A IMPORTANCIA DO PROFESSOR-LEDOR NA INCLUSAO DO DEFICIENTE VISUAL EM SALA REGULAR DE ENSINO

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras-chave: Deficiência visual. Ensino-aprendizagem. Professor-ledor. INTRODUÇÃO Esse artigo aborda a respeito das contribuições do professor-ledor na inclusão do estudante deficiente visual na escola regular, levando em conta que a escola precisa se adaptar para atender a esse sujeito que possui especificidades que lhe garantem a presença de um profissional para apoiá-lo a acompanhar as aulas, que nem sempre se realizam por meio da oralidade, sendo necessário um apoio humano para ler o quadro e atividades do livro, pois na maioria das escolas não possuem um exemplar em braile, visto que esse sujeito precisa se apropriar dos bens culturais escritos e imagéticos presentes nos textos voltados para a construção de conhecimentos. Além disso, não basta dominar o braile, é preciso ser alfabetizado para aproveitar desse bem tecnológico.

Atribuições do Professor-ledor Silva (2016) realizou uma pesquisa na qual ela definiu a função do profissional que lê para o cego, como ledor, definindo o próprio deficiente como leitor. O ledor lê em voz alta e o cego ouve como leitor atento que precisa extrair conhecimentos da leitura. Muitas vezes, os ledores representam a única alternativa viável para os que pretendem estudar ou se informar sobre determinados conhecimentos, mas que se encontram impossibilitados devido à inexistência de livros transcritos para o braille, ou por não poderem atingir na leitura uma fluência necessária que resulte num aproveitamento satisfatório (SILVA, 2016, p. Por essa razão, o professor-ledor tornou-se um profissional necessário ao ambiente escolar, uma vez que a escola regular recebe estudantes cegos ou com baixa visão e não possui tudo o que é lido em braile ou ledores eletrônicos.

Ainda que a tecnologia esteja a favor das adaptações, a escola não está equipada com tecnologias assistivas que atendam todas as especificidades pedagógicas, por exemplo, algo simples como as avaliações, quase em sua totalidade não estão elaboradas de modo a aproveitar toda a tecnologia existente. No tocante ao letramento, faz-se necessária a prática social que implica em participar e compreender os significados, finalidades e funções da escrita na sociedade letrada. Aprender braile por si só, não significa saber ler e escrever, antes disso é preciso que esse sujeito seja preparado para aproveitar desse sistema inovador e impulsionador da compreensão leitora transparente, e assim, ter domínio da leitura e da escrita usadas socialmente. As crianças cegas, assim como as videntes, carregam consigo saberes sobre a função e os usos sociais da leitura e da escrita prévios ao ingresso na escola.

Para que tais saberes sejam valorizados no processo de alfabetização com uso do braile e em outras atividades de leitura e escrita, a criança deve poder fazer relação entre sua escrita e aquela cuja existência sua cultura lhe aponta. A mediação pelos adultos é imprescindível nesse processo, em esforço permanente de tradução, ressignificação e valorização das formas de se comunicar e de produzir explicações do mundo pela criança (SILVA; ANJOS, 2018, p. de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado. Brasília: MEC, 2008. NASCIMENTO, Anna Christina Martins do. Práticas pedagógicas para alunos com deficiência visual – aporte teórico sobre como trabalhar com deficientes visuais no contexto educacional. n. SILVA, Luciene Maria da. Subjetividades mediadas: as relações entre leitores cegos e ledores.

Salvador: Universidade do Estado da Bahia / UNEB, 2016. Disponível em: https://docplayer. STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

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