A influência positiva de alguns micronutrientes na melhorados sintomas e controle da depressão

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

das Américas, 2603, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ Brasil. CEP- 22631-002 E-mail: thaysdaltro@hotmail. com RESUMO A depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e de causas complexas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a doença mais comum no mundo até 2020 ao lado das doenças cardiovasculares. Sua propagação chegou a um ponto tão alarmante que se tornou uma preocupação de saúde pública. The objective of this study is to analyze the positive influence of some specific micronutrients on the improvement of the depressive condition, as a coadjuvant treatment and control. Several scientific studies point to a strong relationship between nutritional deficiencies and changes in the functioning of neurotransmitters. In this way, we can not talk about depression without nutrition: evaluation and nutritional monitoring are the key to maintaining and promoting health and they appear as a safe and complementary treatment option for depressed patients or who don´t adapted to traditional methods or that have low quantitative and qualitative food intake.

They thus ensure an adequate nutritional balance and a more positive and efficient return to treatment. Keywords: Depression; Neurotransmitters; Micronutrients; Food. Diversas doenças comuns já possuem um locus genético de risco, mas os verdadeiros "genes da depressão" responsáveis ​​pelo aparecimento e cura dessa doença, ainda não foram identificados5,6. Apesar da inexatidão, sabe-se que, fatores genéticos (cerca de 40%5), juntamente com fatores ambientais (eventos estressantes em particular, como perda de emprego e de pessoas amadas), parecem estar envolvidos no desencadeamento da depressão5,7. Outros fatores de risco ambientais, associados à depressão, incluem anormalidades endócrinas, câncer, efeitos adversos de drogas8, isotretinoína e eventos estressantes5. Exames de imagens foram capazes de identificar as regiões cerebrais mais afetadas pela depressão: amígdala, tálamo, estriado, hipocampo, córtex pré-frontal e cingulado, evidenciadas por estudos de autópsia em cérebros de pacientes depressivos6.

Dessa forma, é de se esperar que uma pessoa deprimida apresente déficit de neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e dopamina, embora o mecanismo completo dessa dissociação, ainda não esteja elucidado. O tratamento padrão, para pacientes deprimidos, envolve o uso de medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois. O maior problema para a adesão ao tratamento farmacológico são os efeitos colaterais: sonolência, ganho de peso, náuseas, tontura, taquicardia, constipação, anorexia, ente outros18,19. Entretanto, tais tratamentos possuem menos de 50% de sucesso, sugerindo que estratégias adicionais são necessárias para prevenir e tratar os transtornos mentais20. Dados científicos sugerem que a qualidade da dieta pode ser um fator de risco modificável para doenças mentais, o que fez surgir uma nova linha de pesquisa conhecida como psiquiatria nutricional20,21.

As vias biológicas potenciais relacionadas a transtornos mentais incluem inflamação, estresse oxidativo, microbioma intestinal, modificações epigenéticas e neuroplasticidade. Como objetivo específico, verificar a ação de vitaminas do complexo B (B1, B6, B9, B12), Magnésio, Zinco, Ácidos Graxos Ômega 3, Vitaminas A, D, C e E e Triptofano, na prevenção e tratamento da depressão. METODOLOGIA Essa pesquisa de abordagem qualitativa, não sistemática, de caráter exploratório, toma como base fontes bibliográficas. Os artigos selecionados contemplaram informações sobre alimentação, micronutrientes, neurotransmissores e depressão. Para essa revisão foram realizadas buscas nas bases de dados bibliográficos Scientific Electronic Library On-Line (Scielo) e PubMED, utilizando os seguintes descritores: alimentação, micronutrientes, neurotransmissores e depressão, combinados ou não.

Como critérios de inclusão, foram selecionados estudos realizados em território nacional e internacional, de textos completos, incluindos teses, monografias e artigos, bem como resumos disponíveis nas bibliotecas on-line. Aqueles que estavam deprimidos relataram comer menos frutas/legumes (31% contra 42%). O trabalho provou o baixo consumo desse tipo de alimento por pessoas deprimidas, mas não foi capaz de predizer a proteção contra a doença na vida adulta. No entanto, o hábito da adolescência perdurou na vida adulta, diminuindo a chance de desenvolver depressão nesta fase27. Indivíduos em depressão correm maior risco de comorbidades ligadas ao estilo de vida, como sobrepeso/obesidade, doenças cardiovasculares e câncer5,7,8,17, 55, todas estas condições estão associadas à dieta pobre, portanto, o benefício de adotar novos hábitos alimentares para obter benefícios duplos: físico e mental.

A relação dieta e depressão é, portanto, assumida como bidirecional56. Estudos recentes sugerem uma associação inversa no consumo de nutrientes como os microminerais: zinco, cobre, ferro, e macrominerais como cálcio, magnésio, potássio, vitaminas do complexo B e ômega-3, no desenvolvimento de doenças mentais como a depressão23-25,31,32. Uma pesquisa japonesa sugeriu que uma maior prevalência de sintomas depressivos estava associada a menor ingestão de magnésio, cálcio, ferro e zinco71. Uma meta-análise também encontrou uma associação significativa entre inadequação na ingestão de zinco e ferro na dieta e o risco de depressão32. Os mecanismos propostos pelos quais os micronutrientes podem ser benéficos para a depressão incluem: como sendo cofatores para várias vias metabólicas no cérebro72, corrigindo erros inatos do metabolismo58 melhorando a função mitocondrial e funcionamento da membrana73, promovendo o funcionamento gastrointestinal saudável e melhor absorção de nutrientes74.

Muito ainda é preciso para entender completamente as ações dos micronutrientes sobre os sinais da depressão. Suplemento (óleo de peixe) 89 Ômega 3 Metabolismo geral 2000mg (1400mg de EP], 200mg de DHA e 400 mg de outro ácido graxo Ômega Brite 90 Vitamina D Metabolismo geral >100nmol/L Vitality Packs + Suplementação de Vitamina D 97 Antioxidantes (vitaminas A, C e E) Metabolismo geral 600 mg/dia de vitamina A, 1000mg de vitamina C/dia e 800mg de vitamina E/dia. Cápsulas 108 Vitamina A (beta caroteno) Metabolismo geral Não informado Sweetme Sweet Pumpkin™ (SSP) (Abóbora) 109 Vitamina A Metabolismo geral 25000 IU/d de retinil palmitato Suplemento 110 Vitamina C (Kiwi) Antioxidante De 0,5 a 2 Kiwi/dia Dieta 112 Fonte: O autor do presente artigo Nos artigos encontrados (alguns sumarizados na tabela 1- aqueles com respostas positivas ao uso de micronutrientes especificamente em sintomas depressivos), pode-se observar que alguns deles, estão bem estabelecidos, com doses, frequência de uso e fonte, como o triptofano, Complexo de vitamina B, Ácidos Graxos Ômega 3, Antioxidantes e Zinco, e o micronutriente mais controverso foi a vitamina D.

Embora para aqueles que há comprovação inequívoca ainda haja a necessidade de mais estudos para determinar seu uso específico de acordo com a idade, bem como outros parâmetros de avaliação. Dado ao fato do tratamento tradicional de depressão, a farmacoterapia, estar associada a efeitos colaterais desagradáveis, o artigo de Ghaleiha et al. propõe o uso de tiamina (vitamina B1), por ser um nutriente essencial e sua deficiência estar associada a uma ampla variedade de distúrbios, incluindo irritabilidade e sintomas de depressão. que observou uma melhora significativa nos sintomas de depressão em crianças. A prevalência de transtornos de humor em crianças é uma preocupação global crescente. Por isso a importância de se buscar alternativas ao tratamento tradicional.

Como anormalidades da substância branca também estão associadas à depressão por afetar a mielinização dos neurônios, Chhetry et al. propuseram a hipótese de que a suplementação de O3 poderia aliviar a depressão através da melhoria da integridade da substância branca. Na literatura está disponivel uma série de estudos que avaliaram o papel do estresse oxidativo levando a alguns problemas de saúde, como: leucemia100, talassemia101, acidente vascular cerebral isquêmico102, hemodiálise103, infarto do miocárdio104,105, artrite reumatoide106 e depressão107, sendo então o papel dos antioxidantes, muito útil no combate a essas doenças. Os antioxidantes possuem vasta literatura no uso para sintomas depressivos, com resultados muito positivos108. Na Coreía, a depressão é tratada tradicionalmente acrescentando um tipo de abóbora à dieta (rica em beta caroteno - Sweetme Sweet Pumpkin™ (SSP)), que provou (em ratos) ser eficiente tanto para a depressão quanto para processos inflamatórios109.

No Irã, um grupo de pesquisadores avaliou o efeito da suplementação de vitamina A, na fadiga e depressão, em pacientes com esclerose múltipla110. Houve melhora significativa no grupo de tratamento inclusive no desfecho psiquiátrico. Tendo em vista a necessidade urgente de melhorias no tratamento convencional, essas descobertas preliminares fornecem um suporte importante para expandir essa abordagem na prática psiquiátrica/nutricional de rotina. REFERÊNCIAS 1. Wada T, Ishine M, Sakagami T, Kita T, Okumiya K, Mizuno K, et al. Depressão, atividades da vida diária e qualidade de vida de idosos da comunidade em três países asiáticos: Indonésia, Vietnã e Japão. ArchGerontolGeriatr 2005; 41: 271-80. com. br/noticias/bem-estar,depressao-sera-a-doenca-mental-mais-incapacitantes-do-mundo-ate-2020,70002542030. Raposo JICC. Fatores associados à variação de peso em doentes com depressão [dissertação].

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