A IMPORTÂNCIA DA LINGUÍSTICA NO CURSO DE LETRAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tipo de documento:Referencial teórico

Área de estudo:Linguística

Documento 1

Sua importância liga-se, segundo Paes (2002, p. a nova concepção ao estudo da língua em se abandonar o método-histórico comparativo, o historicismo, embora tenha sido Saussure um grande estudioso nesse ramo, superando-o; suas reflexões abordam a descrição sincrônica da língua enquanto ciência, com métodos próprios: A metáfora biológica foi abondonada completamente Mais modesta, a linguística moderna não busca saber “de onde viemos e para onde vamos”, mas contenta-se com a tarefa, já de si complexíssima, de estudar a estrutura e o funcionamento da linguagem, das línguas e dos discursos. Considera a língua como uma instituição social, cultural e histórica e, ainda, como uma atividade cognitiva. PAES, 2002, p. Segundo Ducrot (1972, p. Desenvolveu-se uma nova concepção, a da pancronia ampla.

Nessa perspectiva, não se discute mais se as línguas ‘evoluem’ (com todas as suas conotações de progressio, de Sêneca) ou ‘funcionam’ no seio da vida social, enquanto meros instrumentos de comunicação. Dicotomia língua e fala Saussure (1975, p. define a língua, langue, como “um sistema de elementos vocais comuns a todos os membros de uma dada sociedade e que a todos se impõe como uma pauta ou norma definida”. A fala, parole, por seu turno, “é a atividade linguística nas múltiplas e infindáveis ocorrências da vida e do indivíduo”. O sistema abrange as formas ideais de realização duma língua (. a norma, em troca, corresponde à fixação da língua em moldes tradicionais; e neste sentido, precisamente, a norma representa a todo momento o equilíbrio sincrônico (externo e interno) do sistema.

 (COSERIU, 1979, p. O princípio do estudo das normas linguísticas é o seu caráter descritivo e não prescritivo, a norma é, segundo Coseriu (1979, p. “um sistema de realizações obrigatórias, consagradas social e culturalmente” de subgrupos sócio-geográfico-culturais. BORBA, 1973, p. Ampliando-se mais a compreensão das variedades linguísticas, tem-se em Coseriu (1979, p. a reformulação da dicotomia de Saussurre, que por meio de estudos fonológicos, atesta para o fato que a dicotomia, langue, em referência à sociedade e parole, em referência ao indivíduo, não é capaz de abarcar um sistema o uso coletivo em subsistema. Propõe de uma maneira esquemática apresentar a distinção: FALA USO LÍNGUA Com este esquema, define-se “o sistema da língua como sendo um sistema abstrato de invariantes funcionais, entre este e a língua concreta, a fala, entrepõe-se um sistema também abstrato, de realizações normais” (COSERIU, 1979, p.

Realizações normais, entendidas como frequentes, não como imposição de um grupo social sobre o outro, são manifestações linguísticas que estão disponíveis no sistema que o uso coletivo escolhe, no entanto, considera que é uma abstração, na medida em que se é impossível registrar todos os atos de fala da realização concreta. Aprende-se a falar/sinalizar na convivência, aprendemos quando devemos falar/sinalizar de um certo modo, quando devemos falar/sinalizar de outro e, ainda, quando devemos ficar em silêncio. Isto, porque os membros de qualquer comunidade adquirem lenta e inconscientemente as competências comunicativas e Sociolinguística, com respeito ao uso apropriado da língua. CAVALCANTE, 2012, p. As variedades diafásicas ou estilísticas, também chamadas de registro, ligam-se ao processo de interação verbal entre os falantes: As variedades estilísticas resultam da adequação da expressão às finalidades específicas do processo de interação verbal com base no grau de reflexão sobre as formas que constituem a competência comunicativa do sujeito falante.

O grau de reflexão é proporcional ao grau de formalidade da situação interacional: quanto menos coloquiais as circunstâncias, tanto maior a preocupação formal. classes sociais; faixa etária; grupos sociais (jargões, gírias. etc. discurso (os universos do discurso, tais como o jurídico, o pedagógico, etc. sexo; modalidade (oral/escrito); registro (formal/informal), etc. Consta-se ainda que os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais em Língua Portuguesa, o PCN-LP, Brasil (1998, p. Um texto acadêmico, ou mesmo de divulgação científica, é produzido com rigor e cuidado, para que o enunciador possa orientar o mais possível os processos de leitura do receptor. BRASIL, 1998, pp. Nesse sentido, a escola se, ao mesmo tempo, é o lugar da preservação ideológica das forças dominantes é também o lugar das transformações diante dessa ideologia, assumindo, dessa maneira, em tensão dialética de conservação e mudança.

Visão mais pessimista, Bagno (2008) elenca a escola, os livros didáticos e grupos de gramáticos tradicionais midiáticos que alimentam os preconceitos linguísticos. Diante do exposto, observa-se que os estudos sociolinguísticos sobre as variedades linguísticas, ao ampliar o conceito de língua de sistema para diassistema, com a inclusão do uso coletivo de subgrupos linguístico-sociais, possibilitaram um salto de qualidade para o reconhecimento científico da língua em permanente estado de interação social, porém ainda insuficientes para atingir a cultura escolar envolvida pelas noções de falar certo X falar errado. br/seb/arquivos/pdf/portugues. pdf> Acesso em: outubro de 2017. CAMACHO, R. G. Norma culta e variedades linguísticas. virtual. ufpb. br/files/sociolinguastica_1330351479. pdf> Acesso em: outubro de 2017. COSERIU, E.

ª ed. São Paulo: Cultrix. pp. MATTOSO CÂMARA, J. Princípios de Linguística Geral. Pp. PAES. C. T. Atitudes e posturas epistemológicas no processo histórico dos estudos da linguagem. Sistema/norma/fala e o ensino de língua materna. Videtur, USP. São Paulo, v. n. p.

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