ANÁLISE TÉCNICA ECONÔMICA DAS CRISES E SEUS IMPACTOS NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

AGRADECIMENTO Quero agradecer a minha mãe, maravilhosa que apesar de todos os momentos difíceis nesses quatro anos teve sempre paciência e persistência em me mostrar o melhor a ser feito. Sem minha irmã, meu cunhado e meu namorado também não teria conseguido chegar até aqui. Vocês formam os alicerces da minha vida. Minhas amigas: (COLOCAR NOME DAS AMIGAS DE FACULDADE), foram maravilhosos nossos momentos e acredito que nossa amizade será para o resto da vida. Muito obrigada por todo o apoio e por me aturarem todos os dias. Covid-19. Sistema Elétrico de Potência. Impactos em Sistemas Elétricos. Demanda de Energia. ABSTRACT Since the end of December 2019, the world has faced challenges in meeting its electricity demand due to the environmental and health crises, caused by the Covid-19 pandemic, that hit during this period.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CMSE Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico DEE Departamento de Energia Elétrica ENA Energia Natural Afluente EPE Empresa de Pesquisa Energética MLT Média de Longo Termo ONS Operador Nacional de Sistema Elétrico SIN Sistema Interligado Nacional TCC Trabalho de Conclusão de Curso UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina LISTA DE SÍMBOLOS Porcento Graus Celsius Real SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 13 2 METODOLOGIA 15 2. PLANEJAMENTO 15 2. ETAPAS 16 3 CONTEXTO HISTÓRICO-ECONÔMICO BRASILEIRO 19 6. A CRISE DE 2001 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 41 REFERÊNCIAS 45 1 INTRODUÇÃO As crises do setor elétrico têm origem em diferentes aspectos, como em desastres nucleares, um exemplo foi a explosão na usina nuclear de Chernobyl, Ucrânia em 1986 e o terremoto e tsunami no centro de Fukushima, Japão em 2011, dois acidentes com nível 7 na escala INES (PLANAS, 2020).

Outros aspectos que ocasionaram crises em relação ao setor elétrico são os mercados de energia não regulamentados, bem como a ausência de políticas energéticas, como ocorrido na Califórnia, Estados Unidos (CHAIM, 2001) e no Chile (WATTS, ARIZTIA, 2002). A primeira, as crises e as diversificações da matriz energética; a segunda, o papel da pandemia na crise. Analisando como a diversificação da matriz energética pode ser benéfica em relação ao cenário da pandemia da Covid-19. Historicamente, o setor de energia no Brasil tem sido atormentado por múltiplas crises de energia de diferentes duração e âmbito geográfico. Na grande maioria dos casos (e nos casos específicos de 2001 e 2015), as causas das crises foram associadas às condições climáticas como as secas, uma vez que, o Brasil historicamente é muito dependente da hidroeletricidade e também ao atraso da expansão de geração térmica e linhas de transmissão.

Já em 2020, o perfil de consumo de energia elétrica do brasileiro mudou drasticamente após o dia 21 de março de 2020, quando medidas de distanciamento social foram implementadas. Proporcionarão um melhor entendimento dos conteúdos abordados. As bibliografias utilizadas foram sites oficiais do governo, dissertações, teses, artigos, trabalhos de conclusão de curso, estudos governamentais e sites e trabalhos internacionais. Estes estudos possibilitaram a criação uma base consistente e sólida para abordar de forma clara o tema do trabalho. Em um olhar mais amplo, na segunda etapa se tem a identificação de ações que se correlaciona diretamente às barreiras existentes, como a ampla e diversificada gama de medidas de natureza financeira implementadas com foco no curto prazo, a falta de planejamento e os desequilíbrios de natureza econômica que a estiagem, a falta de estrutura da matriz energética, a epidemia, etc.

acarretarão sobre os contratos de concessão das empresas do setor no curto e longo prazo (ACENDE, 2020). A maior parte do país encontra-se no clima tropical, acolhendo outros cinco principais subtipos climáticos. As diferentes condições climáticas produzem ambientes que variam de florestas equatoriais no Norte e regiões semiáridas no Nordeste, para florestas temperadas de coníferas no Sul e savanas tropicais no Brasil central. A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. O Brasil tem um sistema denso e complexo de rios, um dos mais extensos do mundo, com oito grandes bacias hidrográficas, que drenam para o Atlântico. A economia brasileira é diversificada, abrangendo os três setores: primário, secundário e terciário. A alta participação de fontes hidráulicas torna esse sistema de geração elétrica vulnerável a situações de escassez de energia devido à incerteza do regime das chuvas, e implica o problema da utilização intertemporal da energia acumulada nos reservatórios (GADELHA).

Analisar se choques adversos no suprimento de energia elétrica comprometem ou não o crescimento econômico brasileiro é tema importante no atual debate acadêmico, com importantes implicações de política econômica. A escassez de energia elétrica pode afetar o investimento agregado real da economia, pois prevalecendo as incertezas sobre o suprimento adequado de energia, diversas decisões de investimento tendem a ser suspensas ou adiadas, comprometendo o crescimento econômico (PEROBELLI, MATTOS). CRISE DE ENERGIA DE 2001 A crise de fornecimento de energia elétrica foi uma das piores crises que o Brasil já experimentou. Sua causa imediata foi uma seca severa e prolongada. Algumas causas da crise de 2001, que também se aplica à crise de 2015 foram a falta de geração termelétrica de reserva adequada, as reformas de energia não estruturadas, a falta de investimento em capacidade de geração adicional.

As principais causas da crise de energia no Brasil em 2015 são o impacto da seca em barragens hidrelétricas, atraso na conclusão de projetos de energia, redução do preço da eletricidade e informações desatualizadas para estimar a geração de energia. É possível verificar nas Figuras 1 e 2, como a dependência das hidrelétricas no Brasil é alta comparada com outras fontes de energia e como os maiores declínios de geração de energia foram observados nos anos de 2001 e 2020. CRISE ATUAL 4. COVID-19 Como todo o restante da economia, o setor energético nacional foi atropelado pela crise sanitária da Covid-19. Por meio do decreto nº 10. de 18 de Maio de 2020 dispõe-se a criação da conta destinada ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 e regulamenta a Medida Provisória nº 950, de 8 de abril de 2020, e dá outras providências (BRASIL, 2020).

A emergência sanitária representa um grande desafio para produção de petróleo, em particular no segmento offshore. Essa indústria depende de uma cadeia logística muito complexa, internacionalizada e que opera em fluxo contínuo. Dada a relevância que o setor de Exploração e Produção (E&P) de Petróleo e Gás Natural tem na economia nacional, torna-se estratégico para o país monitorar e garantir o funcionamento de sua cadeia logística. Para isso, é preciso criar as condições para que toda a cadeia logística do setor energético possa funcionar durante a emergência sanitária. Ao mesmo tempo, é essencial monitorar e mitigar as ameaças à viabilidade econômica das empresas em médio prazo. O caso da safra de etanol é exemplar.

A falta de demanda de etanol pode levar a um contexto de preços muito deprimidos e inviabilizar a própria produção. O financiamento da estocagem, por exemplo, pode ser um caminho emergencial para evitar que empresas quebrem e que a própria colheita se inviabilize. SE/CO 12. SUL 2. NE 1. NORTE 1. Fonte: MC&E 2020 Para o período, a estimativa inicial do ONS é de que o maior índice de ENA seja verificado no Norte, com 97% da Média de Longo Termo - MLT. MW médios, sendo 6. MW médios por inflexibilidade, 3. MW médios por ordem de mérito e 187 MW médios por restrição elétrica (GODOI, 2020). Esses são apenas alguns exemplos de ameaças que o setor de energia enfrentou em meados de 2020. Para o governo, fica o desafio de atuar de forma rápida e equilibrada para preservar a solidez do setor energético doméstico e os princípios da política energética nacional (ALMEIDA, 2020).

Segundo o relatório até o dia 14 de abril, 30 países que correspondem a 2/3 da demanda global de energia apresentaram um declínio médio em relação à demanda de aproximadamente 25%, em países com isolamento total, e 18% em países com isolamento parcial. SOUZA, 2020). Por meio das pesquisas apresentadas pelo IEA (2020), a procura por energia decaiu aproximadamente 3,8% no mundo no primeiro trimestre de 2020. A demanda por carvão foi uma das mais afetadas, em comparativo com 2019, observa-se uma queda de 8% em sua demanda. Tal quadro se justifica uma vez que a China, o país mais atingido no início da pandemia em 2020, diminui significativa o seu consumo por carvão, com o barateamento do gás bem como o aumento do uso de energias limpas e renováveis foi outro ponto que impactou o consumo do carvão no período.

Outro ponto a ser ressaltado é a queda pela demanda de energia que caiu em média 20% desde o início das restrições e do isolamento social, seja ele total ou parcial. Com a diminuição da demanda de energia no mundo, houve um aumento em relação à participação do fornecimento de energia por meios sustentáveis, uma vez que sua produção não é afetada pela demanda. IEA, 2020). Logo, em um momento como o da Covid-19 a energia acaba por desempenhar um papel fundamental, a fim de garantir o bem-estar social e o funcionamento das atividades econômicas durante o período do bloqueio. Os serviços médicos bem como a distribuição dos suprimentos necessitam da energia e dos derivados de petróleo. SOUZA, 2020). Em tal evento, o diretor executivo da IEA, Dr.

Fatih Birol menciou ser necessário desenvolver um Plano de Recuperação Sustentável que estabeleça medidas políticas e investimentos direcionados a fim de impulsionar o crescimento econômico global em 1,1% ao ano, salvando ou criando mais de 9 milhões de empregos, além de colocar as emissões em declínio estrutural. ANALISANDO A REALIDADE DO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL Analisando o cenário do Brasil em relação ao consumo de energia, observa-se que o setor elétrico foi altamente impactado pelas medidas de isolamento. O uso da eletricidade da eletricidade no país é diversificado entre os segmentos do mercado, sendo impactado de maneira diversa em cada um. Madeira, Papel e Celulose 1. Bebidas 244 233 -4,51% Metalurgia e Produtos do Metal 4. Telecomunicações 210 203 -3,33% Extração de Minerais Metálicos 1.

Comércio 877 868 -1,03% Alimentícios 1. Saneamento 258 316 22,48% Fonte: CCEE 2020, adaptado Com as informações dispostas na tabela acima, observa-se que a redução do consumo de energia foi mais significativa em clientes de grande porte, como é exemplo, da redução de 12,9% para o ambiente de Contratação Livre. Segundo dados demonstrados no Boletim do Ministério de Minas e Energia, até junho de 2020, as distribuidoras de energia perderam receitas de aproximadamente R$ 3,1 bilhões em comparativo com o ano de 2019. LOSEKANN, et al. Outro ponto a ser ressaltado, sobre o impacto da pandemia da Covid-19 é sobre as finanças, uma vez que houve um racionamento perante os setores. A receita de fornecimento de eletricidade no ano de 2019 era de R$ 162 bilhões, segundo dados apresentados pela ANEEL. Com a pandemia, cada mês do isolamento social, implicou em um reajuste da tarifa das distribuidoras em 1,1%, a fim de equilibrar suas receitas.

Além disso, os indicadores mensais do IBGE registraram taxas de crescimento elevadas na comparação com o mesmo período de 2020, com efeito significativo da base de comparação deteriorada do ano anterior, em decorrência da eclosão da pandemia no país e do início das medidas de isolamento social em sua fase mais restritiva. ONS, 2021). Com o avanço da campanha de vacinação estima-se que o PIB de 2021, passe de 3% para 5%, tal fator é fortemente influenciado pela premissa de que uma parcela significativa da população esteja vacinada até o final do ano. Apresenta-se um risco elevado em relação à concretização de tal cenário, uma vez que, por meio da evolução da pandemia da Covid-19 no país e no mundo, além de aspectos como a evolução das contas públicas, a intensidade da escassez hídrica, os efeitos da aceleração da inflação e do aumento dos juros sobre a demanda e a velocidade de recuperação do mercado de trabalho.

ONS, 2021). Este estudo se propõe a analisar os impactos na setor elétrico do Brasil, no período que cobre os últimos 20 anos, por meio de uma análise histórica da formação da matriz energética brasileira, da gestão dos indicadores de geração de energia elétrica e do estudo das políticas econômicas (TABOSA, 2019). Para isso, utilizam-se cálculos respeitando a sazonalidade do consumo, demanda, geração, economia e analisando antes da proposta algumas variáveis, como a partir de quando a crise energética passou a influir nos principais tópicos. A principal motivação para o estudo basicamente é o grande potencial em relação à pesquisa e desenvolvimento para análise e prevenção de crises. No geral, o trabalho apresenta diversas dificuldades principalmente pelo pouco tempo da pandemia, mostrando assim que os impactos ainda estão sendo analisados e há pouca literatura sobre o assunto.

A CRISE DE 2001 Cinco anos após a reforma do setor de energia no Brasil, em meados de 2001, o país foi acometido por uma grave crise energética, que acabou por superar as anteriores em todos os quesitos: tamanho, duração, alcance geográfico com bem como a complexidade. Esse estoque, que nunca ficou abaixo de 44% do nível dos reservatórios, a partir de 1995 foi sendo continuamente consumido, até chegar ao patamar inédito de 19% em novembro de 1999. SAUER; VIEIRA; KIRCHNER, 2001, p. Isso levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pela operação integrada das usinas e linhas de transmissão, a estimar que, no final de abril, o estoque de energia nos reservatórios do Sudeste/CentroOeste seria de apenas 36,2%, diante dos 49% que permitiriam enfrentar a estiagem.

No Nordeste, as estimativas apontavam para um volume útil de 35,8%, diante dos 50% necessários para o mesmo período. JABUR, 2001: p. Os atrasos na entrada em operação das obras de geração e transmissão programadas causou o desequilíbrio entre oferta e demanda levando a um efeito acumulado de 22. GWh de energia não disponibilizada, o que poderia elevar o nível de armazenamento das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Noroeste de 32% para 47% (CASHEE, 2001). O gráfico apresentado abaixo exemplifica a diminuição contínua de investimentos em expansão, com uma tentativa isolada de recuperação em 1987, seguida de queda ainda maior depois. As reformas e privatização não reverteram à tendência, a despeito de pequeno aumento em 1996 e 1997. Gráfico 8: Evolução de investimentos na ISE brasileira.

A lacuna entre consumo e capacidade instalada contribuiu para o colapso inevitável em 2001. LORENZO, 2002). No mesmo período a demanda mensal teve que ser consideravelmente reduzida, porque não havia energia suficiente armazenada nas barragens hidrelétricas do Sudeste para garantir com segurança fornecimento de eletricidade para os anos seguintes. O governo decidiu então reduzir o consumo de energia para consumidores residenciais em 20% e para consumidores industriais e comerciais de 15 a 25%, dependendo sobre a importância da atividade econômica, para que a demanda caísse e os reservatórios pudessem em seguida, preencha novamente. LORENZO, 2002). LORENZO, 2002). Ainda para o autor, o setor de energia elétrica compreende hoje empresas privadas e públicas. A coordenação operacional passou a ser feita pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), de natureza privada, mas criado por iniciativa do governo, com base na regulamentação do Grupo Coordenado de Operação Integrada (GCOI).

O mercado atacadista de energia era administrado pelo MAE, outro organismo de natureza privada. A presença do Estado no setor é predominante, uma vez que controla 78% da geração, 100% da grande transformação e, ainda, 30% da distribuição de energia. Sobre o controle dos recursos, o contrato e o programa do gás da Bolívia, compreendendo o gasoduto principal e a discussão sobre a sua localização e extensão para o Sul. LORENZO, 2002). Outras questões também permanecem pendentes até o presente momento, criando sérias dificuldades de articulação entre os agentes hoje participantes do setor. Dentre essas questões, podemos citar, como exemplo, a compatibilização das regulamentações do gás e da eletricidade, envolvendo a ANP e a Aneel; a constituição, apenas em 2000, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), previsto em lei desde 1977, e a falta de definição de suas diretrizes; a controvérsia entre áreas fiscal e energética acerca do risco cambial envolvido na importação do gás natural; a indefinição quanto à responsabilidade pela reserva de segurança na capacidade de geração; e a persistência de dúvidas quanto às funções da Aneel, do MAE e do próprio Ministério das Minas e Energia.

LORENZO, 2002). Segundo a Aneel, essas medidas obrigavam os consumidores a gastar menos eletricidade, sob pena de pagar multas (sobre taxas) e ter o fornecimento cortado, ainda sobre a ameaça de ocorrerem apagões, onde haveria um corte de energia elétrica durante algumas horas por dia. O bônus devido ao consumo abaixo da meta e as multas tiveram alteração de valores ao longo do racionamento, ficando menores na medida que o racionamento chegava ao término e variando conforme a região do país (BARDELIN, 2004). A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica tinha como objetivo administrar a crise de oferta de eletricidade mediante racionamento de 20%, durante o período de junho a novembro de 2001, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e, possivelmente, nos Estados do Pará e Tocantins.

Na região Sul, o racionamento previsto é de 10%, a partir de setembro de 2001. Pelo lado da oferta, o plano de racionamento tem como objetivo minimizar a escassez de energia elétrica e permitir que ela seja temporária, se possível não atingindo o ano de 2002. O país também recebeu consideráveis reforços da capacidade de geração, que atingiu 42 GW de termelétricas e outras renováveis ​​em 2014. Mesmo com essas melhorias para o setor de energia brasileiro, em 2015 aconteceu uma tendência semelhante devido a uma forte seca nas regiões Sudeste e Nordeste causada pela variabilidade climática ou climática mudança. O volume de água nos reservatórios caiu abaixo de 2001, para 19%. Como o Brasil ainda é pesado dependente da geração hidrelétrica, a participação na geração hidrelétrica diminuiu de 91,9% para 71,3% entre 2011 e 2015.

Reservatórios hidrelétricos atingiram níveis operacionais perigosamente baixos que forçaram o Brasil Operador da Rede Elétrica (ONS), para interromper a geração de energia hidrelétrica nas barragens que ultrapassaram o seu limite volume de armazenamento. CRISE DA COVID-19 NO SETOR ELÉTRICO: NO MUNDO E NO BRASIL Para que seja possível analisar a crise da Covid-19 no Brasil precisamos analisar em outros como lidaram e mediram e analisaram suas consequências e impactos. Diversos países publicaram estudos sobre o impacto da pandemia no setor de energia elétrica. Lembrando que o setor elétrico de potencia (SEP) difere bastante nesses países, geograficamente, em população, tecnologia, bens, primeiro mundo etc. Em todo o mundo, a demanda por eletricidade diminuiu principalmente em meio à pandemia de COVID-19.

Mercados de eletricidade na China durante um período de bloqueio do COVID-19 em que as pessoas trabalhavam remotamente de casa, o consumo de energia elétrica foi menor do que o normal. Essas grandes oscilações no uso de energia indústria impactam a rede elétrica e as operações da concessionária porque concessionárias de energia elétrica costumam cobrar grandes clientes industriais para a potência real e reativa fornecida. Os clientes residenciais são cobrados apenas pelo uso real de energia, por isso mesmo se a demanda fosse uma mudança igual de industrial para clientes residenciais, algumas concessionárias de energia elétrica ainda estariam lucrando menos do que antes. Após o primeiro surto de pandemia, a China está preparada para um enorme crescimento econômico no setor renovável.

A COVID-19 tem empurrado os governos ainda mais no sentido de não receber níveis de endividamento reduzidos, e isso sem dúvida terá impacto na transição de fontes de energia renováveis. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que a implantação de energia solar fotovoltaica global diminuirá cerca de 8% em 2020 devido à crise financeira que a pandemia causou. Os investimentos de capital para a implementação de energia renovável foi movida para o financiamento de hospitais e saúde, serviços de assistência, cuidar dos enfermos e suprir equipamentos de proteção, como máscaras e luvas. A África Subsaariana está enfrentando desafios únicos em sua malha energética. De acordo com o Banco Mundial, '' apenas 28% de instalações de saúde têm energia elétrica confiável, e apenas 43% da população tem acesso a rede elétrica , '' apresentando-se como um desafio único para funcionários de saúde.

Como na crise sanitária do Ebola, as medidas de saúde necessárias durante o COVID-19 são desafiadoras para implementar sem acesso elétrico confiável. Isto sendo dito, grande parte da África se saiu comparativamente bem sob a pandemia do COVID-19. Nas subseções a seguir, os impactos de diferentes medidas de contenção sob demanda para eletricidade, instalações renováveis ​​e o pessoal da indústria elétrica, são discutidos. Comparando os perfis de consumo de eletricidade em diferentes Países europeus refletem o impacto de várias medidas nas atividades das famílias e na demanda de eletricidade Exceto na Suécia com as menores restrições na Europa demanda de eletricidade diminuiu substancialmente em todos os outros países após a declaração de pandemia as restrições foram implementadas.

Apesar de o confinamento tornar a carga residencial maior do que durante os dias normais de trabalho, o encerramento de pequenas empresas com cargas comerciais e industriais diminuíram notavelmente a demanda total de eletricidade. Na Bélgica, o operador do sistema de transmissão – ELIA - relatou que as cargas conectadas ao sistema de distribuição de energia foram reduzidas de forma mais perceptível do que aqueles diretamente conectados ao sistema de transmissão. As mudanças nos padrões de carga são mais marcantes para a demanda doméstica diária. Como a maioria dos outros países, a Itália experimentou interrupções em tais planos de energia sustentável. Em julho de 2020, a UE experimentou 5% menos demanda para eletricidade do que um ano antes. De acordo com a IEA, em toda a UE períodos de restrição viram novos máximos na contribuição das energias renováveis ​​variáveis ​​como uma parcela da demanda de eletricidade.

Este aumento no uso de energia renovável é devido por vários motivos, mas em parte porque a demanda geral diminuiu. Menor demanda permitiu uma maior porcentagem de renováveis ​​a serem utilizadas no portfólio de geração de energia. O controle sala e outro pessoal essencial foram capazes de operar suficientemente. Na Grécia, a principal empresa de eletricidade nomeada PPC aconselhou seus funcionários a não se deslocarem para o trabalho por transporte público. Eles só permitiam no máximo 5 os clientes entrem em repartições públicas ao mesmo tempo. A maioria das empresas de energia estava seguindo o governo novos regulamentos para proteger seus funcionários contra COVID-19, e isso resultaram em uma grande porcentagem de funcionários da empresa trabalhando em casa. As limitações no espaço de trabalho, desafios de comunicação, falta de habilidades de TI em funcionários seniores e a possibilidade de ataques cibernéticos está afetando o desempenho de concessionárias de energia elétrica e empresas de energia em na Europa e possivelmente em todo o mundo.

Muitas dessas posições são preenchido por meio de programas de estágio ou recrutamento para faculdade feiras nos EUA, e esses eventos foram cancelados em sua maioria durante a pandemia COVID-19. Além disso, a perda de críticas funcionários representam desafios na resposta a tempestades, manutenção, e planejamento de serviço. O planejamento da pandemia geralmente gira em torno de proteger o sistema de transmissão contra as ameaças e absenteísmo. Pouca atenção é dada para garantir o suprimento de combustível, embora este seja um componente crítico para geração de energia. A cadeia de combustíveis fósseis nos Estados Unidos é surpreendentemente frágil, e não há muito carvão mantido na reserva caso o suprimento seque. A produção e utilização de energia renovável não são dependentes da pandemia atual, mas dependente apenas de as variações do tempo.

Isso significa que os sites de geração são capazes de reduzir sua geração nuclear e de carvão quando o sol está brilhando. Na verdade, de acordo com o governo dos EUA Administração de Informação sobre Energia (EIA), renovável o consumo nos EUA ultrapassou o carvão pela primeira vez em 130 anos. Durante o bloqueio COVID-19, a demanda de eletricidade caiu muito, permitindo a porcentagem de renováveis irá aumentar. Nos EUA, a demanda renovável aumentou em 40%, mas a energia renovável no mix de geração reflete maior volatilidade, e é mais difícil prever a geração de energia para o futuro. Esses documentos são atualizados periodicamente com a ciência e o pensamento mais recentes, então os utilitários simplesmente têm para tirar o pó da versão mais recente quando o plano for implementado.

Nestes documentos, planos, procedimentos e pessoa essencial estão dispostos. Esses planos também estabelecem planos de como trabalhar continuará com as medidas de segurança adequadas. Na National Grid, concessionária que atende a região Nordeste Estados Unidos, o trabalho de manutenção continua normalmente com distanciamento social adequado e máscaras. A linha de força as tripulações ainda continuam seu trabalho, embora com distúrbios sociais. Em coordenação, a Federal Energy o Conselho de Confiabilidade (FERC) anunciou relaxamentos semelhantes. O outro desafio para as concessionárias de energia elétrica dos EUA é administrar as Despesa de Capital (CapEx) e Despesa Operacional (OpEx)orçamentos. Orçamentos CapEx alocam dinheiro para melhoria de capital-projetos como novas subestações, substituições de postes e novos transformadores. Orçamentos OpEx são alocados para aluguel, pagamento custos de rolagem e pesquisa, entre outros.

Acima de 2020, CapEx os orçamentos estão diminuindo porque há menos equipamentos para instalar e o ritmo de trabalho abrandou. Ao contrário da Europa, comparando as demandas de carga em um agregado escala nos Estados Unidos é notoriamente difícil. Em pequena escala, muitas concessionárias relataram quedas em sua demanda de carga durante o período COVID-19. De acordo com o Wall Street Journal, Snohomish County Public distrito relatou ter perdido suas metas de energia quando os bloqueios do COVID-19 começaram. O utilitário atende a vários nossas fábricas Boeing e pouco mais de 800. pessoas. Assim, destaca-se que o insumo que viabiliza todos estes serviços é a energia elétrica, exigindo a manutenção de suprimento de qualidade. Não obstante, com milhões de pessoas sem trabalhar em função da paralisação de atividades produtivas e de serviços, há uma redução significativa da demanda por energia.

Por exemplo, na primeira semana do lockdown, iniciado em 9 de março na Itália, a demanda caiu aproximadamente 8%, comparada com a mesma semana de 2019. Nota-se que efeitos similares estão ocorrendo em outros países, com a verificação de redução de demanda na Espanha (5,6%), no fim de semana de 14 e 15 de março, na França (9,7%) e na Grã-Bretanha (4,7%), antes do lockdown mais severo decretado nos últimos dias. Assim, os efeitos da pandemia estão todos indo na direção de uma redução abrupta do consumo de energia elétrica. Para tanto, a Agência Internacional de Energia- IEA esses projeções apresentam que no ano de 2025 a geração de energia fotovoltaica e eólica superará a de gás e carvão. GONZÁLEZ, 2021).

Desta forma, não somente o Brasil, mas como o mundo todo, fará uso de fontes de energia elétrica com menor valor de poluição para a atmosfera, fazendo com que a geração de energia acompanhe os avanços dos modelos econômicos de sustentabilidade. Desde alguns anos já é perceptível um maior uso das fontes renováveis de energia não convencionais na região sul-americana, segundo as pesquisas de González (2021). Ainda para o autor, o Brasil esta entre os países que apresentam uma maior capacidade de inserção das matrizes energéticas de geração solar, eólica, geotérmica e biomassa. Gráfico : Composição setorial do consumo de eletricidade em 2019 no Brasil Fonte: González 2021, p. Abaixo se exemplifica a projeção do PIB do Brasil em relação à geração da energia elétrica desde o ano 2000 até 2019.

Por meio das análises do presente gráfico observa-se um cenário positivo em relação a o PIB e a geração da eletricidade, mesmo com as quedas em meados de 2015 e 2016 a geração de energia seguiu crescendo. Sendo notória a presença de outras fontes de energia no país que acabaram por impulsionar a demanda nesse período. GONZÁLEZ, 2021). Gráfico : Uso da capacidade hidrelétrica no Brasil no período 2000 – 2020 Fonte: González 2021, p. Após o período de crise econômica decorrente da pandemia, o setor elétrico brasileiro acabou por se diversificar, por meio de novas regulamentações e investimentos que tiveram que acontecer durante esse período. Ao longo de toda a análise desenvolvida observa-se que as crises que se sucederam outrora, estavam relacionadas com a dependência do setor elétrico ao recurso hídrico, que é totalmente vulnerável diante os eventos climáticos imprevisíveis.

Ainda, percebe-se que a água além de ser o insumo principal das hidrelétricas ele é a fundamental para o arrefecimento das centrais termoelétricas, a irrigação da plantação bioenergética, na exploração e refinamento de combustível, entre outros empregos primordiais que estão associados à geração de eletricidade. GONZÁLEZ, 2021). Dentre eles, destacam-se a segurança no abastecimento, no curto prazo, e a sustentabilidade da indústria, nos médio e longo prazos. Conferir uma atenção especial ao setor energético se mostra indispensável devido a sua essencialidade. Para o setor de petróleo, caso se confirme o cenário lower for longer, será necessária uma forte adaptação por parte das empresas. A primeira barreira a ser superada é a própria viabilidade econômica de alguns projetos.

A segunda se refere à trajetória de transição energética, em que fontes energéticas fósseis são substituídas por renováveis. Nesse sentido, é fundamental uma política de estímulos ao aproveitamento do gás associado no Brasil e foco na resolução das questões em aberto no processo de liberalização do segmento. Em se tratando do setor elétrico, a ação do Estado nesse primeiro momento deve ir na direção da preservação dos fluxos de pagamento, principalmente no mercado cativo. A aprovação da Conta-COVID vai de encontro à essa ação. No mercado livre, os agentes estão inerentemente expostos a maiores riscos, o que é precificado através de livre negociação. Nesse caso, a ação do Estado deve ser orientada a evitar a judicialização excessiva, que pode paralisar sua funcionalidade.

Em relação ao petróleo, as vantagens para a indústria nacional, já que as emissões de gases poluentes provenientes da exploração de petróleo no pré-sal correspondem à metade das emissões médias mundiais. Por fim, o crescimento do gás natural no Brasil consiste em uma grande oportunidade para substituição de fontes mais poluentes, como o carvão. Portanto, a tendência é que o Brasil siga, também, por trajetórias energéticas mais sustentáveis. REFERÊNCIAS ACENDE, Instituto Acende Brasil. Impactos da covid-19 sobre o setor elétrico e medidas para mitigar seus efeitos. ALMEIDA, Edimar. A crise da COVID-19 e o setor de energia no Brasil. abr. Disponível em: https://petroleohoje. editorabrasilenergia. BRASIL. Decreto Nº 10. de 18 de maio de 2020. Dispõe sobre a criação da Conta destinada ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 e regulamenta a Medida Provisória nº 950, de 8 de abril de 2020, e dá outras providências.

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