A importância da leitura no cotidiano escolar

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Literatura

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; Contação de Histórias; Leitura 1 INTRODUÇÃO O trabalho proposto tem como objeto salientar a importância da leitura no cotidiano escolar, mediando o processo de alfabetização, de forma a compreender essa união como fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa. Atualmente, um dos objetivos da educação básica é formar cidadãos criticamente letrados. Isso torna necessário aos pedagogos, o conhecimento sobre as concepções de leitura e como esta influência no letramento, pois assim saberá assumir um adequado papel no processo de letramento de seus alunos. Com base nessa afirmativa, pergunta-se “como a prática da leitura pode contribuir no processo de alfabetização e qual o papel do professor nesse processo? ”.

Tendo em vista que o processo de alfabetização dar-se no 1º ano do ensino fundamento I, o objeto de pesquisa deste trabalho são os alunos desta faixa etária. Dessa forma, entende-se que ler é compreender os sentidos do texto. Entretanto Koch e Elias (2008) afirmam que para de fato entender o que é leitura, necessita-se responder perguntas como “por que ler?” e “como ler?”. Então, as autoras explicam que as respostas para essas perguntas serão consequências das concepções adotadas para sujeito, língua e texto. E continuam a elucidação afirmando que a leitura pode ter o foco no autor, onde a concepção de sujeito é apenas de receptor, o qual deve só captar a mensagem; com foco no texto, em que o objetivo é apenas decifrar o código, ou seja, decodificar a linguagem; e com foco na interação-autor-texto-leitor, nessa concepção o contexto é essencial para a produção de sentido do texto, ou seja, “o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não a algo que preexista essa interação.

A leitura é, pois uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos” (KOCH; ELIAS, 2008, p. explicita que: “A necessidade de se começar a falar em letramento surgiu, creio eu, da tomada de consciência que se deu, principalmente entre os linguistas, de que havia alguma coisa além da alfabetização, que era mais ampla, e até determinante desta”. Nesse sentido, infere-se a semelhança do termo letramento com o adjetivo “letrado” que remete à alguém erudito, ou seja, alguém letrado é alguém que consegue usar a língua além do código. Enquanto uma pessoa alfabetizada é uma pessoa capaz de identificar palavras. Refletindo sobre o surgimento do termo letramento, a autora Kleiman (2008, p. argumenta que o conceito de letramento “[. O principal objetivo do letramento situa-se na condição de mobilização de seus sujeitos com seus respectivos repertórios que abrangem conhecimentos e habilidades para participarem de forma ativa e efetivamente da mudança educacional.

Para Soares (2004, p. já não basta aprender a ler e escrever. É preciso ir além da alfabetização funcional, termo utilizado pela autora ao designar pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da escrita e da leitura. Neste sentido, para Soares letramento é: Uma variável contínua e não discreta ou dicotômica; refere-se a uma multiplicidade de habilidades de leitura e de escrita, que devem ser aplicadas a uma ampla variedade de materiais de leitura e escrita; compreende diferentes práticas que dependem da natureza, estrutura e aspirações de determinada sociedade. O desenvolvimento do processo de ensino exige do professor conhecimentos a respeito da aprendizagem e de fatores que nela intervêm. É possível aprender tanto no cotidiano quanto no ambiente escolar, porém são aprendizagens com características e propósitos diferentes.

Libâneo (1994, p. as classifica respectivamente de aprendizagem casual e aprendizagem organizada. A primeira “[. é preciso estar aberto à multiplicidade do mundo e à capacidade da palavra de dizê-lo para que a atividade da leitura seja significativa. p. Lopez (2011) atribui o papel do professor como o mediador, ela o define como aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para seus aspectos cruciais, atribuindo significado à informação concebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental relevante e significativo, favorecendo desenvolvimento. Todos os professores devem passar por reciclagens constantes através de cursos e treinamentos de capacitação pedagógica, com foco em metodologias, ética, desenvolvimento de materiais, dinâmicas, identificação do perfil dos alunos, dentre outros.

Não basta ser um bom pesquisador, necessário se faz que seja, também, um bom transmissor de conhecimentos. O resultado desses desajustes é a carência afetiva, dificuldade de adaptação e interação em grupo, desconhecimento, desinteresse e até mesmo negação de seus direitos e seus deveres, rejeição e dificuldades de concentração. Esse desajustes levar às dificuldades de aprendizagem que podem ocasionar a evasão escolar. Neste aspecto, o professor é o mediador entre seus alunos e os objetos de conhecimento, neste caso, a leitura e obras que devem ser lidas. Cabe a ele singularizar as situações de aprendizagem, levando em conta o pensamento e a linguagem de seus alunos, organizando situações de aprendizagem. Sendo assim, a leitura de um texto não literário, como por exemplo, leitura de poemas em salas de aula, não é muito frequente devido o uso da linguagem figurada e pelo vocábulo peculiar, o que leva o não entendimento do texto por parte de alunos, assim como, a identificar através da análise o que o eu lírico está expressando e o que está inserido no texto.

A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempo e lugares que não o seu. A partir daí ela pode estabelecer relações com a sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social ao qual pertence. As instituições de educação infantil podem resgatar o repertório de histórias que as crianças ouvem em casa, nos ambientes que frequentam, uma vez que essas histórias se constituem em rica fonte de informações sobre as diversas formas culturais de lidar com as emoções e com as questões éticas, contribuindo na constituição da subjetividade e da sensibilidade das crianças.

Os ganhos que a criança terá com os livros e com diferentes histórias serão infinitos e importantíssimos para toda sua vida. A escola ao escolher um livro deve se basear tanto no aspecto, quanto no informativo para que possa instigar a criatividade do aluno. Quanto mais rica a experiência da pessoa, mais material está disponível para a imaginação dela. O educador que investe no mundo da leitura não encontrará barreiras para proporcionar um ambiente que estimule a leitura prazerosa em todas as oportunidades e não apenas uma obrigação. Segundo o RCNEI, “o trabalho educativo pode, assim, criar condições para as crianças conhecerem, descobrirem e ressignificarem novos sentimentos, valores, ideias, costumes e papeis”. BRASIL, 1998, p. Um dos aspectos que o professor precisa entender para utilizar a literatura em sala de aula é que na verdade ela não seria apenas um instrumento para ensinar a ler, pois de acordo com Bettelheim (2008), a aquisição de habilidades, inclusive a de ler, fica destituída de valor quando o que se aprendeu a ler não acrescenta nada de importante á nossa vida, isso por que o autor afirma que todos tendemos a avaliar os méritos futuros de uma atividade na base do que ela oferece no momento.

Para Coelho (2006), o educador deve dotar-se de várias estratégias, atualizando-se constantemente, sendo um leitor atendo, buscando leituras a contribuir com sua pratica e seus conhecimentos, assim terá uma maior desenvoltura para atrair os pequenos novos leitores, instigá-los a ansiar pelos livros, suas histórias e aventuras. Um bom contador de histórias deve agregar em sua rotina diária, uma leitura constante e abrangente, e principalmente conta-la sem nenhuma pressa, deve haver uma coparticipação entre a história e quem a ouve, e que a criança possa de fato envolver-se nela, e nunca o contador deve ser repetidor da leitura que escolheu fazer. Defendendo a literatura infantil como agente formador, por excelência, chega-se à conclusão de que o professor precisa estar “sintonizado” com as transformações do momento presente e reorganizar seu próprio conhecimento ou consciência de mundo, orientado em três direções principais: da literatura (como leitor atento), da realidade social que o cerca (como cidadão consciente da “geleia geral” dominante e de suas possíveis causas) e da docência (como profissional competente).

COELHO, 2006. p. Outro fator que contribui positivamente em relação à leitura é a influência do professor. Nesta perspectiva, cabe ao professor desempenhar um importante papel: o de ensinar a criança a ler e a gostar de ler. No início da vida escolar, já na Educação Infantil, é necessário o trabalho com textos que circulam socialmente, dando maior importância a Literatura Infantil. O contato da criança com materiais de leitura deve ser constante para que desperte o gosto por esse ato, tornando-se um hábito e não um momento esporádico. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do material coletado e análise do mesmo, nota-se uma tendência a se considerar que a relação professor-aluno é de fundamental importância no processo de aquisição dos conhecimentos, onde o professor faz o papel de mediador, orientador.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998. CAMARGOS Jr, Walter. São Paulo: Contexto, 2006. KLEIMAN, A. Org. Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 2008 Koch, I. LOPEZ, J. C. A formação de professores para a inclusão escolar de estudantes autistas: contribuições psicopedagógicos. Trabalho final do curso (Especialização em psicopedagogia clínica e institucional) - Universidade de Brasília. Instituto de Psicologia – Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento – PED, Brasília, 2011 SOARES, Magda. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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