Bullying - influências

O mesmo poder serve de ferramenta para magoar os outros indivíduos. Pode-se afirmar que um aluno é vitima de bullying quando de uma forma repetida é sujeito a agressões físicas e verbais ou sendo excluído pelo grupo ou alguém. Estrela (2002) afirma que só há bullying quando há uma intenção deliberada de magoar alguém mais fraco e que não tem condições para se defender. Esta refere que este se manifesta pelas agressões verbais e físicas. Segundo Santos (2011) numa situação de “bullying” existem três papéis: as vítimas, que são,agressores, e as testemunhas. Segundo Farrington & Loeber, (cit. por Fonseca, 2000, p. “a pobreza e a pertença a classes sociais baixas constituem factores de risco de delinquência, (…) particularmente elevado nas zonas mais degradadas e desorganizadas das grandes cidades A violência é torna-se mais notável nos bairros e favelas pois estes refletem as dificuldade do meio, como a pobreza e o desemprego.

No entanto chamo atenção para que nem sempre este fenómeno acontece em todas as escolas O´Morre (1989) realizou um estudo em que é possível verificar a relação que existe entre o estatuto socioeconómico e o grau de bullying existente na escola. A postura contemporânea da sociedade face a violência é um fator que pode fomentar o evento de atitudes violentas. Refletindo sobre isto penso que a família é sem hesitação uma das estruturas sociais que, mais pode influenciar o sujeito, nomeadamente nas primeiras fases da vida, assim como durante todo o longo do processo de desenvolvimento. Social Media A educação das crianças, antigamente era desempenhada exclusivamente pela família, no entanto nesta sociedade moderna a educação é partilhada não só com a escola, mas também através dos meios de comunicação nomeadamente a televisão.

A televisão comunica com as pessoas atuando sobre estas estas influenciando-as sobre as, formas de pensar e agir pois os comportamentos fictícios visualizados são alvo de imitação. Burnet (1971) afirma que os sociólogos concluíram que as crianças com problemas sociais ou as que são geralmente mais agressivas tendem a ver programas violentos com mais frequência. Silva (2004) afirma que não só a televisão, mas todos os meios de comunicação (jogos, Internet, vídeos) que “formatam” a cabeça dos jovens, com maior eficiência do que a televisão. Afonso, 1998). Os diferentes contextos socioeconómicos e culturais que se cruzam na escola através da diferente população que acolhe, obriga-a a repensar a sua organização e de que forma esta não poderá estar a contribuir para este fenómeno marcado pela violência.

Vários estudos realizados, revelam aspetos de cariz diferenciais, tais como aspetos estruturais e organizativos, além de relacionais e pedagógicos. O desajuste ou desadaptação pode ser visível através da violência que afeta claramente o ambiente escolar, arruinando não só as relações interpessoais de todos os agentes educativos, mas também o desempenho escolar dos discentes (Abramovay, 2005). A violência e agressividade exteriorizadas por certos educadores estão relacionadas à insatisfação destes comparativamente aos programas de aprendizagens, organização. Braga, 1, (2), pp. ABRAMOVAY, M. “Violencia en las escuelas: un gran desafio”. Revista Ibero Americana. pp. Instituto de Inovação Educacional. FONSECA, A. Taborda Simões, M. Formosinho, M “Retenção escolar precoce e comportamentos anti-sociais. ” Revista Portuguesa de Pedagogia, Ano XXXIV, 1,2,3, pp. United States: John Wiley & Sons, pp.

NIZET, J. Violence et Ennui: Malaise au Quotidien dans Les relationsProfesseurs-Élèves. Paris: PUF. OLWEUS, D. Dissertação de mestrado. Universidade de Lisboa. Faculdade de Psicologia e Instituto deEducação. Lisboa. SILVA, N.