A INFLUÊNCIA DA CELEBRIDADE NO PADRÃO DE CONSUMO BRASILEIRO: O FENÔMENO IVETE SANGALO

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Publicidade e propaganda

Documento 1

Drª Ana Cristina Rosado F. Tesserolli. Rio de Janeiro - RJ 2017. Júlia Mureb Marques Rivoredo A INFLUÊNCIA DA CELEBRIDADE NO PADRÃO DE CONSUMO BRASILEIRO: O FENÔMENO IVETE SANGALO Aprovado (a) em:________________Grau final:_______________ Orientador(a)______________________________________________ Grau: __________ Profª. Drª Ana Cristina Rosado França Tesserolli Universidade Veiga de Almeida Avaliador(a) 1______________________________________________ Grau: __________ Prof. Este trabalho abordará o porquê da cantora Ivete Sangalo ser utilizada em várias propagandas e qual influência ela exerce em cima do seu público. De acordo com os gráficos apresentados, nota-se que mais de 60% dos respondentes são do gênero feminino e mais de 80 % são influenciados pela cantora seja por meio de redes sociais ou produtos que a mesma divulga com o seu nome. A aplicação de uma celebridade produz uma influência sobre consumidor brasileiro e ocasiona impacto sobre as vendas trazendo bons resultados para as empresas que a utiliza.

Palavras-chave: Público. Celebridade. Publicity. Consumption. Ivete Sangalo. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Neymar na campanha da Gillette 33 Figura 2 – A modelo Gisele Bündchen em campanha da Sky. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Gêneros do respondentes. CELEBRIDADES 25 2. Definições de Celebridade 25 2. Celebridade Vista como Marca 27 2. A Celebridade Aplicada na Publicidade 31 3. ESTUDO DE CASO: FENÔMENO CHAMADO IVETE SANGALO 36 3. A simples vinculação da imagem, voz ou nome das celebridades é suficiente para despertar o desejo de consumo e a confiança sobre o produto (GUIMARÃES, 2001). Para Rojek (2008), saber o quanto uma celebridade pode influenciar no padrão de consumo é muito importante, tanto para o consumidor quanto para a marca. Por meio desse estudo entende-se que as celebridades são como criações culturais que produzem um choque sobre a consciência pública e devem suas forças aos meios de comunicação.

Baseado nessa problemática, o estudo tem como objetivo analisar como o fenômeno Ivete Sangalo consegue associar a sua imagem a duas diferentes marcas no mesmo espaço de tempo e conseguir fornecer respostas para as mesmas sem desgastá-la. Com intenção de atingir seu objetivo central, a pesquisa possui três objetivos específicos, que são eles: analisar o comportamento do consumidor no mercado, a influência gerada pela participação das celebridades em campanhas publicitárias bem como o retorno provocado pela associação de duas empresas que tiveram suas marcas associadas à cantora Ivete Sangalo. Para o melhor entendimento, foi confeccionado questionário de 10 perguntas formuladas pelo Google forms, vide apêndice A, em relação à cantora Ivete Sangalo. Esse estudo tem relevância fundamental para entender sobre os consumidores brasileiros que seguem a cantora.

A escolha de um estudo de caso como estratégia de pesquisa se justifica quando verifica-se a história da carreira de Ivete Sangalo e como é a visão dos fãs com relação aos trabalhos e propagandas feitas por ela. É feita uma análise em cima de duas campanhas publicitárias veiculadas no ano de 2016, no Brasil, e, para possivelmente identificar o sucesso e os tipos de valores agregados à cantora junto aos consumidores. Por se tratar de um tema relativamente recente, esse estudo é baseado em fundamentação teórica e prática para entender como uma celebridade consegue influenciar na escolha do consumidor brasileiro por meio do marketing, consumo no mercado e as ações comportamentais. Os ingleses apreciaram a palavra e a colocaram em seu dicionário, tornando a pronúncia e a grafia mais inglesa.

Foi assim que marche virou market. Foi em meados do século XX, mais precisamente nos anos cinquenta, nos Estados Unidos que a palavra, até então usada livremente por qualquer pessoa, virou ciência. De market nasceu marketing, em que tudo influi na comercialização de um produto. No Brasil, a área de marketing aportou na década de sessenta e seus primeiros profissionais levaram algum tempo tentando explicar para o resto da empresa exatamente o que eles faziam (ou pretendiam fazer). As ações mercadológicas podem se manifestar de acordo com o tamanho e segmento da empresa. Price e Arnould (1999) analisam as ações de marketing como sendo aquelas que formam um conjunto de atividades administrativas que tem por fim a operacionalização eficiente e eficaz da função marketing nas empresas, informadas por uma definição empresarial direcionado a otimização de suas relações com o mercado.

Essas ações devem incluir necessariamente: a) Identificar as necessidades essenciais do mercado relativamente a produtos e serviços de base tecnológica; b) Administrar o desenvolvimento dos produtos, serviços e tecnologias para satisfazer essas necessidades; c) Distribuir os produtos e serviços no mercado de forma que possam atender as necessidades; d) Comunicação para o mercado sobre a capacidade desses produtos, serviços e tecnologias, necessidade de construção e manutenção da imagem da organização e dos produtos; e) Formação dos valores de acordo com o que a organização precise e sustente um parâmetro de lucro que ofereça um retorno satisfatório; Churchill Jr. entende que o marketing pode ser compreendido como um conjunto de atividades que tem por objetivo facilitar e consumar as relações de troca, sejam elas duradouras ou não.

O objeto de troca não se restringe apenas às mercadorias, mas também prestação de serviços, o próprio dinheiro, não assumido, assim, o ponto de vista nem do comprador, nem do vendedor. Segundo Barbosa (2004), na sociedade de consumo a publicidade nasceu para desempenhar o papel de informar sobre existência e as funções de um produto ou serviço e de atrair e estimular uma determinada reação. Com o passar do tempo e a ampliação do número de empresas que oferecem os mesmos produtos ou serviços, os comerciantes e empresários sentiram a necessidade de buscar novas formas de chamar a atenção de seu consumidor. Muitas dessas vezes sem se interessar com o impacto que isso poderia causar a sociedade.

Entretanto, nos últimos anos, tanto o processo de conexão entre consumidores quanto o de globalização de informação e o aumento das diversidades de produtos lançados no mercado foram elementos decisivos que levaram a uma poderosa mudança no comportamento dos consumidores e no perfil do mundo todo. Os consumidores passaram a ler mais o rotulo e deixaram de se deslumbrar com as histórias publicitárias. Como temos de passar por diversas formas de organização social para satisfazer as nossas necessidades de consumo, coloca-se cada vez mais uma avaliação de como esta intermediação está se estruturando. Brandini (2011) considera que o consumo pode produzir elementos culturais de extrema complexidade e riqueza de significados, que permite um mapeamento da antropologia para decodificar e interpretar certa cultura.

Entretanto o conhecimento dessa realidade tão complexa necessita, anteriormente à aplicação de uma técnica etnográfica, do processo de construção de significados, de comunicação de alguns valores codificados material e abstratamente, da percepção de estruturas simbólicas que fornecem conteúdos para a materialidade, que apenas o conhecimento da antropologia é capaz de promover. Sem o conhecimento da antropologia, ficaria difícil ter o resultado esperado pelo mercado. Por meio do estudo de consumo como processo cultural que é possível compreender, delimitar, decodificar e interpretar os padrões de percepção, motivações e comportamento do indivíduo enquanto consumidor que pertence a um ou mais grupos que determinam a sua escolha de compra por uma influência do grupo pertencente. Esses resultados são transformados em conceitos a serem operacionalizados, sem interferir nos processos que desenvolvem as etapas posteriores à pesquisa, no marketing, no design, no endomarketing, na comunicação, entre outras áreas.

A antropologia do consumo aplicada ao mercado tem oferecido uma percepção diferenciada do universo do consumidor que vai ao encontro do processo de mudanças constantes que constituem a sociedade contemporânea, permitindo essa percepção mais ampla (em termos de identificação de princípios e comportamento de consumo) e mais aprofundada (em termos de análise de dados e interpretação dos fenômenos de consumo), entregue dentro dos prazos e recursos financeiros do mercado (BRANDINI 2011). Por meio dos resultados das pesquisas antropológicas aplicadas ao mercado junto ao publico consumidor, foi possível criar novos processos cognitivos que geram diferentes percepções por parte do indivíduo/grupo em relação ao consumidor, desde novas formas de relacionamento entre o consumidor, produto e empresa até diferentes necessidades orientadas por padrões e estilos de vida.

Esses resultados permitem que sejam criadas estratégias tanto para o público específico e mercados peculiares como o Premium, como para categorias que se encontram em constante processo de mudança como o gênero, idosos, crianças e casais. Reconhecida gradualmente no Brasil como ferramenta consistente, a antropologia do consumo aplicada ao mercado, é tratada como pedra fundamental nos processos de inovação em empresas do mundo todo. Na sociedade contemporânea, deixamos de serem indivíduos atrelados a coletividades, para sermos multivíduos coabitando grande variedade de grupos, o que faz com que a trabalho necessário ao mercado para compreender tal indivíduo seja substituída por delimitar e decifrar grupos (BRANDINI, 2011). Para Samara e Morsh (2005), em um mundo cada vez mais dinâmico e complexo, onde as empresas disputam pela conquista e preferência do consumidor, perceber as motivações dos consumidores e se adaptar a elas não são uma alternativa, mas uma necessidade absoluta para a sobrevivência de qualquer empresa.

É visto assim, que as empresas têm direcionado cada vez mais tempo e recursos para compreender efetivamente a dinâmica no processo de tomada de decisão do consumidor. Certamente, o estudo sobre o comportamento do consumidor nos dias atuais, teve um grande desenvolvimento, se consolidando como uma área do saber inserida no espectro de conhecimento da ciência mercadológica. Tal campo tem alcançado cada vez mais espaço e atenção entre os profissionais do marketing e administradores, escolas e universidades, instituições civis e públicas, empresas e organizações. Esta obra visa compreender o comportamento do consumidor que em geral ressalta o meio em que vive aspirando diversas motivações, desejos e necessidades. Essas motivações, na maioria das vezes, ficam associadas a uma marca que geralmente tem como instrumento de divulgação uma celebridade.

Esse instrumento conta com a influência que a celebridade possa ter em cima do publico–alvo. Essa personificação em marca fica sendo responsável por parte que o retorno do produto utilizado na campanha de marketing possa dar, seja ele positivo ou negativo. CELEBRIDADES Nesse segundo capítulo, a autora desse estudo faz uma abordagem sobre o tema com o objetivo de detalhar como uma celebridade é criada, suas tendências, definições, interferência e influencia na vida do consumidor, em especial a cantora Ivete Sangalo, que é o objeto de estudo. Isso tudo gera uma crise de identidade muito forte, forçando ao indivíduo a criar algumas identidades transitórias em diferentes momentos. Nessa transição de imagens, quem atua na reconstrução das relações sociais é a mídia, que por meio da criação e divulgação de algumas celebridades vendem um estilo sedutor, uma imagem glamorosa e uma aparência na moda, agregando pessoas ao seu redor.

Quando um consumidor imita uma celebridade, automaticamente apropriam-se de sua aparência, vestimentas e linguagem, criando então uma representação de si mesmo. Assim, segundo Gebauer e Wulf (2004, p. pode-se dizer que: Os outros são parte do eu. Enquanto os heróis de antigamente eram grandes homens, as celebridades de hoje são grandes nomes. Desse jeito, a necessidade psicológica é preenchida através da popularidade das celebridades que representam vários tipos de indivíduos. Para Marshall (1997), a celebridade também pode ser entendida como figura pública que ocupa o espaço de visibilidade da mídia e são construídas discursivamente. As celebridades se destacam da vida normal em virtude do talento profissional que desempenham ou em função de fatores como: estratégias de publicidade bem sucedida ou em algum ato heróico.

A mídia desempenha um papel muito importante, não apenas na visualização da imagem como estrelas, mas também na própria constituição de um sujeito como celebridade. Pode-se dizer que o conceito de celebridade é recente. O termo celebridade, na sociedade contemporânea, está associado à fama, à natureza volúvel, temporária no mercado de sentimentos humanos. No contexto de relações anônimas, mudanças velozes na vida social e econômica são sustentadas pela atribuição de status glamoroso a um indivíduo dentro da esfera pública. ROJEK, 2008). Hoje, a celebridade utilizada em campanhas publicitárias se torna a própria marca. Essa influência age, tanto no fator produto, quanto na maneira de agir deste público (MARTINDALE, 1991). Em sua composição, Patel (2009) descreve que a escolha de uma celebridade exige cuidados no que se relata à humanidade de todas as pessoas, tendo em vista a sua possibilidade de se ligar em escândalos e cometer infrações.

A associação uma vez realizada pode causar em danos para a imagem da marca. Uma vez intrometido em escândalo, a celebridade pode trazer para o produto que anuncia prejuízos, exercendo o descuido cometido para se tornar uma discussão entre os consumidores, gerando polêmicas e podendo provocar perdas para o produto que teve sua imagem associada a aquele artista. A tática de adotar uma celebridade para fazer comerciais é tida como um passo corajoso e arriscado, pois a partir do momento da contratação, ela passa a ser vista como a imagem da empresa, podendo vincular à marca não somente atributos positivos, mas também relacionar problemas que por ventura venham a acontecer. A gestão da marca pessoal segue o exemplo das marcas corporativas em que o profissional, para ser lembrado pelo mercado, deve investir na sua identidade, naquilo que o torna diferente em termos de atributos intangíveis.

As decisões de um consumidor são tomadas por um processo de análise e de avaliação de uma informação precedida pela exposição de uma mensagem e que quase sempre é publicitária. As informações das mensagens se combinam com aquelas que o consumidor já conhece e dão origem a uma atitude. Nasce, então, uma motivação para a escolha da marca, que sob efeito de alguns fatores como: propagandas em ponto de venda e atitude de vendedores acabam se tornando ou não um ato de compra (MARTINDALE, 1991). Ainda sobre o autor, é relevante falar que a memória do consumidor é estruturada na forma de uma rede associativa (é uma rede de elos e pontos que armazenam as diversas informações associativas à marca). Algumas pesquisas feitas recentemente mostram que os consumidores constroem suas identidades e se apresentam aos outros por meio de suas escolhas de marcas, formando assim a sua imagem idealizada (WILLIAMSON, 2002).

Piégay-Gros (1996) dá como exemplo as supermodelos dos anos 90, ícones, emblemas de uma sociedade industrial que cada vez mais se aperfeiçoa na arte de produzir réplicas e vender imagens. Embora existam em um meio aparentemente superficial, as modelos é metáforas de temas de importância cultural, como o comércio, a sexualidade, a estética. Mediante o trabalho dos mercadores de imagens, que as manipulam em fotos e anúncios (e às vezes até na vida real), elas não vendem apenas roupas e cosméticos, mas também uma psicologia complexa e em continua evolução, assim como uma ambientação social, uma poderosa ficção publicitária que recebeu o nome de estilo de vida. Os consumidores ligam o simbolismo que é associado à celebridade e às marcas que elas usam, transferindo esse significado da marca para as suas próprias personalidades, construindo assim a sua identidade por meio da seleção de marcas com significados importantes para determinarmos os aspectos dos conceitos que têm de si mesmos.

Para o mesmo autor, muitas vezes as celebridades aparecem em situações do seu cotidiano, em paródia ou situações engraçadas. Saber utilizar a imagem de uma figura pública pode trazer um tom de humor tornando a propaganda mais leve, divertida e animada. Isso consegue evitar a fuga de atenção por parte do consumidor ao ler, ouvir, assistir ou interagir em um comercial. A publicidade ajuda a divulgar uma marca e seus produtos, a fazê-los serem conhecidos e amados, a diferenciá-los daquele da concorrência (SEMPRINI, 2006). Já para Harvey (2000), a publicidade já não parte da ideia de orientar ou estimular no sentido comum, volta-se cada vez mais para a manipulação dos desejos e gostos. Elas seriam nós mesmos em uma lente de aumento (BOORSTIN, 2006).

Entende-se assim que a celebridade vira um importante instrumento, personificando valores, de acordo com Rojek (2008). A exposição da celebridade pela mídia caracteriza, nesse caso, personifica e gera valores, servindo de figura de ligação do produto x consumo. Sendo espontaneamente e comunicando tudo aquilo que a população deseja e sonha. Perante a todo esse poder, a publicidade percebeu a forte influência da celebridade diante do consumidor e passou a ligar a imagem dessas figuras em comerciais e propagandas, modificando o apelo emocional em apelo comercial, convergindo emoções em lucros e visibilidades. A atriz Marina Ruy Barbosa foi convidada para o comercial, pois representa muito bem a beleza e a força femininas que a mulher brasileira tem. De acordo com o EXAME (2015), a modelo Gisele Bündchen é uma das garotas propagandas mais preferidas no Brasil.

Após deixar a sua carreira de modelo internacional, Gisele é uma das brasileiras com mais credibilidade para apresentar produtos e marcas. Desde o ano de 2009, a modelo se tornou a garota propaganda oficial da televisão por assinatura Sky, (Figura 2) como mostra a imagem abaixo. A marca, inclusive, homenageou a modelo com um compilado de campanhas estreladas por ela. Com esse resultado, é necessário identificar qual personalidade possui este atributo e pode ser um atrativo ao seu target, reconhecendo assim como porta-voz da marca (KOTLER, 1997). De acordo com a sua biografia (2017), a pesquisa Marcas de Confiança, realizada pela Revista Seleções em parceria com o Datafolha, aponta que numericamente Ivete Sangalo é a cantora mais confiável do país, segundo os leitores. A baiana aparece em primeiro na lista, com 63% de índice de confiabilidade.

A pesquisa oferece um panorama da relação entre consumidores e marcas de produtos e prestadores de serviços, além de medir a confiança entre personalidades brasileiras. O levantamento deste ano coletou dados via web com os leitores entre maio e junho de 2017. Enquanto fez parte da Banda Eva como vocalista, a cantora Ivete Sangalo produziu seis álbuns musicais e vendeu mais de quatro milhões de cópias segundo seu próprio site pessoal. Na vida pessoal, a cantora é casada com o nutricionista Daniel Cady com quem tem um filho de sete anos chamado Marcelo. Após descobrir a sua gravidez de gêmeos aos 45 anos, Ivete Sangalo informa que estará fora do carnaval de 2018: Eu sou uma cantora do carnaval, eu tenho uma relação muito forte e intensa com essa festa.

É paixão total, o que me faz sentir muito por essa ausência. Mas devo confessar a vocês a alegria de estar novamente vivendo esse momento delicioso em minha vida. Ivete foi matéria de destaque no jornal americano The New York Times, sendo considerada pela crítica especializada como uma cantora marcante e inesquecível, tendo sua performance comparada a artistas como Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler. Em maio de 2013, a cantora foi nomeada embaixadora Nacional da Boa Vontade para combater o tráfico de pessoas pela Organização das Nações Unidas (ONU). O papel de Ivete nesse posto é mobilizar a sociedade contra esse tipo de crime. No mesmo ano, a cantora lançou o seu DVD comemorativo aos seus 20 anos de carreira em Salvador, na Arena Fonte Nova segundo Gente (2017).

Ivete já se apresentou em alguns dos mais importantes eventos do mundo como a abertura da Copa América de 2011 (ao lado de Diego Torres), realizada na Argentina, a Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 (ao lado de Shakira) e os Jogos Paraolímpicos de 2016, ambos no Brasil. Diante de toda essa representatividade e importância para o campo publicitário, Ivete não apenas faz shows, como percorre o mundo das campanhas, atuações, dublagens e apresentações de programa. Parecendo despertar, o desejo do consumidor por tantos feitos públicos. Ivete: Duas Campanhas de Sucesso A cantora Ivete Sangalo é responsável por fazer muitas campanhas publicitárias. Ela não é escolhida apenas por ser mundialmente conhecida, mas sim por gerar empatia diante de todas as classes sociais.

Ela consegue transitar em todas as classes e falar de um jeito popular, para todas as pessoas. Por ser uma marca jovem, alegre e divertida, a cantora foi chamada, pois representa muito bem tosos os valores impostos pela marca. A participação de Ivete Sangalo enquanto responsável publicitária envolve motivos psicológicos, emocionais e culturais que fazem as pessoas reagirem à campanha e ao endosso da celebridade. De acordo com Rojek: (2008, p. A colocação da mercadoria opera segundo o princípio de que o reconhecimento público da celebridade como uma presença cultural admirável ou desejável pode ser transferido para o bem de consumo num comercial ou anúncio. O impacto cultural da colocação depende 51 da condensação de associações na consciência de espectadores em torno de uma irresistível imagem à qual a celebridade confere valor positivo.

Outra marca a qual Ivete Sangalo se associou, foi a rede de supermercados Guanabara, fundada em 1950, começou com as “casas guanabaras’’ e acabou se tornando uma das maiores e modernas rede de supermercado do país. Atualmente, o supermercado Guanabara é o preferidos dos cariocas segundo a página oficial da rede (2017). De acordo com o Meio&Mensagem (2013), a rede de Supermercados Guanabara lançou, sua campanha de aniversário, ação que envolveu um investimento de R$ 13 milhões. Assinada pela Fullpack, ela traz como garota propaganda a cantora Ivete Sangalo e inclui, além de comerciais na TV, anúncios, peças de mídia exterior e ações nas redes sociais. Segundo o ABF(2013), a escolha de Ivete como garota-propaganda teve como objetivo principal popularizar a marca e atrair o consumidor emergente (classes C e D), que, com o aumento do poder aquisitivo, passa a ter interesse em fazer compras.

Consciente desse potencial, da admiração e atenção que possui junto aos seus seguidores, Ivete Sangalo usa a sua imagem para anunciar para marcas. Através de contratos milionários, se torna a porta-voz e avaliza desde tinturas para cabelo a construtoras. Shuker (1999) reforça que admiração do fã estaria mais relacionada à imagem do ídolo do que aos aspectos musicais ou técnicos do artista. Pesquisas têm demonstrado o impacto da imagem da celebridade endossante na imagem percebida da marca (WALKER; LANGMEYER; LANGMEYER, 1992). De acordo o ABF (2013) foi realizada uma pesquisa pela consultoria de marketing e comunicação Ilumeo para saber quais características são mais relevantes em relação à Ivete, na ocasião foram entrevistadas cinco mil pessoas. A nova linha estará disponível nas principais esmalterias, perfumarias e drogarias do país segundo o site da Jaqueline Fernandes (2016).

Diante disso, a fim de comprovar todos os dados pesquisados nesta monografia, a autora deste estudo desenvolveu uma pesquisa para comprovar a influência da cantora Ivete Sangalo no padrão de consumo brasileiro. O instrumento utilizado foi o Google forms, um questionário com 10 perguntas referentes ao objeto de estudo, a fim de mensurar um resultado estatístico. A pesquisa foi feita com 200 pessoas de todas as cinco regiões do Brasil, que apontou os seguintes resultados: O Gráfico 1 compreende o gênero dos entrevistados. Nota-se, diante dos dados expostos, que a maioria representada por 62,1% são do gênero feminino e 37,9% do gênero masculino. No Gráfico 3 compreende a faixa etária dos respondentes. Nota-se, diante dos dados expostos, que a maioria representada foi representada por 59,1% do público é jovem na faixa dos 15 a 25 anos e em minoria respectivamente com 40,9% a faixa de 25 a 50 anos.

Conclui-se assim, que a comunicação da cantora é com o público mais jovem. Gráfico 3 – Faixa etária dos respondentes Fonte: A autora (2017). A fim de saber sobre a influência da cantora nas redes sociais, a questão abaixo abordou todas as redes sociais como: Instragram, Facebook, Twitter e até mesmo o site pessoal da cantora. O Gráfico 7 tem por intuito demonstrar a lembrança dos respondentes quanto à última campanha promovida pela L’oreal Garnier em que Ivete participou. Essa campanha personificou a cantora na marca. Após a saída da cantora, 65,2% dos respondentes alegaram que não sentem mais segurança em comprar o produto e 34,8% responderam que continuam comprando. Assim, conclui-se que cantora conseguiu influenciar e passar segurança na marca vendida de acordo com este resultado.

Gráfico 7 – Respondentes que deixaram de comprar a marca da Garnier após saída da cantora Ivete Sangalo Fonte: A autora (2017). Nota-se o grande alcance de uma campanha bem representada. Gráfico 10 – Os respondentes que se sentem influenciados pela cantora Fonte: A autora (2017). O questionário em questão tinha por intuito compreender o público em relação a influência da cantora Ivete Sangalo no padrão de consumo dos brasileiros. Nota-se, nesta enquete, que nem todo o público pesquisado é influenciado pela cantora, porém as ações e comunicações promovidas pela mesma têm sua relevância e eficácia. Observa-se ainda que o fenômeno Ivete Sangalo conseguiu se comunicar com o público, as pessoas foram majoritariamente atingidas pela comunicação da mesma pela TV, porém suas ações realizadas via Internet e Redes Sociais tiveram um alcance maior.

Nota-se no Gráfico 10 que mais de 80% dos respondentes se sentem influenciados pela cantora Ivete Sangalo. Hoje em dia, ela é uma das celebridades mais solicitadas. A cantora é uma das que mais fazem anúncios comerciais, o que gera bons resultados para as marcas que as contratam. Com uma vida exposta e sem escândalos, características como: carisma, humildade e explosividade, a cantora consegue se comunicar tanto com os homens como com as mulheres de todas as classes sociais. O trabalho teve como finalidade responder a seguinte questão: será que a Ivete Sangalo influencia no padrão de consumo dos brasileiros? De acordo com os resultados dos gráficos acima, pode-se responder que sim e o estudo atingiu ao seu objetivo. Isso gera uma interação social entre a marca (o artista) e os clientes e provoca assim uma movimentação na economia do mundo.

Por fim, após analisar toda a pesquisa chega-se à conclusão de que a influência de uma celebridade gera impacto nos padrões de consumo dos brasileiros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____Associação Brasileira de Franchising: O valor da marca Ivete Sangalo, 2013. Disponível em: https://www. abf. Grandes Nomes da Propaganda: Supermercados Guanabara lança campanha Dia das Mães 2015, 2015. Disponível em: https://grandesnomesdapropaganda. com. br/anunciantes/supermercados-guanabara-lanca-campanha-dia-das-maes-2015/. Acesso em: 15 de out. Disponível em: http://www. ivetesangalo. com/noticia/ivete-sangalo-e-cantora-mais-confiavel-do-pais-afirma-pesquisa-21092017. Acesso em: 15 de out. Exame. Gisele Bündchen é a garota-propaganda preferida do Brasil, 2015. Disponível em: https://exame. abril. com. br/marketing/gisele-bundchen-e-a-garota-propaganda-preferida-do-brasil/. BRANDINI, Valéria. Antropologia do Consumo Aplicada ao Mercado. in CASTILHO, K. e DEMETRESCO, S. ORG).  São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011. CHURCHILL JR, Gilbert A.

 Marketing: criando valor para os clientes. Saraiva, 2000. COELHO, Maria Cláudia.  ANTAS JR. RM (Org. Fátima Bernardes dispara e ameaça Faro e Ivete Sangalo na publicidade. CASTRO, Daniel.  Notícias da TV. br/ivete-sangalo-lanca-nova-linha-de-esmaltes/. Acesso em: 17 de out. FREIRE, Robson; BEHLING, Hans Peder; REINERT, Juliana. Endosso de celebridades: uma análise baseada na complementaridade de modelos teóricos. In: Anais… XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul–Novo Hamburgo–RS. Consultado em 19 de outubro de 2017 KARSAKLIAN, Eliane.  Comportamento do consumidor. Editora Atlas SA, 2000. KOHLI, Ajay K. JAWORSKI, Bernard J. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. trad.  Ailton Bomfim Brandão, v. MARSHALL, P. David. Homewood, IL, Richard D. Irwing, Inc. PATEL, Pratik C. Impact of Celebrity Endorsement on Brand Acceptance.

 ICFAI Journal of Consumer Behavior, v.  Rio de Janeiro: Rocco, 2008. SAMARA, Beatriz Santos; MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do consumidor: conceitos e casos.  São Paulo: Pretince Hall, 2005. SCHIFFMAN, Leon G. com. br/noticias/redacao/2014/10/31/famosos-rejeitam-termo-celebridade-e-dizem-que-banalizou. htm. Acesso em: 17 de out. SHUKER, Roy. Qual é a sua região? 3. Qual é a sua faixa etária? 4. Você segue a cantora Ivete Sangalo nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter)? 5. Você faz parte de algum fã clube da Ivete Sangalo? 6. Você começou a assistir o programa de televisão The Voice Brasil após a participação da cantora Ivete Sangalo? 7.

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