A evolução da neurociência no brasil

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Também se têm como objetivo compreender o papel da neurociência na sociedade e expor a importância desta área para o desenvolvimento das nações, em especial o Brasil, onde há um crescimento mais acentuado nos últimos anos. A neurociência brasileira compreende diversos grupos de pesquisadores em diferentes universidades e inclui cientistas de reconhecimento internacional e de grande contribuição para ciência do Brasil. Assim, o trabalho cumpre com seu objetivo ao expor os dados e fatos científicos, demonstrando uma evolução ao longo do tempo. O Brasil apresenta uma elevada produção científica na área em questão, mas ainda há muito a ser feito, através de um maior investimento de recursos e da expansão das pesquisas em todo o país.

Palavras-chave: Neurociência. A neurociência é uma grande área que se subdivide e se relaciona com outros vários temas e têm contribuição dos mais diversos profissionais de saúde e até outros campos do conhecimento. O estudo do sistema nervoso impacta não somente na elucidação de doenças neurológicas e da mente, mas também auxilia na compreensão do comportamento humano e como isso se relaciona com o ambiente e com a comunicação interpessoal (ISTOÉ DINHEIRO, 2021; WAJMAN, 2021). É de conhecimento geral que o investimento em ciência e tecnologia tem um custo elevado, mas é algo que deve ser priorizado, tendo em vista seu impacto na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade no geral. Nesse sentido, o Brasil apresenta falhas, mas já percorreu um longo caminho no que diz respeito ao fomento à pesquisa em neurociência.

Hoje conta com grupos de pesquisa por vários cantos do país, que focam em diferentes linhas de pesquisa, mas que se relacionam à neurociência (ANDRADE; SELIKHOVA; LEES, 2009). mostra que a pesquisa em neurociência é uma das que mais cresce no mundo e já existe há séculos, porém foi apenas em 1963 que surgiu o termo “neurociência”, através de uma publicação oficial do “Neuroscience Research Program”, um programa recém-fundado no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT). Desde então, a neurociência tem se destacado por sua multidisciplinaridade e abrangência a vários profissionais da saúde, tais como psicólogos, psiquiatras, neurologistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, entre outros (ISTOÉ DINHEIRO, 2021). Partindo-se do pressuposto de que a tecnologia é, basicamente, a ciência aplicada, ressalta-se o impacto do avanço científico em neurologia nos âmbitos político e socioeconômico das nações, como Guimarães (2014, p.

aponta e exemplifica através dos Estados Unidos e a China, que são os dois principais na produção científica, sendo também as duas maiores potências econômicas mundiais. Isso se justifica pelo fato de que a compreensão do funcionamento cerebral contribui no desenvolvimento de métodos e habilidades para a melhora da cognição, do comportamento e das relações interpessoais. Segundo Timo-Iaria (2018), há dois pesquisadores – Álvaro Osório de Almeida e Miguel Ozório de Almeida – que são considerados os precursores da fisiologia do sistema nervoso no país, tendo iniciado sua contribuição no início do século XX. Entretanto, antes disso, convém citar a inauguração do Hospício de Juquery no ano de 1898 em São Paulo, com a posterior iniciativa de fomento ao estudo da neuropatologia, pelo fundador professor Franco da Rocha, juntamente com o Governo do Estado de São Paulo (ANDRADE; SELIKHOVA; LEES, 2009).

A partir da década de 1940 observa-se um acentuado avanço nos estudos em neurociência, como destaca Ventura (2010, p. a partir de trabalhos desenvolvidos em universidades federais situadas no sudeste do país, ganhando ainda mais força na década de 60: Carlos Eduardo Rocha Miranda e Eduardo Oswaldo Cruz fundaram seus laboratórios para o estudo do sistema visual na UFRJ; César Timo Iaria iniciou trabalhos no controle neural do metabolismo e em mecanismos de atenção e sono na USP; Elisaldo Araújo Carlini criou um grupo de psicofarmacologia na Escola Paulista de Medicina; e psicólogos experimentais e etólogos, em torno de Carolina Bori e Walter H. A. É importante destacar também que, em 2014, houve o surgimento do Instituto Nacional de Biomarcadores em Neuropsiquiatria (INBioN), que tem como objetivo principal relacionar causas e marcadores diferenciais entre a esquizofrenia, o transtorno bipolar e a doença de Alzheimer.

E, dessa forma, obter avanços no diagnóstico, tratamento e prevenção dessas doenças. De acordo com o Laboratório de Neurociências LIM-27, o INBioN foi proposto pela USP em resposta à um convite do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) à comunidade acadêmica, através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) [. convidou a comunidade científica brasileira a apresentar propostas com o objetivo de apoiar atividades de pesquisa de alto impacto científico em áreas estratégicas para a busca de solução de grandes problemas nacionais. Nesse sentido, o Laboratório de Neurociências LIM-27 do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP) apresentou a proposta do INSTITUTO NACIONAL DE BIOMARCADORES EM NEUROPSIQUIATRIA (LABORATÓRIO DE NEUROCIÊNCIAS LIM-27, 2021).

• Demonstrem momentos diferentes da neurociência no Brasil. Todos os trabalhos escolhidos passaram por uma leitura criteriosa e serão classificados quanto aos diferentes critérios de inclusão. ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram encontrados 343 trabalhos potenciais para algum tipo de descrição da história da neurociência no Brasil. Com relação aos resumos, desses, 127 trabalhos foram excluídos por não conter alguns dos critérios de inclusão, 142 não conseguimos fazer o download ou não foi possível ter acesso ao resumo completo. Restando 74 trabalhos, todos foram lidos cuidadosamente após serem baixados, 51 não apresentavam informações suficientes para saber quem era o responsável ou não continha elementos históricos para entrar nesse estudo. Foram várias as contribuições que ajudaram a firmar o campo da neurociência no Brasil, não só trazendo conhecimento e recursos humanos como atraindo investimentos para essa área tão negligenciada à época.

Outro grande cientista que faleceu no ano de 2021, médico e um dos grandes nomes da neurociência brasileira, Ivan Izquierdo foi um argentino naturalizado brasileiro que morava em Porto Alegre. Suas contribuições perpassam vários momentos diferentes do Brasil com mais de 500 artigos publicados em periódicos indexados, estudou o campo da memória, psicobiologia comportamental, neuroquímica e farmacologia de psicoativos. Descreveu o papel da adrenalina e dopamina relacionadas aos opioides. Ganhou diversos prêmios na sua carreira e formou uma legião de pesquisadores. O presente estudo apresentou brevemente alguns dos principais neurocientistas dos séculos passados e atual, analisando as respectivas biografias e contribuições nesse campo da ciência. Vale ressaltar novamente que a imensa maioria dessas contribuições estão restritas às instituições das regiões sul e sudeste, o que lamentavelmente ainda ocorre até hoje (PONTES, 2015).

É de suma importância que essa ciência seja mais popularizada assim como incentivos financeiros tanto públicos quanto privados devem ser realizados com busca à difundir e fortalecer os grupos de pesquisa em outras áreas do Brasil. Quadro 2 - Principais trabalhos que descrevem contribuições no campo da Neurociência do Brasil. Autor(es) Personagem Ano(s) Local do trabalho Contribuições ANDRADE; SELIKHOVA; LEES, 2009 Konstantin N. Apesar de o Brasil não ser um país com grande investimento na ciência, há um crescimento expressivo da área em nosso país, principalmente nos últimos anos. Nota-se uma elevada produção científica, através da publicação de artigos e da notoriedade e contribuição de vários neurocientistas brasileiros. Sendo que muitos desses possuem reconhecimento internacional e demonstram descobertas de alto impacto.

É importante ressaltar que os grupos de pesquisa se concentram mais na região sudeste do país, dado que esta possui um maior desenvolvimento socioeconômico; porém, as iniciativas de Miguel Nicolelis em fundar um centro de pesquisa em neurociências em Natal tem sido preciosa neste sentido, fomentando não só a área de neurociência, mas em pesquisas em geral no nordeste brasileiro. Também se observa que a neurociência brasileira possui uma grande variedade de linhas de pesquisa que se relacionam com diversas áreas do conhecimento, sendo as principais a Psicologia e a Fisiologia. Neurociência na educação.  Revista Eletrônica Faculdades Integradas, Curitiba, v. p. ISTOÉ DINHEIRO. Neurocientista brasileiro descobre novo tipo de inteligência humana. On-line, 2 abr. Disponível em: https://www. tecmundo. com.

br/ciencia/128869-genios-brasil-3-suzana-herculano-houzel-misterios-do-cerebro. Disponível em: < https://ginasticadocerebro. com. br/galeria-neurocientistas/>. Acesso em: 22 abr. GUERRA, Leonor Bezerra. Acesso em: 19 fev. GUIMARÃES, T. T. MONTEIRO-JUNIOR, R. S. HOPPEN, Natascha Helena Franz. A Neurociências no Brasil de 2006 a 2013, indexada na Web of Science: produção científica, colaboração e impacto. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação) - Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. PINHEIRO, Marta. Aspectos históricos da neuropsicologia: subsídios para a formação de educadores. Educar em revista, n. p. PONTES, Paulo. SAÚDE BUSINESS. Neurocientista cria novos conceitos que vêm chamando a atenção da comunidade científica. Disponível em: <https://www. saudebusiness. com/profissionais/neurocientista-cria-novos-conceitos-que-vm-chamando-ateno-da-comunidade-cientfica>. Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento.

Disponível em: <http://www. sbnec. org. br/historia/>. Fev 2021.

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