A LUDICIDADE COMO ESTÍMULO NO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Com o crescimento, a criança tm suas habilidades ampliadas, permitindo que brinquem sozinhas ou com outras crianças, geralmente da mesma faixa etária. A atividade lúdica propõe uma função socializadora, levando a criança a interagir com outros sujeitos, além de integrá-la na realidade social que a cerca. Quando suas experiências prévias ficam em contato com o contexto, ocorrem modificações de personalidade, identidade e cultura, permitindo que ocorra um aperfeiçoamento dos conhecimentos da criança, estimulando-a à busca por novos estudos. Dentro do processo de ensino-aprendizagem, o lúdico precisa ser valorizado de modo que a criança identifique os significados em seus estudos, pois na infância, apenas as brincadeiras, o faz-de-conta, as histórias fora da realidade e os jogos fazem sentido (MACEDO, 2005).

Durante a infância, a criança passa por períodos em que a brincadeira é adequada, especificamente, à sua faixa etária, auxiliando no aprimoramento de etapas determinadas. Assim, “Platão acreditava que aprender brincando era adequado por ser ato oposto à opressão e violência. Já Aristóteles visualizava esse método como forma de preparo a vida futura” (KISHIMOTO, 2000, p. Muitos outros pensadores estudaram o desenvolvimento intelectual infantil através de atividades lúdicas realizadas com jogos e brincadeiras em sala de aula, entre eles Comênio e Rousseau. O primeiro pesquisador mencionado, Comênio (1592-1670) ensinava as crianças menores de seis anos com planos de aula voltados à educação maternal, valorizando as percepções sensoriais recebidas por experiências internas e, posteriormente, interpretadas pela razão das crianças.

Comênio utilizava materiais visuais e de áudio para a criança explorar seus sentidos através de brincadeiras, além de defender o uso de recursos e materiais que serviam para organizar o tempo e o espaço infantil, cuidando para que a faixa etária da criança fosse fielmente respeitada (OLIVEIRA, 2008). Wajskop (2007) afirma que a ludicidade pertence à realidade de todas as faixas etárias, além de estar reconhecida em lei1 como fundamental para o desenvolvimento da criança. A ludicidade inclui as brincadeiras, os jogos e a prática imaginativa, ou seja, as narrações, o faz-de-conta, as atividades físicas, entre outras tarefas, auxiliam na aprendizagem devido à ludicidade. Com base nas afirmações dos autores é possível a compreensão da importância da brincadeira para as crianças como uma atividade que completa a infância.

Quando a criança brinca existe um experimento por sensações desconhecidas que permitem a vivência com os adultos de modo a explorar as relações sociais de maneira lúdica, construindo a personalidade do sujeito em aspectos sociais e históricos. A criança que brinca aprende a representar atividades de trabalho na sua realidade infantil, pois com os brinquedos a criança é levada a ultrapassar os limites estabelecidos pela sociedade. Quanto ao brincar dirigido, as atividades lúdicas estão embasadas na aprendizagem, com as brincadeiras voltadas às experiências infantis em níveis de complexidade a fim de aprimorar o conhecimento do sujeito e, a brincadeira torna-se o principal objeto do desenvolvimento das capacidades cognitivas, dirigindo o processo lúdico ao dinamismo pedagógico. As brincadeiras terão mais sentido quando o ambiente escolar permitir seu uso nas atividades para exercitar a imaginação, a criatividade, o equilíbrio, o raciocínio e a agilidade das crianças (CUNHA, 1999).

Independente de a brincadeira ser dirigida ou livre, a relação entre ambas devem ser positivas de modo que a criança possa utilizar a cultura lúdica para auxiliar na aprendizagem mais conceitual da brincadeira dirigida. Na atividade lúdica é importante observar as experiências adquiridas para utilizar cada característica em momentos propícios, sem que a criança deixe de aprender, mesmo que por conta própria, como ocorre na brincadeira livre. Sendo assim, toda criança precisa de tempo, espaço, companhia e objetos para brincar, sentindo prazer nas atividades realizadas. O jogo e a educação infantil. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. ARANHA, M. L. Desenvolvimento infantil na creche. dez, 1999. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9. de 20 de dezembro de 1996, Brasília: 1996.

B. e DODGE, J. J. A descoberta do brincar. São Paulo: Melhoramentos, 2008. São Paulo: A Girafa Editora, 2004. HADDAD, L. A creche em busca de identidade. ª ed. São Paulo: Edições Loyola. Porto Alegre: Artmed, 2005. MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Tradução: Maria Adriana Veronese. Petrópolis: Vozes, 2008. SANMARTÍN, M. G. Aprendizagem através do jogo. Porto Alegre: Artmed, 2005. Qualidade em Educação Infantil. Rio Grande do Sul: Artmed, 1998. ZATZ, S. Brinca comigo: tudo sobre o brincar e os brinquedos. São Paulo: Marco Zero, 2007.

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