A IMPORTANCIA DA PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DA CRIANÇA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Tutor (a): Ermelinda Nobrega de M. Melo MACAPÁ – AP 2018 DELCI DO SOCORRO SILVA DA SILVA PEREIRA A IMPORTANCIA DA PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DA CRIANÇA Projeto apresentado à Instituto Federal de Educação, Ciências e tecnologias do Pará junto com Universidade Aberta do Brasil, como requisito parcial e obrigatório para a obtenção do título de licenciada em Pedagogia ________________________________________ DELCI DO SOCORRO SILVA DA SILVA PEREIRA Data de Aprovação: Macapá – AP, _______/________/________. Examinador Prof. Nome do Professor Nome da sua Faculdade/Universidade MACAPÁ - AP 2017 DEDICATORIA agradecimentos resumo O presente trabalho teórico e de campo discorre sobre a importância da participação ativa dos pais na educação dos educandos durante toda sua jornada escolar, a partir de um relato de experiência vivenciado pela graduanda, realizado na Escola Municipal Vera Lúcia Pinon Nery, nível fundamental, onde trabalha, no período de julho a novembro de 2017.

Detectou-se que é de grande importância que haja a participação familiar no processo educional junto à instituição, pois através do trabalho conjunto, possibilitará a formação de cidadãos críticos, reflexivos e dotados de potencialidades e habilidades, para que dessa forma, oportunize à escola, o cumprimento de sua função básica e social. Gráfico 3 – Justificativas dos pais que não participaram das reuniões. Gráfico 4 – Participação dos pais no dever de casa 45 Gráfico 5 – Ajuda com o dever de casa 46 Tabela 1 – Orçamento 48 Tabela 2 – Cronograma das atividades 49 Lista de abreviaturas e siglas ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente LDB - Lei de Diretrizes e Bases PPP - projeto político pedagógico SUMÁRIO 1 Introdução 10 1. QUESTÃO 12 1. Objetivos 12 1. Objetivo Geral 12 1. ESCOLA – INSTITUIÇÃO NECESSÁRIA PARA TRANSFORMAÇÃO 35 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 37 3.

Trabalho de campo. Relato da observação ocorrida na escola. Perguntas feitas aos pais. PERGUNTA FEITA AOS PROFESSORES 45 4 CONCLUSÃo 46 Referências 47 ​ 1 Introdução Na atualidade, tem se observado que a família vem passando para a escola uma grande responsabilidade, que consiste em educar e ensinar seus filhos e fica na expectativa que a mesma transmita valores que por natureza é obrigação dos pais como: princípios éticos, pessoal, assim como valores morais e sociais. Dessa forma, percebeu-se que é uma incubência difícil, fazer a avizinhação entre família e escola, devido à falta de esclarecimentos a respeito do processo educacional e seu objetivo final. Para que essa parceria aconteça tanto a família como a escola tem que estarem ciente de suas responsabilidades ou seja; os pais não podem responsabilizar a escola ela educação total de seus filhos e a escola não pode eximir-se de ser a segunda, mas não menos importante, responsável pelo processo de formação do educando.

O capítulo 1 traz a introdução, a questão envolvida no trabalho que é o motivo da existência do mesmo, que é saber a relevância da participação de fato dos pais no processo educativo de seus filhos, os objetivos do trabalho que estão relacionados ao problema supracitado, que é o de investigação da temática e demonstrar a relevância de escola e família serem parceiras e a justificativa, que são elencadas em três tipos, organizacional, acadêmica e social, demonstrando os motivos para que este estudo se concretize. O capítulo 2 apresenta o referencial teórico, composto do corpo do trabalho, com os termos mais importantes para o entendimento dele: a escola, a família, os desafios de educar, direitos e deveres dos responsáveis legais, a participação da família na educação escolar, a parceria da escola com os pais, a necessidade de escolarização para se transformar indivíduos O capítulo 3 traz a metodologia dividida em duas partes, a primeira alicerçada pelas referências bibliográficas inseridas no capítulo 2 e o estudo de caso, relatado no capítulo 3.

Os capítulos 4 e 5 trazem, respectivamente, o orçamento e o cronograma de atividades utilizados para este trabalho. Foi observado também, que apesar dos esforços de alguns educadores em buscar a parceria dos pais, não obtiveram o êxito esperado. Além do interesse da pesquisadora pela temática, o estudo se justifica pelas seguintes razões: • No campo organizacional – pelas contribuições que trará para profissionais da área sobre tudo diretores e pedagogos; • No campo acadêmico – importante pelas contribuições que trará para professores, pesquisadores e estudantes de licenciatura e áreas afins; • No campo social – a pesquisa justifica-se pelo fato que pais que realmente participam da vida escolar dos filhos serão muito importantes para que o educando alcance o sucesso. referencial teórico 2. todos têm direito à educação A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, enfatiza que a educação é um direito assegurado para a criança.

Para idades abaixo dos seis anos, a frequência dela nas creches e pré-escolas, é opcional para os pais, ficando sob a responsabilidade do Estado, a obrigação de ofertar vagas nestes espaços. Nota-se que a educação nos possibilita encontrar um norte para chegar onde queremos, já nascemos com o desejo nato de aprender e com um grande potencial e só precisamos de motivação seguida por um grande estímulo, que pode vir de professores, pais e amigos. A Educação inicia-se no instante em que nascemos e perdura por toda a vida e continuará presente por bastante tempo. É construído na vivência, no aprender a ser, na convivência com as pessoas, no relacionar os seus saberes com o cotidiano. O homem pode ser educado livremente ou de forma obrigatória, ou seja, por um sistema centralizado de poder, reforçando ainda mais a desigualdade de classes sociais.

Conforme algumas obras relatam, a educação e política não devem caminhar associadas, pois uma influi na outra. “a transferência de qualidade nas relações que conserva a sociedade ativa é fruto de um demorado e por vezes violento processo de crescimento quantitativo, no interior dessas mesmas relações”. É uma guerra solitária, do cotidiano, e até certo ponto, inglória. É o trabalho muitas vezes desconhecido, do professor. A educação só pode ser modificada nessa luta solitária do cotidiano, na lenta tarefa de transformação de pensamentos, na guerra ideológica se inicia na escola. É conhecido que o mundo contemporâneo pensa em educação e isso é de grande importância para que haja uma mudança verdadeira e extensa. Tanto a instituição, como a família têm um papel importante: ajudar no progresso e formação da criança.

Quando se fala de escola, logo se pensa em conhecimentos e saberes, e por esse motivo, diversas vezes é confundida com a própria educação. Pois para muitos “ a escola é o berço da educação ou sela, onde ela começa”. Conforme Heidrich (2009), a escola foi criada para servir à sociedade. Por esse motivo, ela tem a obrigação de dar uma satisfação no que diz respeito ao seu trabalho, explanar de modo claro como realiza e como conduz a aprendizagem das crianças criando assim, formas que os pais pudessem acompanhar a vida escolar dos filhos, mas não é somente a instituição, a responsável pela educação. E descobrindo sua insuficiência tida como geral, abre-se para o profissional do ensino uma situação que lhe causa desconforto e conflito.

família Nos últimos vinte anos, tem ocorrido várias mudanças na sociedade no que diz respeito ao processo internacional de integração, social, cultural, política e da economia capitalista que vem afetando a evolução e a composição original da família causando assim, transformações em sua estrutura tradicional. Em um estudo feito por Pereira (1995), é explicado que a diminuição na quantidade de casamentos, assim como o crescimento de famílias que vivem somente juntos, ou vivem só com a mãe ou só com o pai, entre outros casos, tem tornado as famílias da atualidade bem variadas. Antigamente, as famílias eram constituídas de pai, mãe, filhos e parentes próximos que viviam no mesmo ambiente, atualmente, essa realidade mudou, existindo casos em que os pais moram separados.

Considera-se família, todo e qualquer grupo que possua algum parentesco e que seja responsável pela manutenção das necessidades básicas e socialização das crianças, sendo ligados ou não pelo sangue, aliança ou adoção que estão morando num mesmo ambiente ou não, por um tempo indeterminado. Tem também os permissivos que são afetuosos e procuram conversar com eles, no entanto, eles têm dificuldades de colocar limites, pois toleram demais, chegando até mesmo a serem condescentes com os desejos e atos do filho. Os do tipo democrático possuem uma conduta equilibrada no controle das ações, sobretudo, no que se refere ao amadurecimento, independência, respeito, capacidades e sentimentos de seus filhos. Expressam afetividade e procuram aguçar a capacidade crítica da criança, são flexíveis, fazendo o filho ter disciplina, ajustando regras e limites de maneira clara e objetiva.

Nota-se a diferenciação das dimensões e formas de educação familiar onde os pais podem seguir diferentes comportamentos no que se refere ao incentivo, a evolução do caráter do filho, criação de regras, condutas, relação afetiva e autocontrole. Desta maneira, verifica-se que os pais democráticos são aqueles que efetivamente conseguem executar ações educacionais que estabelecem limites e regras de conduta de forma construtiva, afetuosa e responsável. Os educandos precisam ter ciência que nem tudo é possível e que as frustações fazem parte do cardápio. Quando você recebe um não, você aprende a replicá-lo também. Significa dizer para a desonestidade, para as drogas, para a corrupção, para a mentira. família e escola É imprescindível a cooperação entre escola e família desde que as duas possuam fundamemtos e normas semelhantes e caminhem para o mesmo objetivo.

Mesmo possuindo objetivos convergentes, cada parte irá fazer o que lhe cabe para chegar à finalidade, que significa que as crianças possam ter um futuro digno. Desse jeito, a família passa a participar da escola de maneiras distintas, podendo desenvolver práticas que facilitem a aprendizagem na escolar (por exemplo: preparar para a alfabetização) e desenvolver hábitos coerentes com os exigidos pela escola (hábitos de conversação). E é nesse sentido que a família passa a participar da escola, com pequenas intervenções no processo educacional da criança que gera grandes mudanças no seu comportamento e aprendizado.             Sendo assim, a escola necessita da presença dos pais na escola, para que possam distinguir quais os obstáculos que a criança encontra dentro e fora da escola.

Os familiares não devem apenas criticar a escola, nem a responsabilizar pelo fracasso escolar dos educandos, ela deve sugerir propostas para a instituição, visando complementar o ensino de seus filhos, deve-se interessar pelos problemas que seu filho possa encontrar nas disciplinas escolares e se precisam de ajuda Neste contexto Maranhão (2004) dá ênfase à relevância da relação família e escola afirmando que o entendimento que os dois consideravam suficiente no que se refere à educação, já não é. O ideal é que pais, professores e comunidade estreitem seus laços e torne a educação um processo coletivo. É um ponto comum, entre a escola e a família, o dever de se buscar formas de articulação entre esses dois componentes. Fácil falar sobre ela, difícil construí-la.

Além do mais, hoje se vê a educação como algo permanente, por toda a existência, um processo continuado e não mais como uma etapa a ser realizada (REIS, 2010). Talvez o atual desejo da escola como instituição seja a família mais próxima dela, para encarar as atuais dificuldades, as intencionalidades e obrigações decorrentes para efetivar a parceria desejada. Essa relação não diz respeito apenas aos alunos, mas a todos, familiares, professores e comunidade em geral. Porque é no momento que o filho é colocado na escola que o sistema familiar fica exposto (REIS, 2010). Para que elas sejam realmente eficazes, temos de reconhecer as particularidades de cada uma e descobrir as relações possíveis existentes para essa parceria. Ambas estão em crise, sendo criticadas pelo que não realizam e deveriam realizar em um contexto de grandes transformações, apesar de que, mediante a tantas críticas, ambas ainda sejam instituições valorizadas.

Podem ser entendidas, a escola e a família ou consideradas como sistemas humanos em interações permanentes que possuem como elemento de união, o filho-aluno. O aluno chega à escola com os seus paradigmas, seus medos, dificuldades e desejos, precisando aprender os valores da instituição e conviver com o diferente. Para que isso ocorra, é preciso que haja sintonia entre a escola e a família para influenciarem na evolução do educando. Conforme Almeida (2014): A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança particularmente se destine.

ALMEIDA, 2014, p, 41). Assim, essa nova percepção de educação começa a suscitar uma nova herança cultural no aluno, onde ele entra em contato com outras pessoas e começa uma nova forma de socialização. A educação existe sob tantas formas e é praticada em situações tão distintas, que algumas vezes parece ser invisível, desta forma, é necessário entender que nestes ambientes a educação que o educando está recebendo ultrapassa em muito a formativa, a que está sendo planejada e controlada pelos adultos que tem contato com ele. O professor exerce na sociedade a função de contribuir para que os alunos desenvolvam um posicionamento crítico sobre o mundo e tornem-se indivíduos dotados de autonomia. E para que isso ocorra da melhor forma possível, torna-se necessário que o professor também desenvolva uma boa relação com o aluno.

A função social desempenhada pela escola é o de educar e formar cidadãos capacitados para conviver com as diferenças e respeitá-las. A aprendizagem da criança não acontece apenas em um ambiente, ela está aprendendo em todo o momento, ao ter contato com outras pessoas e presenciando diferentes situações, pois são nestes momentos que ela pode aplicar o que aprendeu tanto em casa como na escola. Desta forma, a instituição escolar não pode estar desvinculada do mundo familiar e, sobretudo, da história social das famílias, de suas bases de conhecimentos e dos objetivos do ensino de todas as pessoas adultas que participam no processo educacional da criança. Define-se pelo uso de mecanismo e estratégia pelos pais para acompanhar as tarefas escolares, comportando-se como tutores e mediadores, atuando de forma independente sob a orientação do professor (ALMEIDA, 2014).

TIPO 5: ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO PROJETO POLITICO DA ESCOLA: Demonstra a participação afetiva dos pais na tomada de decisão com relação às metas e aos projetos escolares. Mostra as formas distintas de organização, desde o estabelecimento do colegiado e da associação de pais até intervenções na política local e regional. Assim, ao ser estabelecida uma relação de parceria entre a escola e a família, os resultados no desempenho escolar dos alunos refletirão tanto no escolar como no social. Certifica-se que o educando, mediante essa socialização secundária, que se traduz no ensino dos conhecimentos e na aprendizagem dos valores sociais, ele terá a chance de aprender a viver em uma sociedade democrática que envolve o reconhecimento do outro e a busca por coordenar perspectivas diferentes, administrar conflitos de uma maneira disciplinada e justa, estabelecer relações e ver a necessidade das regras para se viver bem.

Entretanto, isso não significa que podem agredir, atirar ou quebrar coisas quando estão chateados. Caso os filhos vejam os pais debatendo, porém, conseguindo chegar em um consenso, podem aprender lição valiosa. Os pequenos aborrecimentos contribuem para o enfrentamento de outros, maiores, que a vida poderá trazer. Os filhos necessitam compreender que a raiva pode até fazer parte, mas que o ódio e a maldade, jamais. A raiva entre os filhos pode até existir, contudo, os pais não podem se agredir fisicamente. que fala dos Direitos Fundamentais, fala que toda criança ou adolescente possui direito de ser criado e educado com a sua família e, em casos excepcionais, em família substitutiva, garantida a convivência com a família e com a sociedade, em ambiente longe da presença de pessoas com algum tipo de vício.

Como se pode ver na lei, o abrigo familiar é o elo mais significativo na vida da pessoa e, por esse motivo, todos os esforços devem convergir na proteção da família. O ECA reserva no artigo 19 que toda criança ou adolescente tem a garantia de criação e educação na esfera familiar, sendo os pais são os educadores primordiais de seus filhos. Isso ocorre porque há um relacionamento natural entre paternidade e educação. A primeira consiste na transmissão da vida a uma nova pessoa e a segunda, consiste em auxiliar o filho a se desenvolver como indivíduo, ou seja, proporcionar a eles, formas para conseguir e aprimorar as qualidades, como: ser sincero, generoso, obediente, bom, honesto, solidário, leal, entre outras. Caso o educando tenha uma excelente educação, sem dúvidas, logrará êxito e isso contribuirá com sua criatividade nível de produção quando estiver na fase adulta, dessa forma, a família é a influência mais decisiva para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo (SOUSA, 2012).

Compete aos pais diante da instituição escolar executar algumas funções no intuito de favorecer a instrução de seus filhos, visando que eles se tornem bons estudantes e, futuramente, cidadãos críticos e produtivos: • Colaborar com os professores visando melhor a eficiência da atuação escolar, seja academicamente, seja no campo das atitudes e dos hábitos de comportamento que pretende incentivar, como parte do projeto educacional da instituição. • Estabelecer contatos regulares com os docentes para se saber como está o andamento do processo educativo escolar (SOUSA, 2012). • Demonstrar envolvimento pelas atividades que as crianças fazem na instituição escolar, como modo de externar a sua preocupação pela conduta da escola e demonstrar o seu apoio a ela. Mostrando a importância que a instituição possui e assistindo realmente o seu filho, os pais não estarão apenas contribuindo para um bom trabalho do professor, como também mostrarão aos filhos, que querem saber de sua na vida na escola e que valorizam o conhecimento e novas habilidades que conquistam.

A família tem a premissa de que a escola consiga educar o seu filho nos quesitos em que ela não foi capaz de fazê-lo e prepara-lo para ser bem-sucedido profissional e financeiramente. A família tem o papel privilegiado de ser o primeiro ente a participar da socialização da criança, fazendo a mediação entre os indivíduos e a sociedade. Portanto, as relações entre família e escola deverão ser aprimoradas, visando a procura de uma qualificação melhor, evitando problemas de transferir as responsabilidades entre as duas, objetivando uma evolução saudável dos educandos. Para que o relacionamento entre escola e comunidade possa se dar da melhor forma possível, é interessante que a instituição conheça a própria comunidade onde está inserida.

Desta forma, se faz interessante que todos, não apenas educadores ou diretores, analisem formas que ajudem na troca entre as duas partes, estabelecendo uma relação de confiança e respeito entre elas (SOUSA, 2012). Atualmente, o que se percebe? A harmonia e a sintonia não existem mais. Muito pelo contrário, os pais parecem estar sempre desconfiados do que a escola faz, do que os docentes ensinam ou fazem, não confiam na equipe de pedagogos e diretoria, a relação dialógica e rítmica de antes não parece dar mais liga. SOUSA, 2012). Enquanto a família possui o seu grau de desconfiança, a escola está com medo, com o moral em baixa e se sentindo insegura. Isso é fruto das reclamações e ameaças dos pais às atitudes e recomendações que a escola passa, como, se passa muito dever, eles reclamam que estão deixando o filho deles preocupado ou o contrário, passam poucos exercícios e estão deixando o aluno de qualquer jeito.

Isso deve acontecer no campo prático, com o exercício da cidadania, respeitando as regras, responsabilizar pelas falhas. Os filhos não podem achar que podem tudo, errar e causar mal às pessoas e nada acontecer. Essa forma de entendimento pode conduzi-los à marginalização (SOUSA, 2012). ESCOLA – INSTITUIÇÃO NECESSÁRIA PARA TRANSFORMAÇÃO A instituição tem tentado conversar e se aproximar, procurando estreitar vínculos das pessoas entre si e delas com a escola. Os encontros organizados nos fins de semana acabam introduzindo um aspecto de informalidade que ajuda as pessoas a repensarem no trabalho cotidiano, os papeis rigidamente definidos pela burocracia do sistema. Assim, o fortalecimento das lutas sociais, a conquista da cidadania, resultam da ampliação do número de pessoas que possam participar das decisões principais que vão de acordo com os seus interesses.

A escola possui a missão de minimizar a distância entre a ciência, de mais subsídios, e a cultura de base produzida no cotidiano, que consistem nos conhecimentos prévios que os alunos trazem. Além disso, tem a obrigação de contribuir com os discentes, no sentido de torna-los indivíduos ativos e pensantes, construtores de sua realidade e apropriadores críticos da realidade que os cercam. Diante de tais possibilidades, a escola deverá estar preparada para fazer a diferença buscando uma educação que dê valor ao conhecimento do aluno, fortalecendo um melhor relacionamento entre o processo de ensino e aprendizagem em que diretores, professores, pedagogos e funcionários. No que se refere ao aspecto educacional, a escola possui sempre uma função importante, e atualmente, além de ensinar, visa criar condições para o trabalho e para a cidadania, além de passar os valores principais para a vida do estudante, sendo que esse direcionamento poderia se dado pela família.

Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monografias não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões. ANDRADE, 2001, p. A análise de dados está presente em vários estágios da investigação, tornando-se mais sistêmica e mais formal após o encerramento da coleta de dados. Para a análise de dados, foi escolhido um critério de seleção dos nomes a serem usados para proteger a identidade dos participantes. Além disso, o estudo de caso favorece uma visão sistêmica sobre os o que acontece na vida real, destacando-se seu aspecto investigativo e de vivência na realidade atual (CARVALHO, 2015).

O estudo de caso é recomendável na fase inicial de uma investigação sobre temas complexos que requerem a construção de hipóteses ou reformulação de problemas. O trabalho também se caracteriza como exploratório, pois, tem como fim, o desenvolvimento e esclarecimento de ideias e conceituações, possibilitando estudos posteriores, iniciando a possível familiarização com o problema. Também pode ser vista como descritiva, porque trabalha com uma população de características específicas, os trabalhadores na área pública, fazendo a observação sistêmica dos dados coletados. Pode ser concebida como qualitativa, pois, o interesse em questão é descrever e compreender informações e ocorrências, que os números não poderiam expressar. Relato da observação ocorrida na escola. Durante a observação realizada durante os meses de julho a novembro de 2017, ficou claro para a graduanda que escola tem feito a sua parte na tentativa de trazer os pais para participarem ativamente na vida escolar de seus filhos, tem feito reuniões particulares com os pais de cada série especifica com a finalidade de esclarecer aos pais a importâncias dos mesmos participarem na vida escolar de suas crianças.

Tem realizado projetos de intervenções, como por exemplo; “A Família dentro da escola”, “Você quer ajudar seu filho a crescer “ dentre outros. Realiza regularmente festinhas com a participação de toda a comunidade afim de que os pais possam participar e socializar, com as crianças, com o corpo docente (diretor, coordenador, professores) e demais funcionários da escola. Foi observado também, que muitos pais só vêm na escola no início do ano, ou seja, na época de matricula e no final do ano para saber se seu filho passou de ano e muitos ainda ficam zangados quando descobrem que seu filho ficou na recuperação ou mesmo não passou, fazem escândalos e culpam o professor pelo mau desempenho de seu filho em uma das ocasiões uma mãe chegou a esbofetear o rosto da professora porque a ela disse que sempre solicitou a presença da mesma na escola para falar sobre sua criança, porém ela nunca compareceu e agora não tinha o direito de reclamar de nada já que não fez nada para ajudar o filho.

Algumas pessoas podem ficar limitadas durante a entrevista devido ao uso de tecnologias. O objetivo dessa entrevista foi o confirmar várias das questões encontradas na fase de observação da escola por e de se aproximar o máximo possível da resposta, pois, é necessário examinar os fatos ou fenômenos que se deseja estudar, não basta apenas ver ou ouvir. Perguntas feitas aos pais. Você frequenta com regularidade as reuniões na escola de seu filho? Gráfico 1 – Presença dos pais nas reuniões. Fonte: do próprio autor. Você ajuda seu filho com o dever de casa? Gráfico 4 – Participação dos pais no dever de casa. Fonte: do próprio autor. Dos 120 pais questionados, apenas 27 disse sim, que ajuda seu filho com os deveres de casa, porém um número alto (64), disseram que não, 23 disseram que aas vezes, e os demais não responderam.

PREGUNTA FEITA APENAS AOS QUE DISSERAM NÃO Por que não ajuda seu filho com o dever? Gráfico 5 – Ajuda com o dever de casa. Fonte: do próprio autor. PERGUNTA FEITA APENAS AOS ALUNOS QUE SEUS PAIS NÃO AJUDAM. Por que seus pais não ajudam com o dever? Uns disseram que seus pais não sabem ler, por isso não os ajudam, outros disseram que seus pais não sabem como resolver o trabalho, outros falaram que seus pais nunca têm tempo para esse tipo de coisa. E os demais revelaram que seus pais não os ajudam porque estão sempre cansados do trabalho. CONCLUSÃo O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso realizado na Escola Municipal Vera Lúcia Pinon Nery, e discorre sobre a importância da família no processo de desenvolvimento da aprendizagem da criança; vários autores abordam essa questão como sendo uma atividade crítica e permanente com chance de rever e elaborar uma prática educativa na construção do conhecimento e na formação da criança.

Na educação, a escola sempre teve um papel preponderante, e atualmente, além de ensinar visando formar cidadãos críticos e reflexivos, tem também a responsabilidade de passar os valores fundamentais para a vida do aluno, sendo que esse papel deveria ser uma iniciativa da família que, por várias vezes, não se encontram inteirados da aprendizagem e formação de seus filhos, mesmo sabendo que o apoio da família aos trabalhos desenvolvidos com os alunos constituiria um grande aliado para o sucesso na construção do saber. CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, professores fascinantes. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. ESTEVE. São Paulo: 2009. LUDKE, Menga e ANDRE, Marli. E. D. A – Pesquisa em educação: abordagens qu MARANHÃO, Magno de Aguiar. Campinas: Papyrus, 1997.

PEREIRA, P. A.  Desafios Contemporâneos para a Sociedade e a Família. In Revista Serviço Social e Sociedade. ZAGURY, Tânia.  O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassa a educação no Brasil. Rio de Janeiro, Record: 2006.

241 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download