A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA PARA EVITAR ACIDENTES DE TRABALHO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Segurança pública

Documento 1

Foram feitas pesquisas em trabalhos de conclusão de curso, monografias e artigos, fornecendo subsídios de escritores como ANTUNES (2018), COSSETIN (2018), SALOIO E BITTERCOURT (2016), SOARES (2018), entre outros, buscando ressaltar as peculiaridades essenciais do DDS. Concluiu-se a importância do uso deste paradigma no alcance dos resultados mensurados, através da minimização de acidentes, perdas e paradas, com a consequente continuidade dos processos empresariais, crescimento da lucratividade e conservação do bem-estar dos colaboradores envolvidos no processo. Palavras-chave: Diálogo Diário de Segurança. Acidentes de trabalho. Troca de experiências. Assim, o Diálogo Diário de Segurança surge como instrumento, com esse foco, da instituição em parceria com os seus empregados (COSSETIN, 2018). O DDS é um mecanismo usado pela área de Segurança do Trabalho, que busca agrupar os colaboradores, todos os dias, com a pessoa da segurança do trabalho, para que a mesma possa mostrar e conscientizar os trabalhadores a respeito do papel da segurança em seus afazeres diários e questões de saúde e meio ambiente (SALOIO; BITTERCOURT, 2016).

A organização necessita difundir, de modo claro, os perigos em que os seus colaboradores estão submetidos. O trabalhador poderia ter um acidente a qualquer momento, por não acompanhar as narrativas apresentadas nos debates, acerca dos locais de trabalho, experiências e possibilidades de incidentes (SOARES, 2016). Trata-se, então, de uma ferramenta educacional e informacional, visando atingir o conjunto de colaboradores de determinada empresa (BRITO; SILVA, 2017). Então, este instrumento já é uma prática de algum tempo atrás e já foi denominada, minuto da segurança. Desde a década de 1990, a ferramenta mantém o seu molde, modificando a magnitude de seu uso, o que levou ao surgimento de novas siglas, tais como: Diálogo Diário de Higiene Segurança e Meio Ambiente (DDHSMA); Diálogo Diário de Higiene, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (DHSMQ) e Diálogo Diário de Higiene e Segurança (DDHS) (SOARES, 2016).

Implementar uma cultura de segurança não constitui uma tarefa fácil, mesmo que a parte estratégica da organização queira, pois, trata-se de um processo paulatino, contínuo, resultante de atitudes previamente acertadas e planejadas, sistematizadas, se dispondo a mudar e a direcionar os valores, costumes e estilos dos trabalhadores, abarcando todas as esferas da empresa. É relevante que os gestores sejam modelos para o restante da organização, incentivando os colaboradores nesta transformação, a partir de motivação, treinamentos e valorização, fomentando ações em que a segurança e o bem-estar do indivíduo, sejam colocados em destaque (ANTUNES, 2018). Incidentes laborais produzem consequências negativas para toda a organização, sobretudo, quando resultam em um acidente grave. Isso só é possível porque houve um DDS em que aquele contexto foi abordado e o emprego se encontra em condições de fazer aquela intervenção.

As organizações estão investindo em instrumentos funcionais e eficazes para inspirar colaboradores, sabendo da premissa que a implementação de uma cultura de segurança, é algo que demanda tempo, táticas e disciplina para o seu cumprimento (COSSETIN, 2018). Os colaboradores são as pessoas responsáveis pela busca da melhoria frequente da qualidade de vida no emprego e, para se obter um ambiente favorável de trabalho, é preciso que se realize atitudes que possibilitem saber, previamente, os perigos inerentes às atividades exercidas. Antever os riscos não é uma tarefa difícil, é necessário compreender uma maneira melhor de se realizar o trabalho, observando possíveis agentes de risco que possam levar a um acidente, contaminação ou ferimento (SILVA; MAJEED; , 2017). Em uma área muito importante, a da construção civil, as bibliografias remetem à ideia do nível acadêmico e cultural, preponderantemente baixo, por causa de várias atividades que são, geralmente, pouco complicadas em sua realização.

Os assuntos são muito diversos, precisam instigar a curiosidade e incentivar a dedicação do colaborador, contemplando tópicos globais, assim como particularizados da saúde e segurança do trabalho (BRITO; SILVA, 2017). O DDS tem como meta, justamente, alimentar os colaboradores de informações de perigos diários que envolvem o seu trabalho e as maneiras de dirimir os riscos associados. A manutenção desta conversa frequente assegura a melhor compreensão dos perigos que as tarefas possuem, deixando alertas, as pessoas responsáveis pelos processos da organização, evitando que a desatenção possa causar problemas sérios para os indivíduos (SILVA; MAJEED; ZEBELIN, 2017). Os encontros já existem em todas as organizações e fazem parte de sua conjuntura diária, desse modo, eles podem ser feitos de maneira dinâmica e eficiente, ou seja, é fortemente indicado que o DDS seja realizado perto dos setores de trabalho.

Ao fazer os encontros, fica mais fácil de mostrar, na prática, a comprovação e a percepção dos perigos residentes na realização daquela tarefa, assim como aqueles pertencentes às características da localidade em si (SOARES, 2016). O surgimento de outros assuntos pode aparecer, pois, novos pressupostos surgem com o trabalho diário dos colaboradores (SOARES, 2016). Considerando uma organização de construção civil, o DDS aborda questões, tais como adormecer no canteiro de obras, trabalho em altura (NR 35), doenças provocadas pelo contato com o cimento, sinalização de segurança, o uso de EPI. Caso a empresa em questão seja uma indústria química, o colaborador precisa se preocupar com incidentes relativos a produtos químicos, assim, as temáticas básicas a serem discutidas são: zelo ao trabalhar com certos produtos, uso de luvas, observação de vazamentos em tanques, mensuração de locais saturados, utilização de aventais impermeáveis e uso de óculos protetivos (SOARES, 2016).

Logo, as temáticas precisam concordar com os perigos em que os colaboradores estão sujeitos em seus locais de trabalho e, também, aqueles relacionados com falhas operacionais resultantes do trabalho normal do empregado, que pode incorrer em um contexto perigoso. Situações deste tipo podem ser exemplificadas pela remoção da proteção do maquinário e instrumentos de manutenção; erros na recolocação deste dispositivo, gases e vapores líquidos presentes, ruídos e vibrações provocados pelo processo e que podem resultar em algum perigo iminente para o trabalhador (SOARES, 2016). Um deles é a indústria química, através do programa “Olho vivo na estrada”, com o intuito de evitar ações inseguras no transporte de produtos perigosos, através da conscientização dos condutores. A Associação Brasileira de Transportes de Produtos Perigosos – ABTLP – executa DDS que trabalham temáticas distintas nos locais de chega e partida dos condutores, para fortalecer e solidificar as definições acerca da segurança do trabalho (SOARES, 2016).

A Vulcabrás, considerada a maior produtora de itens esportivos da América Latina, possui cerca de quarenta mil colaboradores, experimentou o status de acidente zero na sua maior fábrica, na Bahia. A organização empregou a quantidade de, aproximadamente, vinte milhões de reais, na parte de segurança do trabalho, com a implementação de um novo padrão de gerenciamento de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Os percentuais obtidos em 2010 e 2011 ficaram muito abaixo dos valores de acidentes de trabalho do setor na Bahia, que é de, aproximadamente, doze acidentes para cada mil colaboradores e com relação ao índice nacional, que é de cerca de sete para cada mil (SOARES, 2016). A instituição registrou um número muito expressivo, no que se refere a horas/homens sem incidentes, com prejuízo de tempo: seis milhões.

Isso significa, aproximadamente, 400 dias trabalhados por mais de 3000 colaboradores no Morro do Ouro, município de Paracatu, no estado de Minas Gerais. Isso é o resultado de atitudes significativas diárias que passaram a ser tomadas em todos os departamentos da empresa. As mais relevantes se referem a verificações gerenciais e de dispositivos que constitui um relevante instrumento de avaliação e controle de perigos, o DDS no começo de cada turno de trabalho e, por último, os Diálogos Comportamentais de Liderança (SOARES, 2016). No ano de 2014, a fábrica desta organização ficou 326 dias sem incidentes, tendo o recorde de 559 dias, estatísticas muito interessantes, motivadas pelo uso do DDS neste seguimento. c (COSSETIN, 2018): a empresa contratante, precisa comunicar aos colaboradores, os perigos relativos ao ambiente do trabalho, que são inerentes à prática profissional; as formas de prevenção e restrição dos riscos e medidas realizadas pela organização; os efeitos das análises ambientais e, por último, os resultados dos exames médicos que os colaboradores realizaram.

Considerando a Norma Regulamentadora 05, que trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, as instituições devem compor as comissões e assegurar o seu funcionamento, em diversos tipos de empresas, inclusive aquelas que contratem empregados (COSSETIN, 2018). Ainda, de acordo com o tópico 5. existem as seguintes premissas: - Fazer, em toda assembléia, a análise da verificação do escopo planejado no seu plano de trabalho e debater os contextos perigosos que são observados em determinados locais; - Anunciar, aos colaboradores, informações relacionadas com a saúde e a segurança do trabalho; - Noticiar e incentivar a realização das NRs, assim como acordos e convenções coletivas de trabalho, com relação aos pressupostos de SST; - Compartilhar, juntamente com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de debates realizados pela empresa contratante, para analisar os efeitos das mudanças no local e na atividade de trabalho relativo à saúde e segurança do trabalho.

Com relação à Norma Regulamentadora 09, que corresponde ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), afirma-se que as organizações precisam comunicar aos colaboradores, de modo adequado e eficiente, a respeito dos perigos ambientais que existem nos ambientes laborais, além das maneiras existentes para a prevenção e restrição desses riscos, para assegurar o bem-estar dos trabalhadores (COSSETIN, 2018); Segundo Brito e Silva (2017), a expressão DDS não é abordada, expressamente, em alguma lei ou normativa, no entanto, a obrigação da empresa em descrever os perigos do local do trabalho aos colaboradores, assim como as medidas profiláticas, são destacadas na Lei 8213 de 1991, no artigo 19, que ressalta a necessidade do empregador em deixar evidentes, as informações específicas sobre os riscos operacionais e do processo a ser trabalhado.

O investimento no ambiente seguro passa pelo crescimento do grau de conscientização de funcionários, aliado a treinamentos que otimizem a integração entre os mesmos. Desse modo, conclui-se que o Diálogo Diário de Segurança é um instrumento bem simples, e isso amplia sua praticidade e aplicabilidade, se traduzindo em grandes resultados, se feito com a seriedade necessária. Consiste em um instrumento de conscientização que colabora muito na profilaxia de incidentes, assim, é recomendável sua adoção nos mais diversos departamentos, por resultar em uma cultura de valorização e precaução da vida, podendo ser ampliado para outras localidades dentro da empresa. REFERÊNCIAS ANTUNES, Rodrigo Conradi. Sistema de gestão de segurança do trabalho baseado em ferramentas para o desenvolvimento da cultura de segurança.

SALOIO, Natália Rossi; BITTERCOURT, Sandro José Andrioli. O uso de EPIs na indústria da borracha e a importância do profissional de segurança do trabalho nesse setor. f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2016. SILVA, Vanessa Cabral; MAJEED, Faraz Abdul; ZEBELIN, Thayane Aparecida Lopes.

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