A BNCC NA GESTÃO ESCOLAR Administração Supervisão e Orientação

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO O presente artigo parte de uma ideia central que orienta suas reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A escola, como unidade básica e espaço de realização de objetivos e metas do sistema educativo, encontra-se hoje como centro da atenção da sociedade, constituindo-se de grande valor estratégico para o nosso desenvolvimento, assim como importante também para a qualidade de vida e demandas sociais das pessoas que orbitam o seu entorno comunitário (LÜCK, 2000). Tal situação é um grande desafio para os gestores escolares, pois exigem deles novas atenções, conhecimentos, habilidades e atitudes, que deságuam na necessidade de competências para a tomada de decisões participativas e justas. A partir desse ponto, a liderança desse gestor escolar entra em discussão. A principal motivação na escolha desta temática está relacionada tanto na influencia como na participação da gestão escolar no meio pedagógico, assim como pelas novas exigências e modificações presentes nos planejamentos e regências devido a BNCC, ao solicitar que o gestor conheça a perspectiva das competências sócio emocionais.

Nesses modelos, a função de gestor escolar assume uma amplitude maior devido aos inúmeros e novos desafios enfrentados no exercício de sua práxis diária. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir determinado objetivo. Gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização para seus objetivos. Portanto, gestão é o ato de conduzir para a obtenção dos resultados desejados. OLIVEIRA; PEREZ JR. SILVA, 2002, p. A gestão educacional não surgiu para substituir a administração escolar e sim para complementá-la em aspectos até então não contemplados. O conceito de gestão educacional, portanto, pressupõe um entendimento diferente da realidade, dos elementos envolvidos em uma ação e das próprias pessoas em seu contexto; abrange uma série de concepções, tendo como foco a interatividade social, não considerada pelo conceito de administração, e, portanto, superando a.

LUCK, 2007, p. Está previsto na Lei 9. BRASIL, 1996a), que as escolas possuem autonomia para atender as particularidades regionais e locais de seus alunos, no entanto precisam respeitar as normas comuns dos sistemas de ensino. Para isso utiliza de diversas formas, como por exemplo, a organização dos currículos, a sua gestão e a adoção de currículos mínimos e atualmente a formulação de uma Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica. Conforme (BNCC na prática da gestão escolar e pedagógica, 2018): Os professores, que idealmente terão participado ou acompanhado o processo de (re)elaboração curricular, buscarão, então, promover situações em sala de aula para favorecer o desenvolvimento das competências expressas na BNCC. É fundamental, portanto, que gestores educacionais e escolares, coordenadores e professores conheçam e compreendam a proposta, a estrutura e a lógica de organização da BNCC e se aprofundem nas etapas/áreas/ componentes em que atuam.

BNCC, 2018, p. No Brasil, o tema da gestão escolar está intrinsecamente relacionado com as discussões acerca da qualidade da educação. E o trabalho é a adequação, por meios pertinentes, aos fins projetados e definidos, em nosso caso, pelo ordenamento jurídico”. Para tanto o currículo tem se tornado uma poderosa arma de coerção e controle social. É a garantia de que na escola será assegurado, mediante a reprodução dos conhecimentos estabelecidos, o comportamento do estudante para se manter passivo na sociedade e reproduzir o que aprendeu. A Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica não é um currículo mínimo, trata-se de conjunto de conteúdos necessários para delinear a identidade do ensino brasileiro (BRZEZINSKI, 2015). Deve se tornar o alicerce da formação escolar desde que não tenha o objetivo de servir somente de suporte para o controle daquilo que o aluno pretensamente “aprendeu” e reproduziu transcrevendo em provas de larga escala.

Um mecanismo que se confronta com essa divisão é o respeito à democracia que “[. impõe-se frente a uma sociedade impregnada de várias formas de seletividade social” (CURY, 2014, p. A gestão escolar, diante dessa situação, poderá assumir duas posições diferentes: a) será conivente com o Estado, assumindo seu lugar de poder, para garantir que a autonomia da escola seja tomada pelo Estado ao determinar normas de forma inflexível; b) haverá resistência e confronto com tais determinações por meio dos movimentos sociais de educadores que não concordam com a dominação feita arbitrariamente pelo Estado. De acordo com Paro, diante da primeira situação, [. a escola aparece como uma das instituições que o Estado (em sentido amplo) procura manter sob sua tutela, com vistas a garantir a hegemonia da classe que ele representa.

A gestão escolar sob a ideologia democrática exige que a população trabalhadora, principal interessada nas ações da escola, possa de modo legítimo participar da tomada de decisão coletiva no interior da escola. Continua Paro Se, todavia, concebemos a comunidade – para cujos interesses a educação escolar deve voltar-se – como o real substrato de um processo de democratização das relações na escola, parece-me absurda a proposição de uma gestão democrática que não suponha a comunidade como sua parte integrante. Por mais tautológico que isso possa parecer, o equívoco aqui apontado parece estar muito mais presente do que se imagina, na teoria e na prática da administração de nossas escolas, numa suposição de que, por mais colegiada que seja a administração da unidade escolar, se ela não inclui a comunidade, corre o risco de constituir apenas mais um arranjo entre os funcionários do Estado, para atender a interesses que, por isso mesmo, dificilmente coincidirão com os da população usuária (PARO, 2000, p.

A prática da gestão democrática na escola é um bom combate às forças dominantes que regem a educação. Para que possa ser efetivamente desenvolvida é necessário esclarecer a população sobre a importância de sua participação nas atividades escolares para as quais é requerida. O papel da escola hoje é formar pessoas fortalecidas por seu conhecimento, orgulhosas de seu saber, emocionalmente corretas, capazes de autocrítica, solidárias com o mundo exterior e capacitadas tecnicamente para enfrentar o mundo do trabalho e da realização profissional. Neste contexto, o diretor de escola é o principal responsável pela execução eficaz da política educacional. É sua função também, coordenar e orientar todos os esforços no sentido de que a escola, como um todo, produza os melhores resultados possíveis no sentido de atendimento às necessidades dos educandos e promoção do seu desenvolvimento.

O centro de atenção máxima da escola deve ser o aluno. A escola existe em função dele, e, portanto, para ele. Para dirigir esta escola, Chalita (2001, p. complementa: “O novo conceito de gestor é o daquele que vai até seus companheiros e interage, e observa, e resolve, e participa, e constrói”. A supervisão escolar A Supervisão Educacional é responsável pela articulação da prática pedagógica, buscando a construção do planejamento curricular, coordenando o processo pedagógico da escola, adequando a aprendizagem às exigências da sociedade. Saviani (2002, p. afirma: Se se entende a supervisão como a ação de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim de assegurar a regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento (FOULQUIÉ, 1971:452) vê-se que mesmo nas comunidades primitivas, onde a educação se dava de forma difusa e indiferenciada, estava presente a função supervisora.

Além de possibilitar a relação da bagagem que o aluno traz com a aprendizagem, o supervisor deve fazer-se conhecer pela comunidade escolar. A comunidade precisa inteirar-se de sua função, para saber o que esperar dele, para poder contar com sua ajuda. A Supervisão Educacional, no contexto atual, precisa analisar as propostas de renovação, buscar sentido para estar em sua realidade escolar, visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem. O trabalho dos profissionais da educação, em especial da supervisão educacional, é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas (FERREIRA apud Rangel, 2002, p.

Para desenvolver o trabalho idealizado por Ferreira, o supervisor precisa ser um constante pesquisador, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores, lendo muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e diferentes jornais e revistas. O gestor, assim sendo, tem a função de conduzir a equipe e mediar o processo de participação, promovendo o envolvimento de todos. Para que o direcionamento faça sentido, é necessário sentir-se membro e autor das estratégias. Para que haja um discurso único dentro de uma equipe, o objetivo comum deve fazer sentido a todos e isso ocorre quando, em sua totalidade, a equipe toma para si a missão de se fazer cumprir os objetivos desenhados no Projeto Político Pedagógico da escola, destacando a importância da participação de todos na construção do mesmo.

Sendo o Projeto Político Pedagógico documento elaborado para evidenciar a missão da escola, com objetivos e estratégias para garantir o desempenho de sua missão (LÜCK, 2012) é importante que toda a equipe que atua no espaço escolar compreenda e se aproprie do conteúdo deste documento, uma vez que ele expressa o compromisso da escola com o projeto de sociedade esperado (COSTA, 2017). Ao gestor compete não só promover a participação na construção desse documento como também, quando já elaborado, conduzir a leitura desse material à toda equipe de forma que possam compreender e assumir as estratégias ali apresentadas além de, possivelmente, contribuir para sua permanente reelaboração e reflexão. O Trabalho Coletivo na Escola. In: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Formação de Gestores Escolares para a Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação. PUC-SP, 2002. p. FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org. DOURADO, Luís F. KUENZER, Acácia Z. et al. n. p. fev. jun. LÜCK, Heloisa. Supervisão escolar da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre: AGE-RS, 2002. MOREIRA, A. F. e SILVA, T. H. Administração escolar: introdução crítica. ed. São Paulo: Cortez, 2010. SAVIANI, D.

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