As ações da psicologia nas políticas de saúde

Dina Czeresnia em seu texto “O conceito de saúde e a diferença entre Prevenção e Promoção” apresenta a ideia de que de certa forma esta atitude refletia a má fundamentação científica sobre o conceito de saúde, baseando-se apenas as partes técnicas desta construção, se transformando em algo distante a subjetividade do corpo humano. Neste cenário fica claro a importância da reformulação dentro das esferas de cuidado técnico com processos de saúde e doença, para abrigar uma noção mais ampliada sobre saúde, doença e adoecimento, só assim é possível alcançar então avançar na promoção de saúde e intervenção, já que se tratam de coisas distintas. Diferenciar estas definições de maneira adequada resultaria na criação de maneiras eficientes de aplicar suas diretrizes na saúde.

Sícoli e Nascimento (2003) também discutem que isso expressa a necessidade da interdisciplinaridade e o chamado da participação da psicologia com a ajuda na compreensão do indivíduo como um ser biopsicossocial. “Qualidade de vida e saúde: um debate necessário” é um outro texto dos autores Buss, Minayo e Hartz que aborda a relação da saúde e a qualidade de vida, explorando as representações sociais que se tem a respeito do conceito, com a proposta de discutir o quando na área da saúde há a tendência de limitar o tema ao campo biomédico. A Luta antimanicomial, um braço da luta por políticas públicas na saúde, ao lado do sus, portanto, é uma ação coletiva e por isso mesmo, diversa: seus atores diferem em segmentos e em interesses, porém, se unem na solidariedade e ruptura dos limites de compatibilidade do sistema de saúde mental nacional na busca de mudanças significativas dentro das dimensões trazidas inicialmente epistemológica, técnico-assistencial, político-jurídica e sociocultural.

Outra análise que podemos fazer nessa temática é a respeito da organização da RAPS, que é uma ampliação do acesso e atenção em saúde mental no contexto do SUS; a partir de um estudo transversal que tem como base de dados plataformas CNES, DataSUS e Coordenação Nacional de Saúde Mental desde aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira (Lei nº 10. Grande parte dos municípios que possuem três pontos de atenção simultâneos funciona em localidades com médio desenvolvimento socioeconômico e média/alta oferta de serviços. As autoridades precisam ficar atentas as regiões que tem menor número índice de cobertura para sanar esses vazios, visto que essas localidades desassistidas são de baixo índice de desenvolvimento socioeconômico.

Ao estudar e compreender as bases teóricas da atuação da psicologia vemos projetos bem escritos, mas mal executados. CASTELLANOS, LOYOLA, IRIART. Ciências Sociais em Saúde. PAIM, J. ALMEIDA-FILHO, N. O. n 1, pp 155-170. SÍCOLI, Juliana Lordello e NASCIMENTO, Paulo Roberto do, Promoção de saúde: concepções, princípios e operacionalização, Comunic, Saúde, Educação, 2003, v. n 12, p.