A NOVA FORMA DE TRABALHO: O HOME OFFICE VISANDO A QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO

Esse movimento, cujo lado mais cultivado e apostilado é batizado de globalização, e vem-se acirrando e se acelerando nos últimos tempos. Produtos são disseminados rapidamente, os empregos têm-se variado, muitas profissões desapareceram, e outras tantas apareceram nos últimos anos. Entre as novas formas de trabalho surgidas na década de 70 do último século está o home-office, trabalho realizado a partir da própria residência, que tem obtido maior proeminência nos últimos anos e será assunto principal desta pesquisa. REFERENCIAL TEÓRICO Dentre as características da nova organização social e econômica, duas impactam diretamente o trabalhador: a tendência mundial de administração empresarial descentralizadora e o declínio constante do emprego formal tradicional, com consequências para o crescimento do trabalho flexível, temporário, de meio expediente, terceirizado, autônomo e o trabalho á distância (CASTELLS, 2004).

Pode-se dizer que, conseguir que seja possível manter as pessoas trabalhando com prazer no que faz na visão de Nogueira (2007), em qualquer organização, sempre foi destacado como sendo um grande desafio. Segundo Goulart (2009), com o surgimento do home-office, a relação de confiança entre as pessoas torna-se fundamental, pois aumenta a necessidade de delegar autonomia e poder de decisão, quer por parte do administrador quer por parte do trabalhador. Este deve assumir um maior empenhamento para que surja uma nova forma de gestão. O home-office, pode favorecer a inserção de pessoas com deficiência física, por exemplo. Curiosamente, em alguns países a legislação obriga as organizações a absorverem pelo menos 2% de pessoas portadoras de deficiência física no quadro funcional com o intuito de aumentar a inserção dessas pessoas na sociedade corporativa (GOULART, 2009).

As desvantagens de se atuar em home-office, para Rosenfield e Alves (2011) a substituição das relações pessoais e diretas por relações à distância e o isolamento profissional podem acarretar outros prejuízos, como a própria falta de delimitação da definição do trabalho em home-office. GERAL: Compreender, que através da prática de Home Office, poderá o empregador estar reduzindo os impactos negativos na qualidade de vida do trabalhador, oferecendo desta forma um grau de satisfação mais elevado, na expectativa de elevar a produtividade de cada profissional. ESPECIFÍCOS: a) Tratar sobre a flexibilização do mercado de trabalho; b) Analisar a importância da qualidade de vida no trabalho; c) Identificar o conceito de Home Office e quais as vantagens e desvantagens. DELIMITAÇÃO DO TEMA 3.

Benefícios do home office 3. Mais flexibilidade Um dos principais benefícios do home office que vem conquistando cada vez mais pessoas, é a flexibilidade que ele oferece. Pelo fato de você poder organizar o ambiente como desejar, seu escritório poderá ser bem mais aconchegante e atrativo no dia a dia. Malefícios do home office Quando se fala das vantagens e desvantagens do home office, também é preciso citar os inconvenientes que essa prática acarreta. Por exemplo: • Poderá ser mais difícil controlar o seu desempenho no dia; • A quantidade de distrações, como TV, lanchinhos e até videogame é bem maior; • É preciso equipar o home office com mobiliário adequado, além de ter garantia de internet e equipamentos específicos, como computador; • A falta de contato com outros funcionários pode interferir no desenvolvimento profissional e pessoal; • O risco de vazamento de informações sigilosas é maior.

Mas com um pouco de disciplina e um ambiente bem montado, tudo isso pode ser contornado. Porque o home office deu certo? Uma pesquisa exclusiva da consultoria PwC, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, com 113 companhias que juntas empregam 1,6 milhão de pessoas, mostra que uma das principais aspirações de seus funcionários é buscar formas alternativas de trabalhar lado a lado com demandas por remuneração mais competitiva e um sistema de promoções baseado na meritocracia. “Com as análises, vamos conseguir expandir o programa para o restante da empresa”, afirma Carlos Alberto Netto, diretor de gestão de pessoas do Banco do Brasil. Na pesquisa feita pela PwC, 69% das empresas brasileiras gostariam de implementar horário flexível e 64% de oferecer o trabalho remoto, mas não o fazem porque temem problemas legais.

“As maiores dúvidas giram em torno de como contabilizar horas extras no caso de uso do celular ou do e-mail corporativo”, diz Lins, da PwC. Na Unilever, dos cerca de 1 500 funcionários da área administrativa elegíveis para trabalhar remotamente (no total, são 2 300 pessoas), 73% ficam em casa uma ou duas vezes por semana. Nos próximos anos, a Philips planeja investir mais 100 milhões de reais em tecnologia que dá suporte ao trabalho remoto no Brasil. Mais do que investir em devices portáteis, é preciso criar um plano coerente de transição e apostar em comunicação, treinamento, consultoria, soluções de tecnologia e interatividade. Este investimento pode parecer alto, mas acredite: vale a pena! O retorno é muito mais rápido do que se imagina e as chances de sucesso da implantação se tornam muito maiores.

É preciso que as empresas reconheçam e aceitem que as pessoas terão dificuldades naturais para encarar grandes mudanças (e a mudança para o trabalho remoto é gigantesca, afinal a rotina e forma de trabalhar serão completamente diferentes). Uma empresa consciente e com o objetivo de realmente viabilizar o projeto, certamente fará o planejamento e os investimentos corretos e necessários. É necessário compreender que a transição do trabalho presencial para o remoto é um processo totalmente viável e benéfico, entretanto exige cuidado, planejamento, investimento e coragem. PROCEDIMENTOS A coleta de dados foi procedida por meio de artigos, livros, teses, dissertações e revistas, informações estas, colhidas em trabalhos já produzidos sobre o tema, levantados por meio do acesso à rede mundial de computadores com os mais renomados autores que tratam sobre o assunto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Resumindo o indivíduo segundo os autores sentem vantagens em ter horário flexível, liberdade e autonomia para gerir seu dia a dia, podem se dedicar mais aos papéis de pais, sentem uma redução do nível de estresse, do desgaste físico, pode dar um curso mais tranquilo as suas ideias “ser mais criativo”, e sente como desvantagens a responsabilidade da autogestão, a distância dos colegas, a falta de discutir assuntos de trabalho face a face de confiança recíproca e longas jornadas de trabalho. BIBLIOGRÁFIA ARAÚJO LZS de. Aspectos éticos da pesquisa científica. Pesqui Odonol Bras 2003; 17(Suppl 1):57-63 BITENCOURT, C. Brasília: Editora Senac. LACOMBE, F. HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2016.

Estratégias Empresariais e o Teletrabalho: um enfoque na realidade brasileira. Rio de Janeiro: Pontal. p. NOGUEIRA, A. M. Autonomia e trabalho informacional: O teletrabalho.  Revista de Ciências Sociais, 2011, p. TREMBLAY, D. Balancing work and family with telework? Organizational issues and challenges for women and managers. Women in Management Review, v.