A contribuição da neuropsicopedagogia no enfrentamento do insucesso escolar

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Neuropsicopedagogia; Terapia Cognitiva Comportamental; Problemas de Aprendizagem; 1 INTRODUÇÃO A psicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociência aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. O desenvolvimento da teoria comportamental permitiu o conhecimento a respeito das leis gerais do comportamento tornando-o mais previsível. Tal conhecimento é o ponto no qual a terapia comportamental se apoia para o desenvolvimento de sua prática clínica. Este trabalho tem por objetivo pontuar os aspectos da cronologia da neuropsicopedagogia, as leis que regem a profissão, bem como analisar e propor a terapia cognitiva comportamental. A psicopedagogia vem trabalhar com as dificuldades de aprendizagem e a diversidade de fatores que contribuem para tal, podendo esta ser de origem orgânica, cognitiva, emocional, social ou pedagógica.

A lei 3512 de 2008, ampara a profissão do neuropsicopedagogo e foi idealizada para educadores e demais profissionais interessados no funcionamento cerebral em relação direta com o processo de aprendizagem ou comportamental. O especialista em neuropsicopedagogia é um profissional que atuará em diferentes contextos sociais, buscando compreender o processo cognitivo do sujeito desde os primeiros anos de vida, seus impasses e as implicações na aprendizagem, no caso do estudo desse artigo, esse profissional atuará tratando-se por tanto da teoria cognitiva comportamental. Para KRUG (2011): Além das atribuições do psicopedagogo de estudar as características da aprendizagem humana, processos de ensinagem e a origem das alterações na aprendizagem promovendo a identificação, diagnóstico, reabilitação e prevenção frente às dificuldades e distúrbios das aprendizagens, o psicopedagogo, mediante seus saberes e conhecimentos em neurociências, poderá elaborar pareceres de encaminhamento para neurologistas, pediatras e psiquiatras, auxiliando-os na identificação diagnóstica, mediante o quadro de sintomas e queixa principal.

KRUG, p. A atuação do neuropsicopedagogo e seu planejamento com um projeto psicopedagógico focado na restauração das características de socialização coletiva e individual dos alunos e pacientes é fundamental para o crescimento pessoal, visto que: O desenvolvimento afeta todas as capacidades humanas, e todas devem ser levada em conta durante a elaboração de um projeto educativo, principalmente se, nesse projeto educativo, o professor busca intervir na formação cidadã dos estudantes, ajudá-los a interagir na sociedade de modo confiante e crítico e até mesmo vê o estudante numa visão mais ampla (SOLÉ, 2004, p. O volume (de estímulos) da atenção varia conforme a quantidade de sinais recebidos ou associações, que determina o que é dominante. Para conseguir a atenção de alguém, precisa ser despertado o seu interesse.

A estabilidade é a duração do estímulo dominante. Neste item deve-se considerar que existem oscilantes, pois o mecanismo neurológico da atenção é inato e involuntário, mas a atenção não é inata e sim, treinável. Por oscilações da atenção entende-se o caráter cíclico do processo, no qual determinados conteúdos da atividade consciente ora adquirem caráter dominante, ora o perdem. A direção da atenção é determinada pelo estímulo e a intensidade desses estímulos afeta a aprendizagem. De acordo com Luria, autor russo, o cérebro humano é constituído por três unidades funcionais. A primeira unidade funcional é responsável pela ativação geral do córtex. A segunda unidade é responsável por codificar, processar e estocar as informações nos lobos temporal, parietal e occipital.

Finalmente a terceira unidade, localizada nos lobos frontais, programa, regulariza e verifica o comportamento humano. De maneira geral, e quando aplicada adequadamente, gera resultados satisfatórios apesar de ser uma técnica simples. A primeira intervenção terapêutica é a orientação familiar e disponibilizar o material psicoeducativo. Quando os pais tem o primeiro contato com o diagnóstico que seu filho é especial e terá problemas de aprendizagem, na sua maioria há uma grande preocupação por parte dos pais, há também dúvidas, ansiedade e emoções. Quanto à medicação, não há nenhum tratamento ou estudo específico que indique que um funciona em todos os níveis, para cada dificuldade ou deficiência, o especialista irá prescrever a medicação correta, isso auxilia o aluno na concentração para as aulas do ensino regular e as de estimulação do neuropsicopedagogo.

Mas sabe-se que a agressividade e a dificuldade de aprendizagem quando associado a outro distúrbio, há muitas medicações que já foram testadas e utilizadas como tratamento para melhorar comportamentos agressivos, agitação, movimentos repetitivos, concentração, etc. Quanto menor a idade, mais maleável está o cérebro e mais fácil de promover mudanças estruturais. Por isso, quanto antes o diagnóstico for feito, melhor para o tratamento. Isso é possível graças ao conceito de neuroplasticidade. LEAR p. A terapia respeita o ritmo do estudante e o motiva a construir habilidades que ajudam a criança a aprender por si só, a terapia ABA promove a integração com os pais no programa de tratamento e seus professores. Depois da identificação desses temas, há alguns caminhos a seguir, o primeiro é a da avaliação desses pensamentos, buscar evidências a favor e contra o seu comportamento respondendo questões de maneira mais funcional.

A segunda etapa é a aceitação, o pensamento esta ali, e não causará nenhum mal, na terapia cognitiva, o neuropsicopedagogo, resolucionara o problema, partindo da capacidade do indivíduo de resolver problemas cotidianos, e buscar estratégias de colocar em prática a resolução deles. A técnica principal são os questionamentos socráticos da terapia cognitiva comportamental, e nada mais são que um direcionamento que será feito para o paciente identificar, avaliar, e responder de certo modo, sozinho, seu pensamentos direcionais. Os questionamentos mais comuns para usar como base e treino durante as sessões são as seguintes: • Quais evidências que apoiam esta ideia? • Qual conselho você daria para outra pessoa que passa pela mesma situação que a sua? • Há outro pensamento que explique a mesma situação? • Qual sua meta nesta situação? O que você deseja atingir? • Seu comportamento na sala de aula e em casa, ajudam ou atrapalham na realização de suas tarefas na escola? Esses são alguns exemplos de questionamentos, para auxiliar o aluno, se auto avaliar e perceber como seu comportamento estão atrapalhando a sua vida na realização de metas e objetivos.

Para que ele entenda que continuar com essas atitudes não vai ajuda-lo a melhorar. Depois de se utilizar o método socrático em pacientes que enfrentam problemas comportamentais o profissional vai para a segunda etapa da teoria comportamental cognitiva, que é fazer um cartão de enfrentamento, esse pode ser um simples bloco de notas, onde o paciente irá escrever as respostas dos questionamentos dados pelo neuropsicopedagogo, esse método consiste em o aluno ler diariamente a resposta do bloco de notas. Pensamos a seguinte situação, o neuropsicopedagogo pergunta a pessoa utilizando o método socrático: Quais os aspectos negativos de bater em seus colegas na sala de aula? No bloco de notas, o aluno se já alfabetizado irá responder, e sempre que ele pensar em fazer uso da força ele irá ler os motivos negativos que essa atitude causa para ele e para os demais.

E assim por diante, com cada angústia e sentimento que ele escreveu no bloco. Isso o ajudará a ter respostas instantâneas para seu comportamento funcional naquele momento. Esse método chamamos de registro de pensamentos disfuncionais, tendo como foco, a abordagem como uma relação entre pensamento e comportamento, é essencial identificar os elementos disfuncionais. Esse é o caso das atividades de exposição, que podem ser utilizadas para tratar a ansiedade que é uma das causas mais comuns da recorrência do uso da violência por parte dos jovens na idade escolar, de ensino fundamental. Esta cada vez mais comum que as famílias procurarem terapia por terem um medo de lidar com situações corriqueiras que muitas vezes perdem o controle da situação. Na maioria das vezes, isso acontece pela generalização da ansiedade vivenciada em determinada situação.

As técnicas de exposição são muito úteis para a resolução do problema, pois transportam a pessoa para o que lhe causa ansiedade, ao mesmo tempo em que a ensinam modos de controlar as emoções negativas e lidar com a situação de outra forma. A TCC é compreendida por meio de uma abordagem estruturada, aonde o terapeuta e o paciente obtém papéis eficazes no tratamento do sujeito. No momento em que nos propomos a investigar sobre como esse profissional atua de forma positiva nas escolas, percebemos que se deve ter um olhar para o educando quanto suas subjetividades, individualidades, seus pontos de vista, não como verdades absolutas capazes de nos levar a generalizações, a obter respostas definitivas para os nossos questionamentos, mas, como possibilidades, respostas parciais que os ajudam a compreender melhor o papel da inclusão para alunos com problemas comportamentais e dificuldade de aprendizagem.

Para tanto, fizemos uso das seguintes técnicas de pesquisa: leituras, análise documental, sínteses, resumos. Conclui-se portanto que os procedimentos da Terapia Cognitiva Comportamental visam reduzir a ansiedade, ensinando os alunos a identificar, avaliar, controlar e modificar seus pensamentos negativos relacionados a aprendizagem e ao comportamento e a desenvolver habilidades de enfrentamento das sensações corporais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BECK et al, Rush AJ, Shaw BF, Emery G. Terapia Cognitiva da Depressão. Acessado em 12 de novembro de 2020. psicopedagogia. com. br/index. php/3374-a-violencia-no-cotidiano-escolar-e-o-papel-do-psicologo-um-estudo-teorico , acesso em 05 de novembro de 2020. Novo Hamburgo: CENSUPEG, 2011. LEI n. Disponível>> www. camara. leg. O Desenvolvimento da Escrita na Criança. ª ed. São Paulo: Ícone, 2006. LURIA, Alexander.  Curso de Psicologia geral. v. p. abr. OLIVEIRA, Marta Kohl de.  Vygotsky - Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio-histórico.

In D. S. Janowsky (Ed. Psychotherapy, indications and outcomes (p. Washington: American Psychiatric Press. p. Unidades funcionais da Teoria dos Sistemas Funcionais de Luria. Disponível >> https://bdigital. ufp. pt/bitstream/10284/5925/1/DM_M%C3%A1rcia%20Silva.

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