ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

No entanto, mesmo após um grande avanço o processo de alfabetização ainda apresenta dificuldades significativas e que, muitas vezes, essas dificuldades levam ao fracasso escolar. Partindo desse panorama, o presente trabalho tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre os instrumentos capazes de oferecer subsídios para que sejam alcançados um melhor desenvolvimento no processo de alfabetização na educação infantil. Assim, encontramos no letramento uma eficaz ferramenta neste processo, uma vez que, essa perspectiva busca desenvolver no aluno habilidades de comunicação nos mais variados contextos sociais. Para tanto, partiu-se do método qualitativo de cunho bibliográfico, com esse estudo foi possível ampliar o campo de conhecimento sobre as estratégias de ensino que devem ser consideradas no processo de alfabetização dos alunos num contexto de letramento.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino e Aprendizagem. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO. ALFABETIZAÇÃO: PERSPECTIVA HISTÓRICA. DIFICULDADES EM ALFABETIZAR. O LETRAMENTO EM QUESTÃO. Mas, o que fazer para que a criança consiga se alfabetizar de forma efetiva? E com isso, vão surgindo outros questionamentos como: por onde começa o processo de alfabetização? Pelo nomes das letras, pelos sons, pela forma? Mediante a isso, esse artigo propõe como objetivo primordial levar uma discussão sobre os procedimentos que subsidiam a prática pedagógica dos professores alfabetizadores, assim busca-se despertar no professor a compreensão da importância da pesquisa de novas metodologias ou melhoria das práticas com base em um processo reflexivo do fazer docente nesta etapa tão importante no desenvolvimento da aprendizagem. A escolha por esse tema se justifica por haver uma preocupação em compreender os procedimentos que devem ser aplicados para cada objetivo que se propõe alcançar durante a excursão de um conteúdo.

A pesquisa é de carácter qualitativo de cunho bibliográfico, sobre o processo de alfabetização trabalhado em conjunto com o letramento. Primeiramente foi feita a leitura e uma pesquisa minuciosa nas obras de pesquisadores que se dedicam a temática estudada, buscando um embasamento teórico sobre a alfabetização e o letramento. Após ser realizada a leitura e a pesquisa sobre o assunto, começou a ser elaborado o artigo. a. c. surgiu a escrita hieróglifos egípcia. Entretanto outras civilizações tiveram registros do uso da escrita em épocas similares como a China e a América pré-colombiana. Além da argila a palavra escrita foi registrada, com a evolução dos anos, em outros suportes, como a pedra, a madeira, o papiro e pergaminho.

a. C, aproximadamente, e com o povo chinês, há mais ou menos 1. anos. Os demais sistemas de escrita foram inventados a partir do contato entre povos que desenvolveram suas formas de escrever. CAGLIARI, 2002). Aprendia-se e também ensinava apenas o básico, tendo como metodologia de ensino o modelo mecânico. Nessa época de escrita primitiva, ser alfabetizado significava saber ler o que aqueles símbolos significavam e ser capaz de escrevê-los, repetindo um modelo mais ou menos padronizado, menos porque o que se escrevia era apenas um tipo de documento ou texto (CAGLIARI, 1998, P. Nos primeiros anos que se pensava no processo de alfabetizar uma pessoa, havia apenas um modelo padronizado e mecânico de cópia e leitura. Segundo Cagliari (1998, p. Na antiguidade, os alunos alfabetizavam-se aprendendo a ler algo já escrito e depois copiado.

Uma vez que a criança desde aquela época apresentavam dificuldades em compreender o processo de alfabetização. FERRARI, 2008). Os anos passaram e mesmo diante de inúmeras discussões, pesquisas, e mudanças na estrutura de 8 para 9 anos para a alfabetização fosse trabalhada de forma mais sólida, ainda nos deparamos com resultados muito insatisfatórios, a dificuldade em proporcionar uma alfabetização de qualidade ainda continua presente. No entanto, ao comparar os índices de analfabetismo atuais com algumas décadas anteriores, é possível perceber que houve uma diminuição significativa neste quadro, bem como o aumento de crianças que frequentem a escola. Isto é resultado de inúmeras políticas governamentais e sociais que através de projetos e programas incentivam a importância da presença da criança na escola e sua aprovação.

FERREIRO e TEBEROSKY, 1985, p. Partindo dessa reflexão, menciona-se o termo “letramento”, relacionado ao processo de alfabetização para abrir possibilidades de uso social deste conhecimento aprendido dentro e fora da escola. Os primeiros métodos de alfabetização consistiam basicamente na grafia e som das letras. Sobre perspectiva de ensino Ferreiro e Teberosky (1995, p. salientam que: O ensino tradicional obrigou as crianças a reaprender a produzir os sons da fala, pensando que, se eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num sistema alfabético. A autora ainda acrescenta, em outro texto escrito posteriormente, que o letramento pode ser entendido “como a práticas e eventos relacionados com uso, função e impacto social da escrita” (idem, 1998, p. Neste sentido, podemos entender o letramento com práticas sociais de leitura e escrita e os contextos que essas práticas são colocadas em ação, bem como as consequências delas sobre a sociedade.

Desta forma, o letramento é uma ferramenta fundamental para que, trabalhado em paralelamente com o processo de alfabetização, consigamos formar leitores e escritores críticos que vão muito além das paredes da sala de aula. Uma vez que, a educação infantil apresenta uma oportunidade única de fazer com que as crianças desde o primeiro contato com o ensino regular adquiram “simpatia” em ir para a escola. O LETRAMENTO EM QUESTÃO Durante anos houve a percepção que os objetivos de escolarização eram concretizados quando o indivíduo havia adquirido habilidades de decodificar as mais diversas combinações de letras e símbolos. O mesmo ocorre com uma criança que ainda não foi alfabetizada, ao chegar na escola o educando já possuí conhecimentos sobre as práticas de letramento.

Assim, um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros leem para ele, se dita cartas para que um alfabetizado as escreva (e é significativo que, em geral, dita usando vocabulário e estruturas próprios da língua escrita), se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolvesse em práticas sociais de leitura e escrita. SOARES, 2000, p. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB (1996) reconhece que a alfabetização, enquanto mera aprendizagem mecânica de leitura e escrita, que antes era suficiente para efetivar em um ano de escolaridade, não é mais suficiente.

Diante disso, além de aprender a ler e a escrever espera-se que a criança sejam introduzidas nas práticas sociais de leitura e escrita e as metodologias de avaliação precisa acompanhar esse viés. Diante disso, sob o ponto de vista sócio-histórico, o que existe são graus de letramento, mas sem pressupor uma inexistência. Sobre essa reflexão, Tfouni (2002) ressalta que mesmo as pessoas não alfabetizadas têm a capacidade de desenvolver o raciocínio lógico dedutivo, resolver problemas. Ainda segundo o autor, pensar que somente o alfabetizado pode raciocinar, constitui um pensamento preconceituoso. PROCESSOS DE ALFABETIZAR LETRANDO Diante das reflexões apresentadas sobre o processo de alfabetização e a importante de ser trabalhadas em conjunto com o letramento, surgem vários questionamentos como: o que significa alfabetizar letrando? Como trazer os usos sociais de leitura e escrita para dentro trabalho de alfabetização? Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) apontam que os índices apresentados em relação a repetição nos primeiros de escolarização são decorrentes da dificuldade sentida pela escola em ensinar de forma eficiente as crianças a ler e escrever.

Esse cenário fica mais expressivo no final das primeiras séries e no quinto ano. A língua deve ser interpretada em seus significados culturais, uma vez que, a língua se trata de um objeto social e cultural que se faz das interações verbais entre as pessoas, sendo assim, a língua deve ser compreendida pelas situações concretas nas quais é produzida. A linguagem quando produzida se manifesta em diferentes formas de discursos, a partir da carga de conhecimento que se domina sobre o assunto, das formas que é feita a expressão em determinado contexto histórico e dependerá das condições que o discurso é realizado. Além disso, os textos que se resultam nas atividades discursivas, se organizam dentro de determinados gêneros (MEC, 1997). Na década de 1980 surgem concepções teóricas no campo da alfabetização, proporcionando bases para a novas propostas pedagógicas, com ênfase nos processos de letramento, na qual se reconheceu a importância de trabalhar a linguagem falada e escrita nas mais diversas situações e contextos.

Neste cenário as propostas construtivistas aparece defendendo um viés de alfabetização contextualizada e significativa, que segundo Rego (2006), essa transposição didática das práticas sociais de leitura e escrita para a sala de aula, é considerando a descoberta do princípio alfabético como consequência da experiência com estas práticas e da reflexão sobre elas. Diante disso, a escola para instituição formadora do cidadão deve colocar o aluno diante dos mais variados gêneros e suportes de textos escritos, proporcionando ao aluno a ampliação de vivências e conhecimentos. Vale ressaltar que, formar um aluno letrado consiste em um é um processo que deve ser construído, que depende de vários elementos presente na vida do aprendiz, como o meio em que ele está inserido, das interações com o objeto e do significado que essas interações adquirem para cada um.

Partindo disso, os estudos relacionados ao letramento podem e devem auxiliar o professor a fazer com que o processo de alfabetização tenha resultados satisfatórios. A criança nesta fase apresenta engajamento em participar das atividades propostas pelo professor e em descobrir coisas novas na escola. A escola necessita encontrar estratégias para motivar seus alunos em fazer parte desse universo letrado, e não veja esse processo como forçado e entediante. ” Desta forma, cada prática de uso da língua exige uma atitude específica de uso da língua no texto. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos apresentados mostram a importância de se alfabetizar em conjunto com o letramento, visando formar um cidadão com uma capacidades diversa de posicionar-se politicamente e conscientemente na sociedade, utilizando-se dos recursos da leitura e da escrita.

Desta forma, com a pesquisa percebeu-se que muito se evoluiu sobre as concepções de práticas pedagógicas no processo de alfabetização, no entanto o cenário atual da educação ainda apresentam debilidades significativa que devem ser resolvidas. Sendo assim, trabalhar com as mais diversas atividades sociais prepara o aluno para atuar nos múltiplos contextos sociais. Partindo das reflexões apresentadas considera-se que as ações ligadas à alfabetização e ao letramento na educação infantil só têm a enriquecer as aulas e proporcionar uma educação de qualidade. SP: Ática, 2002. Alfabetização sem Bá-Bé-Bí-Bó-Bu: Pensamento e Ações no magistério. Ed. São Paulo: Scipione, 1998. CEALE. Reflexões Sobre a Alfabetização. Ed. São Paulo: Cortez, 2001. TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita.

Acessado em 15 de out. de 2022. FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985. Campinas: Mercado de Letras, 1998, p. MASAGÃO, V. R. O conceito de letramento e suas implicações pedagógicas. Pátio, ano VI, nov2002/jan/2003, p 54-57. REGO, L. L. B. Alfabetização e letramento: refletindo sobre as atuais controvérsias. Disponível em:. Ceale/FaE/UFMG, 2005. SOARES, M. Letramento. Um tema em três gêneros. Belo Horizonte/MG: Autêntica, 2000a.

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