AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA ESCOLA

O Brasil sendo um país que possui uma forte miscigenação, ou seja, culturas diferentes em um mesmo espaço necessita com urgência da alteração dos valores a cerca desta população, valores estes, que são espelhos do contexto colonial. Os conceitos adquiridos neste período foram no decorrer dos séculos mantidos e, muitas vezes nutridos de estereótipos negativos. A escola é espaço para a propagação destas ideias, sendo assim, é preciso que neste mesmo ambiente sejam trabalhados tais conceitos para a transformação da mentalidade social. Objetivos • Analisar a situação do negro no Brasil; • Refletir sobre as condições de vida da população negra; • Propor formas de melhoria para estas condições; • Incentivar a escola e o professor a trabalharem questões étnico-raciais; • Eliminar os estereótipos e preconceitos raciais.

Desenvolvimento As Relações Étnico-Raciais na Escola Em decorrência de três elementos culturais - o índio, o africano e o português - no período da colonização brasileira, atualmente temos como resultado a miscigenação, ou seja, uma mistura entre etnias diferentes. O Crime Racial é amparado pela Lei nº 7. de 05 de janeiro de 1989, sendo o racismo considerado um crime inafiançável. Entretanto, podemos perceber através dos dados citados anteriormente, que a lei não é tão eficaz quanto deveria. Uma possível solução para reduzir as desigualdades étnico-raciais é o tratamento dela em ambiente escolar. A Lei nº 10. A escola deve pregar, sobretudo, o respeito às diferenças étnicas trabalhando sob uma perspectiva que remeta ao aluno tal importância. O debate, a valorização do conteúdo e o conhecimento a cerca das manifestações culturais, são fatores que influenciam neste ensino.

O uso de projetos, vídeos, músicas e leituras de livros neste âmbito, contribuem fortemente para a propagação do conhecimento. O papel do professor é fundamental no processo para tratar as relações étnico-raciais na escola, sendo de suma importância que o mesmo seja livre de preconceitos, esteja disposto a cumprir suas designações e saiba ponderar os conteúdos e diálogos. O antropólogo e professor Kabengele Munanga reforça esta concepção, afirmando: Cabe ao professor selecionar e retirar do projeto pedagógico em desenvolvimento na escola aqueles objetivos que digam respeito à cidadania e à democracia e permitam ao aluno um trabalho continuado contra o racismo, o preconceito e a discriminação. CERQUEIRA, Daniel et al. Homicídios de Negros. In: CERQUEIRA, Daniel et al.  Atlas da Violência 2017.

Rio de Janeiro: IPEA e FBSP, 2017. Disponível em: <https://www. cartacapital. com. br/sociedade/seis-estatisticas-que-mostram-o-abismo-racial-no-brasil>. Acesso em: 14 maio 2018.  Lei Nº 7. de 5 de Janeiro de 1989. Disponível em: <http://www. planalto. gov. S. Branqueamento e Branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray & BENTO, Maria A. S. orgs. VERGULINO, Ana Rosa; SILVA, Cleiton Sobral; SILVA, Débora Regina Machado.  Relações Étnico-Raciais no Espaço Escolar. Santa Maria - RS: Revista Interação, 2013. p. v.