A importância da afetividade na rotina da Educação Infantil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Todos estes conceitos citados foram desenvolvidos através de revisão bibliográfica. Fica evidente através dos estudos supracitados que há uma importância fundamental do afeto na rotina da educação infantil, tendo em vista, que os individuos têm na afetividade um processo comum de desenvolvimento dos processos cognitivos, emocionais e sensório-motor e portanto, torna-se importante que o docente de educação infantil compreenda que o afeto é fundamental na rotina escolar dos discentes infantes. Palavras-chave: Rotina, Infantil, Afetividade. Abstract This article has as main objective to discuss the importance of affectivity in the routine of early childhood education, having in the Common National Curricular Base and legislation such as the Law of Guidelines and Bases as references regarding the concept of early childhood education and its delimitation.

Gonçalves (2015), Barbosa and Horn (2001) conceptualize the routine in the period of early childhood education. Por este motivo, este trabalho foi desenvolvido com a intenção de desenvolver um dialogo entre o papel da rotina e do afeto com a Educação Infantil. Tendo em vista da emergência que há no processo educacional em nosso país e é, indubitavelmente na infância que as mudanças pedagógicas devem ser iniciadas, sobretudo na aplicabilidade real de ações formativas significativas e reais, já pautadas em estudos altamente verificáveis como os apresentados pelos teóricos aqui citados. A Educação Infantil A partir da Constituição Federal de 1988, o atendimento às crianças de zero a 6 anos de idade em creches e pré-escolas torna-se um dever do Estado. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases inclui a Educação Infantil na Educação Básica, posicionando-a no mesmo patamar que o Ensino Fundamental e Médio.

No entanto, somente em 2009, através da Emenda Constitucional nº 59/2009 que é determinado a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos. BRASIL, 2019, p. Ainda, segundo a BNCC, a Educação Infantil busca atingir os seguintes direitos de aprendizagem e desenvolvimento: • Conviver: É o direito de conviver com outras crianças e adultos e/ou outros grupos, para ampliar o conhecimento de si mesmo e do outro. • Brincar: Deve ter como objetivo ampliar e diversificar o a cesso a produções culturais, desenvolvimento da imaginação, criatividade, experiências emocionais e de outros sentidos como corporais e cognitivos. • Participar: Do processo de planejamento e atividades propostas pelo educador, como escolha das brincadeiras, materiais e ambientes, para assim desenvolver diferentes linguagens, decidindo e se posicionando. • Explorar: Os mais variados contextos e ambientes para assim desenvolver as diversas modalidades entre elas: a arte, a escrita, a ciência e a tecnologia.

Para Gonçalves, rotina é: a estrutura básica, da espinha dorsal das atividades do dia. A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a sequência de diferentes atividades que acontecem no dia-a-dia da creche e é esta sequência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização. GONÇALVES, 2015, p. Tais processos sofrem mudanças qualitativas ao passo, que o sujeito avança no desenvolvimento de sua psique, como a memória, pensamento, vontade e linguagem. Os processos psicológicos por sua vez, estão conectados a todos os outros contextos em que o individuo está inserido, como as interações sociais e as relações ambientais.

Ainda de acordo com Vygotsky, as emoções sofrem mudanças ao longo do desenvolvimento da criança, desde o nascimento, devido a separação do sujeito do organismo materno a criança é inserido em um contexto social e por isso, de forma primária o individuo possui os rudimentos de uma vida psíquica, no entanto, todas estas relações ainda possuem um funcionamento bastante primitivo, com o uso das subcorticais e um cérebro ainda bastante imaturo, ou seja, o que existe no recém-nascido são estados nebulosos onde o sensitivo e o emocional estão fundidos, ou seja, toda a percepção do bebê está unido ao afeto, Vygotsky (1996) compreende esta relação da criança com o mundo como “estados sensitivos emocionais ou estados de sensações marcadas emocionalmente” (p.

Devido esta compreensão Vygostkyana, é que as teorias vigentes na psicologia tradicional pressupõem que os processos afetivos são próprios da psique primitiva, ou podemos afirmar como um estágio inferior do desenvolvimento, o estágio inicial do desenvolvimento da consciência não se diferencia dos demais pela importância das tendências afetivas, pois, o afeto se mantém essencial ao longo da vida do infante, deste modo, as relações afetivas só podem ser consideradas superior, enquanto as demais ainda não estão desenvolvidas, como as intelectuais e sensório-motoras, contudo, a partir de sua constituição, a afetividade ganha um espaço de destaque em relação as demais relações, por ser mantida e desenvolvida a mais tempo que as anteriores. Assim, os impulsos afetivos então são os “acompanhantes permanentes” de todas as etapas de desenvolvimento do infante, sendo o inicio e o fim do processo psíquico de todo o período infantil, como bem enfatiza, “o afeto é o alfa e o ômega, o primeiro e o último elo, o prólogo e o epílogo de todo o desenvolvimento psíquico” (Vygotski, 1996, p.

Ao contrario do que muitos pensam, o desenvolvimento da autonomia da criança não é desenvolvida quando a mesma decide o que fazer e quando fazer no seu dia. Talvez, este pensamento, deixe a criança confusa e diante de perigos, os quais elas não são capazes de perceber, até mesmo porque, crianças precisam ser supervisionadas e orientadas para que adquiram responsabilidade com suas tarefas. A preocupação para se estabelecer uma rotina na educação infantil, se dá inicialmente para que haja possibilidade de que o educador possa garantir que todas as crianças tenham suas necessidades atendidas. Deste modo mantém-se a estabilidade no ambiente, fazendo com que as crianças se sintam seguras e confiantes para realizar tentativas sem medo. Dado que as propostas de tarefas e brincadeiras estarão no planejamento do professor, este por sua vez também será o organizador do espaço, deixando disponível materiais que possam machucar ou causar algum tipo de medo na criança tirando dela a vontade de tentar.

Deste modo, fica claro que a relação entre o professor e o aluno influencia no desenvolvimento da criança. Inicialmente, conceituamos a Educação Infantil, a rotina e a afetividade e implícita e explicitamente dialogamos essas temáticas e toda a sua importância no processo pedagógico do infante. Para que isso se torne novo no cotidiano é necessário que educadores sejam afetuosos e comprometidos com a Educação Infantil, fazendo com que a afetividade permeie no entorno de suas práticas pedagógicas, pois quando a criança recebe afeto ela cresce e se desenvolve com mais segurança e determinação. A maneira que o educador apresenta o conteúdo em sua sala de aula pode afetar cada aluno de uma maneira particular, repercutindo de diversas formas na sua aprendizagem.

Ter uma rotina com afetividade faz toda diferença nesta questão, tendo em vista que, a criança precisa sentir prazer no ato do ensino aprendizagem para estar motivada a sempre buscar novos conhecimentos. Educação Infantil. Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001, p. BRASIL. Ministério da Educação. Governo Federal. A rotina na educação infantil. Brasil Escola, 2015. Disponível em: http://monografias. brasilescola. com/pedagogia/a-rotina-na-educacao-infantil. Madrid: Akal, 2004. Vygotsky, L. S. Obras escogidas III, 1995. Madri: Visor.

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