A RECIPROCIDADE ENTRE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E A FAMÍLIA: REALIDADE E DESAFIOS

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras-chave: Orientação educacional, família, escola, aluno, professor. ABSTRACT Educational Guidance is an active, successive and orderly process, integrated throughout the school curriculum and that looks at the learner as a whole that must develop in a harmonious and balanced way in all senses: mental, physical, social, ethical, aesthetic, political, educational and vocational. This article aims to evaluate the role of this professional inside and outside the school environment. The considerations of the study are based on the theoretical revision of the bibliography, showing the different aspects raised by authors and previous studies on the subject. Key-words: Educational guidance, family, school, student, teacher. Assim, o artigo abordará dois capítulos: o primeiro refere-se aos aspectos conceituais e históricos da Orientação Educacional; o segundo, sobre a Orientação Educacional e os desafios da sociedade atual e da família.

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS 2. O que é Orientação Educacional? Orientar é o mesmo que direcionar, aconselhar nortear, encaminhar, examinar os vários pontos de uma situação. O papel do Orientador Educacional (OE) é muito amplo, uma vez que é importante em todo curso educacional e procura sempre a formação integral do aluno e trabalha com toda a comunidade escolar. Para Santos (1980), a Orientação Educacional, “é um conjunto de princípios e estratégias que considera a pessoa a orientar (no caso do ambiente escolar, o aluno) em sua personalidade integral, levando em conta as informações, em diferentes áreas, sobre o indivíduo ou grupo de pessoas que se quer auxiliar. Em 1942, com as Leis Orgânicas, do ministro Gustavo Capanema, no governo Getúlio Vargas, pela primeira vez, faz-se referência à Orientação Educacional.

Sua função teria caráter corretivo e direcionado para o atendimento aos alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os estudos e descanso do aluno ocorressem de acordo com as normas pedagógicas mais adequadas. Também teria o papel de esclarecer possíveis dúvidas dos alunos e orientar seus estudos para que sozinhos buscassem sua profissionalização. A profissão também seria regulamentada, tendo o Orientador Educacional que fazer um curso próprio de Orientação Educacional. Além disso, criam-se, no mesmo período, estabelecimentos antiorientação educacional. A visão desse grupo é que a orientação tinha caráter; simplista, tecnicista e limitada. Em adição, surgiu uma visão negativa e um profundo descontentamento em relação ao trabalho desse profissional na escola.

A partir da década de 1990, reforça-se o lado coletivo e a Orientação Educacional assume a função de mediar ações junto aos demais educadores da escola, em busca de uma educação de qualidade, “mas por efetiva consciência profissional, o orientador tem espaço próprio junto aos demais protagonistas da escola para um trabalho pedagógico integrado, compreendendo criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional” (GRINSPUN, 2002, p. A Orientação Educacional seria o meio para a escola se tornar mais flexível, mais sensível às diferenças individuais. Em conjunto como professor, esse profissional se dedica ao processo de aprendizagem e à formação dos estudantes, por meio de ajuda ao docente na compreensão dos comportamentos dos alunos. Enquanto o professor cumpre o currículo disciplinar, o OE cuida dos conteúdos relacionados às atitudes, ou seja, o que os alunos aprendem na escola de maneira implícita: valores e a construção de relações interpessoais.

Dentro do ambiente escolar, embora ele exerça funções fora dele também, as principais atuações do OE são: • Orientar, ouvir e dialogar com alunos, professores, gestores e responsáveis • Participar da organização e da realização do projeto político-pedagógico e da proposta pedagógica da escola; • Ajudar o professor a entender o comportamento dos alunos e a agir de maneira apropriada em relação a eles; • Amparar o professor e ajudá-lo a combater as dificuldades de aprendizagem dos alunos; • Mediar conflitos entre alunos, professores e outros membros da comunidade escolar; É importante ressaltar a relação e o comprometimento que o OE deve cultivar com os professores, pais, direção, supervisão, funcionários e comunidade escolar. Já que faz parte da equipe pedagógica da escola, suas tarefas são várias, como citado anteriormente.

Embora seja um profissional de extraordinário valor no âmbito escolar, ainda há muitas escolas ou instituições educacionais que não têm OE. A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DIANTE DOS DESAFIOS DA SOCIEDADE ATUAL E DA FAMÍLIA 3. Conceito de família, evolução histórica e desafios A família é a célula mater da sociedade humana. Organização composta pelos indivíduos de vínculo sanguíneo mais íntimo (pai, mãe e filhos) (OLIVEIRA, 2009), ela se apresenta em várias espécies de animais, notadamente primatas, em diversas formas constitutivas. NEVES, 2002) Na espécie humana, ela se faz presente, como mostram os registros fósseis, desde que os primeiros Aegyptopithecus zeuxis começaram a habitar as árvores africanas. NEVES, 2002) As evidências fósseis mostram que, à medida que o gênero Homo evoluía, a importância da relação familiar aumenta, e a unidade dessa leva à formação de novos vínculos sociais, dando assim, origem as primeiras sociedades humanas.

Legalmente, toda a propriedade que os filii adquirissem era-o em nome do pater, e era este que detinha a autoridade última sobre o seu destino. Aqueles, homens, que vivessem já na sua domus no momento da morte do pater sucediam-no como pater famílias sui iuris sobre os seus respectivos agregados familiares. As mulheres, pelo contrário, estavam sempre debaixo do controle de um pater famílias, fosse o seu pater original, fosse o pater da família de seu marido depois de casada. ROMANO, 2017) É possível compreender que, embora desde a Antiguidade haja a preocupação legal por parte do Estado em conservar a família, essa família é ditada pela forma e interesses do Estado. Em uma época na qual todos os agentes políticos são homens, todas as regras atendem as necessidades e vontades destes.

Grande parte das mulheres hoje tem trabalho remunerado, e um baixo, entretanto crescente número de pais, são os cuidadores principais de seus filhos. A separação e o segundo casamento determinaram um número cada vez maior de novas configurações familiares. CAMPOS e GONÇALVES, 2016) Com o novo posicionamento da Lei nº 9. e do Código Civil de 2002, acerca da família, sua abrangência, forma e alcance, tais mudanças passam a ser legalmente aceitas, e por força de tal, socialmente aceitas. KÜMPEL, 2015) Tamanhas mudanças, que impactam sobre todos os setores da sociedade, afetam grandemente a realidade escolar. Embora haja, conforme compravam Bugone, Dalabetha e Bagnara (2016), um razoável índice de sucesso na orientação escolar, restam muitos desafios, dentre eles, e o mais complexo deles, o distanciamento familiar.

Estratégias do orientador educacional na relação escola família Tal que se vê na estratégia clássica, aquela advogada por Sun Tzu, Marlborough e Clausewitz, o orientador escolar deve adequar sua estratégia a cada nova “arena de combate” para que possa obter sucesso em sua missão. Entenda-se aqui arena de combate como as necessidades específicas de cada indivíduo do alunado e da própria unidade escolar. Uma das mais comuns situações, e que não pode passar despercebida ao OE é o fracasso escolar. Embora essa aconteça dentro dos muros da unidade escolar, raramente suas causas estão restritas a esse. D. S. GONÇALVES, C. M. Síndrome da alienação parental: possíveis consequências para o desenvolvimento psicológico da criança.

Cadernos da PUC, Rio de Janeiro, p. março 1971. GRINSPUN, M. P. S. br/Registralhas/98,MI227629,71043-Do+patrio+poder+ao+poder+familiar+o+fim+do+instituto>. Acesso em: 14 jun. LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília: Câmara dos Deputados, 1971. E no princípio era o macaco! Estudos Avançados em Antropologia. São Paulo, 2002. OLIVEIRA, N. H. D. Disponível em: <https://jus. com. br/artigos/58063/nocoes-gerais-da-familia-no-direito-romano>. Acesso em: jun. SANCHES, C. O. D. O papel do orientador educacional. Brasília: UnB, 2015.

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