A influência das Redes Sociais na imagem corporal de adolescentes

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Os conteúdos dispostos pelas mídias sociais incidem diretamente no comportamento dos adolescentes, repercutindo em sua maneira de agir, vestir e na sua autoimagem. Os jovens cada vez mais tentam ser aceitos pelo mundo social, modificando seus estilos, gostos e corpos para se assemelhar ao padrão estético estipulado pelas mídias. Esse desejo obsessivo em parecer com o outro ou se enquadrar em um padrão corporal leva os adolescentes a desenvolverem transtornos psicológicos, devido a pressão em ser aceito pelo mundo social, e transtornos alimentares, em razão da busca constante pelo corpo estipulado por pessoas da mídia. Assim, nota-se a importância dessa discussão de forma a compreender e discutir os impactos causados pelos padrões estéticos mostrados pelas mídias sociais na construção da imagem corporal em adolescentes.

SUMÁRIO 1. A autoimagem corporal refere-se à forma como o indivíduo se representa mentalmente, seja está relacionada a aparência física ou emocional, e quando esta imagem se difere daquela buscada pelo indivíduo, acaba por se tornar um motivo de insatisfação. A IC pode variar de acordo com cada indivíduo e pode afetar significativamente a autoestima, a saúde mental e o comportamento. A autoimagem é uma construção psicológica, que pode ser facilmente manipulada pelas características do meio social em que vive o indivíduo, além de sofrer influência de aspectos biológicos e culturais. Uma das maiores interferências na imagem corporal, principalmente dos adolescentes, se dá a partir das mídias sociais. As mídias sociais são plataformas online que permitem a criação, compartilhamento e interação de conteúdos gerados pelos usuários.

Durante a adolescência, os jovens começam a questionar as expectativas e valores que lhes foram transmitidos na infância e a buscar uma compreensão mais autêntica de si mesmos. A formação da identidade também está relacionada ao desenvolvimento da autoestima e da autoimagem. Os adolescentes podem enfrentar desafios na aceitação de si mesmos e na construção de uma imagem corporal saudável. A exposição às mídias sociais causa comparações com padrões inalcançáveis e podem influenciar a maneira como os adolescentes se percebem e afetar sua autoconfiança. SANTONI, 2017) Ademais, os conteúdos dispostos pela mídia transmitem a mensagem de que todos deveriam buscar o corpo ideal, mesmo que este não seja totalmente agradável aos olhos do indivíduo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar a influência das redes sociais em adolescentes, analisando os efeitos positivos e negativos que essa exposição pode gerar; • Descobrir como a incidência ao acesso de conteúdos dispostos pela mídia pode afetar a vida dos adolescentes de diferentes formas, sejam estes homens ou mulheres; • Discutir sobre os transtornos alimentares e psicológicos gerados a partir da busca pela estética corporal. JUSTIFICATIVA O uso das mídias sociais pelos adolescentes se tornou algo constante nos últimos anos. Cada vez mais os jovens estão expostos a conteúdos manipuláveis e que podem acarretar em mudanças no seu comportamento e personalidade, além de desenvolver problemas psicológicos. Uma das maiores influências vistas atualmente é quanto a imagem corporal dos indivíduos devido ao alto padrão estético determinado pelas mídias.

Assim, faz-se necessário uma análise de que maneira esses conteúdos podem incidir na modificação ou construção da imagem corporal dos adolescentes. A interação com os outros e com o meio é uma necessidade do ser humano, buscando se relacionar com grupos sociais de interesses semelhantes. Diante do advento da internet essa interação com o meio social passou por diversas mudanças, pois a comunicação, antes feita apenas presencialmente ou por cartas, passa a ser feita através do meio digital, onde é possível conversar ou interagir virtualmente com pessoas de diversos lugares do mundo, sem precisar se deslocar para algum lugar ou mesmo sair do sofá. A partir disto, surgem as mídias sociais que determinam as redes sociais, ambientes utilizados principalmente para a comunicação e publicação de conteúdo.

Zenha (2018) sobre as mídias e redes sociais afirma que: [. elas “permitiram sua emergência como uma forma dominante de organização social” que conecta mais do que máquinas, “conecta pessoas”, resgata o contato com pessoas a distância, com pessoas que há algum tempo não se encontram, entre outras possibilidades, como uma maneira de fazer novos contatos e amizades. Gráfico 1 - Usuários por rede social (número em milhões) Fonte: VOLPATO (2023) Pessoas de diversas idades acessam a internet cotidianamente, em busca de conteúdo para suprir suas necessidades de comunicação. Os adolescentes, principalmente, utilizam-se da internet como forma de entretenimento, comunicação e acessibilidade à informação. Uma característica importante das redes e mídias sociais é que além de ser possível compartilhar e acessar conteúdos de outros usuários, as pessoas são capazes de acessar perfis de celebridades ou de pessoas renomadas no seu campo de interesse.

Este fato pode parecer benéfico, já que assim os fãs podem acompanhar a vida e carreira de seus ídolos, porém possui seus malefícios. É comum que os perfis de celebridades e influencers mostrem apenas um lado da vida de um famoso, como viagens luxuosas, corpos esculturais, acesso VIP a lugares e restaurantes caríssimos. Com relação ao acesso às mídias e redes sociais, na pesquisa TIC Domicílios feita em 2021 são apresentados dados sobre o acesso das famílias à internet nessa época. A pesquisa apresenta uma comparação entre os anos de 2019, 2020, 2021, onde no número de brasileiros conectados saiu de 74%, em 2019, para 81%, nos anos de 2020 e 2021. Ainda é mostrado que a população urbana se utiliza mais da internet que a população rural. Mesmo assim, em 2019 eram apenas 53% dos habitantes rurais que faziam uso da internet, já em 2021, esse número subiu para 73% da população rural.

O estudo mostra ainda que 94% dos estudantes de graduação ou graduados fazem uso da internet, seguido por 91% da população com nível médio e 71% das pessoas com nível fundamental. os perigos inerentes aumentam, não só pela potencial exposição a conteúdos inapropriados, como também através de informação partilhada nas redes sociais. Publicidade, promoção de atividades ilegais (downloads ilegais ou plataformas de apostas), exposição a conteúdos agressivos, cyberbullying e assédio que conduzem a situações de ansiedade, isolamento, depressão e desenvolvimento de baixa autoestima são riscos diários que alertam para a necessidade de prevenção, principalmente com a demonstração estatística recente de taxas crescentes de crianças cada vez mais jovens com acesso à internet.

REBELO et al. p. Além dos perigos citados por Rebelo et al. Para os nobres, por exemplo, as esposas dos reis e imperadores eram sempre as mulheres mais belas, com corpos magros e definidos, mulheres que exalavam beleza e graça. Os reis, imperadores e guerreiros eram homens fortes e musculosos, que precisavam mostrar para o seu povo a sua desenvoltura nas guerras. Assim: Cada sociedade, cada cultura age sobre o corpo determinando-o, constrói as particularidades do seu corpo, enfatizando determinados atributos em detrimento de outros, cria os seus próprios padrões. Surgem, então, os padrões de beleza, de sensualidade, de saúde, de postura, que dão referências aos indivíduos para se construírem como homens e como mulheres. Ao longo do tempo, esses modelos produziram a história corporal, funcionando como mecanismos codificadores de sentido [.

FERNANDES, 2019) Porém, a busca pela perfeição corporal as vezes ultrapassa o bem estar e se transforma na necessidade incontrolável de se encaixar nos padrões de beleza mostrados pela mídia. Os adolescentes, em especial as mulheres, se destacam como os mais influenciáveis pelos padrões de beleza estipulados pela mídia, devido ao fato de passarem mais tempo conectados a internet. Os conteúdos apresentados na mídia deixaram de ser um modo de instigar o bem estar e a saúde e se transformaram em meios que buscam padronizar o corpo das pessoas, de modo a se adaptarem aos padrões de beleza e se sentirem aceitas pelo meio social. Como afirma Tomaz et al. percebe-se que o mundo social, claramente, discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações cotidianas importantes.

Porém, estas imagens são em sua maioria são distorcidas e não condizem com a realidade, pois é comum o uso de edições com Photoshop para a melhoria das imagens. Como corrobora Goulart e Carvalho (2018), “A edição se tornou algo tão trivial que as pessoas se espantam ao verem algo que não foi processado. Fotos de celebridades em seu “estado natural”, sem “modificações” são motivos de choque nas redes sociais. ” (GOULART; CARVALHO, 2018, p. Assim como afirma Torres et al. Além disso: Frente a todas as mudanças decorrentes do período, a auto aceitação na adolescência está condicionada a critérios formulados pelo grupo de amigos que são motivados pelos modelos sociais. Amigos e familiares, por vezes, contribuem para a necessidade de estar, de forma constante, dentro dos padrões e expectativas sociais.

COPETTI; QUIROGA; 2018, p. Nesse contexto, a autoimagem e autoestima estão relacionadas à percepção do indivíduo sobre si mesmo e isso acaba refletindo no que as pessoas pensam deste. A maioria dos adolescentes procura seguir o padrão de corpo divulgado pela mídia. Essas afirmações levam as pessoas, principalmente os adolescentes, a acreditarem ser possível obter o corpo ideal sem muito esforço e em pouco tempo, levando jovens a desenvolver sérios transtorno psicológicos e alimentares. Diversos são os distúrbios gerados a partir da busca incansável pelo corpo ideal. Transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão ou ataques de pânico e, principalmente, transtornos alimentares diversos. Ainda se tem que os adolescentes somam um percentual significativo do desenvolvimento de transtornos alimentares (TAs) como a bulimia nervosa e anorexia.

Na maioria dos casos, o perfil dos pacientes com TAs são adolescentes do sexo feminino, caucasianas, e alto nível socioeconômico-cultural. O principal fator em busca do corpo perfeito é o fator do emagrecimento. Há uma validação social diante a regra criada, em que se acredita que o emagrecimento está diretamente ligado ao bem-estar emocional e social. Essa validação a transforma em verdade na sociedade, fazendo com que a magreza como padrão estético dominante seja um fator responsável pelo desenvolvimento de TAs. COPETTI; QUIROGA, 2018, p. Portanto, os adolescentes são os principais atingidos por distúrbios alimentares como anorexia nervosa e bulimia nervosa, pois estes são muito influenciáveis e passam boa parte do seu tempo livre online nas redes sociais, acompanhando tudo e a vida de todos os seus seguidores.

Aqueles que não possuíam objetivos direcionados ao tema eram excluídos. REFERÊNCIAS  BARBOSA, M. R. MATOS, P. M. CHIMBINHA, I. G. M. JÁCOME, A. N. n. p. Disponível em: https://doi. org/10. v5n3ID19204. dez. Disponível em: https://doi. org/10. v10i2. Acesso em: 05 jun. p. Disponível em: https://www. univale. br/wp-content/uploads/2019/11/ED. F%C3%8DSICA-2018_2-CORPO-E-SA%C3%9ADE-REFLEX%C3%95ES-SOBRE-A-INFLU%C3%8ANCIA-DAS-MIDIAS-SOCIAIS. TCC (Graduação) – Curso de Nutrição, Escola de Nutrição – ENUT, Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, Ouro Preto – MG, 2019. GOMES, G. S. C. R. MARTINS, A. L. S. MALLET, A. C. GOULART, C. F. CARVALHO, P. A. Corpo ideal e corpo real: a mídia e suas influencias na construção da imagem corporal. LODI, A. S. ALVARENGA, M.

S. Uso de redes sociais, influência da mídia e insatisfação com a imagem corporal de adolescentes brasileiras. D. P. FERREIRA, J. C. S. Mídias Sociais: evolução, importância e estratégias. Cia Websites, 2023. Disponível em: https://www. ciawebsites. com. M. Os adolescentes e as redes sociais. Adolescência & Saúde, Rio de Janeiro, v. n. p. Animes e Mangás: a identidade dos adolescentes. Mai. f. TCC (Mestrado) – Departamento de Artes Visuais, Instituto de Artes, Universidade de Brasília, Brasília–DF, 2017. SILVA, P. Acesso em: 03 jun. SILVA, V. H. da população brasileira acessou a internet em 2021, diz pesquisa; TV supera computador como meio. Portal G1, 2022. n. p. dez. Disponível em: https://doi. org/10. A. NETO, J. C. S. ROCHA, A. Acesso em: 01 jun. TORRES, S.

P. LEAL, T. O. org/10. rease. v8i5. Acesso em: 02 jun. VOLPATO, B. Disponível: https://revista. uemg. br/index. php/cadernodeeducacao/article/view/2809. Acesso em: 27 mai.

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