A INFLUÊNCIA DA MIÍDIA NA ALIMENTANÇÃO DOS BRASILEIROS E suas consequências para crianças e adolescente

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Administração

Documento 1

Essa situação pode ocorrer pela mudança no etilo de vida gerado pela modernidade, onde prevalece o sedentarismo e/ou pela grande exposição e influência da mídia que estimulam esse público a consumir alimentos hipercalóricos e confundem a cabeça dos adolescentes pois é a mesma mídia que vende a ideia do corpo perfeito. Assim, o objetivo desse trabalho foi demonstrar como os hábitos alimentares na infância e adolescência podem ser influenciados pela mídia, impactado na saúde dos adultos. Para isso, foi realizado uma revisão da literatura, e vimos que de modo geral, os hábitos alimentares são fortemente influenciados por veículos de comunicação e mídias sociais, seu uso exerce poder sobre os alimentos consumidos, principalmente os ultraprocessados, atualmente é necessário o desenvolvimento de incentivos de programas públicos de saúde que objetivem a promoção da saúde através de estímulos a prática de uma alimentação equilibrada e saudável.

Palavras chaves: Obesidade, infância, adolescência, mídia, hábitos alimentares. ABSTRACT Adequate nutrition is essential for human development and several factors can lead to the population's food choices. BVS –Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. ASBRAN– Associação Brasileira de nutrição. OMS –Organização mundial da saúde. ECA– Estatuto da criança e adolescente. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 23 1 INTRODUÇÃO Atualmente o quadro de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) é preocupante, os números são cada dia mais alarmantes, cerca de 56 % das mortes no Brasil na faixa etária de 30 a 69 anos são causadas por DCNTs, constituindo assim, um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. O desenvolvimento dessas doenças está associado com consumo alimentar inadequados, principalmente devido o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, que apresentam grande quantidade sódios, gorduras e açúcares em sua composição (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO, 2019) Durante a infância e adolescência, o desenvolvimento de obesidade e o não tratamento contribui para a manutenção desta na vida adulta, o que acaba aumentando o risco para DCNTs, devido ao acúmulo excessivo de gordura corporal (TORRES et al.

De acordo com o ministério da saúde os índices de obesidade em crianças na região nordeste apresentou maior prevalência dentre todas as regiões brasileiras (Nordeste (3,4%), Sul (3,4%), Sudeste (3,1%), Norte (1,9%) e a Centro-Oeste (2,1%)) em relação ao sobrepeso na população infantil a região Sul apresentou os maiores índices com 22%, seguida pela região sudeste com 18,4%, Nordeste18,2%, Norte 16,4% e Centro- Oeste com 14,5% (VIGITEL, 2018) atualmente cerca de 10,1% de crianças de 5 a 10 anos estão com obesidade no Brasil. Com relação a população adolescente, o relatório do sistema de vigilância alimentar e nutricional demonstrou que 18,2% dessa população estão com sobrepeso, 7,91% estão com obesidade e 1,8% com obesidade grave, na qual adolescentes do sexo masculino apresentam maior prevalência, ficando em torno 9,93%, enquanto o sexo feminino 7,49% (SISVAN, 2019).

Hábitos alimentares inadequados, que normalmente vieram da infância; e se torna fatores de risco para o desenvolvimento de doenças na fase da adolescência (LEVI et al. OBJETIVOS ESPECÍFICOS. Verificar na literatura os hábitos alimentares de crianças e adolescentes; - Relatar as mudanças históricas na alimentação no Brasil; - Compreender a influência dos veículos de comunicação nas escolhas alimentares de crianças e adolescente; - Descrever o impacto da mídia nos índices de TA; - Demostrar as consequências do consumo de ultraprocessados no desenvolvimento de obesidade infantil e de adolescentes 3 METODOLÓGIA No presente estudo foram utilizados dados científicos publicados nos últimos 10 anos nos idiomas português e inglês, estudos tipo revisão bibliográfica e estudos tranversais.

Para a busca destes documentos foram utilizados como banco de dados o PubMed, google acadêmico e Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca pelos artigos, utilizando as palavras chaves, obesidade, infância, adolescência, transição nutricional, “consumo de ultraprocessados”, “práticas alimentares”. Após seleção por títulos, foi realizada a leitura dos resumos dos artigos, seguidamente os artigos foram separados, entre os anos de 2011 a 2021 , para ser feita a leitura do artigo como um todo, e selecionados os artigos considerados adequados para fazerem parte da revisão no total de 30 artigos, considerados como critérios de exclusão artigos que não foram realizados com o público-alvo. Alimentação brasileira. Historicamente as mudanças no padrão alimentar no mundo começam a surgir após a Segunda Guerra Mundial, quando o processo de industrialização dos alimentos começou a ser fomentando e a população começou a se adequar a facilidade do preparo e alta palatabilidade dos alimentos ultraprocessados, porém com valores nutricionais irrelevante e potencialmente nocivos à saúde (GRENHA, 2011).

No Brasil os hábitos alimentares têm origem da miscigenação das culinárias indígenas, portuguesa e africana, cada região do país desenvolveu sua cultura alimentar, após a revolução industrial o hábito de preparar as refeições foi diminuindo, e atualmente observamos que uma parcela da população está deixando de preparar a alimentação artesanalmente, e está optando por alimentos ultraprocessados, que requerem o mínimo de preparação (FRANÇA et al. Durante o ano de 1950, aconteceu no Brasil o movimento American way of life, no qual consistia no embasamento do estilo de vida americano, a revista Reader’s Digest foi a revista mais lida no Brasil, à época, e era responsável pelo marketing dos principais produtos alimentícios, no entanto as propagandas consistiam em disseminar informações que os produtos possuíam “valores nutricionais” e era não nocivos à saúde (ALBERTONI, 2016).

Figura 1: Propagando de 1950 das principais marcas de industrializados. Propaganda e marketing na Tv: Sua influência na infância. A infância é a época em que as crianças iniciam a sua formação psicossocial, onde ocorre a formação de crenças, atitudes, interesses, valores e a construção da sua personalidade, nesse período é onde também ocorre a formação dos gostos pela comida e consequentemente as escolhas alimentares. Nessa fase, a autonomia alimentar inicia seu processo de construção, infelizmente a mídia através de sua influência por meio de comerciais, acaba atuando nas escolhas de preferência alimentares das crianças, que acabam optando por alimentos que possuem baixo valor nutricional. Os veículos de comunicação têm uma atuação muito importante no consumo dos alimentos onde acabam persuadindo a mudanças dos hábitos alimentares em crianças.

Os alimentos ultraprocessados são os produtos mais lançados pela mídia, sendo a maioria ricos em gorduras, sódio e açúcares, além de não conter nutrientes essenciais para uma alimentação adequada (CARVALHO, 2016). DIAS; SILVA; SOUZA, 2020) 4. Mídia e transtornos alimentares na adolescência A adolescência é caracterizada pela passagem entre infância e vida adulta. No decorrer da vida essa passagem talvez não seja tão bem compreendida. Para OMS a adolescência, compreende faixa etária entre 10 e 19 anos de idade, e salienta que é um período da vida que merece particular atenção. BITTAR et al. Durante essa busca incansável por um estereotipo, adolescentes induzem a perda de peso por métodos inadequados, entres eles podem destacar uso de jejum intermites, atividade física intensa, uso de anabolizantes, além de indução de émese por objetos.

Os transtornos alimentares geralmente causam complicações a saúde que podem ser desde o déficit nutricional, desequilíbrio hidroeletrolíticos e desnutrição energética proteica (GONÇALVES et al. O perfil de adolescentes que desenvolve transtornos alimentares é em sua maioria, do sexo feminino, população caucasiana e alto nível socioeconômico-cultural, comparados com adolescentes do sexo masculino os índices são menores. Entre os TAs mais prevalentes vamos destacar a Anorexia Nervosa (AN) e Bulimia nervosa (BN), as duas podem ter causas multifatoriais sendo influenciadas por fatores biológicos, sociais, ambientais, familiares e psíquicos (COPETTI et al,2018). Dados epidemiológicos têm demostrado que durante a faixa etária de 13 e 18 anos a prevalência de Bulimia nervosa e maior que anorexia nervosa (MOREIRA et al.

Crianças e adolescente tem a tendência de substituir alimentos saudáveis por produtos alimentícios, causando desequilíbrio nutricional e danos à saúde (COSTA et al. CONCLUSÃO. A alimentação de crianças e adolescentes brasileiros, apresenta-se, de modo geral, fortemente influenciada por veículos de comunicação e mídias sociais, seu uso exerce poder sobre os alimentos consumidos, principalmente os ultraprocessados. Diante disso, crianças em idade escolar e adolescentes acabam consumindo uma pequena quantidade de nutrientes essenciais como vitaminas, minerais, fibras e ácidos graxos poli-insaturados e ingerindo mais açúcar, sal, colesterol e lipídeos saturados. Como consequência, ocorre uma elevação no número de pessoas que apresentam sobrepeso e obesidade, causado não somente pelas práticas alimentares inadequadas, mas também pelo sedentarismo, destaca-se o valor de programas que objetivem a promoção da saúde e incentivem a prática de uma alimentação equilibrada e saudável, como a divulgação de ações educativas que estimulem a alimentação saudável e o incentivo da criação de hábitos de refeição em família valorizando a culinária tradicional com a finalidade de diminuir o consumo de ultraprocessados em todas as faixas etárias da população.

 , v. n. p. e2005, 18 jul. ANDRADE, L;COSTA,J; CARRARA,NETTO,M;CÂNDIDO,A;SILVA,R;MENDES,L. A; CARVALHO. D; OLIVEIRA. E; OLIVEIRA. L; LIMA. D, Os impactos da inserção feminina no mercado de trabalho sobre o perfil nutricional e os hábitos alimentares de escolares adolescentes, 10, n. BRUCE, A,et al.  A influência dos comerciais de alimentos na televisão nas escolhas alimentares das crianças: evidências das ativações do córtex pré-frontal ventromedial.  The Journal of pediatrics  CARVALHO. F- A influência da mídia na alimentação infantil. São Paulo. S. RAUBER, F. LEFFA, P. S. SANGALLI, C. Brasília. DIAS. M; SILVA. P; SOUZA. Influência da publicidade no desencadeamento da obesidade infantil no brasil, Rio de janeiro. E; TRINDADE.

E. Transtornos alimentares na infância e na adolescência. Santa Catarina. v. R; LEONE. C. Consumo de frutas no brasil e prevalência de obesidade- São Paulo. vol.  no. RIBEIRO, Patrícia. Influência das redes sociais nos hábitos alimentares dos adolescentes. Instituição académica: Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Porto, 2018. RODRIGUES, A. S; CARMO, I; BREDA, J. R;SENA. N;PINTO. N, A Influencia da televisão nos hábitos , costumes e comportamento alimentar, Cogitare Enferm. Jan/Mar; 17(1):65-71. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, Ministério da Saúde, Boletim Epidemiológico, Volume 50 | Nº 40 | Dez.

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