Boston Childrens Hospital and Clinics

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Roberto e Anita Tucker, e foi publicado na Harvard Business School, em 31 de maio de 2005. O artigo apresenta o contexto do Children’s Hospital and Clinics, hospital inaugurado em 1994 a partir da fusão entre os hospitais Children’s Medical Center de Mineápolis e Children’s Hospital St. Paul. A autora desta resenha optou por apresentar o resumo do artigo estudado na mesma ordem daquela empregada no artigo original, que começa relatando um episódio de acidente médico para, então, apresentar o histórico de Julie Morath, diretora operacional do hospital Children’s Hospital and Clinics, retomando o incidente posteriormente para conclusão. o incidente que remete ao tema central do artigo analisado é sintetizado nos dois primeiros parágrafos. Ao ser convidada para assumir a posição de diretora operacional, Morath enxerga nisto a oportunidade de direcionar seus esforços para manter uma equipe alinhada com seus ideais, fundamentados nos princípios de segurança clínica.

Deste modo, a diretora formou uma equipe estratégica com importantes funcionários, altamente qualificados e engajados com suas propostas de atuação. Os treinamentos ministrados às equipes formadas pela nova diretora operacional foram balizados por três tarefas principais: apresentação de dados estatísticos acerca de erros médicos aos funcionários; determinação de grupos focais, concebidos para aprofundamento do tema na prática hospitalar; desenvolvimento de um plano de ações chamado programa de segurança do paciente. Nos feedbacks recebidos, a diretora pôde constatar que, a princípio, muitos funcionários relutavam em admitir que os erros médicos ocorriam no hospital. O mesmo ceticismo já tinha sido demonstrado, quando foram apresentadas as estatísticas de erros médicos no país. O terceiro componente do programa de segurança consistia nos seguintes expedientes: equipes de ação para segurança, que se reuniam mensalmente para debater questões de segurança relacionadas à medicação; diário de acertos, métodos para registro de informações de bons resultados, que pudessem orientar meios para evitamento de erros de medicação.

Não obstante o sucesso apresentado pelo programa de segurança, o Comitê de Direção de Segurança do Paciente confrontou Morath com quatro questões controversas sobre o programa, a saber: a divulgação e riscos jurídicos, em que eram questionados o grau de divulgação dado a pacientes e familiares, pois tratar abertamente sobre acidentes significava atrair problemas; a responsabilidade, uma vez que o encorajamento a prestação de informações anônimas acerca de erros atenuaria a capacidade de responsabilização por desempenho insatisfatório; mensuração de resultados, o comitê alegava dificuldade em obter dados concretos para estudos de viabilidade financeira do programa; liderança, pois devido à troca de Morath pelo Dr. Knox, a despeito de sua alta qualificação, o comitê temia pela descaracterização do programa e seu consequente insucesso.

O último tópico do artigo retoma o incidente da overdose sofrida por Mathew, a criança citada nesse contexto. Morath receberia os pais de Mathew cinco dias depois do acidente médico e, mesmo depois de todos os anos frente à administração do hospital e de sua brilhante atuação como diretora operacional, via-se com perguntas cujas respostas são difíceis de antecipar, acerca das circunstâncias pertinentes a uma situação tão delicada. Tentar revisar os métodos relacionados a este importante processo antes poderia ter sido uma atitude precipitada. As primeiras etapas do plano de segurança estavam relacionadas com a continuidade e padronização dos processos implantados anteriormente. A terceira e última etapa, denominada projeto de administração de medicamentos, apresenta uma interessante técnica de abordagem, por meio do seguinte questionamento: “quem seria contra ter um sistema de medicação para crianças que fosse 100% confiável?” A questão é pertinente, pois, conforme aponta estudo de Carvalho e Cassiani (2000), as quatro situações que mais levam a erros na administração de medicamentos são: erros no cumprimento dos procedimentos; falhas no sistema de distribuição; falhas de comunicação e imperícia ou falta de conhecimento.

A premissa de que as crises podem significar oportunidades é bem conhecida pelos gestores. Este caso exemplifica como uma gestão organizada, com processos bem estruturados e fundamentada em um cronograma coerente é importante para o sucesso do planejamento. Disponível em: http://www. revistas. usp. br/rmrp/article/view/7707. Acesso em 28 set. pdf. Acesso em: 28 out. SILVA, Lopita Dopico da. Segurança do paciente no contexto da terapia intensiva. In: SANTOS, Lia Cristina Galvão; DIAS, Ana Lucia Pazos (coordenadoras).

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