ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Química

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços) RESUMO - Segundo todas as leis brasileiras e os marcos legais que existem voltados para a educação, o professor deve estar apto a preparar seu aluno para ser crítico e contribuir o mundo de várias maneiras. Isso deve acontecer através das diversas disciplinas que estão no mundo, como, por exemplo a química, que vem para atuar no processo de formação e contribuir para o desenvolvimento intelectual do estudante. Para que isso aconteça de maneira eficaz devemos pensar numa sociedade inclusiva e que tenha respeito pela diversidade, pois no ambiente escolar não deve existir exclusão de ninguém. Dessa forma, para que isso aconteça deve existir um processo contínuo de aperfeiçoamento e desenvolvimento de atividades e maneiras diferenciadas de ensinar, assim esse artigo tem como objetivo geral a realização de uma reflexão sobre atividades lúdicas que são utilizadas no ensino de química voltada para inclusão dos deficientes físicos.

Para que possamos atingir esse objetivo, foi utilizado de um levantamento bibliográfico sobre a temática, em livros, artigos científicos e sites para que possa obter um maior embasamento teórico. O Plano Nacional de Educação apresenta a educação especial na perspectiva da Educação Inclusiva, para estudantes que apresentarem deficiência física, visual, intelectual e múltipla, transtornos como TGD, até altas habilidades (BRASIL, 1994). Os discentes cegos já fazem parte das escolas regulares de ensino, entretanto muitas vezes são apresentadas dificuldades no seu processo de aquisição do conhecimento, pelo fato de que a maioria das vezes os alunos que apresentam a deficiência da cegueira somente podem reproduzir o que irá ser apresentado pelo professor e colegas. Eles também são raramente apresentados ao braile ou algum material que seja alternativo para diminuir a sua dificuldade.

Outro fator que atrapalha um aluno cego é quando pensamos em matérias como, por exemplo a Química, onde a mesma existe uma necessidade da visualização de imagens (PLAMER; MENDES; et al. Visualizar a natureza, explorar as suas potências, analisar o universo, investigar todo o mundo natural e descobrir as leis e as teorias sempre foram fatores que influenciaram de forma direta e indireta ao curso da história. DESENVOLVIMENTO Essa pesquisa apresenta detalhes de uma pesquisa qualitativa, com um caráter exploratório e técnico, feito através de uma Revisão bibliográfica de Artigos e Publicações sobre as metodologias e atividades lúdicas utilizadas no ensino de química para alunos com deficiência. Esse tipo de metodologia de ensino, apresenta uma maior familiaridade com o tema abordado pelo fato de que a mesma apresenta a utilização de materiais que já estão feitos e principalmente livros e artigos científicos de renome (GIL, 2008).

De acordo com Marconi e Lakatos (1992), um levantamento bibliográfico é uma maneira de realizar uma revisão de toda a bibliografia que já foi postada, com o enfogue em relacionar com que o sujeito já está a procura na sua pesquisa, mostrando assim um contato direto com todo o material necessário para desenvolver a mesma. Assim, esse artigo foi feito mediante um levantamento de produções científicas nacionais que apresentavam importância para contexto educacional que está sendo apresentado no projeto. Dessa maneira, utilizou-se da metapesquisa nacional para esse levantamento, através de banco de dados como o SciELO (Scientific Eletronic Library Online – Portal Regional), Google Acadêmico, além de livros de autores já renomados na área mediante. A utilização da metodologia oral, foi um fracasso fazendo com que fosse mudado o foco para a educação bimodal, onde se tinha uma proposta de português sinalizado que seria o uso simultâneo de sinais e fala, com base nos princípios defendidos por Salamanca, na Espanha em 94, que apresentava que todos que tinham alguma necessidade, educacionais especiais deveriam estar e ter acesso à escola regular, dessa forma, estando dentro de uma pedagogia centrada na criança e que tinha o objetivo de satisfazer as suas necessidades (UNESCO, 1994).

Dessa maneira, os surdos são inseridos no processo educativo formal, que é adotado pelo Brasil nos princípios de 96, onde ocorreu a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN -n 9394) no art. afirmando assim que seja prioridade a Educação Especial, evidenciando a sua defesa ao atendimento das pessoas com deficiência (BRASIL, 1996). Já no Canadá em 2001, houve a formalização da Declaração Internacional de Montreal sobre a Inclusão e atribuindo aos EUA a necessidade de um ambiente acessível e inclusivo (ONU, 2001). Já no Brasil em conjunto, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e a Câmara de Educação Básica (CEB) criaram a Resolução nº 2, que institui as Diretrizes Nacionais para Educação Especial Básica, as Diretrizes têm o objetivo o atendimento aos alunos com deficiências em todas as etapas e modalidades de ensino, além de um Atendimento Educacional Especializado (AEE), caso haja necessidade.

De acordo com Mól, Raposo e Pires (2011), o conceito de deficiência visual é compreendido em dois grupos distintos: Cegueira e baixa visão. Segundo Raposo e Carvalho (2010), no Brasil, cerca de 1,0 a 1,5% das pessoas com deficiência tem deficiência visual, isso é aproximadamente 1,7 milhões de pessoas, com mais ou menos 80% com baixa visão e 20% cegas. Essa deficiência é uma situação irreversível da diminuição da resposta visual através de situação irreversível de diminuição da resposta visual, em ensejo de causas congênitas ou hereditárias. Essa resposta visual pode ser classificada em quatro tipos como leve, moderada, severa, profunda e ausência total (BRASIL, 2000). De acordo com Vygotsky (1997), o desenvolvimento humano é orientado pelas leis da diversidade. Entretanto, a opção de inclusão educacional que é feita pelo Brasil, somente pela lei, não garante realmente o acesso de forma efetiva às possibilidades que podem ser geradas a partir de uma educação que seja de qualidade (SILVA, 2014).

Essas famílias encontram dificuldades adicionais para que exista um acesso e uma permanências nas escolas, o que acaba acarretando, de modo significativo, na redução de possibilidades de se ingressar num ensino superior (MÓL; RAPOSO; PIRES, 2011). Por causa, dessas dificuldades que são encontradas no período acadêmico pelos alunos com deficiência visual, existe a necessidade de adaptações de acesso e alternativas metodológicas tais como, procedimentos didáticos, meios materiais e metodologias que sejam diferenciadas e alternativas. Para a pessoa com deficiência visual a utilização de diferentes recursos e meios que sejam desenvolvidos academicamente pode valer muito para o seu desenvolvimento tanto pessoal como profissional, de maneira independente de que ciclo de vida ou etapa de ensino esteja iniciando (RAPOSO; CARVALHO, 2010). Podemos perceber isso no pensamento das autoras: Para o aluno com deficiência visual não é diferente.

Faz-se necessário o acesso à formação em seus mais diferentes níveis, e que este seja feito de maneira relevante, contribuindo para que a relação ensino-aprendizagem fomente o pensamento crítico e a tomada de decisão (SILVA, 2014, p. As orientações que são feitas para o Ensino Médio pelo governo do Brasil, são da existência da grande importância das ciências Naturais, Matemática e suas tecnologias no acréscimo intelectual do aluno, pela sua busca dos conceitos e do significado. Nesses conceitos, temos a Química, que é um campo disciplinar que tem como características a interpretação da natureza e a procura das respostas através de instrumentos técnicos e de uma linguagem única (BRASIL, 2008). O Ensino de Química, tem o foco na formação de cidadãos críticos e conscientes, devendo assim fazer com que os estudantes tenham a compreensão de conhecimentos que possam lhe permitir interagir de forma consciente, com os produtos da tecnologia.

Além disso, esse ensino para que seja compreendido precisa que exista um entendimento sobre os símbolos e suas representações de materiais e suas transformações. Softov; Gomes e Rinaldi, (2017) realizaram um trabalho sobre as Estratégias para ensinar e aprender através do Lúdico para os alunos especiais. Nessas estratégias eles pensaram numa atividade lúdica para os deficientes visuais, pois na turma do primeiro ano tinha uma aluna que apresentava essa deficiência, dessa forma o assunto dado pela professora era ciclo da água, para que a aluna participasse de forma efetiva e obtivesse uma educação significativa foi apresentado para ela as formas da água em recipientes para que ela pudesse sentir e compreender. Os autores perceberam a importância dessas atividades para os alunos, os resultados foram muito bons e foi visto uma construção do conhecimento nos processos de ensino e aprendizagem.

Plamer, Mendes, et al. desenvolveu um jogo lúdico para ensinar funções inorgânicas as pessoas com deficiência visual. Só precisamos que os professores utilizem dessa metodologia e sejam presentes nas vivências dos seus alunos, fazendo sempre um ensino para todos. CONCLUSÃO Fica nítido a importância da utilização de atividades na sala de aula, tanto na disciplina de química como em qualquer outra matéria. Pois, os alunos precisam achar significado nos conteúdos que são ministrados nas aulas, e o contato com a temática que pode ser o uso de jogos, que vem para auxiliar nessa necessidade utilizando de algo diferente para ensinar. Foi possível perceber nas atividades, que não precisam saber muito do Braille para utilizá-las em sala de aula, e que existe uma necessidade da interação com o aluno que tem deficiência visual.

Quando o professor utiliza de uma metodologia diferente, ele está pensando na inclusão de todos os seus alunos nesse ensino. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial - Educação Especial um direito assegurado. Ministerio da Educação, Brasília, 1994. BRASIL. Lei 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponivel em: <http://portal. mec. gov. br/arquivos/pdf/L10172. pdf>. Regulamenta a Lei nº 10. de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e o Art 18 da Lei nº 10. de 19 de dexembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília , dez 2005. BRASIL. B. BUENO, S. T. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos e Educativos. São Paulo: Santos Livraria, 2003. A. LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho científico. ed. RAPOSO, P.

N. PIRES, R. M. Desenvolvimento de Estratégias para Ensino de Química e alunos com Deficiência Visual. C. O Alhar dos professores sobre adaptação curricular para alunos com deficiência intelectual: Uma Ação de formação continuada na escola. Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras - Unesp (Doutorado). Araraquara, p. ONU. PEREIRA , A. R. GUIMARÃES, S. A Educação Especial na formação de Professores: Um Estudo Sobre Cursos de Licenciatura em Pedagogia. Revista Brasileira de Educação Especial , Bauru, v. Adaptção de um Livro Didático de Química para alunos com dificiência Visual. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Brasília, v. p. PLAMER , B. L. Educar Mais, v.

n. RAPOSO, P. N. CARVALHO, E. C. D. S. R. NETO, W. L. O Estado da Arte sobre Estequiometria: Dificuldades de Aprendizagem e Estratégias de Ensino. IX Congresso Internacional Sobre Investigación En Didáctica de Las Ciencias , Girona, 9-12 Septiembre 2013. SHIMAZAKI, E. M. D. O. Proposta de um Jogo Didático para Ensino de Estequiometria que favorece a Inclusão de Alunos com Deficiência Visual. Dissertação para Título de Mestre em Ensino de CiÊncias - Área de Concentração "Ensino de Química" - Universidade de Brasília,. Brasília , p. A. GOMES, M. RINALDI, C. Estratégias para Ensinar e Aprender através do Lúdico: Conceitos de Ciências Naturais à Alunos Especiais. Congresso de Pesquisa em Educação - CONPEDUC, Rondonópolis, p.

mec. gov. br/seesp/arquivos/pdf/salamanca. pdf>. Acesso em: 26 agosto 2020.

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