Alfabetização e letramento

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Assim, encontramos no letramento uma eficaz ferramenta neste processo, uma vez que, essa perspectiva busca desenvolver no aluno habilidades de comunicação nos mais variados contextos sociais. PALAVRAS-CHAVES: Ensino e Aprendizagem. Alfabetização e Letramento. Educação Infantil. INTRODUÇÃO: Diante da necessidade de comunicar-se o homem desenvolveu técnicas de escrita e leitura, e com isso também surgiu à necessidade de que essas técnicas deveriam continuar a serem usadas e transmitidas para as novas gerações. O registro mais primitivo que se tem conhecimento é o pictográfico, realizado com argila no interior das cavernas, tais registros revelam uma necessidade dos povos primitivos em comunicar-se, desta forma esboçaram desenho nas paredes, representando animais, objetos, pessoas e também cenas do cotidiano. Pode-se deduzir que um dos objetivos dessas ilustrações era servir na comunicação entre os povos que ali viviam, na medida que ocasionava a reflexão sobre o que se estava representando, transformado as imagens em objeto de leitura.

No Egito antigo, os hieróglifos eram um conhecimento restringido entre os sacerdotes e a nobreza. Para estes povos esse conhecimento era concebido como sagrado e um presente dos deuses. Alguns estudos apontam que a escrita surgiu por volta do ano 4000 a. De acordo com Cagliari (2002), “estes sistemas sempre se mostraram simples e práticos, o que facilitou seu ensino às novas gerações. ” Durante a antiguidade, os indivíduos desenvolviam as habilidades de leitura e a escrita com pessoas que possuía este conhecimento, que possivelmente era buscado para poder atuar no comércio, os negócios, interpretar obras religiosas e obterem informações culturais da época. Segundo Cagliari (1998, p. Na antiguidade, os alunos alfabetizavam-se aprendendo a ler algo já escrito e depois copiado. Começavam com palavras e depois passavam para textos famosos, que eram estudados exaustivamente.

Aprendia-se e também ensinava apenas o básico, tendo como metodologia de ensino o modelo mecânico. Nessa época de escrita primitiva, ser alfabetizado significava saber ler o que aqueles símbolos significavam e ser capaz de escrevê-los, repetindo um modelo mais ou menos padronizado, menos porque o que se escrevia era apenas um tipo de documento ou texto (CAGLIARI, 1998, P. Vale ressaltar que mesmo com a evolução dos estudos sobre metodologias de alfabetização, no Brasil ainda encontramos em muitas escolas uma metodologia não muito diferente do modelo presente na antiguidade. Professores que ainda ensinam de forma padronizadas e mecânicas, provocando assim uma grande defasagem, prejudicando a aprendizagem e levando ao fracasso escolar dos alunos que saem das séries iniciais do ensino fundamental. DIFICULDADES EM ALFABETIZAR Não se pode negar que umas das maiores dificuldades enfrentadas no cotidiano nos anos iniciais de ensino é fazer com que todas as crianças consigam alfabetiza-se no tempo “proposto”.

Além disso, muitos professores que mesmo entendendo a situação problema, precisam adequar-se a metodologia adotada pela escola. Diante desse cenário podem-se apontar as pesquisas sobre o construtivismo e demais linhas que defendem o conhecimento verdadeiro solidificado como a solução de uma parte significativa dos problemas que levam a defasagem na educação. No entanto isso não é tão simples quando estamos lidando com crianças, além disso, deve-se levar em consideração que cada aluno possui uma história de vida diferente do outro. Num marco de referência piagetiano, (. os estímulos não atuam diretamente, mas são transformados pelos sistemas de assimilação do sujeito (. “Podemos definir hoje o letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”.

A autora ainda acrescenta, em outro texto escrito posteriormente, que o letramento pode ser entendido “como a práticas e eventos relacionados com uso, função e impacto social da escrita” (idem, 1998, p. Neste sentido, podemos entender o letramento com práticas sociais de leitura e escrita e os contextos que essas práticas são colocadas em ação, bem como as consequências delas sobre a sociedade. O letramento é uma ferramenta fundamental para que, trabalhado em paralelamente com o processo de alfabetização, consiga-se formar leitores e escritores críticos que vão muito além das paredes da sala de aula. Uma vez que, a educação infantil apresenta uma oportunidade única de fazer com que as crianças desde o primeiro contato com o ensino regular adquiram “simpatia” em ir para a escola.

SOARES, 2003) Sendo assim, o processo de alfabetização e letramento se somam, ou seja, o letramento é um complemento da alfabetização e deve-se alfabetizar letrando. Diante disso, deve entender o letramento como elemento que precisa ser trabalhado em conjunto com o processo de alfabetização. Vale ressaltar, outro ponto importante que envolve o estudo de letramento e suas duas dimensões: a individual e a social. No que diz respeito à dimensão individual relaciona-se à posses individual de capacidade para a leitura e escrita, ou seja, a compreensão e interpretação de informações, o estabelecimento relações de ideias e a combinação de informações textuais com informações extratextuais. Já a dimensão social do letramento refere-se às práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita em determinados contexto.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o BA – BE – BI – BO – BU. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985. FERRARI, Márcio. Emília Ferreiro. Revista Nova Escola. Artigo publicado em 01/07/2008. HIGOUNET, C. História concisa da escrita. São Paulo: Parábola, 2003. KLEIMAN, A. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. R. O conceito de letramento e suas implicações pedagógicas. Pátio, ano VI, nov2002/jan/2003, p 54-57. PAIVA, José Maria de. Educação Jesuítica no Brasil Colonial. Belo Horizonte/MG: Autêntica, 2000a. TFOUNI, L. V. Letramento e Alfabetização. SP: Cortez, 2002.

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