Análise Sociológica

Brasil conhecida como ilha de sonho. Para Prado (2012) o povo brasileiro é um povo triste e esse sentimento seria herança dos descobridores que possuíam um desejo por ouro e uma volúpia que encontraram estímulo nas terras brasileiras. Entretanto segundo Paulo Prado os primeiros portugueses que chegaram à terra que seria o Brasil ficaram surpresos com a natureza, porém não souberam apreciá-la como algo além de um estoque de especiarias e matérias primas para o mercado comercial. No entanto, todos sofrem do que ele chama de “sedução dos trópicos”. A solidão dos primeiros que chegaram ao Brasil e a sensualidade atribuída aos índios, enfatizando a nudez, teria propiciado as uniões que, segundo o Paulo Prado, eram de “pura animalidade”, ou seja, o fato de que muitos dos que se aventuravam a ficar no Brasil estavam no início de sua juventude e ansiavam libertar-se da severidade moral da Europa.

Para analisar mais profundamente sobre esta temática,utilizei como referência o filme Tropa de Elite 2: o inimigo é outro, onde o próprio personagem de Wagner Moura se diz preso pela máquina corrupta criada dentro das Secretarias de Segurança Pública, pelos políticos em eleição e pelo povo que é viciado na droga imperando o vício da importação, a moda, a arte, a literatura, a política. Podemos citar por exemplo, a capacidade do Executivo de ‘conciliar’ os mais diferentes interesses ao mesmo tempo em que impõe seu programa político, independente das gramáticas que fazem parte dessa relação, que possibilita a análise de ascensão, queda e legado de distintos governos brasileiros. Ao analisar a obra de Holanda (1995) concluirmos que o atraso social existente na sociedade brasileira é o ponto principal, na argumentação do autor que afirma que o espírito aventureiro lusitano pode ser considerado positivo pois apresenta grande adaptabilidade, ao próprio orgulho de raça.

Podemos identificar, ao menos, duas formas clássicas com que nosso pensamento social e político interpretou a gênese dos grandes males nacionais: uma ópera com o eixo explicativo do patrimonialismo, seja ele uma herança ou não de nossa colonização; outra com o mandonismo, epicentro de nossa falta de integração social. o ponto de partida da análise sociológica só pode ser dado pela ação de indivíduos e que ela é “individualista” quanto ao método. ” Deixando o negro a sua condição de escravo porém permanecendo excluído da sociedade democrática. Os cruzamentos entre portugueses e negros e entre negros e índios. São os mulatos e cafuzos que vão se multiplicando pelo território conquistado ou em vias de conquista.

Devemos entender a complexidade dos dialetos que fazem parte das nossas raízes, ao adotarmos uma expressão étnico/racial na tentativa de explicar a dimensão cultural lançamos sobre estes um ar de superioridade em vez de procurar assimilações pela mestiçagem cultural nossas diferenças são muitas vezes enfatizadas pela sociedade ao optar-se pela discriminação. A trama do filme nos faz refletir sobre o sofrimento e as injustiças contra os africanos e seus descendentes. REFERÊNCIA COHN, Gabriel. Introdução. In: COHN, Gabriel. Org. WEBER, Max. Raízes do Brasil. ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. NUNES, Edson. A gramática política do Brasil: Clientelismo e Insulamento Burocrático. Tradução Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa; revisão técnica Gabriel Cohn.

Brasília, DF: UnB: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999. A “objetividade” do conhecimento nas Ciências Sociais. In: COHN, Gabriel. Org.