Adolescentes em contexto de vulnerabilidade e identidade no processo grupal

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

A revisão bibliográfica a respeito do tema é o ponto de partida para que, posteriormente, possamos colocar a teoria em diálogo com o objeto de pesquisa. A vulnerabilidade social é avaliada, tecnicamente, pelos programas de assistência social, que tomam por base alguns indicadores quantitativos, que consideram situação de pobreza e de extrema pobreza e seus riscos correlatos. Entre os mais vulneráveis estão crianças e adolescentes de famílias pobres e entre os principais desafios enfrentados nessas condições estão desemprego, fragilidade de vínculos familiares e/ou relacionais, violência, acesso precário ou ausente aos serviços públicos, falta de vagas escolares e tensões envolvendo áreas onde o tráfego de drogas atua mais intensamente. De acordo com Maricato: As cidades refletem o processo industrial baseado na intensa exploração da força de trabalho e na exclusão social, mas o ambiente construído faz mais do que refletir (.

O urbano se institui como polo moderno ao mesmo tempo em que é objeto e sujeito da reprodução ou criação de novas formas arcaicas no seu interior (1996, p. Jodelet (1999, p. defende que exclusão é um conceito polissêmico. Para estabelecer uma delimitação, aborda a exclusão no sentido do nível de interações entre pessoas e entre grupos, o que nos interessa em função de nosso viés em torno da formação de identidade: (. a exclusão induz sempre uma organização específica de relações interpessoais ou intergrupos, de alguma forma material ou simbólica, através da qual ela se traduz: no caso da segregação, através de um afastamento, da manutenção de uma distância topológica; no caso da marginalização, através da manutenção do indivíduo à parte de um grupo, de uma instituição ou do corpo social; no caso da discriminação, através do fechamento do acesso a certos bens ou recursos, certos papéis ou status, ou através de um fechamento diferencial ou negativo.

Decorrendo de um estado estrutural ou conjuntural de organização social, ela inaugurará um tipo específico de relação social. Kehl (2008) usa o rap em comunidades da periferia de São Paulo como objeto de estudo dos jovens. Para a psicanalista, a sociedade de consumo abre caminho para a violência: “o fetiche da mercadoria também produz alienação e pode conduzir ao crime” (2008, p. A psicanalista reforça que a publicidade é responsável por vender “sonhos, ideais, atitudes e valores para a sociedade inteira” (KEHL, 2008, p. Desse modo, os jovens estão sujeitos a uma “grande e única mensagem que atravessa todos os anúncios, que cria o caldo de cultura onde crescem as crianças e adolescentes brasileiros. Essa mensagem é, com unanimidade, uma mensagem de gozo” (KEHL, 2008, p.

Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1995. BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo – A transformação das pessoas em mercadoria. Os processos psicossociais da exclusão. In: SAWAIA, Baer (Org. As artimanhas da exclusão – análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 1999. KEHL, Maria Rita.

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