [. a educação a distância como a separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial, comunicação de mão dupla, onde o estudante beneficia-se de um diálogo e da possibilidade de iniciativas de dupla via com possibilidade de encontros ocasionais com propósitos didáticos e de socialização.

A educação à distância, no Brasil, foi regulamentada pelo Decreto nº 5. de 19 de dezembro de 2005. Vidal e Maia (2010) explanam que, na tentativa de se estabelecer uma definição para a EAD, muitos estudiosos do campo educacional vêm se dedicando a este tema. Desse modo, os autores adotaram como basilar o entendimento de que a EAD se encontra na intercessão entre o par convencional formado pela relação entre o docente e o discente, e por outro lado, o saber autoconstruído, onde o professor não se faz imprescindível. Complementarmente, a EAD se vale do aproveitamento da tecnologia associada ao aprendizado. Isso permite um rompimento com as barreiras tradicionais de tempo, espaço e faixa etária. É, portanto, uma forma de aprendizado autônomo: Ou seja, a EAD, pelos próprios mecanismos pedagógicos adotados, favorece a formação de cidadãos mais engajados socialmente, conscientes de sua autonomia intelectual e capazes de se posicionarem criticamente diante das mais diversas situações.

Contudo, somente na década de 1960 o mundo experimentou um avanço nas práticas de educação à distância (VIDAL e MAIA, 2010). Segundo Mugnol (2009), a criação da Open University, em Londres, foi um ponto paradigmático no campo das EADs, pois formalizou metodologias e técnicas, e desenvolveu tecnologias, que conferiram mais consistência para este modelo. Neste processo de expansão nos países europeus, Desmond Keegan foi quem apresentou importante contribuição, na década de 1980. O autor identificou alguns elementos cruciais relativos ao processo de EADs, tais como: [. in distance education face-to-face group-based communication is absent either wholly or substantially; educational technology does not abandon interpersonal communication: it nourishes and supports it educational technology deals with the use of technology for the education of six hundred million students in the world.

Isto significa uma mudança radical nas funções docentes tradicionais; planejamento do curso, a organização racional de todo o processo e a formatação das fases se assemelha à produção industrial; a preocupação de um contínuo controle, como a sistematização de contínuas avaliações no processo e do produto da EAD, objetiva a otimização do tempo e do trabalho dos recursos humanos e; a centralização e monopolização da produção tornam esse sistema economicamente rentável. No Brasil, a implantação da EAD não foi fácil e linear. Os primeiros registros ocorreram na década de 1920, com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que anos depois passou a se integrar ao Ministério da Educação. Dois institutos também foram os primeiros a apresentar algum trabalho em EAD: o Instituto Monitor (1939) e o Instituto Universal Brasileiro (1941), ainda em funcionamento.

Em 1974, no Ceará, criou-se uma iniciativa pioneira com uso da televisão, conhecida como Sistema de Tele Ensino, modalidade que visou suprir a demanda de professores para os anos finais do ensino fundamental. Isso conduz a presente investigação para outro ponto igualmente relevante, que se debruça sobre os aspectos relacionados o domínio cognitivo como um processo que merece ser melhor investigado. No próximo tópico, algumas proposições auxiliarão nessa compreensão. Concepções sobre aprendizagem O ser humano é social e relacional. Suas primeiras experiências de vida, bem como a aprendizagem, são mediadas pelos seus cuidadores, a fim de que possam conhecer o mundo a sua volta. Segundo Piaget (1987), o conhecimento é formado e mediado pelos esquemas construídos pelo indivíduo. A compreensão moderna sobre este processo relaciona de forma igualitária os campos da educação e da saúde, para se debruçarem sob tal tema.

Inicialmente, cumpre abordar as células responsáveis pelo aprendizado: os neurônios e as células gliais. Os neurônios são as únicas células do corpo humano que possuem a capacidade de aprender e estima-se que cada indivíduo possua em média 100 bilhões de neurônios. A transmissão química é aquela mais relacionada ao mecanismo de aprendizagem. Por fim, as funções executivas do cérebro, como atenção, percepção, emoção, estão presentes em todo aprendizado e cada função se relaciona com uma região cortical, carecendo de intensa comunicação neuroanatômica (RIESGO, 2006). Porém, não é rara a observação em instituições de ensino para crianças ou mesmo dentro das famílias em que a brincadeira é relegada ao segundo plano.

Em geral os brinquedos, que para ela, podem ser qualquer tipo de objeto que a criança possa interagir, ficam expostos ou guardados em locais de difícil acesso pelas crianças. Cada vez que um bebê ou até uma criança já um pouco maior se vê exposta a um brinquedo ela é impelida a alguma reação. Ela toma a decisão de olhar ou não para ele, tocá-lo ou não e aí tem início os processos de interação, aprendizagem e desenvolvimento. Assim, a criança começa a usar uma faculdade importantíssima para sua vida, que é a escolha. Surgiu, então, o setor de serviços, que nas últimas décadas expandiu-se largamente. A rapidez com que as ferramentas e os conhecimentos se tornam obsoletos, suscitou a demanda pela constante aprimoração dos profissionais.

Isso mudou a forma com que trabalham e também como aprendem. A dinâmica diária é intensa, veloz, restando pouco tempo para a instrução e aquisição de novas habilidades. Dessa forma, a educação à distância surgiu como forma de preencher essa lacuna e solucionar tal questão. Por ser dotado de uma história marcada pelas diversas experiências, pode, portanto, refletir mais sobre como aprende e acumula conhecimento, diferentemente da criança. Adultos, de forma geral, carregam o rótulo da responsabilidade e é nesse seguimento que a educação auto ditada se ancora. Segundo Mugnol (2009), mesmo fora da educação convencional, a EAD se efetiva pedagogicamente trabalhando nos níveis da cognição, afetos e psicomotores dos indivíduos. Logo, mesmo sem um meio de comunicação imediato, mas mediado, mormente através dos computadores e da internet, ao adulto que precisa responder às exigências laborais, torna-se uma via pedagógica importante.

O caráter auto didático da EAD não significa dizer que o sujeito se encontre sozinho nesse trajeto rumo ao conhecimento. A proposta de Knowles levantou algumas discussões ao apresentar essa separação entre aprendizagem da criança e do adulto. Para ele, a criança apenas recebe a informação de que precisa aprender determinado conteúdo, tornando o saber algo feito por meio de imposição. Na perspectiva pedagógica, a criança seria dependente do professor. Outra questão é que no ensino das crianças, o foco está no educador, sendo este o principal responsável, em razão da sua experiência e conhecimento prévio. Já conforme o modelo andragógico para adultos, a aprendizagem está condicionada a uma avaliação quanto a utilidade que determinado conteúdo apresenta; o adulto é autônomo e autodirigido na sua aprendizagem.

Rocha (2012) elencou os 10 pressupostos básicos da andragogia e sua importância para a educação de adultos. O autor esclarece que tem sido crescente a preocupação em alinhar os objetivos educacionais, com vista às metas de aprendizagem dos adultos, seja por gestores e tutores de cursos, ou por empresas que investem na educação corporativa. Neste sentido, tais premissas facilitam, articulam e orientam o processo de ensino para adultos. O autor destaca, conforme elaborado por Knowles: autonomia; humildade na troca professor-aluno; iniciativa; dúvida; mudança; contextos; experiência de vida; busca; objetividade; e, por fim, valor agregado. Conforme Coelho, Dutra e Marieli (2016), a organização da aprendizagem pautada na andragogia obedece a cinco etapas. Além disso, tendo em vista o uso de novas tecnologias da informação, a heutagogia tem se mostrado mais adequada quanto método de aprendizagem para o adulto.

A interface virtual permite que o aluno seja livre para escolher o que, como e quando quer aprender. Isso, de certa forma, exige que os modelos tradicionais e convencionais de ensino sofram alguma modificação e flexibilização na sua estrutura (COELHO, DUTRA e MARIELI, 2016). Godoi (2016) pesquisou o perfil dos alunos da EAD de uma instituição do Sul de Minas Gerais, a fim de verificar, inclusive o estilo de aprendizagem que mais se adequava a este público. Como achados, o pesquisador encontrou que, majoritariamente, o grupo é formado por mulheres adultas, empregadas e constituindo responsabilidades familiares. Do ponto de vista construtivista, a aprendizagem é um processo, que obtém melhores resultados se houver engajamento do aprendiz em todas as etapas que envolvem a aquisição do conhecimento. Andragogia é o termo reservado para a aprendizagem de adultos, cujas formas de interagir com conhecimento são distintas.

Adultos gostam de sentir que estão no controle de suas vidas, suas ações. Eles não se abrem para aprender sem antes se sentirem dispostos e motivados para isso: querem saber por que um assunto é importante para ser aprendido e em que aspectos está relacionado às suas experiências, pois se interessam em aplicar imediatamente o novo conhecimento aprendido. Assim, os organizadores de aprendizagem a distância para adultos usam diversos métodos de atividades: como debates envolvendo os alunos, apresentações de projetos, brainstorming (procurando novas ideias por meio de pensamento associativo em grupo) e estudos de caso, promovendo assistência mútua entre os alunos (LITTO, 2010, p. Finalmente, Castoriadis explica que autonomia é um conceito que só se aplica na vivência coletiva. Na relação pedagógica, a autonomia configura-se em reconhecer no outro a capacidade de participar, ter o que oferecer e poder decidir aliado ao potencial do sujeito em “tomar para si” sua própria formação.

Preti (2000) afirma que a autonomia está relacionada ao próprio indivíduo, à sua capacidade de buscar por si mesmo, sem uma dependência explícita de outrem. Nesse aspecto, reconhecer a “autonomia” no processo de ensino e de aprendizagem significa entender que o outro é independente, capaz de construir sozinho e que o professor formador e/ou tutor é o mediador do processo de aprendizagem (SANTOS, 2015, p. Borges, Jesus e Silva (2013) apresentam alguns resultados a partir de um curso de pedagogia, na modalidade de educação à distância da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Quanto ao aluno, esse passa a ser um sujeito com autonomia e responsabilidade frente aos seus estudos e também em relação ao grupo promovendo interação entre todos (TORTORELI e GASPARIN, 2012, p. Bizarria et al (2013) discutiram sobre a aprendizagem baseada em problemas (ABP) como estratégia de ensino corporativos de adultos, por meio da EAD.

Os autores explicam que este método utiliza estudos de caso, que foram elaborados anteriormente, através dos quais o aprendiz se responsabiliza pelo aprendizado, por meio da reflexão prática. Os autores explicam esquematicamente como funciona o ciclo de aprendizagem neste modelo: Figura 2 – Ciclo de aprendizagem ABP Fonte: adaptado Hmelo-Silver (2004, p. apud Bizarria et al (2013, p. Assim, no primeiro caso, ao se pensar no conteúdo, é preciso levar em conta a didática que será empregada, tendo em vista as especificidades do ensino EAD. O professor deve ter uma visão ampla sobre todo o processo de ensino-aprendizagem para que planeje e formule o material didático de forma eficiente. Neste caso também, é preciso considerar como os sujeitos aprendem e seu contexto social, econômico e cultural. No caso da tutoria, o trabalho é direto com os alunos a partir do material elaborado pelo conteudista.

Em síntese, ele orienta e media o estudo. Este público, normalmente é caracterizado por sua capacidade de realizar julgamento crítico, tomar decisões baseadas nas necessidades e ser capaz de gerenciar sua vida de forma autônoma. Além disso, esse grupo exerce importante participação no mercado de trabalho e na vida familiar. Sendo, portanto, limitados no quesito tempo e espaço para permanecer se habilitando para atender às demandas do mundo corporativo. Dessa forma, a educação à distância tem se mostrado uma via flexível, que quando exercida com qualidade, cumpre a missão de agregar conhecimento na vida desses indivíduos. Cumpre observar, além disso, que na heutagogia o aprendiz é único responsável por decidir o que aprender e como ele fará isso. v.

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