Artesanato e arteterapia

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Palavras-chave: Arteterapia, Conceituação, Aplicabilidade. ABSTRACT To analyze the use of handicrafts and their techniques in the treatment and accompaniment of art therapy according to gestaltica (which is the emphasis in the here and now), and to differentiate concepts from: art; crafts; artist; and artisan, to establish a relation of the use of handicrafts in art therapy, would be the proposal of this article. From this study we propose a greater reflection on the society in which we live. Gestalt theory shows us that the use of craft can be a powerful ally in the prevention and treatment of mental illnesses and / or debilitating dissociative behaviors of individuals in a society. Keywords: Art Therapy, Conceptualization, Applicability. Na tentativa de estruturar cognitivamente essas teorias, partimos da definição dos conceitos; passando por uma breve história; citando notáveis psicólogos; analisamos os desafios mentais; e a reflexão de aceitar as diferenças; propondo assim uma nova maneira de atuar com esse tema em nosso dia a dia.

A reflexão é de como artesanato e arteterapia, pode nos auxiliar a conviver melhor, primeiro com nós mesmos, e consequentemente com os outros. A arte liberta! 1. DEFININDO CONCEITOS Artesanato e arteterapia , têm muito em comum. Tanto o Artesão como o Arteterapeuta, buscam uma expressão autentica de suas habilidades e há varios tipos de manifestação dessas artes, além de seus efeitos terapeuticos serem profundamente desejáveis. Este tipo de indicações provêm uma base forte à organização em vários níveis especialmente quando as diversas estruturas sugerem significados contrastantes. Artistas são protagonistas das coisas belas da vida. Arteterapeutas despertam o que está adormecido nas pessoas tornando-as mais belas. Os símbolos, são representações de significado através de imagens, cenas, movimentos, etc, que também são válidos para outras denotações especificas.

Há varias categorias de símbolos e elas diferem tanto no estimulo que serve para expressar o significado, quanto com relação ao modo pelo qual esses estímulos se associam ao significado representado. No entanto, por que uma imagem pode ser mais expressiva do que uma mensagem logicamente formulada? Possivelmente por que as relações entre uma imagem e seu conteúdo simbólico não são tão definidos, assim. uma imagem deixa margens mais amplas para a elaboração subjetiva do que a expressão verbal, e possívelmente também por que uma imagem toca amplos reservatórios de conteúdos pré-lógicos, primitivos ou pessoais, vivenciados e imaginados, que nunca foram muito processados em linguagem formal. A ARTETERAPIA A Arteterapia, vem auxiliando muitos profissionais das áreas da saúde e da educação nas tarefas de compreensão e elaboração de alguns conteúdos emocionais presentes em todas as etapas da vida, oferecendo subsídios para a construção do diálogo entre duas formas de conhecimento – Arte e Ciência – requer como prática, por seus pressupostos teóricos, passar pelo crivo de uma reflexão mais substantiva e de uma investigação voltada para a confirmação, ou não, de seu lugar e do papel que desempenha no processo de re-significação da vida.

Segundo Selma Ciornai (2004), “a criatividade e as atividades artísticas podem ser facilitadores e catalisadores do processo de resgate da qualidade de vida”. De acordo com o “Family Guide to Alternative Medicine” (Dicionário de Medicina Natural), a Arteterapia atende a qualquer pessoa que tenha problemas emocionais ou psicológicos; ou queira saber mais sobre si própria, especialmente se acha difícil exprimir-se por palavras. Com isso, a Arte passou a ser utilizada como instrumento de expressão cooperadora e transformadora na edificação de seres mais inventivos, criadores, fortes e saudáveis. Desde o século 5 a. C. há registros na Grécia de emprego da Arte, como um meio de tratamento e cura. Para os gregos, as artes como música, poesia, teatro, escultura eram tidas como verdadeiros remédios para a alma tanto do artista quanto do espectador.

Em 1969 a Arteterapia surge como profissão, época da fundação da ‘American Art Terapy Association’. No Brasil dos anos 20, Osório César, casado com Tarsila do Amaral, desenvolve importantes estudos sobre a arte dos internos do Hospital Psiquiátrico do Juquery, em SP, tendo realizado inúmeras exposições dos trabalhos artísticos deles e se destacando como o pioneiro na análise de sua expressão psicopatológica. Dando um salto no tempo, após a Ditadura Militar, no ano de 1985, precisamente, com a reconquista da liberdade de expressão e criação, houve um desenvolvimento significativo das chamadas “Terapias Expressivas” e nas trilhas da abertura, brotaram as primeiras sementes da Arteterapia. Os primeiros núcleos de trabalho se concentraram no Rio de Janeiro e São Paulo, surgindo também núcleos em Goiás e Minas Gerais.

Observa-se, mais recentemente, de Norte a Sul do país, uma ampla expansão dessa prática terapêutica. “Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida” (Carl Gustav Jung vida e obra) A doença mental sempre existiu desde primórdios da humanidade. O diagnóstico e tratamento dessa doença é que sempre foi muito cruel. a consideração de arteterapia e a valorização de artistas na sociedade, é que acende uma luz no fim do túnel. “A arte como ferramenta terapêutica, no Brasil, ainda é vista com reservas. Contudo, na abordagem psicanalítica de Carl Gustav Jung, ela sempre esteve presente entre as estratégias terapêuticas utilizadas.

Parte-se da premissa que os indivíduos, em seu processo de autoconhecimento e transformação, são orientados por símbolos. Estes emanam do Self ; saúde, equilíbrio e harmonia, representando o pleno potencial da psique e a sua essência”. PHILLIPPINI, 1994). Os artistas e a arte podem ensinar muito, uma vez que a expressão das idéias e das emoções é essencial na vida de qualquer pessoa. Através da Arteterapia, num tratamento de saúde, o sujeito passa a ser agente ativo e não mero expectador, passivo e submisso. A arte é o meio, e a arteterapia a forma, o artista é o mestre o arteterapeuta o discipulo, e todos se unem na Missão de fazer um Ser Humano melhor. DESAFIOS MENTAIS “É comum a confusão entre Arte como Terapia e Arteterapia e até Arte Educação.

Alguns professores de Artes, muitas pessoas leigas, outras que produzem algum tipo de Arte ou Artesanato, muitas vezes se intitulam, de forma equivocada, “Arteterapeutas”. com. br). Para tornar-se um arteterapeuta é imprescindível estudar, por muitos anos, técnicas diversas de terapias, Psicologia e Neurologia, pois, caso contrário, o máximo que se consegue é aplicar, de forma precária, Arte como Terapia. É de fundamental que o arteterapeuta tenha conhecimento sobre elementos de psicopatologia e sua terapia, para que possa perceber dinâmicas patológicas nos pacientes. Devem também se submeter a um processo de terapia individual. Por isso, é muito importante que o setting terapêutico seja munido de instrumentos indispensáveis, à viabilização desse processo, uma vez que o símbolo contém por meio da linguagem metafórica, o sentido de todos os enigmas psíquicos.

” (PHILLIPPINIi, 2000). Penetrar nos recônditos da mente, e de lá extrair o material necessário ao início de seu processo de cura, é a tarefa do terapeuta, que faz uso da arteterapia. Deixar vir a tona, seus mais ínfimos desejos e medos para começar a se definir, à luz da arte é o papel do artista, que faz de seu trabalho artístico, sua ferramenta de expurgação de seus males. ACEITANDO AS DIFERENÇAS “Enquanto para a Medicina o inconsciente é a ausência de consciência, Freud deu a ele a primeira definição psicológica, comparando-o a um iceberg que mantém dois terços de seu volume abaixo do nível do mar, onde esta parte escondida corresponde ao inconsciente que é, um conjunto de processos dinâmicos, constituído por desejos recalcados e pela libido, podendo ser conhecido somente através da linguagem simbólica, que necessita ser analisada e interpretada.

A saudável diferenciação de elementos diferentes, atuando num mesmo propósito. Em “A Arteterapia e o Inconsciente” a psiquiatra brasileira Dra. Nise da Silveira, considerava o inconsciente como um imenso oceano, onde por vezes as imagens emergiam. Dizia aprender mais com a literatura, do que com a psiquiatria e/ou os livros de psicologia: “um conto de Machado de Assis, Missa do Galo, exprime com mais clareza e sutileza as coisas do que um psiquiatra”. Comparando Jung com Freud, afirmava ainda que “ao contrário da psicologia de Freud, a psicologia junguiana reconhece na imagem grande importância, bem como nas fantasias e nos delírios. Em contrapartida, o reconhecimento de seu valor como intervenção, segue ainda um ritmo mais lento, tanto na prática de diagnóstico e tratamento, como no que se refere à utilização de seus recursos nas áreas de aprendizagem e desenvolvimento pessoal.

“Apesar dos intensos esforços dos profissionais que a exercem, e das diversas pesquisas desenvolvidas, ainda se encontra em um estágio de especialização profissional. É bem possível que esta circunstância acerca de sua aceitação tenha seu fundamento, por um lado, na origem de sua aplicação no nosso país, e por outro, pelas próprias metodologias seguidas, nascidas da prática e da improvisação, as quais também apontam ao aspecto original da mesma” (URRUTIGARAY, 2001). Nise da Silveira inicialmente se valeu das técnicas da Terapia Ocupacional, num segundo momento ela direciona seu campo de conhecimento e ação para a Arte, apesar de não gostar muito do termo, pois temia designação de artista para o executor, uma vez que ela valorizava o processo criativo e não o seu resultado, a obra final – intimamente ligada à parte estética.

A atuação de Nise da Silveira, sua notoriedade, a relevância de sua determinação para o desenvolvimento da Arteterapia no Brasil não é algo a ser discutido. Enquanto o Homem viver em uma Ilha, dentro de si mesmo, sem conseguir se conectar com os outros elementos da Ilha maior em que vivemos, seremos cada vez mais infelizes. O artesanato é fonte de prazer e aceitação que interliga um ser humano a outro, e a forma de nos utilizarmos dessa arte, faz toda a diferença em nosso processo de amadurecimento. Através da arte podemos nos libertar de velhos padrões de comportamento que são nocivos a nossa própria integridade e a de outros. Vivamos em função da liberdade de expressão que transforma o mundo interior e pode em algum momento transformar a realidade exterior.

Popomos um reflexão de como artesanato e arteterapia, pode nos auxiliar a conviver melhor, auxiliando-nos a enfrentar os problemas atuais e cotidianos, os cidadãos ditos comuns ou normais, podem se utilizar do artesanato para isso e os ditos especiais ou portadores de doenças, podem se revelar melhores com a arteterapia. L Dicionário de Símbolos. ª ed. Rio de Janeiro, José Olímpio, 2003; CIORNAI, S. org. Percursos em arteterapia: Arteterapia Gestáltica, Arte em Psicoterapia, Supervisão em arteterapia. JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2002. Psicopedagogia e Arteterapia. Teoria e prática na aplicação em clínicas e escolas. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. PAÁL, Gábor. out. SANTOS, Paula Fernada F. A. Arte e saúde mental: caminhos paralelos.

Revista IGT na Rede, v. Rio de Janeiro: Wak, 2006. WINTER, Uli. Pontes do saber. Mente & Cérebro, São Paulo, ed. especial, nº17, p.

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