A importância do coaching Parental

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Os pais costumam ser os mais envolvidos com a terapia e o desenvolvimento do filho com autismo. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo investigar as contribuições do coaching parental e da abordagem More than words: The Hanen Program no treinamento de pais. Para tal, realizou-se uma investigação com base em revisão de literatura, usando descritores: método Hanen, coaching parental e autismo. Observou-se que o programa Hanen tem demonstrado importantes resultados como abordagem específica para a capacitação de pais de autistas. O método possibilita formar os pais/cuidadores para promoverem generalização de comportamentos em seus filhos, conhecer mais seus interesses, promover autonomia e melhoria nas habilidades socio-comportamentais. Similarly, parental coaching, despite being a recent approach and still requiring more experimentation, principally in Brazil, outlines in its theoretical field efficient strategies to help parents in managing with their child ASD.

Keywords: The Hanen Program; parental coaching parental; autism; parents; DSA. INTRODUÇÃO O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome que afeta o desenvolvimento neurológico global das pessoas, com prejuízos na interação social e na comunicação verbal, principalmente (APA, 2013). Acredita-se que haja, em média, 70 milhões de pessoas autistas no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas - ONU (BRASIL, 2014). Mundialmente, estima-se hoje que exista um caso de autismo para cada 59 crianças (BAIO et al, 2014). Há um movimento de hiperfocalização naquela criança, nas suas dificuldades e tratamentos. Além disso, a cronicidade do quadro autístico e outros sintomas presentes no transtorno afetam a vida social da família. Após esse período inicial, logo depois da notícia do diagnóstico, uma nova dinâmica começa a se estruturar e organizar no grupo familiar.

Apesar do trabalho constante de diferentes profissionais, sabe-se que, na maior parte do tempo, são os pais ou os cuidadores diretos, que mais atuam na direção de auxiliar no desenvolvimento da criança autista. Por esta razão, esse grupo se torna alvo importante de cuidados e suporte (ANDRADE et al, 2016). The Hanen Program O TEA é uma condição que se reflete no desenvolvimento global de um ser humano, determinando quadros bem distintos. O diagnóstico deve ser fechado por uma equipe multiprofissional, formada por psiquiatrias, neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. De modo geral, o autista pode apresentar comportamento agressivo (contra si ou contra o outro), falta de contato visual, irritabilidade, repetição de palavras (sem que haja um sentido - ecolalia), imitação involuntária de movimentos, hiperatividade, dificuldade de aprendizagem, dificuldade em lidar com mudança (de planos, de casa, de horários, de escola, e etc.

atraso na capacidade da fala, manifestação de emoções extremas (em ocasiões onde não deveriam acontecer), falta de atenção, interesse rígido em coisas específicas, depressão, dificuldade na compreensão das emoções do outro, ansiedade, andar na ponta dos pés, tiques, seletividade alimentar e outros transtornos sensoriais. Essas são algumas das características que podem vir a ser vinculadas ao TEA, no entanto, como frisado, não é possível realizar um diagnóstico fechado e limitado a algumas dessas características sem um amplo processo de investigação específico para cada caso, fato que tem se constituído como um desafio para a área médica (BRASIL, 2015). Mas lembre-se que: Você é quem mais conhece seu filho; Você é quem mais se preocupa com ele; Você é a pessoa mais constante e importante nos primeiros anos do seu filho (SUSSMAN, 1999, p.

VII). O programa Hanen está fundamentado em duas outras teorias basicamente: os conceitos de Vygotsky sobre o desenvolvimento humano ser mediado pela linguagem, e este só poderia ocorrer a partir da interação com o meio social; e o postulado de Brofenbrener, que considera que o envolvimento de uma criança nas cenas cotidianas, seja na família, escola ou comunidade, interferem no seu desenvolvimento nos ciclos de vida. Por esta razão, para o método Hanen, a família é tomada como “o cliente” da intervenção (ARAÚJO, 2012). Segundo Araújo (2012), a capacitação é organizada em grupos ou individualmente, através de oito encontros no instituto e três na residência da família, com duração de três horas cada, duas vezes por mês. Em seguida é importante identificar como a criança aprende, pois isso pode ocorrer de cinco formas distintas: através de rotinas, gestalts, visuais, práticos ou auditivos: Se o seu filho tem boa memória de rotina, aprenderá melhor em atividades realizadas sempre da mesma maneira.

Dentre elas, atividades com números e letras. Se o seu filho é um aprendiz gestalt, pode aprender a dizer uma sentença inteira antes de uma palavra isolada. Sua tarefa é ajudá-lo a entender as partes do todo. Se o seu filho é um aprendiz visual, apresente as informações através de coisas que ele possa ver. Por un lado, se han encontrado variaciones generales en las forma de hablar de las madres tras el entrenamiento. En concreto, la forma de hablar es más lenta, con un vocabulario menos complejo y más focalizado al interés del niño. Por otro lado, se han encontrado un mayor uso de estrategias centradas en el niño, promotoras de la interacción y modeladoras del lenguaje en los padres tras el entrenamiento en este tipo de programa (ATO LOZANO et al, 2009, p.

Nas palavras de Carter et al (2011) o método é um programa que treina, educa, dá suporte e aprimora habilidades nos pais, para que estes tenham uma comunicação melhor com seus filhos autistas. Há dois propósitos bem definidos para tal programa: “structure everyday routines in a manner that is sensitive to the child’s developmental level and provides opportunities for the child to initiate or respond, and provide linguistic and nonlinguistic responses to children’s communication. São excessivamente apegados a rituais ou rotinas, o que pode causar disfuncionalidade no convívio da família; e alguns comportamentos disruptivos, como crises, provocadas, por exemplo como decorrência de alterações sensoriais ou mudanças na sua rotina (SILVA, GAIATO e REVELES, 2012). Algumas orientações aos pais podem ajudar a aliviar sua carga emocional e de trabalho no cotidiano.

Primeiramente, é importante que os pais se informem sobre a condição geral do seu filho; Promovam a autonomia da criança a partir de treino das atividades da vida diária; envolvam seu filho autista nas tarefas cotidianas da família, que ele seja capaz de executar, sempre por etapas e curtas. Outra importante estratégia consiste em participar das atividades terapêuticas e escolares do seu filho, para que possam ampliar o repertório de generalização de comportamentos desejados; envolver toda a família nas atividades domésticas, de modo que as responsabilidades não recaiam apenas sobre a mulher. Importante que o casal não se esqueça de dedicar tempo para sua relação, para que os vínculos familiares se mantenham fortificados. Por fim, executa-se o plano de ação.

Por esta razão, o coaching é uma orientação personalizada, já que se gradua pela necessidade, que é algo particular para cada indivíduo (LANGE e KARAWEJCZYK, 2014). O coaching, como um processo continuado e planejado de aperfeiçoamento e superação profissional, é baseado especialmente na aprendizagem-ação e na maiêutica - uma das formas pedagógicas do processo socrático, que consiste em multiplicar as perguntas a fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito geral do objeto em estudo – consoante Chiavenato (2002). No mesmo sentido, para Rego (2007), no âmbito de um relacionamento de parceria e de influência mútua, o coach apoia o coachee na definição e na concretização de objetivos profissionais. LANGE e KARAWEJCZYK, 2014, p. Já o outro princípio, a responsabilidade, auxilia na tomada de decisão.

E esse fundamento é o mediador entre o estimulo e a consequência, visto que implica em uma escolha consciente. Outra definição pode ser observada abaixo: O coaching é uma prática reflexiva, que permite aos educadores questionar as suas atitudes e encontrar alternativas às suas práticas, às suas rotinas e aos seus hábitos. O programa de coaching parental é bastante pragmático, possibilitando aos educadores assumir vários papéis, recriando diferentes situações e levando a que os participantes procurem respostas distintas para atingirem os seus objetivos, em diferentes situações (FERNANDES et al, 2012, p. Fernandes et al (2012) explicam que o coaching direcionado para o cuidado parental recorre a uma escuta ativa e perguntas que promovem mais clareza sobre os objetivos buscados pelos pais. Ademais, o propósito do coaching parental era de ampliar a consciência paterna sobre o processo de educação dos seus filhos através de uma abordagem direta e prática.

Cumpre ressaltar que o coaching parental se difere da terapia família. É um trabalho realizado por coaches, que não está focado em trabalhar pessoas disfuncionais e se orienta no estado presente ou futuro dos indivíduos. Assim, “O coach não aconselha, não julga, não dá soluções prontas. Ele serve como um organizador de pensamentos e como parceiro na tarefa de fazer os pais se sentirem capazes de educar um filho, mesmo errando muitas vezes” (VILELA, 2017, s/p). As autoras ainda compararam a família como uma empresa/organização e que, por esta razão, alguns momentos requerem adaptações para o contexto social ou a vida em comunidade possam exigir dos seus membros. Belo e Coelho (2010) publicaram um guia com 36 desafios para pais que buscam melhorar suas habilidades.

As autoras esclarecem que a jornada diária da rotina com filhos, demanda uma vastidão de acontecimentos que desgastam os cuidadores. Muitas vezes por sentirem que não executaram bem esta ou aquela atividade, sentem-se esgotados ao final do dia, perdendo, principalmente a confiança em sua capacidade. Entretanto, as autoras definem que o segredo para iniciar uma mudança nessa situação está na autoconfiança, ou seja: “A convicção de que temos dentro de nós os recursos de que necessitamos para lidar com o que a vida de mãe ou pai põe no nosso caminho diariamente é o que faz a diferença” (BELO e COELHO, 2010, p. Os pressupostos aqui aplicados ainda não foram verificados empiricamente em estudos controlados. Justamente por isso acredita-se que seja relevante avaliar a eficácia dessas estratégias e ampliar a divulgação dessas ferramentas para famílias e profissionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O TEA é uma síndrome multicausal que requer intervenções em diferentes níveis. A família é quem mais passa tempo com este indivíduo e, muitas vezes, sente-se pouco orientada sobre como agir no dia-a-dia. Importante ressaltar que ao se investir no coaching da família não se está substituindo a relevância da atuação profissional nestes casos. Família e autismo: uma revisão da literatura.  Contextos Clínic,  São Leopoldo ,  v.  n.  p.  dez. A. OHNO, P. M. MAGALHÃES, C. G. Revista de Psicología Clínica, 2018: Vol. Nº. Enero 2018 - pp 23-31. ATO LOZANO, Ester, GALIÁN CONESA, Mª Dolores, CABELLO LUQUE, Francisco, Intervención familiar en niños con trastornos del lenguaje: Una revisión. Electronic Journal of Research in Educational Psychology [en linea] 2009, 7 (Diciembre-Sin mes) : [Fecha de consulta: 5 de marzo de 2019] Disponible en:<http://www.

SS-6):1–23. DOI: http://dx. doi. org/10. mmwr. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. “A randomized controlled trial of Hanen's 'More Than Words' in toddlers with early autism symptoms” Journal of child psychology and psychiatry, and allied disciplines vol. FERNANDES e PONTE. et al. Coaching Parental: Uma Prática Partilhada Alexandra Fernandes e Filomena Ponte - Universidade Católica Portuguesa Ângela Coelho e Sandra Belo - Family Coaching http://www. familycoaching. S. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. ed.

Petrópolis: VOZES, 2001. MULAS F, ROS-CERVERA G, MILLÁ MG, ETCHEPAREBORDA MC, ABAD L, TÉLLEZ DE MENESES M.   Brasília ,  v.  n.  p.   June  2018.   Available from <http://www.  p. v-vi,  June  2007.   Available from <http://www. scielo. br/scielo.

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