A crítica ao neoliberalismo na industria cinematográfica

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Literatura

Documento 1

Neoliberalismo. Subjetividade. Introdução O neoliberalismo tem como principais características a individualidade e o livre mercado, essas vertentes constituem o sujeito neoliberal da atualidade, que é considerado o sujeito empreendedor, que busca seus interesses, desvincula-se das esferas políticas e religiosas da sociedade ocidental e está intimamente ligado à globalização. O filme “Her” utilizado para esta pesquisa apresenta a vida de um escritor solitário, melancólico e que busca suprir suas aflições e conflitos internos através de uma rotina que o isola da sociedade e o aproxima, cada vez mais, do mundo das tecnologias, principalmente, depois de se ver sem a presença de sua ex esposa, que era sua companhia e inspiração para o romantismo presente em suas cartas. Theodore, protagonista, encontra na tecnologia um sistema operacional com voz feminina, desenvolvido para suprir seus anseios e satisfazê-lo, uma nova paixão na vida do escritor.

Theodore compra um sistema operacional inovador para seu computador, em que ele dialoga sobre tudo com a Samantha (seu sistema operacional, com voz feminina) ela cuida de sua agenda, faz correções em seus textos, marca encontro para ele, lê seus e-mails e ainda envia suas cartas para uma editora para que ele tenha seu primeiro livro publicado. Samantha tem uma voz sedutora, que envolve o personagem, além disso, o sistema operacional de Theodore é ouvinte, ouve suas aflições, seus sonhos, medos e anseios. Theodore gosta muito de jogar, um jogo em que um alienígena o ajuda a achar uma nave para ele ir embora do planeta, isso demonstra a vontade dele em sair daquela solidão e insatisfação com sua condição atual de vida. Samantha o auxilia até mesmo nesse momento de entretenimento.

Ele sonha muito com sua ex-mulher Catherine, tem fantasias com ela, lembranças dos momentos em que passaram juntos. Theodore começa a se questionar o porquê ele não consegue lidar com emoções reais, ele acredita que está sempre magoando alguém e acredita que não é forte para um relacionamento real, sente-se inseguro e confuso, em conversa com sua amiga. Ele chega até a fazer um passeio e viagem de férias com os amigos em companhia de Samantha. Em algum momento, ele perde a conexão com Samantha e fica em desespero, e o sistema operacional confessa que fala com outros mais de 600 homens. Mesmo depois disso, ele insiste em conversar com o sistema operacional e se sente isolado. Samantha, então, aos poucos se afasta de Theodore e o deixa de vez.

Pode-se perceber que o escritor é usado pelo sistema econômico atual, mas, também faz uso deste para se satisfazer. Uma das cenas que demonstram essa relação de individualidade e poder tecnológico neoliberalista é o momento em que Theodore é induzido por Samantha a ter relações sexuais com uma estranha, em que o sistema operacional usa o corpo de uma senhorita para satisfazer os desejos carnais do escritor, mas a voz da Samantha não permite uma comunicação da moça com o Theodore. Tanto a jovem que se submete a oferecer seu corpo para um estranho, para viver uma história de amor, por um instante, de forma fantasiosa, quanto Theodore, são humanos usados por máquinas para satisfazerem suas necessidades. O mercado neoliberal foca no desejo do sujeito e isso é uma das principais formas de manter as relações tecnológicas do mercado global e formar pessoas para que busquem atingir seu estado de felicidade, amor, desejo, etc.

de forma que não é real.

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