A variedade da comida paraense

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

A metodologia, além das questões regionais e conhecimentos subjetivos, buscou uma amostragem das principais receitas que mantém o vínculo a partir de um ingrediente, a tapioca, e uma receita mais regional e outra em sua versão gourmerizada. PALAVRAS-CHAVE: CULINÁRIA – REGIONALIZAÇÃO – PARÁ – RECEITAS INTRODUÇÃO Ao estudar a culinária paraense, entende-se que o elemento regional é permeado pela sua cultura há séculos e que o norte do país, considerando o seu processo histórico, teve seu auge como uma região rica em borracha e geradora da economia do país. Ao falar da culinária, subentende que o período também foi um levante para toda a tradição regionalista. Com o advento global e a tendência do mercado culinário assim como a sua internacionalização, os avanços tecnológicos e todos os processos alimentares, detecta-se um elemento da mundialização das áreas regionais, cujos alimentos são padronizados e difundidos em diversos lugares do mundo.

A multiplicidade de prato paraense alastra-se por todo o mundo a partir de um contexto regional que teve seus momentos de auge, porém que são reconhecidos somente agora, com a propagação nortista e difusão deste cardápio com a base em uma cultura alimentícia que transforma várias sociedades globalizadas. Conservar, manter. Servir de alimento. Ser nutritivo. Ingerir alimentos. Que serve para alimentar. Montanari (2008, p. afirma que o processo culinário é uma constituição de “práticas culinárias que se revelaram de povo a povo, mais ou menos complexas, mas mesmo a mais simples delas pode chamar cozinhar”. O cozimento é o viés inicial da prática culinária pois dá o start da transformação do ingrediente que irá transformar-se em alimento e sustento.

Nesse sentido, concebemos nesse item inicial que o cozinhas é um processo relevante e que interfere no sabor final do alimento, no decurso do seu modo de preparo, e na transformação da cozinha, como conceito local e universal. A prática da culinária humanizar resume-se nesse envolvimento com o consumo de alimentos e o seu preparo ao longo do cozimento, os quais são desenvolvidos por escolhas alimentares dos próprios indivíduos. MONTANARI, 2008). O índio, o negro e o branco, nas relações que sobrepujaram à História local, foram influencias na alimentação e que refletiram nas práticas culinárias. Para Almeida (2006, p. Especificidades de colonização e seu contexto baseado nas atividades agropastoris, com a pouca presença africana, não foi possível um elevado patamar na influência gastronômica da região, em relação às demais etnias presentes.

Com isso, a intensidade dessa mescla absorveu com mais propulsão a culinária indígena e abstraiu precedentes dessa cultura no modo de fazer, com técnicas e com as tradições que formaram com grande relevância o território do Pará. Já os Timbiras reservavam-se à uma alimentação simples e sustentável. Eram frutos, caça e pesca. Sempre no período sazonal. Eles buscavam a extração de mel, muitas vezes os repteis da mata e faziam pratos com marimbondos. Outros animais como pacas, preá e porco eram presentes na alimentação desse povo. Atrelados aos pescados, a culinária local tem outras tipificações e escolhas de combinações alimentares. As combinações de certos produtos constituem um fazer cotidiano da cultura alimentícia. MONTANARI, 2008). A culinária paraense é muito rica de pescado, de frutas, de vegetais.

Os peixes fritos e muito peculiares da região são consumidos de acordo com a calendarização sazonal. A energia do contato com o homem e com a terra e seus produtos enriqueceram a sistematização da culinária, operadora, concentrando inclusive na força física feminina e com gestos que definem a arte de fazer. A culinária paraense no século XX é introduzida pela cultura local e a forma de fazer os pratos atende a forma de aprender a arte de cozinhar. Essa figura é redigida pelas regras culinárias que se passaram de geração em geração de ensinamentos de avós a outras pessoas que conduziam esse manejo. A transmissão do aprender a fazer garantiam procedimentos técnicos descritos com exatidão, organização e preparo.

A parte manual do preparo dos alimentos e receitas era composta de combinados e organizações de acordo com o que se servia. O século XX é o espaço temporal que marca o início das inovações e o saber empírico começa a contar com normas mais processuais e institucionalizadas que garantem à prática regional e a existência de pratos consumidos por todas as gerações anteriores. A história e o regionalismo são considerados neste caso duas balizas que guardam o espaço da culinária paraense e transformam nesse âmbito de mudanças globais, as transformações da cultura local. Há, portanto, uma ressignificação do sabor, da disponibilidade de novos produtos, temperos recebidos e com o modo de comer mais explorada por um círculo social mais amplo, dada a troca de informações mais ampla por conta da globalização.

Com essa nova etapa, o que o sistema culinário se reorganiza para a preparação do consumo do alimento. Regras sociais vieram através dos costumes desses colonos. A culinária doméstica e tradicional passada por entre gerações agora tem uma facilidade mais rotulada, entiquetada. A industrialização alimentícia transformou o regionalismo e comodidade, praticidade, eficiência e rapidez para ajudar o consumidor e gerir o tempo. PINTO, 2009). O sistema alimentar local ainda sofre influências dos aparatos tecnológicos relevantes no sistema capitalista, permanecendo traços de homogeneização e massificação do consumo. Um novo grupo de consumidores, um novo estilo, a fundamentação de novos hábitos de individualização alimentar – as refeições são mais solitárias e não partilhadas – provocando alterações no estilo de comer condizente com o meio.

A comida, com a pressa cotidiana, passou a ser partilhada com um estranho à mesa do restaurante. Ao afastar-se desses costumes bem tradicionais em uma região do norte do país, pode-se inferir que algumas desestruturações sociais fragmentaram os rituais sociais da alimentação por conta do tempo irregular e com o deslocamento para o trabalho, tendo o sujeito que deixar a família mais cedo ou chegar mais tarde. PINTO, 2009). A alimentação, portanto, deslocou-se do universo doméstico e migrou para pizzarias, bares, lanchonetes e o food truck. Vale-se aqui fundamentar que essa mudança do fazer doméstico para o fazer em outros lugares, incluindo envolver um itinerário turístico corroborou com uma projeção dos pratos regionais para a cozinha gourmet. CATEGORIA C: bolo de macaxeira, mingaus, açaí, mousse de açaí, doce de cupuaçu, torta de cupuaçu, biscoito de castanha do Pará.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Falar da variação desses cardápios e das pretensões econômicos de alguns restaurantes é pesar as modalidades de comida e o público alvo de cada estabelecimento. Claro que o Pará tem as sua lanchonetes fast food e, por conseguinte, nenhuma das opções acima relatadas seriam a opção do público. Talvez uma rede conhecida de hambúrgueres ou pizzas. Para os turistas, o regionalismo prevalece. São Paulo: Editora Senac, SP, 2008. ALMEIDA, Carlos Manoel. Gastronomia, interação cultural e turismo: estudo sobre a dispersão da culinária. Caxias do Sul, 2006. PINTO, Débora.

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