APONTAMENTOS POLÍTICO PEDAGÓGICOS

Tipo de documento:Estudo de Caso

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

O estudo é feito através de uma análise das práticas e metodologias, além de contar com a experiência pessoal dos autores, uma vez que estes acreditam que o estágio traz forte significação para a formação de novos professores e contribui para a melhora na qualidade da educação, sendo esta responsável por mudar o mundo. Para os autores, os estudantes de licenciatura têm, através do estágio curricular obrigatório, a oportunidade de vivenciar, interagir, observar e intervir no campo real de trabalho, através da sua aprendizagem no campo escolar, é através deste estágio que o profissional tem o seu primeiro contato com a profissão que exercerá, tendo a oportunidade de observar e criar intervenção em seu real campo de trabalho.

Em se tratando do estágio curricular obrigatório do curso de pedagogia, observa-se que os estudantes têm a oportunidade de vivenciar uma experiência completa no seu campo de trabalho, pois estes têm contato, em diferentes estágios, com a área de gestão escolar, onde observa e cria um projeto de intervenção; com a educação infantil, onde também apresenta suas contribuições ao final do período de observação e também tem contato com os anos iniciais do ensino fundamental. Isso faz que com que os estudantes de licenciatura em pedagogia consigam ter uma visão completa da sua área de trabalho, observando em qual segmento ele melhor se enquadra. Além disso, os autores acrescentam que o estagiário precisa entender os princípios norteadores de sua prática profissional.

Esse fator cria um dilema no estágio em ciências sociais, pois não é possível promover a produção do conhecimento por meio de uma metodologia limitada. Para os autores do artigo, quando o estágio está presente no currículo, mas é tratado sem a devida importância ocorre o pensamento equivocado de que o estágio é apenas algo que está subordinado ao curso principal, principalmente em se tratando dos cursos de bacharelado. No entanto, é necessário compreender a amplitude do estágio, uma vez que este não é somente uma prática de campo, muito pelo contrário, o estágio é considerado um exercício que reorienta a maneira de conhecer a própria realidade, aí sim é possível dizer que a subordinação deste não é fruto do acaso ou um elemento aleatório, pois este diz respeito aos jogos de poder, que são de grande importância para manter ou transformar a realidade.

O estágio curricular obrigatório em ciências sociais possui como objetivos, de acordo com os autores, “oportunizar ao estudante experiências de educação no ensino médio”, e isso ocorrerá por meio da aplicação dos conhecimentos, além do desenvolvimento das habilidades fundamentais para a prática da educação e da profissão, sem esquecer da formação ética do professor, uma vez que este deve seguir alguns pressupostos éticos básicos para embasar sua atuação. Diferentemente do curso de pedagogia, o estudante de ciências sociais inicia seu estágio no sexto período de curso e tem uma carga horária de estágio bastante ampla, onde inicia sua observação em uma escola pública de ensino médio, atuando em menor proporção em instituições privadas.

No campo das ciências sociais é difícil relacionar os professores pesquisadores (professores universitários) e de professores (de ensino básico), uma vez que dificilmente os pesquisadores sociais se consideram professores, enquanto a outra parte é professor de sociologia do ensino médio. O que mostra que o ensino e o estudo das ciências sociais se difere muito das outras disciplinas, ainda que sejam do campo humanitário, também. No artigo também é demonstrado que outras disciplinas do campo das humanidades fazem uso dos conceitos e estudos realizados pelos pesquisadores das ciências sociais, uma vez que é possível perceber isso na transição da geografia física para a geografia humana, pois isso só se tornou realidade através dos resultados das pesquisas dos pesquisadores sociais, que contribuíram para a efetivação de conceitos e metodologias que tornaram o ensino das ciências sociais efetivo para o ensino médio e permite a incorporação por outras áreas do saber.

O autor deixa claro sua estranheza com relação ao fato de que a presença das ciências sociais na cultura brasileira, como parte formadora da cultura e das mudanças existentes nela, não traz a necessidade de os cientistas sociais e professores da área de conquistarem o seu próprio espaço no ensino médio e criarem um canal próprio de comunicação e interação entre os profissionais do meio. E acrescenta: Mais estranho ainda é que as ciências sociais dominaram o discurso econômico e político dos anos de 1950 e 1960, como suporte teórico e ideológico do nacional desenvolvimento; dos anos 1970, como referência crítica ao modelo econômico e ao autoritarismo oficiais; dos anos 1980 e 1990, como construção de alternativas econômicas e políticas; durante os últimos 50 anos, como base teórica de todo o debate sobre democratização do ensino, da crítica aos meios de comunicação de massa; e têm sido fonte de organização e ao mesmo tempo caixa de ressonância da voz das minorias – mulheres, negros, índios =, senão do próprio povo – a grande maioria formada pelas minorias.

C. ARAÚJO, A. L. SANTOS, P. C. jul. dez, 2007.

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