Artigo - Cobertura Fotojornalística de Evandro Teixeira

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Economia

Documento 1

Brasil. Realidade ABSTRACT Evandro Teixeira was important photojournalist in Brazil, with the objective of recording the country's reality in a critical and challenging way, his work stands out mainly for the images that portray student demonstrations, workers' strikes and popular protests against the military regime, which intensified in 1968, among its main photographs are the iconic image "O Beijo", which shows a young couple kissing during the invasion of the Military Police at the University of Brasília, and the photo of the death of student Edson Luís, in 1968, murdered by the police demonstrating in the city of Rio de Janeiro. Keywords: Evandro Teixeira. Photojournalism. Brazilian. DITADURA MILITAR BRASILEIRA O golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil teve início em 1964, com a deposição do presidente João Goulart, o regime militar foi comandado inicialmente por um grupo de generais, que governaram o país de forma autoritária e repressiva, nesse período, houve a suspensão das garantias constitucionais, o fechamento do Congresso Nacional, a censura à imprensa e a perseguição política e econômica a opositores do regime, os anos de chumbo, como ficaram conhecidos, foram marcados por uma política de violência contra aqueles que se opunham à ditadura.

Foram criados órgãos de repressão política, como o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), que tinham como função perseguir, prender e torturar pessoas que eram consideradas inimigas do regime. Figura 1 – Ditadura Militar Fonte: Evandro Teixeira A ditadura também implantou uma política econômica baseada no chamado "milagre econômico", que consistia em um modelo de desenvolvimento capitalista que priorizava a modernização do país e o crescimento econômico acelerado. No entanto, esse modelo gerou exclusão social, concentração de renda e desigualdade, resultando em uma série de crises sociais e econômicas, o fim da ditadura veio em 1985, com a eleição de Tancredo Neves para a presidência da República, muitos dos perseguidos e torturados durante a ditadura ainda lutam por justiça e reparação, enquanto o país enfrenta desafios constantes para consolidar a democracia e garantir os direitos humanos, a Ditadura Militar Brasileira foi um períodos bastante conturbado na história do Brasil, que se estendeu de 1964 a 1985, este regime, que se iniciou com o golpe militar de 31 de março de 1964, foi caracterizado por uma forte repressão política e desrespeito aos direitos humanos, com o uso de estratégias como perseguição de opositores, torturas e assassinatos.

O governo militar, liderado pelo general Humberto de Alencar Castelo Branco, justificou a intervenção militar argumentando que os comunistas estavam ameaçando a democracia e a ordem nacional. Além disso, dirigiu os filmes "Evandro Teixeira - Instantâneos da Realidade" e "Abaixando a Máquina 2 - No Limite da Linha". Sua contribuição para a história do fotojornalismo no Brasil é inestimável e merece destaque, ele foi fundamental no campo da fotografia documental brasileira. Nesse contexto, diversos fotógrafos e veículos de imprensa atuavam clandestinamente para registrar e divulgar imagens que mostrassem a realidade da violência e da opressão imposta pelo regime militar, muitas dessas fotos foram fundamentais para conscientizar a sociedade brasileira e internacional sobre as atrocidades cometidas pelo Estado, um exemplo emblemático dessa atuação foi o trabalho do fotógrafo Evandro Teixeira, que registrou, entre outras coisas, a violência policial durante manifestações estudantis, as torturas em presídios e as prisões arbitrárias, suas fotos foram publicadas em jornais alternativos e em revistas estrangeiras, como a francesa "Paris Match", e contribuíram para a denúncia das violações dos direitos humanos pelo governo militar.

No entanto, a fotografia jornalística não era apenas um instrumento de denúncia e resistência, mas também de propaganda do regime, o governo militar controlava a imprensa e censurava conteúdos que fossem considerados contrários aos seus interesses e narrativas, assim, a fotografia oficial, veiculada pelos órgãos de comunicação alinhados ao governo, retratava o regime como uma força modernizadora e progressista, em contraste com o que se apresentava como ameaças internas e externas, um exemplo disso pode ser visto nas fotografias utilizadas pelo regime militar para promover a inauguração da ponte Rio-Niterói em 1974, as imagens exportavam uma imagem de modernidade e grandiosidade, projetando o Brasil como um país de potencialidades e sucesso. A fotografia jornalística teve um papel vital durante o regime militar, seja como instrumento de resistência e denúncia das arbitrariedades cometidas pelo governo, seja como propaganda oficial do regime, é importante lembrar que, embora tenha havido uma série de restrições à liberdade de imprensa e expressão, a resistência da sociedade civil e dos profissionais da fotografia jornalística foi fundamental para garantir a preservação da memória e a luta pela democracia.

Portanto, é importante entender como a censura afeta a qualidade do jornalismo e a diversidade de vozes, a fim de propor soluções eficazes para garantir a liberdade de imprensa e combater a desinformação na sociedade, a hipótese de que a censura, seja governamental ou corporativa, prejudica a qualidade e a imparcialidade do jornalismo e limita a diversidade de vozes e opiniões na sociedade, pode ser explorada a partir de diferentes perspectivas e impactos. Em primeiro lugar, a censura governamental afeta negativamente a qualidade e a imparcialidade do jornalismo ao controlar e restringir a liberdade de expressão e de imprensa. Isso ocorre por meio de leis, regulamentações e, em alguns casos, por intimidação e perseguição a jornalistas e veículos de comunicação, essa interferência direta ou indireta na prática jornalística impede a cobertura de temas relevantes, sensíveis ou controversos, prejudicando a imparcialidade e a diversidade das informações disponíveis ao público, a censura corporativa ocorre quando empresas ou proprietários de meios de comunicação controlam o fluxo de informações de acordo com seus interesses comerciais ou políticos, isso pode resultar em uma cobertura jornalística tendenciosa e parcial, favorecendo determinados pontos de vista em detrimento de outros.

A censura corporativa também pode levar à autocensura, na qual jornalistas evitam abordar temas que possam prejudicar os interesses dos proprietários dos meios de comunicação ou das corporações. Dessa forma, a diversidade de vozes e opiniões na sociedade fica comprometida, prejudicando a qualidade e a imparcialidade do jornalismo, além disso, a censura pode limitar o acesso a informações importantes e impedir que o público tome decisões informadas. Além disso, a economia do país também foi afetada, medidas autoritárias foram tomadas para controlar os preços e a inflação, o que gerou uma crise no setor industrial e agrícola, afetando diretamente a vida da população brasileira. A própria educação não escapou do controle do regime, a doutrinação ideológica, a repressão e a limitação da liberdade de cátedra foram algumas das formas utilizadas para controlar o pensamento crítico e a formação dos estudantes.

a ditadura militar brasileira deixou graves sequelas na sociedade, políticas, econômicas e culturais, que afetaram profundamente a vida do povo brasileiro e que ainda hoje influenciam a realidade do país, é importante que as gerações futuras conheçam esses fatos para que possam lutar por uma sociedade livre e democrática. A ditadura representou uma ruptura na vida social e política brasileira, que perdura até os dias de hoje, o período foi marcado pelo autoritarismo, corrupção, violações aos direitos humanos, intolerância e opressão às liberdades individuais, a mídia e os jornalistas foram importantes agentes em lutar contra a repressão, mesmo que tenham sido atingidos por ela, por outro lado infelizmente, os cidadãos foram limitados em sua liberdade de expressão e de escolha, delimitando a forma do próprio exercício democrático.

A censura e o controle da informação foram ferramentas usadas pelo regime para manter o poder e manipular a opinião pública, causando danos irreparáveis à cultura e à educação brasileira, ainda hoje, a influência da ditadura é sentida na nossa sociedade, no racismo estrutural, na desigualdade socioeconômica, na violência policial e na falta de representatividade política, é importante lembrarmos desse período sombrio da nossa história para que possamos garantir que nunca mais aconteça e para que possamos construir uma sociedade mais justa e democrática. CONCLUSÃO O artigo aborda os desafios enfrentados pelo jornalismo e a censura no século XX, ressaltando que esses desafios são agravados pelo cenário global em constante evolução, com a influência significativa da tecnologia e das mídias sociais na disseminação de informações, a censura é discutida em suas diversas formas, como a censura governamental, autocensura e censura corporativa, todas as quais podem afetar negativamente a liberdade de imprensa e a qualidade do jornalismo, foi destacado a importância de compreender o impacto da cobertura foto jornalística de Evandro Teixeira na sociedade brasileira, buscando entender o contexto histórico e social em que suas imagens foram produzidas, a pesquisa proposta visa discutir a contribuição de Teixeira para o desenvolvimento do fotojornalismo como meio de registro e crítica social no Brasil, analisando como a censura afetou a liberdade de imprensa e a qualidade do jornalismo durante a Ditadura Militar.

REFERÊNCIAS DA SILVA ÁVILA, Janayna. Fotojornalismo no Brasil em 1968: a ditadura e o povo no olhar de Evandro Teixeira. Discursos Fotograficos, v. n. pt/Legislacao/Documents/constpt2005. pdf https://cfc. org. br/noticias/eleicoes-crcs-2021-prepare-se-para-votar/ https://ims. com. p. DA SILVA, Francisco Carlos Teixeira. EVANDRO TEIXEIRA: O OLHO DA RESISTÊNCIA. Boletim do Tempo Presente-ISSN, v. p. A imprensa brasileira, o golpe civil- militar de 1964 e a Comissão Nacional da Verdade. Intexto, p.

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